Mauro Almeida NTT DATA Portugal
Entrevista

“Pior do que estar exposto ao risco é não agir para o prevenir”

Numa altura em que aumentam os ciberataques em Portugal, o Hipersuper quis perceber quais os grandes desafios para as empresas e as melhores estratégias e ferramentas para combater estas ameaças. Mauro Almeida, Head of Cyber Security da NTT Data Portugal, responde a estas questões.

Ana Rita Almeida
Mauro Almeida NTT DATA Portugal
Entrevista

“Pior do que estar exposto ao risco é não agir para o prevenir”

Numa altura em que aumentam os ciberataques em Portugal, o Hipersuper quis perceber quais os grandes desafios para as empresas e as melhores estratégias e ferramentas para combater estas ameaças. Mauro Almeida, Head of Cyber Security da NTT Data Portugal, responde a estas questões.

Sobre o autor
Ana Rita Almeida
Artigos relacionados
Mondelēz Portugal duplamente certificada pela cultura de trabalho implantada
Retalho
Museu do Pão e ACIP lançam o concurso ‘O melhor Pão de Portugal’
Alimentar
iServices inaugura nova sede regional no Porto com Academia de Formação Técnica
BRANDED
Fundo Shoppings Iberia adquire La Vie Caldas da Rainha e La Vie Guarda
Retalho
Science4you tem nova identidade visual
Retalho
Via Verde cria parceria com a Cooltra para aumentar oferta de serviços de mobilidade
ESG
Grupo Valouro reuniu colaboradores e parceiros para celebrar os 150 anos
Retalho
AJAP organiza seminário sobre o Jovem Empresário Rural na Ovibeja
Produção
Stratesys implementa plataforma na Sumol+Compal e reforça eficiência nas compras
Bebidas
Auchan apresenta coleção de livros para os mais pequenos aprenderem a gerir as emoções
Retalho
PUB

Numa altura em que aumentam os ciberataques em Portugal, o Hipersuper quis perceber quais os grandes desafios para as empresas e as melhores estratégias e ferramentas para combater estas ameaças. Mauro Almeida, Head of Cyber Security da NTT DATA Portugal,  responde a estas e a outras questões, numa conversa esclarecedora onde o responsável da consultora de negócios e tecnologia sublinha o quão é importante prevenir e como isso pode fazer toda a diferença na estratégia e sucesso de uma empresa. Mas é preciso mais: as empresas têm que ter “uma estratégia de cibersegurança e uma estratégia de ciber-resiliência” e todos têm que perceber  que a segurança começa nas pessoas.

Mauro Almeida NTT DATA PortugalComo define o estado atual da cibersegurança em Portugal?
Em Portugal, os ataques informáticos têm seguido a tendência mundial. Em cibersegurança não existem fronteiras, e é natural que se observe uma globalização dos ataques informáticos, ganhando maior relevância aqueles que são economicamente mais atrativos para os atacantes. A cibersegurança já é um tema essencial nas agendas da gestão de topo das empresas portuguesas, que efetivamente o consideram como sendo um risco operacional. Isto é, um risco com o potencial de gerar um impacto negativo e profundo na organização, seja ele reputacional, financeiro, regulamentar ou capaz de gerar uma quebra de produção. No entanto, considero que existe ainda um nível de confiança excessivo, por parte das empresas, na sua capacidade de o gerir. Principalmente, se considerarmos a relevância que as PMEs têm no tecido empresarial português e as dificuldades que estas têm em dar resposta aos temas relacionados com a cibersegurança. As PMEs em Portugal representam mais de 90% do número de empresas e são muitas vezes utilizadas como veículo ou vetor de ataque para que os ciber criminosos, através de um ataque à supply chain, consigam atingir empresas de maior dimensão.
De acordo com o Global Cybersecurity Index 2020 da União Internacional das Telecomunicações (UIT), relatório que pretende medir o compromisso dos Estados membros da UIT no que respeita à segurança do ciberespaço, destaca-se a subida de Portugal na classificação em relação ao relatório de 2018: Portugal está agora no 14.º lugar no ranking global (42.º em 2018) e no 8.º lugar no ranking regional (Europa) (25.º em 2018). É visível o caminho notável que tem vindo a ser feito em Portugal no que diz respeito à cibersegurança, mas há aspetos que devemos ter sempre em consideração. A constante evolução tecnológica, um time-to-market cada vez mais reduzido e a pressão a que as empresas estão sujeitas para dar resposta às necessidades dos seus clientes, colaboradores e parceiros, em constante mudança, fragiliza-as e torna-as mais expostas a ciberataques que, por sua vez, se tornam também cada vez mais rentáveis para os atacantes.

PUB

É, cada vez mais, evidente que não existe uma solução formatada para um ciberataque. Estar próximo e conhecer as necessidades do cliente fazem toda diferença?
Sem dúvida. É fundamental estar próximo dos clientes e essa é uma premissa da NTT DATA, não só na cibersegurança, mas em todo o negócio que desenvolve.
No caso da cibersegurança, em particular, não há efetivamente soluções formatadas para proteger as empresas de um ciberataque. Há soluções tecnológicas, metodologias e processos que são mais, ou menos, padronizados, mas não se deve fazer uma adoção ou implementação simplista dos mesmos.
Uma empresa é constituída por pessoas, que criam uma cultura própria, por um conjunto de fornecedores, clientes e relações únicas e por um parque tecnológico particular. Por isso, quando olhamos para a estratégia de cibersegurança, e ciber resiliência, ou para os controlos de segurança que devem ser implementados numa empresa, temos de ter todos estes fatores em consideração, bem como o atual nível de maturidade da empresa para a cibersegurança.
A abordagem que defendo é a aquisição de soluções assente na perspetiva do ciber risco, tendo a avaliação de risco como pedra basilar de uma estratégia de segurança robusta e holística. Esta abordagem permite às organizações a seleção adequada das soluções a adquirir, ou implementar, e garante uma aplicação eficiente do orçamento disponível e a correta priorização do investimento com a consequente redução do ciber-risco.

Todas as empresas já foram ou vão ser confrontadas com um ataque. É fundamental uma mudança de postura para “prevenção” em vez de “reação”?
De facto, são cada vez mais as organizações que aceitam o facto de que serão, eventualmente, alvo de um ciberataque. A questão não é “se”, mas sim “quando”. Mas, pior do que estar exposto ao risco, é não agir para o prevenir. As empresas que não atuam preventivamente sobre estas ameaças têm uma probabilidade muito maior de vir a ter perdas financeiras, danos operacionais ou reputacionais.
A segurança de informação, a cibersegurança e a implementação de medidas de segurança preventivas não podem, nunca, ser vistas como um custo para as organizações, mas sim como um investimento focado na redução dos riscos que ameaçam a organização e os seus ativos. Afinal, o acesso indevido a dados confidenciais das empresas, ou a sua adulteração, pode levar à perda de propriedade intelectual, ao pagamento de multas por incumprimentos legais e a algo muito mais difícil de resolver: a perda de confiança por parte dos clientes.
Além de ser fundamental uma mudança de postura para “prevenção” em vez de “reação”, também é imperativa uma mudança de paradigma por parte das organizações, de uma postura de ciberdefesa e cibersegurança para uma postura de ciber resiliência. A ciber resiliência envolve a aceitação do facto que nenhuma solução de cibersegurança é perfeita ou capaz de proteger contra todas as ameaças possíveis. É por isso que todas as organizações precisam, como medida preventiva, de implementar duas estratégias distintas: uma estratégia de cibersegurança e uma estratégia de ciber resiliência. A estratégia de cibersegurança é desenhada para minimizar o risco de os ataques terem sucesso. Quando inevitavelmente estes ocorrem, a estratégia de ciber resiliência existe para minimizar o seu impacto.

A formação e sensibilização dos colaboradores pode ser o principal agente de mudança?
A sensibilização e formação em segurança de informação e cibersegurança é fundamental e tem de começar com a gestão de topo das organizações.
É normal lermos ou ouvirmos que as pessoas são o elo mais fraco. E também sabemos que uma corrente é tão mais forte quanto o seu elo mais fraco. Por isso, a segurança das empresas tem de começar pelas pessoas. Ou seja, a segurança das empresas começa em nós. Começa nas nossas convicções, nos nossos comportamentos e na compreensão de como esses comportamentos nos afetam a nós, às organizações das quais fazemos parte e, até, à própria sociedade.
É fundamental que consigamos mudar as convicções das pessoas, dos nossos colaboradores, para que estes mudem as suas ações e os seus comportamentos. Portanto, não basta sensibilizar as pessoas para que tenham comportamentos mais seguros, é importante também que elas compreendam e percebam o impacto que as suas ações terão dentro das organizações ou até mesmo nas suas vidas pessoais, porque eu, como cidadão, estou sujeito também a ataques de roubo de identidade ou de credenciais de acesso ou de dados bancários.

O “Zero Trust Security Service” é uma iniciativa global da NTT DATA com alguns anos que ganhou mais protagonismo por altura da pandemia. Em que consiste e como pode fazer a diferença para as empresas?
De facto, nem o conceito Zero Trust nem esta iniciativa global da NTT DATA são novos, mas naturalmente, ganharam maior relevância com a pandemia. Principalmente, pelo facto de que esta pandemia expôs um conjunto de fragilidades das organizações, seja pela ausência de uma estratégia clara de cibersegurança ou pela implementação de uma estratégia desatualizada ou que não era adequada aos riscos a que as organizações estavam expostas.
O “Zero Trust Security Service” é uma iniciativa global da NTT DATA e conta por isso com uma capacidade de resposta global. Com esta iniciativa, a NTT DATA pretende apoiar os seus clientes em três dimensões complementares: estratégica, desenho e implementação, a que se somam mais duas:  comunicação e gestão da mudança. Tem como o principal objetivo dotar as organizações de um ambiente tecnológico e processual, adequado aos novos modelos de trabalho flexíveis de hoje em dia, sem restringir a localização física do trabalhador ou dispositivo utilizado. Além disso, este serviço contribuí positivamente para a redução da probabilidade de ocorrência de incidentes, dotando as organizações de um maior nível de segurança, através da adoção de soluções tecnológicas como autenticação multifatorial e monitorização de atividade, permitindo assim a deteção, resposta e recuperação rápida no caso de um ciberataque, interno ou externo.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Artigos relacionados
Mondelēz Portugal duplamente certificada pela cultura de trabalho implantada
Retalho
Museu do Pão e ACIP lançam o concurso ‘O melhor Pão de Portugal’
Alimentar
iServices inaugura nova sede regional no Porto com Academia de Formação Técnica
BRANDED
Fundo Shoppings Iberia adquire La Vie Caldas da Rainha e La Vie Guarda
Retalho
Science4you tem nova identidade visual
Retalho
Via Verde cria parceria com a Cooltra para aumentar oferta de serviços de mobilidade
ESG
Grupo Valouro reuniu colaboradores e parceiros para celebrar os 150 anos
Retalho
AJAP organiza seminário sobre o Jovem Empresário Rural na Ovibeja
Produção
Stratesys implementa plataforma na Sumol+Compal e reforça eficiência nas compras
Bebidas
Auchan apresenta coleção de livros para os mais pequenos aprenderem a gerir as emoções
Retalho
Bebidas

Stratesys implementa plataforma na Sumol+Compal e reforça eficiência nas compras

Com a nova plataforma digital já operacional, a Sumol+Compal passa a contar com uma ferramenta que permite reforçar a transparência, agilidade e eficiência nas negociações com fornecedores, melhorando simultaneamente os fluxos internos e a capacidade de resposta às exigências do mercado.

Hipersuper

A Sumol+Compal concluiu com sucesso a implementação da solução SAP Ariba Sourcing, um passo estratégico na modernização dos seus processos de compras e na consolidação de uma cadeia de abastecimento mais eficiente e colaborativa. O projeto foi conduzido pela Stratesys, multinacional especializada em tecnologias SAP e OpenText.

Esta iniciativa insere-se na estratégia da Sumol+Compal de apostar na inovação como motor de crescimento sustentável e competitivo, refletindo o seu compromisso com a transformação digital dos processos operacionais.

A implementação contou com o envolvimento direto das equipas da Stratesys, da SAP e da própria Sumol+Compal, que trabalharam em estreita colaboração para assegurar uma transição eficaz. “Este projeto é um excelente exemplo de como a tecnologia pode ser um motor de transformação real e impacto concreto no negócio. A confiança da Sumol+Compal na Stratesys para liderar este processo é um motivo de grande orgulho para nós, e o sucesso alcançado reflete o compromisso e a colaboração de todas as equipas envolvidas”, afirma Tiago Lopes Duarte, diretor e partner da Stratesys em Portugal.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Primeiro vinho do Douro da Casa Ermelinda Freitas eleito o melhor tinto no Citadelles Du Vin 2025

De entre 21 países e 433 vinhos inscritos, o vinho Quinta de Canivães DOC Douro ganhou o prémio de melhor vinho tinto da competição.

Hipersuper

A Casa Ermelinda Freitas voltou a ver os seus vinhos reconhecidos com mais uma distinção no Concurso Citadelles Du Vin 2025: conquistou o Prémio Especial – Melhor Vinho Tinto da Competição, 1 medalha de Grande Ouro, 3 Medalhas de Ouro e 2 medalhas de Prata), No total, recebeu 7 medalhas.

De destacar o Prémio Especial atribuído ao vinho Quinta de Canivães DOC Douro 2020, que foi considerado o melhor vinho tinto na competição.

Citadelles du Vin 2025

Prémio Especial 2025:
– Quinta de Canivães DOC Douro 2020

Medalha de Grande Ouro:
– Quinta de Canivães DOC Douro 2020

Medalhas de Ouro:
– Vinha do Torrão Grande Escolha Branco 2023
– Gábia Jovem e Refrescante Ligeiro
– Quinta de Canivães Reserva 2019

Medalhas de Prata:
– Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon Reserva 2023
– Vinha da Valentina Reserva Signature Tinto 2022



Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

ESG

Continente vai plantar mais de 115 mil árvores para ajudar a reflorestar Portugal

A iniciativa resulta dos projetos Green Cork, promovido pela Quercus com a Missão Continente, e Cadernão, fruto da colaboração entre o Continente e a marca Oxford.

Hipersuper

O Continente está a lança uma nova iniciativa desenvolvida em parceria com a Antarr, que tem por objetivo contribuir para a revalorização de capital natural e para o desenvolvimento de uma floresta produtiva e biodiversa.

A marca de retalho alimentar da MC vai plantar um total de 115.280 árvores, numa iniciativa que resulta dos projetos Green Cork, promovido pela Quercus com a Missão Continente, e Cadernão, campanha de recolha e reciclagem de cadernos fruto da colaboração entre o Continente e a marca Oxford. Em 2024, desão dos clientes Continente a estes dois projetos resultou na recolha e reciclagem de 37 mil toneladas de rolhas de cortiça e 89 toneladas de papel, o que motivou a iniciativa de plantação de árvores.

Assim, para incentivar as pessoas a preferirem sacos reutilizáveis em alternativa aos tradicionais, por cada saco Pl’Antarr comprado nas lojas Continente, será plantada uma árvore em Portugal, informa a marca. “Com uma capacidade de 20 kg, os sacos Pl’Antarr são versáteis e multiusos, o que potencia a sua reutilização, e têm estampadas as frases ‘Empowered by Nature’ ou ‘The Places You’ll Grow’. Estão disponíveis em todas as lojas Continente, com um PVP de 4€”, refere ainda o Continente, numa nota de imprensa.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Distribuição

Estudo Prioridades 2025 da TouchPoint: crescimento da marca própria e polarização do consumo entre preço e experiência são prioridades

A incerteza já não é uma variável ocasional no setor do retalho e grande consumo, mas sim uma constante que exige das empresas uma adaptação contínua. Esta é uma das principais conclusões do estudo Prioridades 2025, desenvolvido pela TouchPoint Consulting, que revela as grandes tendências e estratégias que vão moldar o setor no próximo ano.

Com a inflação, a crise energética e a instabilidade geopolítica a pressionarem o consumo e a redefinir as cadeias de abastecimento, os retalhistas e fabricantes enfrentam desafios cada vez mais complexos. No entanto, também surgem novas oportunidades, impulsionadas pela inovação, pela digitalização e por mudanças nos padrões de comportamento do consumidor.

“O setor do Retalho e do Grande Consumo atravessa um momento de reconfiguração estratégica, impulsionado por um consumidor mais exigente, consciente e polarizado. Os resultados do estudo Prioridades 2025 by TouchPoint, confirmam que temas como o crescimento da marca própria (17% das respostas totais, com particular incidência entre os fabricantes – 21%) e a polarização do consumo entre preço e experiência (12%) deixaram de ser meras tendências: são hoje prioridades estratégicas para marcas e retalhistas”, sublinha Beatriz Mesquita, Marketing & Engagement Lead na TouchPoint Consulting.

“A necessidade de agir com foco, eficiência e inteligência de mercado é evidente. A eficiência promocional (13%), melhorar a disponibilidade de produto na prateleira (11%), a gestão de preços (10%) e a adaptação dos sortidos à realidade das lojas e dos consumidores (10%) surgem como as grandes prioridades para 2025. Estas áreas refletem um alinhamento claro entre indústria e distribuição face à urgência de otimizar margens, responder à pressão promocional e adaptar-se à nova realidade do consumo. Destaca-se ainda o peso crescente da digitalização e da inteligência artificial, apontadas por 13% dos retalhistas como áreas prioritárias. Esta aposta reforça a importância da tecnologia como alavanca para decisões mais ágeis, personalizadas e orientadas por dados. O shopper omnicanal, a procura por conveniência e a gestão de talento são também sinais de que a transformação em curso exige soluções mais integradas, colaborativas e com execução rigorosa”, aponta.
“Em 2025, antecipar, adaptar e agir com detalhe fará toda a diferença. Porque, num mercado cada vez mais exigente, a diferença continua a estar no detalhe”, conclui a responsável.

Marcas próprias em ascensão e a crescente polarização do consumo

O estudo destaca o crescimento das marcas próprias como tendência para 2025. Num contexto de redução do poder de compra, os consumidores continuam a procurar alternativas mais acessíveis, o que impulsiona a aposta dos retalhistas neste segmento. O aumento da qualidade e da diferenciação dos produtos de marca própria tem contribuído para reforçar a fidelização dos clientes, levando a um posicionamento mais competitivo face às marcas tradicionais.

Paralelamente, a polarização do consumo – um fenómeno em que os consumidores oscilam entre a procura do preço mais baixo e a valorização da experiência de compra – mantém-se como um dos principais desafios para o setor. Enquanto uma parte do mercado privilegia produtos acessíveis e essenciais, outra procura inovação, personalização e serviços diferenciados. Este comportamento exige que os retalhistas ofereçam simultaneamente soluções económicas e produtos premium para cobrir ambos os perfis de consumidor.

Omnicanalidade e conveniência: fatores determinantes no futuro do retalho

A consolidação do consumidor omnicanal, que se movimenta entre lojas físicas, plataformas digitais e experiências virtuais, ganha ainda mais força em 2025. O estudo revela que este comportamento já não é uma tendência emergente, mas sim uma realidade estabelecida que obriga as empresas a otimizar a experiência do cliente em todos os pontos de contacto.
As marcas precisam de garantir que a experiência de compra seja fluida e integrada, independentemente do canal escolhido pelo consumidor. Desde a pesquisa e compra online até à recolha em loja ou entrega ao domicílio, o foco está na conveniência e na rapidez do serviço.

Esta procura por maior conveniência reflete-se também na preferência por formatos de proximidade, como supermercados de bairro e lojas de conveniência, que permitem aos consumidores fazer compras rápidas e eficientes. Além disso, as entregas ultrarrápidas e os modelos de subscrição continuam a crescer, reforçando a necessidade de uma logística ágil e de soluções tecnológicas que permitam gerir estoques de forma eficiente.

IA a revolucionar o retalho

A inteligência artificial (IA) está a revolucionar o setor do retalho e a sua influência será ainda mais expressiva em 2025. Desde a automação de processos internos até à personalização da experiência do cliente, a IA está a permitir que as empresas aumentem a eficiência e reduzam custos.

No campo da análise de dados, a IA tem ajudado os retalhistas a compreender melhor os padrões de consumo, a prever a procura e a otimizar estratégias promocionais. A capacidade de antecipar tendências e ajustar preços em tempo real representa uma vantagem competitiva significativa.

Outro aspeto crítico é a melhoria da gestão da cadeia de abastecimento. Com a crescente pressão sobre custos e prazos de entrega, os retalhistas e fabricantes estão a investir em tecnologia para otimizar a logística, minimizar desperdícios e garantir uma maior disponibilidade de produtos nas prateleiras. A eficiência na cadeia de abastecimento tornou-se uma prioridade estratégica para muitas empresas, permitindo uma resposta mais rápida às flutuações da procura e reduzindo o risco de ruturas de stock.

Recrutamento e retenção de talento: um desafio crescente

O mercado de trabalho no setor do retalho continua a enfrentar desafios significativos, sobretudo no que toca ao recrutamento, retenção e gestão de talentos. Em 2025, as empresas terão de adotar novas abordagens para atrair profissionais qualificados e garantir que as suas equipas estejam preparadas para responder às exigências do mercado.
O modelo de trabalho híbrido já é uma realidade em muitas organizações e continuará a consolidar-se no próximo ano. A flexibilidade tornou-se um fator determinante para a satisfação dos colaboradores, o que leva as empresas a repensar as suas políticas de gestão de pessoas.

A formação assume um papel fundamental nesta equação. O estudo revela que 89% dos inquiridos consideram a formação uma prioridade, com destaque para áreas como Business Intelligence, negociação e vendas. Além disso, a digitalização e a automação estão a transformar os perfis profissionais necessários, tornando essencial a capacitação contínua das equipas.

Principais prioridades estratégicas para 2025

A análise da TouchPoint Consulting destaca um conjunto de prioridades estratégicas para o setor em 2025. Entre as mais relevantes estão:
– Aumentar a eficiência promocional e melhorar a gestão de preços, garantindo que as estratégias comerciais se ajustam às novas dinâmicas do mercado;
– Adaptar o sortido à loja e ao consumidor, oferecendo uma gama de produtos mais segmentada e personalizada;
– Melhorar a experiência de compra, apostando em digitalização, inovação e novos formatos de venda;
– Reforçar a colaboração entre fabricantes e retalhistas, promovendo um ecossistema mais integrado e eficiente;
– Investir na inovação, tanto ao nível de produtos como na adoção de novas tecnologias para otimizar processos e melhorar a experiência do consumidor.

A digitalização do negócio e o uso da inteligência artificial são prioridades transversais, indicando que a automação e a análise de dados desempenharão um papel decisivo na transformação do setor. Além disso, a adoção de práticas mais sustentáveis surge como uma preocupação crescente, tanto do lado dos consumidores como das empresas, que procuram reduzir o impacto ambiental das suas operações.

O estudo foi desenvolvido pela TouchPoint Consulting International e teve como objetivo identificar as principais tendências e prioridades estratégicas para o setor do retalho e grande consumo em Portugal em 2025. Através de um inquérito online de natureza quantitativa, realizado em janeiro de 2025, foram recolhidas respostas de profissionais do setor, nomeadamente 55% de fabricantes, 25% de retalhistas e grossistas, 14% de fornecedores de serviços e 6% de outros perfis. O questionário, com uma duração média de três minutos por participante, analisou temas como a influência de tendências macro e micro (incluindo inteligência artificial, marcas próprias, consumo consciente, cadeia de abastecimento e talento), as prioridades estratégicas das empresas (como pricing, digitalização, sortido e eficiência promocional), comparando ainda os dados com os obtidos em 2024. A formação e o desenvolvimento de talento, com destaque para as áreas de Business Intelligence, vendas e negociação, surgem igualmente como eixos centrais da análise.

Dados fornecidos pela TouchPoint Consulting International

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Retalho

Galp reforça oferta de conveniência nas suas lojas com o exclusivo Café Biscoff

A Galp acaba de lançar uma nova proposta na sua oferta de cafetaria: o Café Biscoff. Descrito como “um café que se come ou um biscoito que se bebe”, este produto exclusivo promete surpreender os consumidores da Península Ibérica, marcando mais um passo na evolução da marca no segmento de conveniência.

Hipersuper

Desenvolvida pelo Chef Juan Bosco, responsável pela Coffee & Bakery da Galp em Portugal e Espanha, a receita conta com certificação oficial da Lotus Biscoff. Esta inovação surge na sequência de outras apostas da insígnia, como o Chocolate do Dubai e as cookies de Natal, que se tornaram presença permanente nas lojas.

O lançamento do Café Biscoff reforça a estratégia de transformação da rede de retalho da Galp, que nos últimos anos renovou mais de 440 lojas em território ibérico, com foco numa experiência de cliente mais completa e orientada para momentos de consumo convenientes e diferenciadores.

“As nossas lojas foram repensadas para proporcionar uma experiência de abastecimento completa na nossa rede de retalho: energia para os veículos e energia para os nossos clientes”, explica Rute Gonçalves, responsável de marca, marketing e conveniência da Galp, em comunicado. “Vendemos 16 milhões de cafés por ano em Portugal, conhecemos bem os nossos clientes. Temos a certeza de que o Café Biscoff os vai surpreender e ser um sucesso”, acrescenta.

A nova bebida está já disponível em 50 lojas Galp em Portugal e em 90 pontos de venda em Espanha.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa

A Aldi Portugal vai disponibilizar, a partir de 16 de abril, um sortido exclusivo de bolos artesanais para a Páscoa, fruto de uma parceria com a Pão da Vermelha, fornecedor nacional de longa tradição na pastelaria e panificação.

Hipersuper

Entre as propostas, a insígnia destaca o tradicional Folar de Páscoa – simples ou com dois ovos –  Bolo-rainha e o Bolo Finto de Páscoa, ainda uma novidade: o Bolo Inglês, feito com frutas cristalizadas e massa húmida. Todos os produtos serão entregues diretamente da panificadora para as lojas, assegurando a sua máxima frescura, acrescenta a Aldi Portugal.

“Este sortido especial é mais uma das nossas apostas para celebrar a Páscoa e resulta da relação de longevidade e confiança que temos com a Pão da Vermelha. Além de frescura e qualidade, queremos que as famílias portuguesas tenham à mesa doces únicos e com um sabor autenticamente português.”, sublinha Daniel da Silva, managing director procurement da ALDI Portugal.

“A Aldié um parceiro que partilha os mesmos padrões de qualidade que nós, razão pela qual já mantemos uma relação há muitos anos, apoiando a nossa confeção artesanal, que incorpora o conhecimento de gerações anteriores.”, refere Pedro Ferreira, gerente da Pão da Vermelha.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Foto : Pedro Melim
Bebidas

Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

Hipersuper

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

Hipersuper
A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

Hipersuper

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Hipersuper. Todos os direitos reservados.