Taxonomia: O grande desafio do setor imobiliário é “complexo e exigente” mas traz “oportunidades de negócio e vantagens competitivas”
A associação empresarial Grace anunciou a criação de um cluster imobiliário para o qual vai convidar todos os seus associados “a juntarem-se numa inteligência coletiva para trabalhar os múltiplos temas […]
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Rita Gonçalves
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A associação empresarial Grace anunciou a criação de um cluster imobiliário para o qual vai convidar todos os seus associados “a juntarem-se numa inteligência coletiva para trabalhar os múltiplos temas da sustentabilidade deste setor, nomeadamente os desafios de fonte regulatória”, afirma Margarida Couto, presidente do Grace, na conferência dedicada ao tema “Rumo a um imobiliário sustentável”.
A cadeia de valor do imobiliário enfrenta “enormes desafios de sustentabilidade, alguns deles de ordem regulatória, e o Grace quer ser transversal a esta transformação do setor”, diz a presidente em final de mandato, alertando que isto só é possível de fazer se a fileira se juntar à volta da mesma mesa.
A pressão regulatória – instrumentos como a Taxonomia da União Europeia (UE), a nova diretiva de reporte e a nova diretiva de eficiência energética dos edifícios – é um dos grandes desafios deste setor.
A taxonomia é um sistema de classificação de atividades económicas criado pela UE que lista as empresas “verdes”, com o objetivo de facilitar o investimento sustentável. “A taxonomia vai passar a ser aplicada a todas as empresas que não forem PME, assim como aos proprietários de imóveis”, lembra a presidente, sublinhado que a regulação acaba por se aplicar a “empresas que não se consideram propriamente do setor imobiliário mas que têm um portefólio imobiliário que as faz cair dentro deste novo reporte de sustentabilidade”. Isto numa altura em que 75% dos edifícios na Europa não são sustentáveis, lembra.
A taxonomia é um instrumento “complexo e exigente”, mas cumprido de “forma inteligente permite obter oportunidades de negócio e vantagens competitivas”, sublinha Margarida Couto, lembrando há falta de literacia em Portugal. “É preciso muita formação, mas a coisa faz-se”.
A presidente do Grace diz ainda que “quanto mais cedo se começar melhor” porque o regulamento exige “um período longo de adaptação” e que os gestores têm de “começar a falar taxonomês” para não ficarem para trás.