Está a IA a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam talentos?
Daniela Lourenço, brand leader da Manpower, responde.
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Hipersuper
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Por Daniela Lourenço, brand leader da Manpower
A Inteligência Artificial (IA) está a transformar o mundo do trabalho, nomeadamente os processos de recrutamento das empresas, oferecendo oportunidades significativas para uma seleção de talento mais rápida e eficaz. Segundo o I mmersive Tech Report, da Experis, sete em cada dez organizações já adotaram novas tecnologias, como IA, Realidade Virtual (RV) e Machine Learning (ML) nos seus processos de recrutamento, ou planeiam fazê-lo nos próximos três anos.
São várias as vantagens que estas novas tecnologias trazem ao recrutamento. Em primeiro lugar, as tecnologias de IA aumentam a sua eficiência através da automatização das fases iniciais do processo, permitindo às organizações obter mais rapidamente perfis de candidatos ajustados às suas necessidades. Isto reduz o tempo e o esforço que os recrutadores têm de despender na seleção de perfis, permitindo-lhes concentrarem-se noutros aspetos críticos do processo de contratação, onde a interação humana é privilegiada.
Além disso, através da análise preditiva potenciada pela IA é possível ir mais longe e identificar as futuras necessidades de talento associadas à estratégia das empresas e preparar, de forma antecipada, uma base sólida para responder a essas necessidades, quer seja através do recrutamento ou de iniciativas de upskilling ou reskilling, ajustando as competências dos colaboradores às necessidades emergentes.
A IA permite ainda reduzir o enviesamento e a subjetividade nos processos de recrutamento. Através de critérios objetivos, e eliminando fatores subjetivos como idade, género ou etnia, promove um recrutamento mais justo e inclusivo. A este nível é, no entanto, fundamental, que a os algoritmos de IA sejam desenvolvidos de forma ética e inclusiva, sendo este um dos principais fatores de preocupação identificados pelas empresas, apesar do entusiasmo que mostram relativamente à IA.
Também a utilização de assistentes virtuais e chatbots tem sido transformadora, permitindo uma comunicação imediata com os candidatos, respondendo a dúvidas, fornecendo feedback instantâneo e acelerando o processo de contratação. Esta interação personalizada não só melhora a experiência do candidato como também proporciona às empresas informações relevantes sobre os perfis, permitindo otimizar futuras interações.
A análise aprofundada que a IA permite fazer na seleção dos candidatos está, assim, a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam o talento, promovendo um recrutamento mais eficaz, objetivo e justo. Ao mesmo tempo, não podemos deixar de sublinhar que, apesar de oferecerem importante benefícios, as tecnologias de IA não estão lá para substituir os recrutadores – mas sim para os reforçar. Os candidatos continuam a valorizar a interação humana e os recrutadores têm de encontrar o equilíbrio certo entre a automatização que permite poupar tempo e o envolvimento pessoal ao longo do processo de recrutamento, de modo a poder encontrar as pessoas certas para as funções certas.