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Alexandre Carrera Lejeune (Floa): “Queremos passar de entidade comercial a sucursal em Portugal”

O BNP Paribas está a apostar no mercado de pagamentos fracionados (sem juros) em Portugal com a marca Floa. Em entrevista ao Hipersuper, Alexandre Carrera Lejeune, country manager, explica o […]

Rita Gonçalves
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Alexandre Carrera Lejeune (Floa): “Queremos passar de entidade comercial a sucursal em Portugal”

O BNP Paribas está a apostar no mercado de pagamentos fracionados (sem juros) em Portugal com a marca Floa. Em entrevista ao Hipersuper, Alexandre Carrera Lejeune, country manager, explica o […]

Rita Gonçalves
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Alexandre Carrera Lejeune, country manager FloaO BNP Paribas está a apostar no mercado de pagamentos fracionados (sem juros) em Portugal com a marca Floa. Em entrevista ao Hipersuper, Alexandre Carrera Lejeune, country manager, explica o plano da empresa recém-nascida para liderar o mercado de “buy now pay later” em Portugal já em 2024.  Com o crescimento no mercado português, o executivo acredita que a estrutura da empresa passará a prazo de “uma entidade comercial para uma sucursal”.
A plataforma está atualmente disponível em quatro países – França, Portugal, Espanha e Bélgica – e chega este ano a duas novas geografias: Países Baixos e Alemanha. “Até ao final de 2025, abriremos mais dez países”.

O BNP Paribas comprou a marca de origem francesa Floa, plataforma de pagamentos “buy now pay later” em fevereiro de 2022. Em que contexto se deu esta aquisição?

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O BNP é constituído por várias empresas que prestam serviços bancários para as diferentes necessidades dos comerciantes, sendo um deles o crédito longo, feito pela Cetelem em Portugal, integrado na área de finanças pessoais. Este método de pagamentos fracionados, ou “buy now pay later”, é uma tendência de mercado que surgiu a pedido dos consumidores. O BNP viu na aquisição de uma empresa uma maneira rápida de oferecer este serviço aos consumidores em diferentes países da Europa. E escolheu a Floa.

Porque escolheram esta plataforma?

Por ser líder do setor de pagamento em França e oferecer uma solução única, segura e simples de utilizar. Integrando os serviços desta marca, o BNP passou a oferecer uma gama completa de produtos para os atuais parceiros em diferentes países.

Um ano e quatro meses depois, que balanço faz da evolução da Floa já nas mãos do BNP?

Após a aquisição, tivemos um período de adaptação e integração tecnológica. A Floa já tinha desenvolvida toda a parte técnica da plataforma. Deu-se um período de transição e integração com o BNP, através do qual a Floa ganha um conhecimento adicional que advém da força do BNP em setores de risco, anti-fraude, entre outros. Posteriormente, como a empresa está bem estabelecida em França, abriram-se os mercados internacionais. E isto passa pela realização de estudos e definição do posicionamento que a empresa vai adotar em cada país, adaptação à legislação local, cada país europeu tem a sua especificidade em função da regulação local. Tivemos que adaptar o produto devido às regras do Banco de Portugal. E passa ainda pelo recrutamento das equipas locais.

Quatro milhões de clientes em 2022

Qual é a pegada geográfica da Floa atualmente?

Ao longo deste período, a Floa chegou a Espanha, Portugal, Bélgica e Itália. Este ano, vamos abrir nos Países Baixos e na Alemanha. E, até ao final de 2025, abriremos mais dez geografias, num total de 15 países. Resumindo, neste ano e meio implementámos a marca em cinco países, com equipas locais, adaptadas à legislação local e desenvolvemos parcerias com empresas locais, não só aquelas que já trabalhavam com o BNP, que agora também disponibilizam este serviço, mas com novos comerciantes locais e não apenas as grandes multinacionais.

Quantos clientes têm nestes cinco países onde já implementaram o serviço?

Temos de fazer uma distinção entre parceiros e clientes finais, os que utilizam o serviço. O número de clientes ultrapassou a barreira de quatro milhões no final do ano passado. A França é naturalmente o país mais importante, mas o crescimento futuro certamente virá da parte internacional.

Os parceiros são cadeias de retalho, empresas de telecomunicações, de saúde, hotéis, turismo, empresas de todo o tipo de setores de atividade. Isto é algo novo, esta solução de pagamento não é orientada apenas para um tipo de setor.

Como é que o Alexandre acabou por ficar a liderar a empresa em Portugal, onde foi constituída há muito pouco tempo?

O meu percurso é atípico. Sou de origem brasileira com pais franceses e fiz os meus estudos nos EUA, onde tive uma experiência de empreendedorismo com uma empresa de telecomunicações. Depois de 15 anos nos EUA, como tinha cidadania francesa resolvi regressar à Europa e juntei-me à L’Oréal, onde pude conhecer melhor o mercado europeu. Como estava mais focado no mercado francês e à procura de uma experiência mais abrangente, tive a oportunidade de ir para o grupo BPCE, que tinha acabado de fazer a aquisição de Oney, empresa que também faz pagamentos fracionados, com um cargo internacional, onde fiquei três anos. Em 2020, enviaram-me para Portugal para liderar o projeto de lançamento de um cartão para canais digitais. Depois, com a aquisição da Floa pelo BNP, surgiu esta oportunidade liderar o lançamento da marca em Portugal. Não é todos os dias que surgem oportunidades destas.

Quando começou essa aventura?

Fui recrutado em julho do ano passado. A primeira etapa foi abrir o escritório e a primeira pessoa da minha equipa foi recrutada em setembro. Tem sido uma grande aventura que conta com o apoio da sede localizada em Bordeaux. Desde que a Floa foi comprada pelo BNP já dobrou o número de colaboradores. É uma empresa que está em crescimento numa tendência oposta à do mercado.

De entidade comercial a sucursal

Quantas pessoas tem atualmente na sua equipa em Portugal?

Somos cinco na área comercial. Para acelerar a expansão internacional, a estrutura jurídica, técnica e de compliance está concentrada em França, onde a equipa de recursos humanos está a ter um crescimento forte para dar este suporte. As equipas nos países onde a marca se está a expandir concentram-se assim na parte comercial. Ao longo do crescimento em Portugal, acreditamos que a estrutura mudará de uma entidade comercial para uma sucursal onde grande parte destes serviços serão prestados. Acreditamos que será um crescimento natural.

Quando foi lançado oficialmente o serviço em Portugal?

A primeira parceria que assinámos foi em novembro. Em dezembro, fechámos com o KuantoKusta e atualmente já temos a iStore, revendador da Apple, onde a Floa está presente no canal online e nas lojas físicas. É uma solução que acompanha todos os canais de distribuição dos clientes. Temos parcerias a serem fechadas que não posso ainda desvendar. As expectativas são elevadas. A Floa quer ser líder de mercado e para alcançar esse objetivo as parcerias são fundamentais.

A plataforma permite comprar um produto e pagar três vezes sem juros, certo?

Internacionalmente, a Floa comercializa três produtos: o cliente compra o artigo e paga na totalidade 30 dias após a compra; na segunda opção, o cliente dá um terço de entrada, paga a segunda prestação 30 dias depois e a última prestação em 60 dias; e a opção quatro vezes, na qual é paga uma entrada de 25% do valor da compra e as restantes prestações em 30, 60 e 90 dias.

No mercado português, para proteger os consumidores, o Banco de Portugal decidiu que em prestações que vão até 90 dias e um limite máximo de 2.500 euros não é possível cobrar juros aos consumidores finais. Quem paga a comissão pelo serviço é o comerciante.

Em outros países, como Espanha, França e Itália, é possível passar uma parte do custo para os consumidores, por volta de 1%, ainda assim um valor que não se compara com os juros de um cartão de crédito.

Mencionou que este tipo de pagamento está a crescer e é uma tendência internacional.  O que está na base deste crescimento?

Esta é uma solução que traz uma inovação que tem a ver com o percurso do cliente: facilidade, simplicidade e segurança. O controlo para conceder o crédito é muito mais simplificado em relação ao pedido de um crédito longo. No crédito longo existem muitas obrigações para o cliente provar a liquidez, tem de fornecer por exemplo recibos de vencimento. São muitos passos, muitos pedidos de informação que têm de ser verificados pelas instituições financeiras, o que faz com que o processo não seja imediato. O “buy now pay later”, por ter um valor limitado, prestar um serviço imediato e estar sempre ligado a uma compra, ao contrário do crédito tradicional aberto que pode ser utilizado para outros fins, não promove o endividamento dos clientes de forma descontrolada. Apesar de em cada compra existir verificação e uma decisão sobre a elegibilidade do cliente, é um processo fácil e simples que não exige comprovativos.

Há empresas com modelos diferentes, no caso da Floa não é necessário criar uma conta ou fazer um requerimento para utilizar o serviço. Queremos que o pagamento fracionado seja tão fácil quanto é hoje feito uma compra com um cartão bancário tradicional. E foi isso também que alavancou esta solução: o pagamento fracionado sem juros sem precisar de fornecer muita informação.

Fazer face a despesas inesperadas

O que pensam os portugueses dos créditos fracionados?

Segundo um estudo que fizemos, 74% das compras através do serviço “buy now pay later” estão ligadas a imprevistos. Os portugueses não utilizam este tipo de pagamentos para comprar itens por prazer, está ligado a uma necessidade. Queremos ajudar os portugueses a dar resposta a estes imprevistos, como um frigorífico que deixa de funcionar ou um automóvel que avaria e a adquirir produtos mais duráveis, sustentáveis e responsáveis que são naturalmente mais caros.

Como funciona a parceria com o KuantoKusta?

Existem vários comerciantes a vender produtos distintos no marketplace do KuantoKusta. O “buy now pay later” pode ser acionado numa compra a partir dos 100 euros. Com a pandemia, a empresa deparou-se com uma diminuição do ticket médio de compra, devido à diminuição das compras de itens de preço mais elevado. Procurava, por isso, uma ferramenta para facilitar a compra de produtos de valor mais alto, mas sem custo adicional para os consumidores.

Para fazer uma compra através de pagamento fracionado, o KuantoKusta pede o nome do cliente, morada, email e telemóvel, dados que o cliente já fornece para a entrega da compra. Com esses elementos, no checkout o cliente seleciona a Floa como método de pagamento, que solicita dois dados adicionais: o NIF e a data de nascimento. Com estas informações, a Floa consegue tomar uma decisão sobre a elegibilidade do pagamento através de uma ferramenta de scoring que pontua o cliente. Após confirmação da elegibilidade, surge a página de pagamento, onde o cliente coloca os dados do cartão bancário, crédito ou débito, e dá-se a transação do primeiro valor da prestação. A segunda prestação é paga em 30 dias e a terceira em 60.

O marketplace recebe o valor total da compra por parte da Floa no dia seguinte, menos o valor da comissão.

E, em caso de incumprimento, quem assume o risco somos nós. Para os parceiros, é muito interessante esta parte da gestão do risco: a recuperação do crédito fica do nosso lado e os clientes podem focar-se apenas no seu negócio.

O modelo de negócio da Floa assenta na comissão da transação paga pelos parceiros. Para os consumidores as principais vantagens são o pagamento fracionado sem juros. E para os parceiros, quais os benefícios?

Segundo conclusões do estudo que levamos a cabo, 67% dos portugueses indicam que sentem uma predisposição para mudar de marca quando a solução de “buy now pay later” não existe no seu leque de pagamentos. Ou seja, este método de pagamento pode trazer novos clientes para o comerciante. Outro benefício é o aumento do ticket médio. Por exemplo, o KuantoKusta tinha um ticket médio de 70 euros. Depois de integrar a nossa solução. aumentou para 400 euros. Há ainda a ausência de risco em caso de incumprimento. Sendo a Floa um meio de pagamento, e promovendo nós parcerias, uma parceria não significa apenas colocar o meio de pagamento no checkout. Nós acompanhamos no sentido de desenvolver cada vez melhor este método de pagamento e ajudamos a comunicar corretamente e de forma transparente as vantagens junto do cliente final quer na loja física quer online.

Não há ainda muitos portugueses a comprar online e, muitos, alegam desconforto em relação à segurança dos dados. O facto de as empresas trabalharem com a Floa, que pertence a um grupo como o BNP, traz uma segurança adicional a estes consumidores.

15 milhões de clientes até 2025

Como é que este mercado está desenvolvido no mundo? Quanto representa em dinheiro?

Há muitos estudos sobre o tamanho do mercado global e alguns fazem projeções na ordem das centenas de mil milhões. Os países onde este tipo de pagamento está mais maduro na Europa são França, Espanha e Itália. Numa visão global, penso que é nos EUA onde este tipo de pagamento está mais desenvolvido e é até utilizado para pagar as compras de supermercado.

Qual o plano de crescimento para a Floa?

A ambição passa por atingir 15 milhões de clientes finais a utilizar a plataforma de forma constante até 2025. Ou seja, a ligação do cliente com a marca tem uma relação durante o período de prestações. O que a empresa pretende é ter uma relação constante com 15 milhões de clientes ativos até 2025.

E os objetivos para Portugal?

Estamos a fechar parcerias que ainda não podemos divulgar. Há a parte da integração com os clientes que demora um pouco mais a efetuar. A marca tem de estar mais presente. Queremos simplificar de maneira rápida e segura os pagamentos, com empresas grandes, mas também locais, ter um papel de acompanhamento na parte da literacia financeira e ajudar os consumidores a fazerem face a imprevistos.

Qual a vossa meta para o número de clientes e parceiros no mercado português?

Queremos ser líderes. Para sermos líderes temos de ter entre 33% a 35% do mercado das transações. Vamos chegar lá.

Quando?

Acredito que no final do próximo ano. Não só no mercado português como em outros mercados.

*Entrevista originalmente publicada na edição 413 do Hipersuper

 

Sobre o autorRita Gonçalves

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Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor

A Staples é o primeiro cliente da EDP em Portugal a escolher, em simultâneo, soluções de energia elétrica, comunidades de energia solar e mobilidade sustentável. A retalhista sublinha que esta parceria permite, por exemplo, produzir localmente metade da energia que necessita diariamente e partilhar a energia restante com vizinhos.

A Staples escolheu a EDP Comercial como fornecedora de uma solução integrada para a descarbonização do consumo elétrico da empresa, combinando fornecimento de energia, produção local de energia solar para consumo próprio e partilha com vizinhos e mobilidade elétrica conectada à rede pública MOBI.E.

Esta parceira inclui a instalação de comunidades de energia em mais de 20 lojas por todo o país: os Bairros Solares EDP terão uma capacidade combinada de cerca de 2,5 MWp e uma produção anual estimada de aproximadamente 3,5 GWh. Esta energia limpa vai permitir evitar a emissão de cerca de 1.800 toneladas de CO2 por ano, que seria emitido para produzir a mesma eletricidade a partir de fontes poluentes.

A instalação destas centrais solares vai permitir à Staples uma independência da rede elétrica de aproximadamente 50%  e partilhar estes benefícios com cerca de dois mil vizinhos. Podem aderir famílias ou empresas que se encontrem num raio de dois quilómetros das lojas Staples aderentes, ao inscreverem-se no site da EDP Comercial (edp.pt/bairro-solar).

Para além de promover o uso de eletricidade renovável nas comunidades em que está inserida, esta parceria permite à Staples alcançar poupanças de mais de 60% no custo mensal com eletricidade e reduzir significativamente a sua pegada ambiental. Já os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão uma poupança de até 35% em parte da eletricidade que consomem, para além de contribuírem para a transição energética do seu bairro, pode ler-se no comunicado enviado.

A EDP vai também instalar 60 pontos de carregamento de veículos elétricos em quase 90% das lojas Staples de norte a sul do país, que estarão ligados à rede pública MOBI.E, que podem ser utilizados por qualquer condutor de veículos elétricos, independentemente do seu Comercializador de Energia de Mobilidade Elétrica (CEME).

Além destas soluções de mobilidade elétrica e da implementação das comunidades de energia, a EDP vai ainda fornecer energia elétrica a todas as localizações Staples em Portugal durante sete anos. Ao escolher um contrato de fornecimento de energia a longo prazo, a Staples deverá reduzir em cerca de 30% os seus custos com eletricidade, avança em comunicado.

Com este projeto, a Staples reforça o seu empenho na descarbonização de toda a sua cadeia de valor, um passo importante na redução significativa das emissões de CO2, enquanto envolve as comunidades onde está inserida na transição energética, sublinha ainda.

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Logística

CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação

Em Portugal, a área de tratamento de encomendas terá capacidade para processar cerca de 500 mil encomendas por dia, sendo o pico da atividade esperado para a semana da Black Friday, que arranca a 25 de novembro.

Os CTT – Correios de Portugal vão reforçar a operação de tratamento e distribuição de encomendas para fazer face à procura da peak season, período entre a Black Friday e o Dia de Reis. A nível ibérico a expectativa é que sejam feitas mais de um milhão de entregas de encomendas pelos CTT em dias de pico, avança a empresa em comunicado.

Em Portugal, a área de tratamento de encomendas terá capacidade para processar cerca de 500 mil encomendas por dia, sendo o pico da atividade esperado para a semana da Black Friday, que arranca a 25 de novembro.

Já na distribuição em Portugal, existirá um reforço de recursos humanos e de rotas de distribuição, com a contratação de mais de 800 pessoas para esta época, elevando para cerca de 7800 os trabalhadores das operações de correio e expresso dedicados à peak season, com mais veículos para o transporte de encomendas e mais 850 rotas suplementares.

Será ainda implementado o trabalho suplementar aos feriados, sábado e domingos e, sempre que possível, serão antecipadas as recolhas junto dos clientes empresariais, refere ainda os CTT que terão equipas de manutenção em permanência nos centros da CTT Expresso (MARL, em Lisboa, e Perafita, no Porto) e uma equipa de Sistemas de Informação reforçada.

Também no apoio ao cliente existirá um reforço de 25% a 30% da equipa de atendimento, sendo que o chatbot Helena, solução de Inteligência Artificial dos CTT, estará também com uma robustez reforçada para dar resposta aos clientes dos CTT. A nova assistente virtual dos CTT disponibiliza uma assistência em tempo real, conjugando as componentes informativa e transacional, sendo possível, por exemplo, saber o estado de uma encomenda.

Os CTT lembram que é importante estar atento contra eventuais esquemas de phishing, devendo os clientes seguir todos procedimentos para assegurar a segurança dos seus dados pessoais e bancários.

Já em Espanha a CTT Express está preparada para gerir entre 500 a 600 mil envios por dia nos dias de maior movimento e reforçará a contratação para esta época com cerca de 200 pessoas para o tratamento e cerca de 600 fornecedores de distribuição.

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Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR

Os projetos LIFE SeaBIL, OCEAN4FUEL e MESMERISING, focados na proteção dos oceanos e dos ecossistemas aquáticos, foram os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR, lançado este ano para tornar a iniciativa ainda mais abrangente.  

Um dos três projetos vencedores, o LIFE SeaBIL, liderado pela SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, tem o objetivo de reduzir o impacto direto e indireto do lixo marinho nas aves que dependem dos ecossistemas costeiros e marinhos, além de promover a consciencialização e incentivar práticas mais ecológicas. A sua principal prioridade será continuar a recolher dados mensais nas Berlengas, monitorizar as aves arrojadas, reunir cientistas, autoridades e entidades reguladoras em prol da identificação das melhores soluções.

O OCEAN4FUEL, um projeto submetido pela Universidade de Aveiro – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, foi outro dos vencedores. A sua missão consiste em transformar plásticos marinhos, que poluem os oceanos e afetam os ecossistemas, em combustível líquido. Para isso, utiliza um processo denominado pirólise, que permite produzir um combustível compatível com a gasolina e gasóleo, oferecendo uma solução sustentável para enfrentar dois grandes desafios globais: a poluição marinha e a crise energética e ambiental associada aos combustíveis fósseis.

Apresentado pelo Instituto de Telecomunicações, o projeto MESMERISING, o terceiro vencedor, concentra-se no desenvolvimento de tecnologias para a monitorização em tempo-real de microplásticos em meios aquáticos. Isso permitirá identificar e caracterizar os diminutos microplásticos, recorrendo a canais microscópicos para conduzir a água por sensores eletromagnéticos, cujos dados serão recolhidos e processados por sistemas eletrónicos avançados.

As inscrições para o Prémio TransforMAR decorreram durante os meses de junho a setembro deste ano. As 38 candidaturas recebidas foram avaliadas segundo critérios estratégicos: alinhamento com o objetivo de proteção do oceano e dos ecossistemas aquáticos; robustez e/ou capacidade de implementação; inovação e criatividade; e qualidade do pitch. Podiam candidatar-se projetos nas áreas de redução de plástico nos oceanos; limpeza dos mares e orla costeira; transformação e/ou reciclagem de resíduos marinhos; proteção das espécies marinhas e sensibilização e/ou educação ambiental.

A par do Prémio TransforMAR em 2024, o Lidl Portugal levou a sua forte estratégia de sustentabilidade a 10 praias de norte a sul do país, durante o mês de agosto, com a dinamização de atividades de sensibilização para toda a família. Além disso, entre junho e julho, foram realizadas atividades para colónias de férias em 18 praias, aproximando-nos da comunidade escolar, promovendo ações lúdico-pedagógicas para crianças. Em parceria com a ONG Brigada do Mar, o Lidl Portugal promoveu 11 ações de limpeza na costa portuguesa, tanto em praias como nos rios, contribuindo para a descontaminação e proteção destas zonas, bem como dos ecossistemas aquáticos.

O programa TransforMAR surge de uma iniciativa pioneira do Lidl Portugal, juntamente com o Electrão, em parceria com a Marinha Portuguesa e a Brigada do Mar, contando com o apoio da  Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Quercus. Desde 2018, o TransforMAR recolheu mais de 253 toneladas de resíduos plásticos e metal das praias, mares e rios portugueses, transformando-os em benefício da comunidade.

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Retalho

Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar

Com esta nova abertura, a Auchan Retail Portugal reforça a sua estratégia de expansão no mercado da saúde e bem-estar.

A Auchan Retail Portugal reforça a aposta no segmento de ultra proximidade com a inauguração da terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar.

Num espaço de 204 metros quadrados, a My Auchan Saúde e Bem-Estar de Campolide, localizado na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Campolide, abre  portas esta sexta-feira.

“Sabemos que a Saúde é hoje extremamente relevante na sua componente de prevenção e na lógica de “viver mais e melhor”. A nossa missão é proporcionar o acesso a soluções integradas que vão ao encontro das necessidades do consumidor, numa experiência de compra completa, com uma oferta diversificada de marcas nacionais e internacionais, que alia qualidade e acessibilidade. A nova loja de Campolide reflete esse compromisso”, explica Inês Matos, diretora de nutrição, saúde e bem-estar na Auchan Retail Portugal.

“Temos um plano de expansão forte para os centros urbanos e pretendemos levar estes espaços, adaptados às necessidades específicas de cada bairro, a vários pontos do país nos próximos anos, reforçando a proximidade com os nossos clientes”, acrescenta.

Aberta todos os dias das 9 às 21 horas, a loja oferece ainda vantagens exclusivas para membros do Clube Auchan.

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Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial

“O primeiro passo para o sucesso de uma empresa é valorizar as suas pessoas e a renovação desta distinção é precisamente um reflexo desse facto e das nossas boas práticas. Estamos comprometidos com a mudança para um mundo mais igualitário e justo”, afirma Dina Duarte, diretora geral da Montiqueijo.

Pelo segundo ano consecutivo, no âmbito do Dia Mundial para a Igualdade Salarial – assinalado a 14 de novembro – a Montiqueijo foi distinguida com o Selo da Igualdade Salarial, atribuído anualmente pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), reforçando, assim, o seu compromisso com a equidade no local de trabalho.

O Selo da Igualdade Salarial procura reconhecer as boas práticas das empresas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres e Homens. Este certificado Salarial sublinha o empenho da Montiqueijo em garantir que todos os seus colaboradores recebem remunerações justas e que vão ao encontro das suas competências e desempenho, independentemente do género.

“O primeiro passo para o sucesso de uma empresa é valorizar as suas pessoas e a renovação desta distinção é precisamente um reflexo desse facto e das nossas boas práticas. Estamos comprometidos com a mudança para um mundo mais igualitário e justo”, afirma Dina Duarte, Diretora Geral da produtora.

Sendo a responsabilidade social um pilar fulcral para a empresa, este selo reafirma a importância da adoção de práticas laborais justas e transparentes, bem como da criação de um ambiente de trabalho equitativo e inclusivo, procurando promover não só igualdade e respeito como também a motivação dos colaboradores, sublinha a Montiqueijo em comunicado.

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Não Alimentar

Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares

A Sensodyne ouviu os consumidores e apresenta várias novidades nas seis pastas dentífricas da gama base da marca. 

“Sensodyne tem como missão melhorar a qualidade de vida dos que sofrem de sensibilidade dentária. Ao renovar a sua gama essencial, pretende incentivar mais pessoas a usar um produto adequado à sua condição. Estamos a investir na gama essencial para mostrar aos consumidores que Sensodyne tem todos os atributos de uma pasta regular, com o benefício acrescido de também proteger contra a sensibilidade dentária.” explica Cristina Rosa, Sensodyne Brand Manager – Haleon Portugal.

Depois de ouvir os consumidores, a marca concluiu que 36% dos portugueses que sofrem de sensibilidade dentária não usam dentífrico específico. Segundo a marca, a justificação está relacionada com dois fatores. Por um lado, há quem pense que um dentífrico específico só deve ser usado perante um quadro de dor relacionada com a sensibilidade dentária; por outro lado, há quem acredite que essas mesmas pastas não têm os benefícios de uma pasta regular, como proteção contra as cáries e limpeza profunda.(*IPSOS U&A Study 2018).

Para combater esta condição, Sensodyne introduziu novidades nos seus dentífricos mais populares (Proteção diária, Multicare, Gengivas, Extra Fresh, Branqueadora, Limpeza e Frescura): uma nova fórmula com tripla ação de limpeza, que elimina a placa bacteriana e que contém flúor para proteger contra as cáries, e uma imagem renovada.

 

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Alimentar

Salutem lança Mini Tortitas com dois novos sabores

Mini Tortitas de Lentilhas com sabor a Queijo e Trufa e a Queijo Azul são as novidades “para quem procura snacks equilibrados e cheios de sabor”.

A Salutem traz duas novidades para quem procura snacks equilibrados e cheios de sabor: as Mini Tortitas de Lentilhas com sabor a Queijo e Trufa e a Queijo Azul.

Prontas a comer, as novas Mini Tortitas de Lentilhas com sabor a Queijo e Trufa e com sabor a Queijo Azul “surgem como uma escolha ideal para quem quer elevar a experiência de receber a família e os amigos em casa. Com uma textura crocante e um toque sofisticado, são perfeitas para compor tábuas de queijos, acompanhar um vinho ou serem servidas simplesmente como um aperitivo em ocasiões especiais”, refere a Salutem em comunicado.

Estes novos sabores refletem o compromisso da marca em criar opções que respeitam o ritmo natural de cada pessoa, unindo o sabor ao bem-estar, sublinha ainda.

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Bebidas

LIGARTE by Casa Ermelinda Freitas chega às prateleiras da Auchan para promover inclusão social

Colaboração entre a Auchan, a Fundação LIGA e a Casa Ermelinda Freitas reforça compromisso com a responsabilidade social e a construção de uma sociedade mais inclusiva.

Hipersuper

Uma nova iniciativa solidária chega às prateleiras da Auchan. Em parceria com a Fundação LIGA, instituição que se dedica à capacitação e inclusão de pessoas com deficiência, e a Casa Ermelinda Freitas, a retalhista lança o vinho “LIGARTE by Casa Ermelinda Freitas”. Parte do valor das vendas será para apoiar pessoas com deficiência.

O vinho distingue-se pelo rótulo, uma obra de arte original da autoria de Bráulio Moreira e Tomás Lima, artistas e utentes da Fundação LIGA. Por cada uma das garrafas vendidas, 1,50€ será destinado aos projetos de apoio da Fundação, que abrangem áreas como habilitação, reabilitação, formação profissional, emprego e acessibilidade, promovendo a inclusão e autonomia.

A apresentação oficial está marcada para dia 28 de novembro, às 17 horas, na Auchan Live Almada, com a presença dos representantes das três entidades envolvidas. Esta colaboração entre a Auchan, a Fundação LIGA e a Casa Ermelinda Freitas reforça compromisso com a responsabilidade social e a construção de uma sociedade mais inclusiva.

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Produção

Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser

Pedro Serra defendeu no 10ª edição do Congresso Nacional de Rega e Drenagem que o modelo de gestão de recursos hídricos em Portugal deve ser de fins múltiplos e idêntico ao concebido para o Alqueva, impondo-se a necessidade urgente de criar um quadro legislativo novo.

Hipersuper

A 10ª edição do Congresso Nacional de Rega e Drenagem organizado pelo COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio, com o apoio da Câmara Municipal de Alcobaça, da Associação de Beneficiários de Cela, da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça, da APDEA, da APRH, do COTHN, da DGADR, da FENAREG, do INIAV, do Politécnico de Coimbra, da SCAP e da Universidade de Coimbra, reuniu mais de 30 oradores e especialistas nacionais e internacionais  durante 3 dias, além de profissionais do ecossistema da agricultura e do regadio.

Presidente do COTR, Gonçalo Morais Tristão

O programa do X Congresso incluiu uma sessão de abertura a cargo do presidente do COTR, Gonçalo Morais Tristão, de Hermínio Rodrigues – Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, e de José Manuel Gonçalves da Escola Superior Agrária de Coimbra, 5 keynotes, várias apresentações, 4 mesas-redondas e 2 fóruns de comunicações, estruturados em torno de 13 painéis dedicados aos temas: Água, Agricultura e Ambiente: Uma Abordagem Integrada da Gestão da Água; Regadio, Inovação e Tecnologia; Alterações Climáticas e Regadio: Medidas de Adaptação; Comunicar Agricultura e Regadio. Durante o Congresso foi também efetuada a apresentação da Agenda de Investigação e Inovação para o Regadio, e ocorreu uma visita técnica à Campotec.
Nuno Canada, Presidente do INIAV, e Hermínio Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, foram os responsáveis pela sessão de encerramento.

Modelo de gestão dos recursos hídricos deve ser semelhante a Alqueva

Pedro Serra, que teve a seu cargo a primeira keynote do Congresso, defendeu que o modelo de gestão de recursos hídricos em Portugal deve ser de fins múltiplos e idêntico ao concebido para o Alqueva, impondo-se a necessidade urgente de criar um quadro legislativo novo que tenha em conta o momento atual e que traga a Lei da Água de 2005 para o presente. Dando a conhecer o retrato de Portugal e da Península Ibérica no que diz respeito ao clima e ao regadio, aquele responsável revelou a posição de privilégio de que Portugal desfruta no contexto europeu, dispondo, além disso, do dobro da quantidade de água per capita face ao resto da Europa, ainda que o nível de pluviosidade seja mais irregular e a variabilidade se venha a acentuar cada vez mais, mercê também do impacto das alterações climáticas.

Referindo a assimetria existente entre as zonas húmidas de Portugal (norte) e as zonas secas (sul) que justificam uma maior apetência para agricultura de regadio na zona sul do país com o Alentejo a apresentar um crescimento de mais 60% nos últimos anos, Pedro Serra afirmou que em Portugal são os privados quem tem vindo a fazer investimentos avultados, na ordem dos vários milhões de euros, no regadio durante a última década, criando o seu próprio Plano e impulsionando a sua modernização. Destacando a necessidade de se criar uma gestão integrada dos recursos hídricos em Portugal, o orador deu como exemplo o enorme sucesso de Alqueva que já rega cerca de 150 mil hectares, e sublinhou que o nível de eficiência do regadio privado no nosso país está nos 90%, enquanto o regadio público/coletivo não vai além dos 40%.

Pedro Serra também defendeu que os planos hídricos são essenciais para o futuro da água no nosso país, onde considerou que temos tudo, exceto vontade política e estratégia para termos mais e melhores recursos hídricos, e que é urgente mudar o paradigma da água na agricultura, porque dele depende a nossa segurança e autonomia alimentar.

A mudança de paradigma, segundo Pedro Serra, tem de assentar numa gestão estruturada que inclua a rega, a agricultura e a sustentabilidade, de modo a termos uma política da água que se articule com política do regadio e a nova política energética, porque a mudança de paradigma na agricultura e na água, é também uma questão de transição energética. Desde logo porque é preciso evitar o desperdício da água através do planeamento da utilização da água para fins múltiplos, tornando-se essencial aproveitar o excesso produzido pelas energias renováveis através de melhor ligação às hidroelétricas. Aquele orador, defendeu ainda que o modelo de gestão de recursos hídricos em Portugal deve ser de fins múltiplos e idêntico ao concebido para o Alqueva.

Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser

Seguiu-se uma mesa-redonda, moderada pela jornalista Teresa Silveira, onde participaram Jorge Froes do Projeto Água no Oeste, José Núncio da Fenareg e Rogério Ferreira da DGADR. Os intervenientes foram unânimes em considerar que é preciso desburocratizar, simplificar o licenciamento e criar enquadramentos legais novos e ajustados à presente realidade do país.

Jorge Froes defendeu que Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser, e precisa de planos hídricos que permitam fazer a gestão integrada, envolvendo cada região e criando um plano hídrico nacional que contemple as vertentes local, regional, particulares e nacional. Sublinhando o papel dos privados ao longo dos últimos anos no que diz respeito ao investimento e desenvolvimento dos recursos hídricos e relembrando que para se fazer agricultura – da qual depende a segurança alimentar do país, é preciso regadio, José Núncio referiu que temos água, temos dinheiro, recursos e tecnologia e que só falta vontade política para se avançar com um plano e uma estratégia de Resiliência Hídrica.

Portugal terá de investir 3 a 4 mil milhões de euros para reabilitar as águas residuais urbanas nos próximos anos

Os participantes referiram ainda a necessidade de reduzir as perdas de água e de a levar para a rega, algo que impõe um esforço de modernização urgente, e no qual devem ser respeitadas as especificidades do território em matéria de construção e gestão de barragens e da água. Um cenário onde adquirem particular importância as barragens de fins múltiplos e onde a questão da reutilização da água e das ETARS terá de ser também equacionada. Sobretudo, porque, com a entrada em vigor da nova diretiva europeia, Portugal nos próximos anos terá de investir entre 3 e 4 Mil Milhões de Euros para reabilitar as águas residuais urbanas, implicando a construção de mais ETARS e a remoção das mais poluentes.

Durante a mesa-redonda, o responsável da DGADR referiu que a iniciativa Água Que Une – cujo trabalho será apresentado em janeiro de 2025, constitui uma oportunidade única para se criar um ponto de encontro de toda a fileira e a possibilidade de termos uma visão do país como um todo no que diz respeito ao tema da água. Neste contexto, a vertente da Governança, que irá ser abordada no trabalho de levantamento que está a ser feito, adquire particular relevância. Sublinhando o potencial das águas Residuais Tratadas no Regadio, Rogério Ferreira, alertou para a necessidade de se reformular a lei do Regadio (RJOAH) que tem quarenta anos e que há 20 que não é alterada, e revelou que a taxa de execução do PDR 2020, que só em 2023 deu 350 Milhões de Euros à agricultura, é já neste momento de 96%, faltando apenas executar apenas 4% daqui até ao final de 2025.

O responsável da DGADR, que defendeu que é preciso fazer uma reflexão profunda em Portugal sobre os licenciamentos, para se encontrarem soluções e fazer alterações que permitam reduzir os atuais prazos demasiado longos das candidaturas (5 e 7 anos entre o estudo prévio e o momento da execução) e assim sermos mais eficientes, destacou a importância do PEPAC na desburocratização e encurtamento dos prazos de decisão sobre os financiamentos dos projetos dos agricultores, que neste contexto passam a ser de um máximo de 60 dias.

Tecnologia ajuda a fazer uso mais eficiente e racional da água

A tarde do primeiro dia foi dedicada ao Regadio: Inovação e Tecnologia e contou com duas apresentações e uma mesa-redonda.

Na sua apresentação, José Maria Tarjuelo, Professor da Universidade de Castilla-La Mancha (UCLM), sublinhou a importância dos dados e das ferramentas digitais no contexto do regadio, e deu a conhecer o SAR (servicios de asesoramiento al regante). Trata-se de um sistema criado pela UCLM com o intuito de ajudar os agricultores a fazerem uma utilização eficiente e racional dos meios de produção, em especial da água e da energia, proporcionando-lhes o apoio científico e técnico adequado para otimizarem a sua gestão, e contribuindo para tornar a agricultura numa atividade económica, social e ambientalmente sustentável. José Maria Tarjuelo, sublinhou ainda a importância do uso de sistemas digitais na compreensão e monitorização do consumo de água e seu respetivo impacto nas culturas, determinando as necessidades e racionalizando os consumos. Desta forma é possível conjugar o regadio com a água da chuva, adequar os sistemas de rega à evolução concreta de cada uma das fases das culturas e obter poupanças muito significativas.

Por seu turno, Joan Girona, responsável do IRTA – Institut de Recerca i Tecnología (Catalunha) falou sobre o Uso Eficiente da Água na Agricultura e o seu papel na produção dos alimentos. Este orador referiu a crescente importância da tecnologia neste âmbito desde os programas de software, à IA, aos drones, às aplicações, aos sensores (aéreos e enterrados) até às sondas e satélites, etc, defendendo que o mais importante não é a quantidade de água que está afeta a cada cultura, mas sim a porção que cada cultura tem possibilidade de absorver. Dois conceitos distintos e que importa trabalhar a bem do aumento da eficiência do consumo e da produção e da poupança de recursos. Neste contexto, relembrando que a maior parte da água absorvida pelas plantas é depois devolvida ao meio ambiente através da transpiração, o responsável do IRTA chamou atenção para o papel da rega e do regadio de precisão, apoiados em sensores que medem as culturas continuamente cruzando os dados, guiando e otimizando a produção e os respetivos consumos de água.

Segundo Joan Girona, os sistemas de rega são cada vez mais eficientes, fornecendo informação cada vez mais detalhada sobre o estado hídrico das culturas e permitindo ajustar a utilização da rega com a água da chuva, otimizando os consumos e tornando a agricultura muito mais sustentável. Um esforço que é preciso continuar a fazer, dadas as alterações climáticas e a sua repercussão no aumento dos períodos de seca e de escassez da água.

A tecnologia terá um papel fulcral a desempenhar no contexto da sustentabilidade e da otimização do consumo da água, mas importa encontrar um equilíbrio que inclua o conhecimento humano, e que advém de se ir a campo e de se observarem as plantas e os solos in loco, até para podermos manter toda a riqueza do conhecimento agronómico do qual dependemos para programarmos corretamente e com precisão as ferramentas, concluiu.

É fundamental aumentar a literacia dos agricultores e impulsionar a capacitação digital do setor

A mesa-redonda do período da tarde, que foi moderada por Luís Alcino Conceição do InvoTechAgro, teve como participantes Miguel Tavares da Sysmart, Paula Paredes do ISA Rui Sousa do INIAV, e Tiago Sá da Wisecrop. Os participantes consideraram que não obstante os grandes avanços do regadio, desde que foi implementado o primeiro pivot de rega nos anos 90 do séc. XX, passando depois pelo projeto do Alqueva e pela introdução dos sistemas gota a gota, o atual movimento de transformação digital exige mais literacia e capacitação dos agricultores. Um esforço que obriga à criação de equipas multidisciplinares, que trabalhem em conjunto no sentido de maximizar a aplicação da tecnologia na agricultura e no regadio, integrando e passando conhecimento técnico para o setor. A academia tem um papel importante a desempenhar neste contexto, onde a tecnologia não pode fazer perder o foco na agronomia e na produção de alimentos.

A par desta abordagem abrangente, onde o dimensionamento no campo para se ver o que se está a fazer é uma peça chave, os vários intervenientes consideraram que os agricultores precisam de ser apoiados na adoção e na implementação da tecnologia para que este processo possa ser verdadeiramente eficaz. A assessoria, a par da formação, é outra vertente a desenvolver e ampliar, porque não basta ter a tecnologia e os sistemas inteligentes implementados. É preciso saber usá-los e tirar partido deles, percebendo que o seu propósito é dar opções para se gerir melhor, quais são as vantagens da sua utilização, e que a inovação é um processo contínuo. Agilidade e simplicidade são por isso dois aspetos fundamentais a ter em atenção, para se poder aumentar a literacia digital do setor e reduzir o gap existente entre o nível de maturidade do setor e o novo universo que a IA está a abrir em todos os setores de atividade, incluindo na agricultura e no regadio.

O primeiro dia do Congresso terminou com um Fórum de Comunicações onde foram apresentados vários projetos como:  Serviço Irriwatch; Avaliação Da Espectroscopia De Campo Na Gestão Da Rega Em Kiwicultura; Potencial De Reutilização De Águas Residuais Em Contexto Agrícola; Qualidade Da Água De Rega E Dos Fluxos De Retorno Em Áreas De Culturas Anuais E Perenes – Um Caso De Estudo No Aproveitamento Hidroagrícola Da Campina Da Idanha; Análise Comparativa Da Utilização De Diferentes Tipos De Disposição De Painéis Fotovoltaicos Na Rega Da Cultura Da Amendoeira; Proteção Dos Recursos Hídricos Nos Agroecossistemas Orizícolas – Contributo Do Projeto Promedrice, Programa Prima; e Estimativa Do Consumo De Água, Assistida Por Deteção Remota, Em Pomares De Macieiras Com Enrelvamento Permanente – Estudo Sobre A Produção De Maçã De Alcobaça IGP.

 

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Zippy convida as famílias a explorarem as suas emoções de forma inclusiva

“É urgente que as famílias percebam que todas as emoções têm um lugar, mesmo no Natal. Promover esta aceitação é fundamental para que as crianças cresçam mais seguras e conscientes de si mesmas.”, afirma o Professor Doutor Mário Cordeiro, que se aliou à Zippy nesta iniciativa.

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Num período frequentemente associado à felicidade e ao convívio, a Zippy reconhece que o Natal não é vivido da mesma forma por todos. A nova campanha procura dar voz a todas as emoções, sublinhando a importância de cada indivíduo na forma como sente e expressa os seus sentimentos.

“A ciência, a psicologia, a pediatria e a parte social reconheceram, finalmente, que as crianças têm emoções, sentem as coisas, têm sentimentos. As emoções, sejam elas raiva, angústia, medo ou alegria e bem-estar, fazem parte do ser humano e constituem uma paleta riquíssima que não pode ser ignorada ou banalizada. Aceitar e compreender estas emoções é essencial para um desenvolvimento saudável e uma convivência familiar mais harmoniosa.”, afirma o Professor Doutor Mário Cordeiro, que se aliou à Zippy nesta iniciativa.

A campanha integra as seis personagens coloridas da Zippy – os Monstros das Emoções –, que ajudam a explorar sentimentos de uma forma lúdica e visual. Cada monstro representa uma emoção distinta – alegria, tristeza, vergonha, medo, raiva e calma –, servindo de ponto de partida para conversas significativas entre pais e filhos.

“É urgente que as famílias percebam que todas as emoções têm um lugar, mesmo no Natal. Promover esta aceitação é fundamental para que as crianças cresçam mais seguras e conscientes de si mesmas.”, reforça o Dr. Mário Cordeiro.

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