Embalagem

Dos produtos da floresta ao desperdício da indústria

Indústria portuguesa de embalagens aposta em matérias-primas com maior capacidade de reciclagem e biodegradável como alternativa ao plástico de origem fóssil

Rita Gonçalves
Embalagem

Dos produtos da floresta ao desperdício da indústria

Indústria portuguesa de embalagens aposta em matérias-primas com maior capacidade de reciclagem e biodegradável como alternativa ao plástico de origem fóssil

Rita Gonçalves
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Indústria portuguesa de embalagens aposta em matérias-primas com maior capacidade de reciclagem e biodegradável como alternativa ao plástico de origem fóssil

As embalagens feitas a partir de matérias-primas biodegradáveis e recicláveis e, por isso, mais sustentáveis e circulares, têm sido a grande aposta dos industriais do setor do packaging para substituir os plásticos de origem fóssil. O Hipersuper conversou com responsáveis de uma empresa recém-nascida neste mercado, a The Navigator, e com duas empresas já experientes na produção de embalagens, a Mplastic e a Eurogrip, para perceber como está a ser feita esta aposta em embalagens mais sustentáveis e circulares no mercado português.

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Foi no final de 2021 que a The Navigator Company lançou uma nova linha de negócio de produtos para packaging, sob a marca gKraft. à boleia da entrada em vigor da legislação portuguesa que proibiu os plásticos de utilização única. “A marca gKraft contribui para a redução do plástico fóssil, sobretudo o de uso único, substituindo-o por materiais de base renovável e sustentável a partir de florestas plantadas”, afirma fonte oficial da Navigator, em declarações ao Hipersuper. Esta área de negócio representou cerca de 4% da faturação do grupo no ano passado, que se cifrou em 90 milhões de euros.

Esta é uma aposta de futuro. No primeiro trimestre de 2024, a Navigator conta ter em funcionamento em Portugal aquela que diz ser a primeira “unidade no mundo para a produção integrada de peças de celulose moldada de eucalipto, destinadas a substituir embalagens de plástico fóssil no mercado de food service”.

A futura fábrica localizada no parque industrial de Aveiro produzirá concretamente peças de celulose moldada destinadas a substituir peças de plástico que protegem alimentos e são utilizadas em embalagens nos pontos de venda ou são usadas numa perspetiva de utilização única. “Com uma capacidade inicial de 100 milhões de peças, estão previstos aumentos de capacidade nos anos seguintes”, avança a fonte da Navigator, acrescentando que um dos grandes desafios do projeto está ligado ao desenvolvimento de “propriedades de barreira biodegradáveis que permitam assegurar as funções de proteção dos alimentos e de isolamento apropriado a líquidos e gorduras constituintes dos mesmos”.

Por isso, a principal matéria-prima utilizada na gama gKraft é a fibra de Eucalipto Globulus que apresenta “particularidades muito interessantes” que permitem reduzir o consumo de fibra, em comparação com a fibra longa, assim como “benefícios técnicos distintos”, nomeadamente “a qualidade de impressão e as características de superfície”, salienta a mesma fonte.

A empresa fornece atualmente empresas de diferentes setores de atividade, como o retalho alimentar, o e-commerce, a indústria, a agricultura e a moda, e acredita que as embalagens alimentares apresentam “um elevado potencial de crescimento”, não só pela crescente consciencialização global para a redução do plástico como pela adequação da fibra virgem para a produção deste tipo de packaging. “Nestes produtos, a fibra reciclada não é adequada nem valorizada, o que oferece grandes oportunidades de crescimento”, sublinha.

“Acreditamos que os produtos de base florestal assumem um importante papel neste novo paradigma, com destaque para o papel, por todas as características que lhe são inerentes: natural, reciclável e biodegradável, tem na sua origem o maior sequestrador de carbono – a floresta – e no seu processo produtivo uma indústria que aposta na descarbonização e na investigação de bioprodutos”, afirma a mesma fonte, salientando ainda que o efeito de substituição do plástico de origem fóssil por um material celulósico com maior capacidade de reciclagem e biodegradável contribuiu para a redução das emissões com gases de efeito de estufa.

Na área dos bioprodutos, a empresa tem planos para desenvolver um conjunto de produtos alternativos aos produtos de origem fóssil como pastas de celulose não branqueadas de alto rendimento com menor utilização de madeira, embalagens de papel flexíveis para a indústria alimentar e retalho, embalagens em celulose rígidas também para a indústria alimentar e indústria eletrónica, compósitos de celulose e bioplásticos para produção de filamentos para impressão 3D e produtos termoldados para a área da saúde.

A Navigator lidera um consórcio constituído por 27 entidades nacionais que irá investir 103 milhões de euros na investigação, desenvolvimento e comercialização de soluções de embalagens inovadoras e sustentáveis.

Mplastic reforça aposta nos biomateriais com criação da b4logic

A Mplastic aumentou a capacidade de produção da fábrica em Vagos, assim como a capacidade de volumetria das embalagens, que vão agora desde os 100 mililitros aos 30 litros, com um investimento de cerca de três milhões de euros concluído no final do ano passado. Com este investimento, a empresa de packaging do grupo MSTN reforçou a “capacidade técnica” para testar novos conceitos, matérias-primas e prototipagem, detalha Ricardo Neto, diretor geral da Mplastic, em entrevista ao Hipersuper, acrescentando que a empresa tem em curso a montagem de um laboratório “com tecnologia e equipamento de ponta” quer irá permitir desenvolver novos produtos e preparar a unidade de produção para competir com empresas nacionais e internacionais em matéria de certificação de qualidade.

A empresa está a apostar forte no desenvolvimento de biomateriais para produzir embalagens mais sustentáveis, a partir de subprodutos naturais e biodegradáveis, provenientes da indústria, e criou a empresa b4logic para trabalhar esta área de negócio.

Estes novos biomateriais podem ter por base diferentes tipos de resíduos, como folhas de oliveira, café, cortiça, ardósia e casca de laranja, entre outros, e possibilitam a obtenção de produtos de base biológica, biodegradável e compostável, para os setores de embalagem, agricultura, cosmética, automóvel e têxtil.

“A customização das composições a partir da valorização de subprodutos provenientes de diferentes tipos de indústrias, além de reduzir o seu impacto no meio ambiente, permite ainda às marcas criar uma relação emocional com os consumidores”, considera Ricardo Neto.

“Estas composições são utilizadas para criar diversos tipos de produtos e embalagens em diferentes setores e propósitos. Após a sua utilização podem regressar ao solo, com um impacto no ecossistema muito menor em comparação com os plásticos provenientes de origem fóssil”, acrescenta.

Para além de biodegradáveis e compostáveis, a produção de biomateriais, com caraterísticas semelhantes aos plásticos convencionais, permite uma poupança energética até 65%, garante.

Em parceria com as universidades, a empresa desenvolveu para a fundação Mirpuri a primeira garrafa produzida em Portugal feita à base de algas e 100% biodegradável.

Novos produtos e processos produtivos e promoção da sustentabilidade a montante e a jusante da cadeia de valor, desde a escolha de matérias-primas até à reciclagem de embalagens de resíduos, são as duas áreas prioritárias do plano de investimento da empresa que começou a produzir embalagens em exclusivo para a Mistolin mas que, entretanto, alargou a área de atuação a todo o mercado.

Para combater a “sobreexploração de recursos naturais” para a conceção de matérias-primas, e a “deposição, cada vez mais significativa”, em aterros de produtos em final de ciclo de vida, a Mplastic garante dar especial importância à circularidade. “Adaptamos todos os componentes das embalagens, como os rótulos e as tampas, para uma fácil reciclagem, disponibilizando produtos que utilizam um número reduzido de componentes e promovendo circuitos internos ou externos que incentivam a economia circular das embalagens”, termina Ricardo Neto.

Eurogrip apresenta novos produtos e serviços

A Eurogrip tem vindo a alargar a oferta de embalagens feitas a partir de materiais reciclados e a melhorar as ferramentas de personalização do packaging. No decorrer deste ano, no qual assinala 25 anos de vida, a empresa de Vila Nova de Gaia está a preparar o lançamento de novos produtos e serviços.

Sem desvendar quais os produtos, Eugénio Bulhosa, responsável pelo marketing da empresa especializada em embalagens flexíveis, disse ao Hipersuper que consistem em “soluções sustentáveis” que promovem a circularidade e dão resposta às “necessidades do mercado”. Por outro lado, na área dos serviços, a empresa irá apresentar ao mercado “soluções tecnológicas” que irão enriquecer o serviço prestado.

“Desde 2021 que o investimento está a ser aplicado em soluções tecnológicas internas e externas e em criar soluções e serviços que contribuam para melhorar a economia circular”, resume.

 

 

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Retalho

Utilização de IA nas compras cresce 47% em Portugal

A inteligência artificial (IA) está a transformar os hábitos de consumo em Portugal. Segundo o Adyen Index: Retail Report 2025, 32% dos consumidores portugueses já utiliza IA para fazer compras, o que representa um aumento de 47% face ao ano anterior.

Hipersuper

A Geração Z lidera esta tendência, com 45% dos inquiridos a recorrer à tecnologia, mas o maior crescimento registou-se entre os Baby Boomers (60-78 anos), com uma subida de 85% na utilização. A maioria dos utilizadores afirma que a IA é uma ferramenta útil para se inspirar na escolha de produtos como vestuário ou refeições.

Apesar da forte adesão por parte dos consumidores, apenas 32% dos retalhistas nacionais planeia investir em IA nos próximos 12 meses para reforçar as áreas de vendas e marketing, e 31% para apoiar a inovação de produto.

O estudo revela ainda que 39% dos portugueses gostaria de comprar a partir de múltiplos canais, que inclui loja, redes sociais e e-commerce, mas apenas 39% dos retalhistas oferece atualmente uma experiência de compra unificada.

O relatório foi conduzido pela Censuswide com base numa amostra de 41.089 consumidores maiores de 16 anos em 28 países, incluindo Portugal. Os dados foram recolhidos entre 26 de fevereiro e 12 de março de 2025.

A análise com retalhistas incluiu 14.003 profissionais em 29 países, com dados recolhidos entre 10 de fevereiro e 12 de março de 2025. A Censuswide é membro da Market Research Society e do British Polling Council, cumprindo os respetivos códigos de conduta e os princípios da ESOMAR.

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Alimentar

O Lisboeta lança nova edição limitada com café Delta

A marca O Lisboeta acaba de apresentar uma nova edição especial que celebra dois ícones da tradição portuguesa: o salame de chocolate e o café Delta. 

Hipersuper

Resultado da parceria com a Delta Cafés, esta edição limitada integra o Lote Portugal, conhecido pelo seu perfil aromático e pelo papel central no quotidiano dos portugueses. À base de salame de chocolate gelado, junta-se agora o sabor marcante do café, numa criação que homenageia dois clássicos reinventados.

“As edições especiais são sempre uma oportunidade para surpreender. Desta vez quisemos fazer algo que ficasse. E sabíamos que só fazia sentido com o Lote Portugal da Delta Cafés”, afirmam os fundadores d’O Lisboeta.

Disponível em todas as lojas da marca, no site oficial e nas Delta Coffee House Experience em Lisboa, o novo sabor pode ser adquirido à unidade, em caixa de seis unidades ou de dez. Mantendo-se fiel ao seu conceito, O Lisboeta serve-se sempre gelado.

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Bebidas

Super Bock celebra os Santos Populares em mais de 200 locais de Lisboa

A Super Bock volta a marcar presença nas Festas de Lisboa com a nova campanha “É um milagre dos Santos”, reforçando a ligação da marca à tradição dos Santos Populares.

Hipersuper

Este ano, a marca estará presente em mais de 200 locais da capital, entre arraiais, pontos de venda, ativações e experiências.

Patrocinadora oficial das Festas de Lisboa, que integram os Arraiais e as Marchas Populares, a Super Bock aposta numa campanha que celebra os reencontros, os momentos partilhados e a alegria dos amigos, elementos centrais desta época festiva. “É um milagre dos Santos” sublinha o espírito único destas celebrações, onde até “o amigo poupado paga rodadas” e “o amigo caseiro passa a noite fora”.

A presença da marca será visível em vários arraiais emblemáticos, como o Grande Arraial de Benfica, os Santos à Campolide, e nas festas de bairros como Caselas, Mouraria, Bica, Carnide, Santa Catarina e Navegantes, entre outros.

Bruno Albuquerque, diretor de marketing cervejas e patrocínios do Super Bock Group, sublinha: “a Super Bock é a marca da Amizade e dos momentos partilhados. Estar nas Festas de Lisboa enquanto Patrocinador Oficial é estar onde a amizade acontece – sem filtros e de forma genuína -, com tudo o que faz dos Santos Populares uma celebração tão nossa e única. Queremos continuar a ser a cerveja que acompanha os reencontros, os abraços, os brindes e a alegria dos amigos”.

A campanha estará também presente em social media, mupis, outdoors nas estações de metro e táxis, contribuindo para consolidar a Super Bock como um símbolo das celebrações populares lisboetas.

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Exportação

Fruit Attraction 2025 atinge 90% de ocupação

A Fruit Attraction 2025, feira internacional dedicada ao setor de frutas e hortícolas, já regista uma taxa de ocupação superior a 90%, quatro meses antes da sua realização.

Hipersuper

Organizado pela Ifema Madrid e pela Fepex, o certame terá lugar entre 30 de setembro e 2 de outubro, no centro de exposições de Madrid, e reafirma a sua posição como evento de referência global para o setor.

A 17.ª edição da feira contará com um espaço de exposição de 70.000 m², mais 8% do que em igual período do ano passado, prevendo-se a participação de mais de 2.500 empresas, 75.000 m² de oferta expositiva e a presença de cerca de 120.000 profissionais oriundos de 150 países.

Este ano, a feira ocupará 10 pavilhões – 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12 e 14 – convertendo Madrid no epicentro mundial da comercialização de produtos frescos. A nova setorização vai otimizar a experiência de expositores e visitantes, com destaque para as propostas nacionais nos pavilhões ímpares e a representação internacional nos pares. A área Fresh Food Logistics estará localizada no pavilhão 4, e haverá ainda zonas dedicadas à Indústria Auxiliar em vários pavilhões, cobrindo toda a cadeia de valor do setor.

O tomate será o produto estrela desta edição, com diversas iniciativas centradas neste hortícola de grande impacto económico em Espanha. Paralelamente, os produtos biológicos terão visibilidade acrescida, através de ações específicas nos stands dedicados.

Entre as novidades, destacam-se os Prémios aos Melhores Stands, em quatro categorias: stand mais original, melhor design, mais sustentável e melhor stand global, votado pelo público. A feira voltará ainda a distinguir os melhores projetos, produtos ou serviços no Innovation Hub Awards, focados em inovação, sustentabilidade e tecnologia aplicada.

A Fruit Attraction 2025 contará também com um programa alargado de fóruns técnicos e congressos, entre os quais se destacam o Grape Attraction, Biofruit Congress e Fresh Food Logistics The Summit. Os países convidados desta edição são o México e a Malásia, no âmbito do Guest Importing Countries Programme, integrado no programa de compradores internacionais.

A feira decorre de 30 de setembro a 2 de outubro, entre as 9:30 e as 19 horas, encerrando às 16 horas no último dia.

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Retalho

Auchan anuncia os vencedores da 2.ª Edição do Prémio de Inovação Alimentar

Já são conhecido os vencedores da 2.ª edição do Prémio de Inovação Alimentar, uma iniciativa da Auchan Retail Portugal que pretende identificar e promover projetos disruptivos no setor alimentar.

Hipersuper
O prémio visa acelerar a entrada de produtos e embalagens inovadoras no mercado, oferecendo aos vencedores acesso privilegiado à rede de distribuição da Auchan.
O prémio na categoria Produto foi atribuí.do ao Nutino, um snack de miolo de noz com sabor que se destaca pela sua proposta saudável, leve e 100% natural. O Nutino apresenta-se como o primeiro snack de nozes com sabor a nível mundial, com potencial para redefinir o segmento de snacks saudáveis e de frutos secos.
Na categoria Embalagem, a Monchique Can foi a vencedora. Uma garrafa de alumínio 100% reciclável e reutilizável. Principais características: Leve, durável e com design exclusivo. A Monchique Can foi concebida para uso contínuo, não se esgotando após um só consumo, como as garrafas descartáveis.
A Fragoleto foi distinguida com uma Menção Honrosa pela sua linha de gelados artesanais probióticos, elaborados com kombucha e kéfir. Os gelados Fragoleto oferecem uma opção indulgente que combina sabor e benefícios para a saúde digestiva.
“Estamos bastante impressionados com a qualidade e a diversidade dos projetos que concorreram a esta edição do Prémio de Inovação Alimentar” afirma Filipa Rebelo Pinto, diretora de Produto da Auchan Retail Portugal. “Esta iniciativa demonstra o nosso compromisso em apoiar a inovação no setor e em oferecer aos nossos clientes produtos e embalagens que se destacam pela sua originalidade, qualidade, caracter sustentável e capacidade de responder às suas necessidades. Acreditamos que este prémio é uma excelente plataforma para impulsionar o crescimento de empresas inovadoras e para enriquecer a oferta alimentar em Portugal”, acrescenta.
Os vencedores desta edição terão a oportunidade de comercializar os seus produtos nas lojas Auchan e no website da marca, além de receberem visibilidade nos canais de comunicação da Auchan, acesso ao programa de mentoria Netmentora e participação no palco de inovação Future Taste.
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Retalho

Mercadona inaugura loja em Fafe e reforça presença no distrito de Braga

A Mercadona reforça a sua presença no distrito de Braga com a abertura de uma nova loja em Fafe, localizada na freguesia de Quinchães.

Hipersuper

Este novo supermercado, que abre portas esta quarta-feira, representa a oitava unidade da insígnia no distrito e resultou na criação de 65 postos de trabalho, todos com contratos sem termo desde o primeiro dia, em linha com a política de recursos humanos da empresa.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Fafe, Antero Barbosa, do executivo municipal, e de Pedro Teixeira da Mota, Presidente da Junta de Freguesia de Quinchães, que realizaram uma visita institucional às instalações. Antero Barbosa sublinhou a importância da criação de emprego local e elogiou o compromisso da empresa com a responsabilidade social, nomeadamente através da doação diária de bens alimentares à Santa Casa da Misericórdia de Fafe.

Com uma área de vendas de 1 900 m², a nova loja segue o modelo de supermercado ecoeficiente da Mercadona, integrando 413 painéis solares para autoconsumo e promovendo a mobilidade sustentável com pontos de carregamento para veículos elétricos e estacionamento para bicicletas e trotinetes. A loja dispõe ainda de seções como talho, peixaria, padaria, frutas e legumes, charcutaria, garrafeira e o espaço pronto a comer, com pratos tradicionais para levar ou consumir no local.

Sofia Cardoso, diretora de Relações Externas da Zona Norte e Responsabilidade Social da Mercadona em Portugal, afirmou: “Estamos muito orgulhosos por termos chegado ao município de Fafe reafirmando o nosso compromisso de estar cada vez mais próximos dos nossos Chefes (clientes), oferecendo-lhes um serviço de qualidade e uma experiência de compra diferenciada. Esperamos que os fafenses nos recebam com o mesmo entusiasmo com que abrimos as portas da nossa loja, e que a Mercadona seja o seu supermercado de confiança.”.

Esta abertura insere-se na estratégia de crescimento da Mercadona em Portugal, país onde a cadeia soma já mais de 7.000 empregos e um investimento acumulado superior a 376 milhões de euros. Para 2025, está prevista a abertura de mais 10 lojas, com um investimento adicional de 157 milhões de euros.

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Bebidas

Wine & Soul lança Manoella Branco 2024

Esta nova colheita mantém a linha estética da gama Manoella, um projeto assinado pelos enólogos Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges, que quer continuar a destacar-se na produção de vinhos que respeitam a origem e elevam o carácter do Douro.

Hipersuper

A Wine & Soul acaba de apresentar a nova colheita do Manoella Douro Branco 2024, um vinho que reforça o compromisso da marca com a autenticidade do Douro e o respeito pelo terroir. Proveniente de uma vinha com 58 anos, localizada a 600 metros de altitude na Quinta da Manoella, em pleno vale do Pinhão, este branco distingue-se pela frescura, mineralidade e identidade das castas autóctones da região.

Produzido a partir de Gouveio, Viosinho, Rabigato e Códega do Larinho, o Manoella Branco 2024 resulta de uma vindima realizada a 28 de agosto, em condições atmosféricas ideais. Após desengace e prensagem pneumática, o mosto fermentou durante oito semanas, a baixas temperaturas, em cubas de inox e ovo de cimento. Seguiu-se um estágio de sete meses sobre borras finas, que conferiu complexidade e elegância ao vinho.

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Não Alimentar

BAT nomeia Álvaro Rodríguez de Codes como novo diretor-geral em Portugal

A British American Tobacco (BAT) acaba de anunciar a nomeação de Álvaro Rodríguez de Codes como novo diretor-geral da operação em Portugal, reforçando assim o compromisso da multinacional com o mercado nacional.

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Esta decisão integra uma estratégia mais ampla de consolidação da presença da BAT na Península Ibérica, acompanhada por alterações estruturais nas áreas de assuntos corporativos e regulamentares.

Com uma trajetória ascendente na BAT desde 2015, ano em que ingressou como Brand Assistant em Espanha, Álvaro Rodríguez de Codes assume agora a liderança da filial portuguesa da empresa (British American Tobacco España S.A. – Filial em Portugal). Licenciado em Administração e Direção de Empresas e com um Executive MBA pelo IESE – Universidade de Navarra, De Codes destaca-se pelo seu foco em inovação, desenvolvimento contínuo e compromisso com a transformação organizacional.

“É com grande entusiasmo que assumo agora este novo desafio em Portugal. Acredito que a diversidade e a colaboração
mantêm as equipas motivadas para alcançar resultados extraordinários”, afirma o novo responsável, sublinhando que “o nosso objetivo em Portugal é alcançar um Mundo sem Fumo através do desenvolvimento de produtos inovadores que ajudem os nossos consumidores adultos a mudar para produtos sem fumo e vamos trabalhar nisso”.

A par desta nomeação, a empresa revelou que Andrés Martín assumirá, no final de 2024, o cargo de Diretor de Assuntos Corporativos e Regulamentares da BAT para Espanha e Portugal. No primeiro trimestre de 2025, João Pedro Lopes será integrado na equipa nacional da mesma área, reforçando a estrutura da BAT em Portugal.

Com um portefólio estratégico que integra marcas como Vuse (vaporizadores), glo (tabaco aquecido) e Velo (nicotina oral), a BAT reportou em 2024 um crescimento de 1 ponto percentual na receita proveniente de produtos sem combustão, que representam agora 17,5% das receitas globais do grupo.

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André Boto foi distinguido pela fotografia que mostra separadamente os elementos do ovo – casca, clara e gema. World Food Photography Awards, patrocinados por Bimi
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Fotógrafo português entre os vencedores dos World Food Photography Awards

André Boto foi distinguido na categoria ‘MPB Award for Innovation’. O concurso que elege as melhores fotografias de comida do mundo, é patrocinado por Bimi.

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Já são conhecidas as melhores fotografias de comida do mundo, patrocinados por Bimi. Entre os vencedores está o fotógrafo português André Boto, que já foi finalista dos prémios várias vezes.

Mas a grande vencedora dos World Food Photography Awards 2025 foi ‘Os Idosos a Saborear Comida Deliciosa’, da fotógrafa chinesa Xiaoling Li, imagem que tinha ganho inicialmente a categoria ‘Food for the Family’, apoiada pelo The Felix Project.
A fotografia foi tirada na Antiga Cidade de Shuangliu, na província de Sichuan, na China. “As senhoras idosas na imagem estão a ‘organizar uma formação Portão do Dragão’”, explicou Xiaoling Li. “Esta é uma expressão chinesa usada para descrever vizinhos que se juntam para conversar, partilhar histórias e pôr a conversa em dia. Comem o famoso petisco de Sichuan, rolinhos primavera. A comida torna estas pessoas felizes; desfrutam de uma vida bonita e alegre”, sublinhou.

A imagem do fotógrafo chinês Xiaoling Li foi a grande vencedora dos World Food Photography Awards, patrocinados por Bimi

Caroline Kenyon, fundadora dos World Food Photography Awards, considerou que a imagem vencedora é “perfeita para os nossos tempos”. “Esta imagem, incrivelmente enquadrada, captura cinco mulheres idosas na província de Sichuan a deliciar-se com boa comida entre amigas. A alegria que têm na companhia umas das outras é palpável, uma poderosa resposta aos que nos querem dividir. A cor, a composição, a variedade de expressões enquanto uma das protagonistas continua de forma determinada a saborear a comida… Duvido que haja alguém que não se sinta inspirado por esta fotografia”, definiu.

Um prémio português
André Boto, que já foi finalista dos prémios várias vezes, triunfou novamente este ano. O fotógrafo português  recebeu a distinção Highly Commended na categoria MPB Award for Innovation pela sua fotografia ‘Egg’, que mostra separadamente os elementos do ovo – casca, clara e gema.  “O meu objetivo era mostrar todos os elementos do ovo de forma realista – a casca, a clara e a gema – mas separando-os”, explicou Boto.

Os vencedores das 25 categorias do concurso foram revelados pelo  chef, empresário e escritor gastronómico Yotam Ottolenghi nas Mall Galleries, em Londres, durante uma cerimónia de entrega de prémios que reuniu estrelas do mundo da gastronomia e das artes.
“Estes prémios mostram o poder da fotografia em contar incríveis histórias gastronómicas de todo o mundo”, afirmou Dave Samuels, diretor de marca da Tenderstem Bimi Broccolini e patrocinador principal dos prémios. “Independentemente das mudanças no mundo, a comida continua a ser o centro das nossas vidas. Estas imagens extraordinárias servem como um lembrete do papel fundamental que a comida desempenha nas comunidades, unindo pessoas através do cultivo, da culinária, da partilha à mesa, da celebração e da sobrevivência”, acrescentou.

A fotografia de Ryan Kost, tirada num templo de monges no Camboja, venceu o prémio inaugural Bimi. World Food Photography Awards patrocinados por Bimi

O painel global de jurados deste ano, responsável por avaliar quase 10 mil candidaturas enviadas de 70 países, foi presidido pelo fotógrafo de gastronomia, David Loftus e incluiu Henrique Sá Pessoa, conceituado chef Michelin, Claire Reichenbach, CEO da James Beard Foundation, Tom Athron, CEO da Fortnum & Mason, e Rein Skullerud, fotógrafo sénior e editor de fotografia do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.
Uma exposição gratuita com as 185 imagens finalistas está patente nas Mall Galleries, em Londres, entre 21 e 25 de maio. Uma seleção de imagens será também exibida na Fortnum & Mason a partir de 2 de junho, assim como no Museum of the Home, de 3 de junho a 7 de setembro.

 

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Entrevista

Gonçalo Morais Tristão: “O setor olivícola e oleícola vive momentos de grande dinamismo”

Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), aponta ao Hipersuper os desafios estruturais do setor e as suas oportunidades de crescimento.

Em vésperas do Congresso Nacional do Azeite, que decorre a 22 e 23 de maio, em Campo Maior, Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), aponta ao Hipersuper os desafios estruturais do setor e as suas oportunidades de crescimento. A 8ª edição deste Congresso organizado pelo CEPPAL, acontece quando as mais recentes estimativas do INE, perspetivam um aumento na produção de azeite em 10%, na campanha 2024-2025, em relação à campanha anterior, atingindo cerca de 177 mil toneladas.

Os novos desafios do setor vão centrar a 8ª edição do Congresso Nacional do Azeite. Quais são esses desafios?
O setor olivícola e oleícola vive momentos de grande dinamismo, fruto do desenvolvimento da cultura registado nos últimos anos. Esse notável desenvolvimento ocorrido em Portugal fez com que, nos últimos 20 anos, aumentássemos em 320% a nossa produção, enquanto simultaneamente atingimos elevados padrões de qualidade, comprovados pelo facto de cerca de 95% do azeite produzido no nosso país ser virgem ou virgem extra e pelos inúmeros prémios de qualidade que, cada vez mais, os nossos produtores conquistam para as suas marcas nos mais prestigiados concursos internacionais.
Diria, pois, que estes desafios foram ganhos. Outros desafios se apresentam ao sector. Em primeiro lugar, o desafio da sustentabilidade ambiental. A adopção de práticas culturais sustentáveis, o uso eficiente da água na rega e da aplicação dos fitofármacos, a par da gestão adequada do solo, são caminhos que têm sido traçados e que devem continuar para se generalizarem no sector.
A promoção do azeite português é também um grande desafio. Temos de perceber, como país produtor, o que queremos e como queremos mostrar e vender o nosso azeite ao mundo. A estratégia de promoção deve ser conduzida pelo sector, agregada numa associação interprofissional, que potencie a promoção da qualidade dos nossos azeites e que possa fazer face à sã concorrência dos azeites de outras origens.
Temos a nossa qualidade, temos as nossas histórias, temos a nossa cultura, temos o nosso património, temos os nossos olivais e lagares, tudo ferramentas para a promoção. O CEPAAL tem dedicado boa parte da sua atividade na promoção do azeite e, neste momento, temos vários projetos em que o olivoturismo/oleoturismo assume um papel principal – outra excelente forma de promover o azeite português.

“O volume da produção de azeite da campanha de 2024-2025 é o segundo mais elevado alcançado a nível nacional”, revela Gonçalo Morais Tristão

O que destacaria da edição deste ano do Congresso?
O Congresso Nacional do Azeite é uma iniciativa que tem como objetivo dinamizar o sector olivícola e oleícola nacional enquanto fórum de debate, ponto de encontro para os profissionais do sector e de partilha de informação, privilegiando sobretudo a divulgação de informação técnica. Foi com esse objetivo que se idealizaram os quatro painéis e principais temas de debate: os novos desafios do sector; as preocupações das empresas no domínio do ESG; a marca e a origem, e a sua importância na caracterização dos nossos azeites; e, finalmente, o azeite na alta cozinha.
No que respeita à perspetiva de ESG para o setor, a qualidade dos intervenientes convidados assegura-nos que vamos conseguir um excelente debate, porventura a trazerem-nos a sua visão sobre a evolução recente deste tema, face a alguns retrocessos políticos advindos da nova administração norte-americana.
No tema da identidade do azeite português, daremos voz aos produtores que são, melhor do que ninguém, os responsáveis pela excelência dos nossos azeites e pela marca da sua identidade.
Finalmente, teremos o painel com os chefs e com representantes das escolas de turismo, onde perceberemos não só o valor que os chefs atribuem a este produto português, nomeadamente quanto à sua diferenciação, mas também que importância tem o ensinamento da “cultura” do azeite nas escolas de turismo. São estes os destaques do Congresso, além do facto, de regressarmos a Campo Maior, motivo de grande regozijo para o CEPAAL.

As previsões do INE apontam para um aumento de 10% na campanha 2024-2025. Que azeite irá resultar desta campanha, em termos de qualidade?
O volume da produção de azeite da campanha de 2024-2025 é o segundo mais elevado alcançado a nível nacional, o que muito nos orgulha ainda que não seja uma grande surpresa, dado o extraordinário desenvolvimento do sector nos últimos anos, com a plantação de novos olivais todos os anos e com maior densidade de árvores por hectare. Fatores que, conjugados, fazem prever um aumento continuado da produção, apenas quebrado em anos de contra-safra, ou por algum evento agrometeorológi20co negativo.
Quanto à qualidade, a melhor prova da excelente qualidade dos nossos azeites desta campanha são os resultados obtidos nos concursos, onde competimos com azeites de outros países. Recentemente, na Ovibeja, foram divulgados os premiados no Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra onde Portugal se destacou ao ser o país que mais galardões arrecadou pela primeira vez, tendo ficado à frente de azeites espanhóis, italianos e gregos.
Por outro lado, nos concursos nacionais organizados pelo CEPAAL – o concurso da Feira Nacional de Olivicultura e o Concurso Nacional de Azeite Virgem, da Feira Nacional de Agricultura, e embora os premiados ainda não tenham sido divulgados, o que me dizem os provadores oficiais é que a qualidade dos azeites a concurso foi muito boa.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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