Delta é a marca para a qual a sustentabilidade mais contribui para o valor financeiro
Segundo a OnStrategy, a EDP e a Delta lideram o ranking das marcas com mais valor de ESG em Portugal. O estudo conclui que sustentabilidade já devia contribuir com 19,8% para o valor financeiro das marcas portuguesa mas nas 100 mais valiosas o contributo direto é de apenas 12,7%.

Ana Rita Almeida
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Quando falamos de sustentabilidade e de marcas portuguesas, a EDP e Delta lideram o ranking de valor financeiro. Os dados são da OnStrategy que desenvolveu um trabalho que analisa o impacto económico da sustentabilidade no valor financeiro das marcas. Este estudo segue as normas ISO10668 (avaliação financeira de marca) e ISO20671 (avaliação de estratégia e força de marca).
A sustentabilidade deveria representar 19,8% do valor financeiro das marcas portuguesas mas as 100 marcas mais valiosas do país registam apenas uma contribuição de 12,7%. Para a consultora multidisciplinar focada na criação e otimização do valor financeiro das marcas e organizações dos seus clientes e parceiros, este desfasamento revela o potencial inexplorado no impacto económico da sustentabilidade.
A EDP destaca-se como a marca portuguesa com o maior valor financeiro associado à sustentabilidade, totalizando 406 milhões de euros. A Galp Energia, Pingo Doce, Continente, Super Bock, The Navigator Company, CTT, Worten, Parfois, Sagres fazem parte do Top25 deste ranking divulgado pela OnStrategy.
A Delta é a marca onde a sustentabilidade mais contribui para o valor financeiro, com 16,8%, estando mais próxima do seu valor potencial de contribuição.
De acordo com João Baluarte, partner da OnStrategy, as organizações enfrentam quatro grandes desafios no âmbito da sustentabilidade: o que fazer, como fazer, o que comunicar e como comunicar que são essenciais num contexto em que as questões de sustentabilidade se tornaram uma obrigatoriedade legislativa.
“O mundo enfrenta desafios de sustentabilidade cada vez maiores e que se tornaram uma obrigatoriedade para as organizações até por via legislativa, e nos últimos anos foram desenvolvidas políticas e requisitos que as organizações têm de cumprir no âmbito da agenda de sustentabilidade”, sublinha.
Os quatro desafios são: o que fazer, porque “independentemente do esforço financeiro a que as empresas são chamadas, já existem regras definidas para todos os setores de atividade com calendários de implementação e informação (report) definidos” e como fazer, como vários especialistas “em campo a desenvolver planos de implementação” começa por enumerar.
O que comunicar é também apontado, porque “aquilo que são as obrigações e imposições não coincidem no todo com aquilo que é relevante para os diferentes stakeholders. Há muitos assuntos da agenda de sustentabilidade que têm de ser concretizados mas não têm de ser comunicados no seu todo e de forma igual aos diferentes stakeholders, e aqui reside outro desafio para as organizações sobre os conteúdos relevantes para cada stakeholder (ambiente ecológico e de trabalho, cidadania, governo)”.
Por último, como informar, já que “se estamos a falar de diferentes stakeholders e diferentes contéudos de comunicação, há um último desafio que reside na efetividade da comunicação (inclusive do ponto de vista financeiro) através da seleção dos touchpoints mais eficientes (meios tradicionais e digitais, eventos, patrocínios, marketing direto, ponto de venda)”, conclui João Baluarte.