Portugueses reciclam mais mas SPV deixa alerta
“Estamos num momento crítico e, por isso, defendemos que o país deve ter mais ambição em matéria de gestão de resíduos e de resíduos de embalagens, ao nível da prevenção, reciclagem e valorização”, diz a CEO da Sociedade Ponto Verde.
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Os portugueses encaminharam para reciclagem 111.696 toneladas de embalagens no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 3% em comparação com o período homólogo.
São dados do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagem (SIGRE), também conhecido como Sistema Ponto Verde, e indicam uma progressão do país no cumprimento das metas globais para a reciclagem destes resíduos urbanos. Mas revelam, por outro lado, que é preciso reciclar mais.
“Este nível de crescimento, a manter-se, é insuficiente, comprometendo a capacidade do país em alcançar, 2025, a nova meta de estar a reciclar, pelo menos, 65% das embalagens colocadas no mercado”, alerta a Sociedade Ponto Verde.
O SIGRE analisou os níveis de reciclagem por materiais de embalagens e concluiu que foram recolhidas 48.568 toneladas de vidro, mais 1% em comparação a igual período de 2023. “É o único material de embalagem a não cumprir a taxa de reciclagem nacional. É, por isso, fundamental que os portugueses reciclem mais e reforçar-se a aposta em sistemas de deposição de embalagens de vidro mais eficientes, como o baldeamento assistido, para colocar nas proximidades de cafés, restaurantes e bares, onde são geradas as quantidades mais significativas destes resíduos urbanos”, defende a Sociedade Ponto Verde.
A organização pede mais investimento em inovação e tecnologia e na economia circular no sentido de “otimizar as infraestruturas e trazer modernização”, mas também complementar as atuais formas de serviço, como os sistemas de recolha porta-a-porta ou medidas pay as you throw.
“Estamos num momento crítico e, por isso, defendemos que o país deve ter mais ambição em matéria de gestão de resíduos e de resíduos de embalagens, ao nível da prevenção, reciclagem e valorização”, defende a CEO da Sociedade Ponto Verde.
Ana Trigo Morais afirma que a organização está disponível para trabalhar com o novo Executivo e defende que a evolução do setor “é parte fundamental em prol de uma economia cada vez mais circular em Portugal”.