María José Sánchez: “Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction”
Em entrevista ao nosso jornal, a diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez, sublinha que Portugal, com uma forte representação através da Portugal Fresh, continua a ser um mercado crucial para a feira, e elogia a oferta portuguesa que considera “de alta qualidade e competitiva”.

Ana Rita Almeida
Edição 432: Entrevista LTPlabs + Inovação portuguesa + Arroz + Queijos + Charcutaria + Sagalexpo + Barbot + Empack + Logística
Nassrin Majid é a nova diretora-geral da ConsumerChoice
75% das empresas veem agentes de IA como essenciais para ultrapassar a concorrência
Novos Vigor Latte chegam ao mercado
Edição 432 já está disponível em formato digital
Adyen lança ‘tap to pay’ no iPhone em Portugal
Lisbon Bar Show apresentou novidades
Papa Johns continua expansão em Portugal com nova abertura no Barreiro
Abertas as candidaturas ao Prémio de Excelência Logística 2025
Centro de Investigação para a Sustentabilidade recebe produtores de pequenos frutos em Odemira
Em entrevista ao Hipersuper, a diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez, enaltece a evolução da feira, que desde 2009 se transformou num ponto de encontro estratégico para o setor hortofrutícola global. María José Sánchez sublinha que Portugal, com uma forte representação através da Portugal Fresh, continua a ser um mercado crucial para a feira, e elogia a oferta portuguesa que considera “de alta qualidade e competitiva”.
Hoje, a Fruit Attraction é um evento de referência no calendário internacional. Como vê a sua evolução ao longo dos anos?
A Fruit Attraction teve uma evolução impressionante desde a sua primeira edição. Começámos em 2009 e, apenas alguns anos depois, tornámo-nos uma plataforma internacional chave para o setor hortofrutícola. Atualmente, contamos com a presença de expositores e visitantes de todo o mundo, o que reflete a importância deste evento como ponto de encontro estratégico para a indústria global. Ao longo dos anos, e com o apoio do nosso parceiro, FEPEX, soubemos adaptar-nos às necessidades do setor, integrando inovações, ampliando a nossa oferta e consolidando-nos como uma referência para a troca de conhecimento e desenvolvimento de negócios. Contudo, o verdadeiro sucesso tem sido a lealdade e o apoio dos profissionais do setor na feira.
Quais as principais inovações e novidades que a Fruit Attraction deste ano vai apresentar?
Como novidade, este ano o Pavilhão 1 será dedicado à Innova&Tech, a nova área que reúne os setores de Biotech Attraction e Smart Agro, destinada a empresas de inovação, investigação e desenvolvimento tecnológico em genómica vegetal. Neste espaço, poderemos encontrar todas estas propostas.
Além disso, o The Innovation Hub – no ponto de encontro entre os Pavilhões 1 e 3, com cerca de 40 produtos – será a área dedicada à inovação e novidades empresariais no setor. Neste contexto, a feira voltará a acolher os Innovation Hub Awards, que se tornaram um acontecimento essencial para apoiar a aposta empreendedora empresarial do setor, com as suas habituais categorias: Fresh Produce, F&V Industry e Ações de Sustentabilidade e Compromisso.
Qual a importância dos expositores e visitantes portugueses para a Fruit Attraction? A presença da Portugal Fresh é relevante?
Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction e a participação de expositores e visitantes portugueses é muito valiosa. A presença da Portugal Fresh, em particular, é um componente essencial que contribui para reforçar os laços entre as empresas portuguesas e o mercado internacional. Portugal é um país com uma oferta de alta qualidade e competitiva e a sua representação na feira fortalece o intercâmbio de oportunidades de negócios, além de impulsionar a visibilidade dos produtos portugueses a nível global.
Como são abordadas as questões relacionadas com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental, temas cada vez mais importantes?
A sustentabilidade é uma prioridade. Na IFEMA MADRID, esforçamo-nos por promover práticas responsáveis. Para tal, tentamos aumentar o nível de sustentabilidade em todos os nossos eventos, bem como melhorar a eficiência das infraestruturas, entre outras ações.
Por outro lado, na Fruit Attraction, a sustentabilidade também é um dos temas centrais, e não só para nós, mas também para os participantes. Muitas das sessões realizadas na feira abordam este tema. Além disso, como já mencionei, temos uma categoria específica, Ações de Sustentabilidade e Compromisso, nos Innovation Hub Awards.
Como olha para os desafios globais, como as alterações climáticas e as interrupções nas cadeias de abastecimento, que afetam a produção e distribuição de frutas e legumes?
As alterações climáticas e as interrupções nas cadeias de abastecimento são dois dos principais desafios que o setor hortofrutícola enfrenta a nível mundial. As alterações climáticas estão a modificar os padrões de produção, afetando tanto a quantidade como a qualidade das colheitas, o que exige uma adaptação constante por parte dos produtores. Quanto às cadeias de abastecimento, as interrupções recentes mostraram-nos a importância de desenvolver redes mais resilientes e diversificadas. Na Fruit Attraction, trabalhamos para oferecer um espaço onde as empresas possam encontrar soluções inovadoras que as ajudem a enfrentar estes desafios, tanto ao nível da produção como da logística.
Que estratégias estão a ser implementadas para melhorar a rede de negócios e o networking entre os participantes da feira? Há novidades?
Um dos grandes objetivos da Fruit Attraction é oferecer uma plataforma de impulso e expansão internacional. Neste sentido, a IFEMA MADRID, com a colaboração do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação e do ICEX, volta a ativar o Programa de Compradores Internacionais, que traz a Madrid cerca de 700 compradores de 70 países, incluindo chefes de compras de retalho, importadores e grossistas, que darão um dinamismo especial ao negócio da feira.
A este programa junta-se o ‘País Importador Convidado’, com a China e a Arábia Saudita como protagonistas desta edição. Assim, a Fruit Attraction abrirá e fomentará uma via de relações comerciais com estes mercados, apoiada por um programa completo de mesas redondas, visitas guiadas à feira e sessões B2B.
Além disso, a nossa plataforma digital LIVEConnect desempenhará um papel fundamental, permitindo que os participantes se conectem e façam negócios para além da feira.
Entrevista publicada na edição 426 do Hipersuper