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Empresas e instituições mobilizam-se para criar indústria de insetos em Portugal

Produtores, distribuidores, autoridades públicas, academias e centros de investigação estão alinhados para desenvolver uma indústria de insetos competitiva em Portugal. Para este efeito, um grupo de empresas está a candidatar […]

Rita Gonçalves
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Empresas e instituições mobilizam-se para criar indústria de insetos em Portugal

Produtores, distribuidores, autoridades públicas, academias e centros de investigação estão alinhados para desenvolver uma indústria de insetos competitiva em Portugal. Para este efeito, um grupo de empresas está a candidatar […]

Rita Gonçalves
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Insetos2Produtores, distribuidores, autoridades públicas, academias e centros de investigação estão alinhados para desenvolver uma indústria de insetos competitiva em Portugal. Para este efeito, um grupo de empresas está a candidatar uma agenda de investimento de 57,4 milhões de euros aos fundos do PRR e retalhistas e produtores mostram avanços na comercialização de alimentos à base de insetos. O que vem aí?

 

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A ideia de colocar o país no mapa da produção mundial de insetos para alimentação humana e animal começou a ganhar forma quando, em novembro do ano passado, um consórcio de 38 empresas e centros de investigação anunciaram o lançamento de uma agenda de investimento de 57,4 milhões de euros para erguer uma indústria de insetos competitiva e tecnologicamente avançada em Portugal, ao abrigo de uma candidatura ao maior programa de financiamento, designado “Agendas Mobilizadoras”, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem um período de execução até 2026.

No final do ano passado, o projeto da Agenda Mobilizadora InsectERA passou a primeira fase do programa com nota positiva, revela em entrevista ao Hipersuper Daniel Murta, CEO e fundador da Ingredient Odyssey e porta-voz da InsectERA. “[o projeto] reuniu elevado interesse junto das entidades promotoras e junto do setor agroalimentar em Portugal”, garante. A empresa promotora da Agenda InsectERA criou já certamente a equipa de base que irá promover o desenvolvimento da segunda fase da candidatura, cujos resultados deverão ser conhecidos em abril ou maio.

O consórcio envolve três produtores de insetos em Portugal (Ingredient Odissey, Thunderfoods e The Cricket FarmCo), a consultora de inovação tecnológica INOVA+, os laboratórios colaborativos B2E CoLab, Colab4Food, FeedInov CoLab e IplantProject CoLab e as empresas Auchan, Mendes Gonçalves, Agromais, Silvex, Mesosystems, Sorga, Savinor, Nutrifarms, PetMaxi, Sensetest, Solfarco, entre outras.

O objetivo é desenvolver a industrialização, comercialização e exportação de produtos inovadores à base de insetos, com soluções para a área alimentar (animal e humana), indústrias da cosmética e dos bioplásticos, assim como para o setor biorremediação, através da criação de soluções de valorização de resíduos orgânicos.

 

InsetosDa defesa do consumo pela ONU à aprovação da DGVA

Foi lá longe, em 2013, que a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) defendeu o consumo de insetos como solução estratégica para o aumento da sustentabilidade alimentar e de alternativas nutricionais.

Em Portugal, em 2018, a DGVA (Direção-Geral de Alimentação e Veterinária) publica um Manual de Boas Práticas na Produção e Processamento de Insetos para Alimentação Animal e, em junho de 2021, ao abrigo do Regulamento Europeu para Novos Alimentos, autoriza o consumo de sete tipo de insetos.

“Esta alteração legal, promovida pela DGAV, permitiu que a produção e utilização de insetos para alimentação humana em Portugal se tornasse uma realidade, tendo entrado produtos alimentares produzidos à base de insetos produzidos no nosso país no mercado nacional ainda no verão passado”, conta o porta-voz da InsectEra. Na opinião de Daniel Murta, o trabalho da DGAV permitiu que “os desenvolvimentos técnico-científicos não perdessem o impacto por ausência de acompanhamento legal e regulamentar, o que muitas vezes condena projetos de elevado valor”.

Portugal Bugs no Continente (9)O Continente, a primeira marca de retalho alimentar no país a comercializar produtos alimentares à base de insetos, acredita que esta categoria de produtos alimentares tem “uma grande margem de crescimento”, salienta fonte da Sonae MC, em entrevista ao Hipersuper. “O consumo de insetos é uma tendência mundial, com um perfil nutricional muito interessante e, sobretudo, com um impacto ambiental muito mais reduzido quando comparado com os de outras fontes proteicas animais”.

A insígnia comercializa barras cruas e snacks de tenebrio molitor desidratado, da Portugal Bugs (a primeira empresa portuguesa a desenvolver e comercializar produtos alimentares à base de insetos) em corners de dez lojas Continente (em espaços dedicados aos novos produtos) e na loja Continente Labs. Ao Hipersuper, fonte da Sonae MC adianta que as vendas têm vindo a superar as expetativas. Os Continente de Matosinhos, Colombo, Oeiras e Vasco da Gama, são, até ao momento as lojas com mais unidades vendidas. “Cerca de 10% dos clientes repetiram a compra mais do que uma vez, um valor muito positivo, tendo em conta o caráter disruptivo [destes produtos]”.

As barras cruas, disponíveis em quatro combinações de sabor (chocolate e amêndoa, figo e laranja, maça e canela, manteiga de amendoim e mel), que incluem insetos na composição, embora os animais não sejam visíveis no produto final, são as referências mais comercializadas nos espaços da Sonae. Por outro lado, “na segunda semana em loja, no total das 11 lojas que disponibilizam os produtos, foram vendidas cerca de 140 unidades de snacks de tenebrio molitor desidratado”, partilha a fonte da Sonae, estes, sim, com os insetos visíveis ao olho humano.

Tendo em atenção que os produtos mais vendidos são aqueles nos quais os insetos não são visíveis, a Sonae acredita que os consumidores “estão prontos para incluir insetos na sua alimentação, de forma gradual, e incorporada em alimentos que já façam parte do seu dia-a-dia”.

Será a crescente exposição a diferentes produtos com insetos que vai permitir eliminar, aos poucos, as barreiras ao consumo num setor ainda com uma grande margem de crescimento, conclui o porta-voz da empresa da Maia.

snacksMais tarde, foi a vez da Auchan Portugal apresentar um espaço dedicado à alimentação do futuro e à democratização da inovação alimentar, em loja, designado Future Taste, primeiro em Alfragide e, entretanto, já disponível em Aveiro, Gondomar e Almada. A primeira marca a ocupar este espaço de exposição foi a Portugal Bugs, com quem a a Auchan já trabalhava há algum tempo. “O uso de insetos como fonte de alimento tem-se revelado uma excelente fonte de proteína que, quando comparada com outras fontes proteicas animais, apresenta a vantagem de ter menor impacto ambiental e, como tal, estes farão parte do futuro da alimentação”, adivinha Vera Fernandes, responsável de oferta e compra na Auchan Retail Portugal, em entrevista ao Hipersuper.

A insígnia já introduziu permanentemente uma gama de alimentos à base de insetos nos seus lineares. Comercializa atualmente um portefólio constituído por snacks, massa proteica, chocolate com tenebrio e farinha de inseto proteica da marca Portugal Bugs.

Guilherme Pereira, fundador da Portugal Bugs, estima, em declarações ao Hipersuper, que o mercado português de produção e venda de insetos comestíveis represente no final de 2022 cerca de dois milhões de euros.

A estratégia de entrada dos produtos da Portugal Bugs nos lineares do Continente foi programada em parceria com a retalhista, com o objetivo de “alcançar uma percentagem considerável de consumidores” que foram impactados de “forma positiva” e consciencializados para o consumo de insetos. Depois, com a entrada na Auchan, a empresa alargou a distribuição a todo o país e lançou novos produtos. Ao fim de seis meses do lançamento dos produtos nas duas cadeias de distribuição alimentar, Guilherme Pereira considera que estes projetos são essenciais não só para a afirmação da Portugal Bugs, mas para a afirmação todas as empresas que constituem este setor, assim como para estimular o consumo deste tipo de produtos junto dos portugueses.

insetos1Porque é que a proteína de inseto é valorizada?

Além de uma fonte privilegiada de proteína e de micronutrientes, os insetos são facilmente digeríveis e assimiláveis, conta Daniel Murta, acrescentando que a capacidade de produção local, de forma eficiente e recorrendo a subprodutos agrícolas, contribui para uma eficiente utilização dos recursos naturais do país. “Comparativamente, para produzir um quilo de insetos basta utilizar dois quilos de alimento, enquanto para produzir a mesma quantidade de carne de bovino é necessário utilizar dez quilos de alimento”, exemplifica o porta-voz da InsectERA, alertando, no entanto, que ambos os animais têm alimentos diferentes e ocupam espaços produtivos diferentes, pelo que os insetos não devem ser considerados substitutos da carne de vaca, ou de outros animais e plantas, mas sim um complemento à dieta alimentar.

O responsável acredita que, por um lado, o consumo de insetos irá crescer nos próximos anos, alavancado por argumentos de nutrição, saúde e sustentabilidade e, a longo prazo, irá crescer nos países ocidentais devido à necessidade de produzir fontes proteicas localmente e de forma mais eficiente.

Acreditando que os insetos terão “um papel relevante” na nutrição das populações humanas nos países ocidentais e tendo em conta que a crise gerada pela presente pandemia veio reforçar que a independência nutricional dos países é essencial para assegurar a sua soberania e resiliência económica, ficando menos exposto a variações do preço global de matérias-primas, Daniel Murta defende que a produção de insetos em Portugal, transformando desperdícios nutricionais da agroindústria em produtos de elevado valor económico e nutricional, é uma oportunidade “para um país de reduzidas dimensões, com poucos recursos naturais, exposto à seca e às alterações climáticas”.

insetosDa garagem para os lineares do Continente

A Portugal Bugs nasceu em 2016 em contexto universitário e em, 2017, dá início a uma experiência de produção de insetos numa garagem. Depois da luz verde por parte da DGAV para a produção e utilização de insetos para alimentação humana em Portugal, é a primeira empresa portuguesa a comercializar produtos alimentares à base de insetos em Portugal e nos mercados internacionais. A empresa está a exportar uma parte da sua produção para o Japão, a Holanda e a República Chega. É precisamente na Holanda e na Républica Checa, a par da Alemanha e Bélgica, onde o mercado de insetos está mais desenvolvido na Europa. “As autoridadesgovernamentais [destes países] promoveram este setor através da implementação de medidas benéficas para os operadores”, adianta o fundador da Portugal Bugs.

“A nossa filosofia de crescimento mantém-se, acreditamos num crescimento sustentável, baseado em necessidades reais”, conta Guilherme Pereira, dando conta da intenção da empresa de triplicar o número de trabalhadores até ao final deste ano.

Atualmente, a empresa está focada em exclusivo na produção e desenvolvimento de produtos alimentares com insetos, adquirindo a matéria-prima junto de fornecedores exclusivamente europeus, em virtude da “complexidade para conseguir aprovação para a produção de insetos para consumo humano em Portugal”. “Num futuro próximo queremos ter só fornecedores portugueses”, adianta o responsável que, além do Continente e da Auchan, comercializa também alguns dos produtos no El Corte Inglés e na mercearia de produtos internacionais Glood.

Ressalvando que ainda é prematuro fazer um balanço das vendas, o fundador da Portugal Bugs indica que as barras energéticas têm tido uma boa aceitação junto dos portugueses, nomeadamente junto das camadas mais jovens, entre os 12 e os 40 anos, e junto dos mercados internacionais. As barras energéticas são o produto da empresa mais exportado. “Tendo em conta que o lançamento foi feito apenas em agosto de 2021, posso adiantar que o resultado foi surpreendentemente positivo e acima das expetativas iniciais. “Em 2022, prevemos aumentar em 10 vezes a faturação alcançada em 2021”, estima o fundador da Portugal Bugs.

Além de aumentar significativamente a faturação, a empresa está este ano focada em conseguir colocar os seus produtos em todas as cadeias de retalho portuguesas, assim como em retalhistas espanhóis, e fazer a entrada da marca nos EUA. A empresa prepara ainda o lançamento de novos produtos ainda no primeiro trimestre deste ano, mas o responsável prefere ainda não levantar o véu.

Entre as grandes tendências internacionais no consumo destes produtos, Guilherme Pereira destaca as barras energéticas, os snacks com insetos inteiros e o aparecimento dos primeiros produtos que constituem alternativas a refeições, como massas e hambúrgueres feitos a partir de farinha de inseto.

Apesar de acreditar que Portugal tem potencial para ser um grande produtor e exportador de insetos, pelas “características geográficas” do país e pela “capacidade dos operadores”, o responsável pede aos governantes portugueses condições mais favoráveis para a captação de investimento e para aumentar os apoios financeiros a este setor, à semelhança do que tem sido feito em outros países europeus, como a França e a Holanda.

Equipa TecmafoodsTecmafoods aumenta produção para dar resposta à procura

A Tecmafoods – Insect Based Feed & Food é uma empresa com uma operação B2B (Business to Business), fornecedora de ingredientes à base de inseto para a indústria alimentar e o canal Horeca, que desenvolveu a primeira unidade industrial em Portugal, em março de 2020, destinada à produção de insetos para alimentação animal, conta Vasco Esteves, CEO da empresa, em entrevista ao Hipersuper, adiantando, no entanto, que esteve sempre na mira da empresa produzir insetos para alimentação humana.

Uma vez aprovada a venda destes produtos em Portugal, a operação estava já desenhada para dar resposta à legislação. “Quando saiu a autorização, já sabíamos o que alterar e assim o fizemos. Durantes os meses de setembro e outubro implementámos as alterações e temos agora uma unidade indústria 100% compatível com a alimentação humana”, lembra o CEO.

Ressalvando que, pelo que sabe, os insetos comestíveis produzidos em Portugal ainda não são utilizados em produtos alimentares, o responsável estima que a produção anual deverá representar 300 mil euros e as vendas destes produtos cerca de um milhão de euros. “Ambos irão crescer este ano”, acredita.

Com controlo de produção desde a origem até à transformação, a empresa de Leça do Balio está a produzir atualmente 1,5 toneladas de larvas por mês, valor que se traduz em 525 quilos de farinha, embora a fábrica esteja ainda longe de atingir a plena capacidade de produção. “O nosso modelo de produção é descentralizado numa parte do processo, o que nos permite ter um crescimento modular, acompanhado a procura”, avança Vasco Esteves. Aliás, a empresa está atualmente a investir no aumento da capacidade de produção para dar resposta à subida da procura.

Com o objetivo de ser o fornecedor número um de mono-igredientes (farinha e desidratado) de tenebrio da indústria alimentar portuguesa, a empresa está neste momento concentrada na produção de farinha, que representa cerca de 90% da produção, e de insetos desidratados. “Temos alguns projetos em mente na área das gorduras, pastas e texturizados”, avança o responsável, sem revelar mais pormenores.

A empresa estima alcançar no final deste ano uma faturação entre os 350 mil e os 400 mil euros, já com alguma ajuda da atividade de exportação. “Estamos neste momento a entrar nos mercados e prevemos uma representação de 25% a 30% de faturação”, no que diz respeito às vendas internacionais, prevê.

Lá fora, as grandes tendências passam pela incorporação de insetos comestíveis em pão, bolos, bolachas, batidos, massas, refeições pré-feitas. “No fundo, é possível aplicar esta proteína em tudo”, termina o responsável.

 

Quais devem ser os próximos passos em matéria de regulamentação?

 

Daniel Murta, CEO e fundador da Ingredient Odyssey e porta-voz da InsectERA

Em termos de regulamentação o setor dos insetos deu um enorme passo com a autorização de insetos em alimentação humana. Porém, há ainda grandes desenvolvimentos a ocorrer, quer no que concerne a tecnologia quer à sua aplicação económica. Neste sentido, o maior desafio ao progresso é que os desenvolvimentos tecnológicos sejam acompanhados por validações científicas que assegurem a sua eficiência e segurança e, posteriormente, quando validadas, por uma rápida regulamentação.

É a eficiência deste processo que permite que novos processos vejam a luz do dia no mercado a tempo de contribuírem para a competitividade das empresas que os desenvolveram e dos países onde as mesmas operam.

Neste sentido, os principais desafios regulamentares no setor dos insetos prendem-se com o licenciamento dos diferentes produtos gerados, desde as proteínas aos fertilizantes. Seria interessante ver autorizada a utilização de produtos refinados de insetos, que têm um maior valor nutricional e económico, ao invés de se poder usar apenas farinha e insetos inteiros, ao mesmo tempo que seria interessante ver reforçado o reconhecimento do seu impacto ambiental positivo e o alargamento do tipo de subprodutos que podem ser usados na produção de insetos.

Guilherme Pereira, fundador da Portugal Bugs

O primeiro passo será efetivamente categorizar os insetos como um ingrediente normal e que as empresas que utilizam a farinha dos insetos em produtos alimentares tenham a liberdade de aplicação como, por exemplo, as empresas que utilizam proteína do leite. Paralelamente, é necessário descomplexificar o procedimento de aprovação das unidades produtoras de insetos, de forma a conseguirmos produzir e transformar os insetos em Portugal. Aos dias de hoje, o processo ainda é muito moroso e complexo, quando deveria ser algo simples e menos burocrático.

Vasco Esteves, CEO da Tecmafoods

Toda a atividade já está regulada, quer na produção animal, quer na transformação. Rege-se por regulamentos já existentes e por normas criadas para o efeito. Falta criar enquadramento para o transporte de invertebrados, que ainda não existe. É preciso também fiscalizar as produções em relação às condições de produção


Sobre o autorRita Gonçalves

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Jerónimo Martins entre as 100 melhores empresas mundiais em diversidade e inclusão social

O Grupo Jerónimo Martins foi integrado no FTSE Diversity & Inclusion Index – Top 100, um índice de referência que lista as empresas cotadas em bolsa com melhor desempenho na promoção de locais de trabalho diversos e inclusivos.

O FTSE Diversity & Inclusion Index analisa mais de 15.500 empresas cotadas em bolsa em todo o mundo e que integram índices como S&P 500, ASX300, MSCI World, MSCI Emerging Markets, FTSE100 ou Bovespa. A Jerónimo Martins ocupa a 46ª posição a nível mundial, sendo a única empresa portuguesa, bem como a única da indústria ‘supermercados e lojas de conveniência’, a figurar neste índice, informa o Grupo num comunicado.

A metodologia utilizada tem por base a recolha de 24 indicadores de entre os pilares Diversidade, Inclusão, Desenvolvimento de Pessoas e Controvérsias, recorrendo a informação pública e a uma equipa de mais de 700 analistas. “As 100 empresas mais bem classificadas são selecionadas para o índice, sendo organizadas de acordo com a pontuação global de Diversidade e Inclusão, numa escala de 0 a 100 pontos. O Grupo Jerónimo Martins conquistou uma avaliação de 74,25 pontos”, informa ainda.

A existência de serviços de apoio aos filhos dos colaboradores, como creches em Portugal, a existência de políticas que contribuem para o equilíbrio da vida pessoal e profissional, a percentagem de mulheres em cargos de gestão e a percentagem de colaboradores com deficiência e/ou incapacidade são alguns dos indicadores analisados.

As políticas de inclusão do Grupo Jerónimo Martins têm merecido distinções nacionais e internacionais de referência. Desde 2021 que a holding tem a distinção ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo subido ao nível de Excelência em 2023. Também o Recheio Cash & Carry é ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ desde 2021 e o Pingo Doce tem esta distinção desde 2023.

O Grupo viu também o seu Programa Incluir ser premiado na primeira edição dos European Commerce Awards, do EuroCommerce, como a melhor prática na categoria ‘Qualificação e Inclusão’. Mais recentemente, foi o Fórum Económico Mundial também a distinguir o Programa Incluir como um de oito case-studies em destaque no ‘Diversity, Equity and Inclusion Lighthouses 2025 Insight Report’, que revela iniciativas empresariais de grande impacto social desenvolvidas em todo o mundo.

 

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Exportação

Indústria alimentar e das bebidas exportou 8.190 M€ em 2024

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

Hipersuper

“Ao ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década”, destaca o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), em comunicado. Jorge Tomás Henriques afirma-se otimista para os resultados em 2025, apesar da situação na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos.

A União Europeia representou 5.593M€ nas exportações da indústria alimentar e das bebidas nacional, com os dados do Instituto Nacional de Estatística a indicarem que nos 12 meses de 2024, e por comparação a igual período de 2023, houve uma variação de 12,6% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas nacional, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

Já para fora do bloco comunitário as exportações alimentares e de bebidas alcançaram 2.596M€, o que representou um crescimento de 1,21% face a 2023. Brasil e Estados Unidos da América, com 13,9% e 4,2%, respetivamente, foram os países que mais contribuíram.

Ainda por comparação a 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu e situa-se agora em 5,44%.

“Os dados oficiais permitem perceber que a indústria alimentar e das bebidas tem sabido adaptar-se, antecipar-se e responder às exigências do consumidor, ao mesmo tempo que se afirma em mercados cada vez mais exigentes e contribuiu para mudar o perfil da economia portuguesa”, destaca a FIPA num comunicado.

A indústria alimentar e das bebidas é responsável por mais de 113 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos e “assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior, onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país”, sublinha a Federação.

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I&D

Mercadona distinguida com dois prémios de inovação

O Observatório de Inovação em Grande Consumo do Institut Cerdà distinguiu esta manhã, em Valência, as principais inovações do setor para 2024, destacando dois avanços da Mercadona, um na categoria de produto e outro nos processos operacionais.

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No campo dos produtos, a insígnia foi reconhecida pelo lançamento de um arroz de vegetais cozinhado diretamente na embalagem, um recipiente de alumínio adequado para micro-ondas, desenvolvido em parceria com o fornecedor Platos Tradicionales. Já na vertente dos processos, a cadeia espanhola foi premiada pela adoção do código QR como substituto do tradicional código de barras, uma inovação que promete melhorar a eficiência operacional e a rastreabilidade dos produtos.


Uma revolução no arroz pronto a consumir

O arroz premiado replica um prato tradicional valenciano que, até agora, era difícil de recriar nos produtos de grande consumo. A inovação reside na embalagem metálica, concebida e patenteada pela Platos Tradicionales, que permite cozinhar o arroz diretamente no recipiente, preservando as características organoléticas do prato original. Além disso, a embalagem pode ser levada ao micro-ondas, permitindo que o consumidor aqueça e consuma o produto de forma prática, tornando-o ideal para refeições fora de casa.

Código QR substitui código de barras nos produtos Mercadona

No domínio dos processos, o Observatório reconheceu a Mercadona pela implementação de códigos QR nos seus produtos, tornando-se a primeira cadeia de distribuição a adotar esta tecnologia em grande escala. Desenvolvido em colaboração com a AECOC (Associação de Fabricantes e Distribuidores de Espanha), este sistema oferece uma dupla funcionalidade para o consumidor (o QR direciona para uma página com informações sobre o produto, sugestões de consumo e receitas) e para a empresa (permite integrar informações como data de validade, lote, fornecedor e peso exato, melhorando a rastreabilidade, a segurança alimentar e a eficiência logística).

Atualmente, o código QR já foi implementado nos produtos da secção do talho em Espanha e Portugal, com planos de expansão para as áreas de peixaria e frutas e legumes até 2025.

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ESG

Entrou em operação a central fotovoltaica da loja do Pingo Doce de Castelo Branco

É a primeira loja do projeto com a Engie Soluções de Energia para a instalação de centrais fotovoltaicas em 21 lojas Pingo Doce, distribuídas pela região Centro, Alentejo e Algarve.

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Entrou em operação a central fotovoltaica da loja do Pingo Doce de Castelo Branco, a primeira loja de um projeto com a Engie Soluções de Energia para a instalação de centrais fotovoltaicas em 21 lojas Pingo Doce, distribuídas pela região Centro, Alentejo e Algarve.

Segundo a Engie, no total, esta iniciativa vai permitir a estas lojas produzirem anualmente cerca de 10.000 MWh de energia própria, evitando a emissão de cerca de 2.150 toneladas de CO2. Este projeto, num total de cerca de 7,5 MWp, que inclui ainda a criação de 4 comunidades de energia renovável em 4 lojas, conta com um investimento 100% Engie Soluções de Energia e vai gerar uma poupança anual de 33% da energia consumida nestas lojas.

No total, vão ser instaladas quase 13 mil painéis solares nas coberturas das instalações destas 21 lojas Pingo Doce, que irão resultar em poupanças energéticas anuais de 33% da energia consumida nestas lojas. O sistema de produção de energia terá uma potência global instalada de 7,5MWp, que vai gerar aproximadamente 10.000 MWh de energia por ano, o equivalente ao consumo médio de eletricidade de mais de 3.000 habitações.

Este projeto segue-se a outros, realizados em 2021, e que permitiu instalar centrais fotovoltaicas em outras 4 lojas Pingo Doce no concelho de Lisboa e que já se encontram em operação desde então.

“Esta intervenção em 21 lojas Pingo Doce reforça a parceria e o trabalho realizado para a Jerónimo Martins nos últimos anos e é o primeiro a ser realizado com investimento 100% Engie Soluções de Energia com esta empresa. É entusiasmante poder trabalhar com esta empresa nacional de referência e com uma marca tão familiar de todos os portugueses, e contribuir ativamente para a sua jornada de descarbonização e para as suas metas ESG, baixando significativamente os seus custos energéticos e a sua pegada de carbono, aumentando ainda o seu impacto nas comunidades circundantes de 4 destas lojas, através da criação de comunidades de energia que permitem reforçar o seu compromisso com a transição energética”, salienta Duarte Caro de Sousa, diretor geral do Solar Distribuído pela ENGIE Soluções de Energia.

“Trata-se de um contrato a longo prazo e no qual a Engie Soluções de Energia está empenhada em trabalhar diariamente para potenciar a sua eficiência”, acrescenta.

A parceria entre a Engie Soluções de Energia e a Jerónimo Martins foi firmada para os próximos 15 anos, com o objetivo de apoiar o grupo na descarbonização da sua atividade e reforçar o seu compromisso com a transição energética.

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Exportação

AEP com 26 empresas do setor alimentar e bebidas na Gulfood

A AEP – Associação Empresarial de Portugal, através do seu projeto de internacionalização BOW – Business on the Way, e 26 empresas nacionais do setor da alimentação e bebidas estão no Dubai a participar, até dia 21 de fevereiro, na Gulfood.

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A AEP – Associação Empresarial de Portugal, através do seu projeto de internacionalização BOW – Business on the Way, e 26 empresas nacionais do setor da alimentação e bebidas estão no Dubai a participar, até dia 21 de fevereiro, na Gulfood, a maior feira do mundo e o evento de referência para toda a região do Médio Oriente, sudoeste asiático e continente Africano para o setor.

“Este ano, a AEP leva uma megacomitiva à Gulfood, o que mostra a importância desta feira e deste mercado para as empresas portuguesas. De resto, há 16 edições consecutivas que AEP organiza a participação nacional na Gulfood. Desde 2011, já apoiou mais de quatro centenas de empresas. É que, para além da importância da Gulfood, não podemos esquecer que o Dubai tem um papel importante como plataforma logística para outros mercados, reexportando cerca de 70% dos produtos importados para os restantes países do Golfo. Para além da localização estratégica e competitiva, ainda tem fácil acesso aos mercados do Médio Oriente, Ásia e África e é o maior centro de negócios da região e um dos mercados mais atrativos do globo”, sublinha Luís Miguel Ribeiro, presidente do conselho de administração da AEP.

Na região do Golfo Arábico, em média, 55% das importações de produtos alimentares destinam-se ao retalho, sendo que o Canal Horeca absorve cerca de 25%. É também nesta região que se verifica a maior taxa de crescimento de consumo alimentar per capita do mundo, oferecendo oportunidades extraordinárias às empresas do setor.

O valor do setor alimentar nos Emirados Árabes Unidos ultrapassa os 7 mil milhões de dólares anuais e nos mercados do GCC ultrapassa os 60 mil milhões de dólares, aparecendo a Arábia Saudita como um dos principais importadores. Os países do GCC importam atualmente 90% das suas necessidades alimentares e estima-se que os serviços de Foodservice atinjam valores elevados nos próximos anos.

Os países do GCC e do Norte de África representam um mercado superior a 570 milhões de consumidores, com elevadas taxas de importação de produtos agroalimentares, como é o caso da Turquia, da Arábia Saudita, dos EAU e do Egipto (entre 13% e 15% ano). A região MENA é a maior importadora líquida de produtos alimentares a nível mundial, e por isso apresenta inúmeras oportunidades para as empresas nacionais.

No âmbito da participação nacional na Gulfood – que estima receber mais de 5500 expositores, oriundos de 130 países – a edição deste ano conta, uma vez mais, com a visita institucional da Embaixada de Portugal nos E.A.U. e da representação da AICEP.

Comitiva nacional presente na Gulfood 2025:

AMG FOODS – Comércio por grosso de outros produtos alimentares
ANO 2000 – Produtos alimentares
AZCOA – AZEITES DO COA – Azeite, óleos e gorduras alimentares
BY FOODS – Chocolate e produtos de confeitaria
CEREALIS PRODUTOS ALIMENTARES – Fabricação de massas alimentícias, cuscuz e similares
CHOCONASA COMÉRCIO DE REPRESENTAÇÕES – Produtos alimentares
CISTER INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES – Fabricação de sumos de frutos e de produtos hortícolas
DACSA ATLANTIC – Descasque, branqueamento e outros tratamentos do arroz
DELTA INTERNATIONAL MARKETS – Cafés
GLOBALTRIBE – Produtos alimentares e bebidas
JMV-JOSÉ MARIA VIEIRA – Indústria do café e do chá
MAÇARICO – Azeitonas, azeite e molhos
MENDES GONÇALVES – Fabricação de condimentos e temperos
NASCENTE DIVINA – ÁGUAS DO ALARDO – Águas minerais naturais e de nascente
NOVARROZ – PRODUTOS ALIMENTARES – Produção de arroz
OUTEIRINHO TURISMO E INDÚSTRIA – Águas minerais naturais e de nascente
QUINTA DE JUGAIS – Compotas e afins
RECHEIO CASH & CARRY – Comércio por grosso de produtos alimentares
RIALTO INDÚSTRIA ALIMENTAR – Fabricação de bolachas, biscoitos, tostas e pastelaria de conservação
SANTIAGO & SANTIAGO – Queijos
SOVENA PORTUGAL – CONSUMER GOODS – Azeite
SQ PORTUGAL – Produtos alimentares
SUMOL+COMPAL MARCAS – Sumos e néctares
VALENTE MARQUES – Indústria de arroz
VHUMANA – Leite, derivados e ovos
VIEIRA DE CASTRO – PRODUTOS ALIMENTARES – Fabricação de bolachas, biscoitos, tostas e pastelaria de conservação

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The Navigator Company

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Não Alimentar

2024 foi o segundo melhor ano de sempre em vendas para a Navigator

O EBITDA, com 547 milhões de euros (+9% face a 2023), e o resultado líquido, com 287 milhões de euros (+4%), atingiram o segundo maior valor de sempre

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A The Navigator Company encerrou 2024 com um crescimento de 7% no volume de negócios, que ascendeu a 2.088 milhões de euros. Também o EBITDA, com 547 milhões de euros (+9% face a 2023), e o resultado líquido, com 287 milhões de euros (+4%), atingiram o segundo maior valor de sempre.

Este posicionamento foi alcançado nos três indicadores, mesmo sem incluir o impacto das duas recentes aquisições na área de Tissue, em Espanha e no Reino Unido, informa a empresa num comunicado, onde refere ainda o facto dos resultados terem sido alcançados num ano “marcado por um contexto macroeconómico e geopolítico adverso e muito desafiante, com grande volatilidade nos mercados internacionais – financeiros, energéticos, logísticos e de matérias-primas”.

De referir que a The Navigator Company iniciou em 2024, a produção e comercialização de embalagens de celulose moldada, enquanto no Raiz, laboratório de I&D detido maioritariamente pela empresa, continuam a ser desenvolvidos novos bioprodutos de base florestal e biomateriais, aprofundando oportunidades de negócio no domínio da bioeconomia.

Como consequência destes resultados, e com o objetivo de premiar os seus colaboradores, a The Navigator Company atribuiu um prémio no valor de 19 milhões de euros, dos quais três milhões de euros foram pagos antecipadamente no final do ano passado. “A performance alcançada pela empresa tem também um impacto nos salários, na medida em que os colaboradores, além do aumento geral, irão beneficiar de uma percentagem do resultado exclusivamente para progressões e promoções de carreira, o que se traduzirá num aumento médio final de cerca de 5,8%”, acrescenta.

O ano passado também se destacou pelo crescimento das vendas de papel de impressão e de embalagem que “aumentaram 8% face a 2023, enquanto o volume de venda em euros apresentou um crescimento de 3%”; pelo crescimento das marcas de fábrica que “representaram cerca de 80% das vendas anuais, acima da média de cerca de 70%, registada entre 2018 e 2024”; pela quota de produtos premium que se manteve elevada, “fixando-se em cerca de 60%”. “Estes dois indicadores correspondem igualmente à segunda melhor marca registada na história da empresa”, assinala a Navigator no comunicado.

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Retalho

Kiabi bate recorde de vendas em 2024

A Kiabi encerrou 2024 com vendas globais de 2,3 mil milhões de euros, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior e consolidando a sua posição como uma das principais marcas de moda mundiais.

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Patrick Stassi, CEO da Kiabi, sublinha em comunicado que estes resultados refletem “um ano histórico”. 2024 foi um marco na trajetória da empresa, com valores recorde de vendas e rentabilidade. Este sucesso reforça a ambição e o compromisso com a Visão 2035, alinhada com a sustentabilidade e a simplicidade, promovendo um consumo mais responsável, reforça a empresa.

Atualmente, a Kiabi está presente em 33 países, depois de ter acrescentado seis novos mercados ao seu portefólio em 2024, e com 640 pontos de contacto. A sua base de clientes supera os 24 milhões a nível global, consolidando a sua posição como uma marca de referência na moda para toda a família.

Em 2025, a Kiabi prevê a abertura de 15 novas lojas em Espanha, Portugal, Itália e Bélgica, e outros 15 estabelecimentos em diferentes países, no âmbito do modelo de franchising internacional. Uma das primeiras aberturas será na Suíça, onde a empresa abrirá a sua primeira loja em 2025.

Aposta na tecnologia e na inteligência artificial

A Kiabi  sublinha em comunicado que está a impulsionar a inovação tecnológica com o lançamento de um programa de software baseado em inteligência artificial em 2025.

Nesta linha, a Kiabi lançará uma nova aplicação móvel em março de 2025, que oferecerá uma experiência de compra mais fluida e reforçará a ligação com os seus clientes, com funcionalidades como a digitalização de produtos e a integração otimizada entre as lojas físicas e online.

KIABI Village: sede mundial e espaço de vida para os clientes

KIABI Village é a nova sede global da Kiabi em Lezennes e foi inaugurada no segundo semestre de 2024. Este espaço reflete a essência da marca, concebido para facilitar a vida familiar e reinventar o futuro das compras.

Incorporada na Kiabi Village está a maior loja da Kiabi, com 3.000 m², concebida como um laboratório que oferece uma imersão total no mundo Kiabi, com áreas de moda, casa, lazer e serviços inovadores. Para além das vendas, a loja conta com iniciativas como Beebs by Kiabi e Kiabi Home, transformando cada visita numa experiência única.

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Mercadona

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Retalho

Mercadona abre 10 novas lojas em Portugal no ano de estreia na cidade de Lisboa

Loures, Penafiel, Fafe, Leiria, Matosinhos, Palmela, Lisboa e Porto são os concelhos onde a Mercadona prevê abrir novos supermercados. Vai terminar o ano com uma rede de 70 lojas em território nacional.

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No ano em que chega à cidade de Lisboa, a Mercadona reforça a sua presença em Portugal com a abertura de 10 novos supermercados em 2025 (incluindo as duas lojas na capital portuguesa), dando continuidade ao seu plano de expansão. Com estas inaugurações, a cadeia de retalho espanhola terminará o ano com um total de 70 lojas em território nacional.

As novas localizações incluem Loures (Santa Iria de Azóia e Frielas), Penafiel (Milhundos), Fafe, Leiria (Vale Sepal), Matosinhos (São Gens), Palmela, Lisboa (Alta de Lisboa e Quinta do Lambert) e Porto (Amial). A primeira abertura está prevista para março, em Santa Iria de Azóia, e marca a estreia da insígnia no concelho de Loures.

Este plano assinala também a chegada da Mercadona à cidade de Lisboa, com duas lojas: uma na Alta de Lisboa e outra na Quinta do Lambert, no Lumiar. A unidade da Alta de Lisboa integrará ainda um novo escritório corporativo, que complementará a sede da empresa em Vila Nova de Gaia.

Presente em 12 distritos, a Mercadona já conta com 7.000 colaboradores em Portugal, dos quais 1.700 se juntaram à empresa em 2024, reforçando o compromisso da marca com o mercado nacional. Para dar resposta ao seu plano de expansão, está atualmente a recrutar para diversas funções.

No que diz respeito à remuneração, a empresa anunciou recentemente um aumento de 8,5% para todos os colaboradores, que foi aplicado desde janeiro de 2025. O salário de entrada foi fixado em 14.963,90 € brutos anuais, com possibilidade de progressão salarial até 20.465,10 €, num período máximo de quatro anos. Além dos salários, os colaboradores beneficiam de subsídios de alimentação diário e de domingos, feriados e horas noturnas, e ainda do Prémio Anual, que, a partir do primeiro ano de antiguidade, corresponde a um salário extra, e a partir dos quatro anos, a dois salários extra.

Esta nova tabela salarial representa um aumento de 23% em relação ao salário mínimo nacional para os novos colaboradores, e para os com mais de quatro anos de antiguidade, o salário supera em 68% o SMN.

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Premium

Lojas físicas e online: empresas apostam na complementaridade

Apesar do crescimento do segmento de vendas online, as lojas físicas, seja em comércio tradicional ou em centros comerciais, continuam de portas abertas. Em muitos casos, as empresas com espaços físicos não só coexistem com esta forma de vendas assente em novas tecnologias, como passaram a comercializar os seus produtos em ambos os canais, online e offline. É o caso de Intermarché, Worten e Science4you, que avançaram ao Hipersuper as estratégias que adotam para que as lojas físicas e as vendas online se complementem.

Para muitos consumidores, nada substitui o contato personalizado, a experiência de ter o produto nas mãos e confirmar visualmente o que realmente procura. Mas para outros, nada se compara à comodidade e à facilidade de encomendar online. Mas num e noutro canal, os consumidores portugueses aumentaram os gastos. Segundo o estudo ‘Hábitos de compra do shopper português’ da in-Store Media, em parceria com a Nielsen, no online, a frequência de compra é de aproximadamente uma vez por mês, enquanto no offline é mais de três vezes por semana. O valor médio por compra online (51€) é duas vezes superior ao valor offline (24€).

O estudo foi realizado com o objetivo de compreender as preferências e hábitos de consumo atuais e ajudar as marcas a otimizar a rentabilidade do investimento em Retail Media e concluiu que a loja física é o principal canal de compras, com 97% dos consumidores a recorrerem a este formato, apesar de quase um em cada quatro (22%) já comprar online.
Os hipermercados registaram um aumento de 1,6% na penetração e os supermercados cresceram 1,1% no valor. E há sempre, e cada vez mais, os que utilizam os dois formatos de compras. Motivo pelo qual muitas empresas estão a oferecer ambas as formas de adquirir produtos ou serviços. E a criar estratégias para que as lojas físicas e as vendas online se complementem.

Mário Costa, diretor geral do Intermarché

Intermarché: aposta na complementaridade

”No retalho atual, a integração entre os canais online e offline é essencial para oferecer uma experiência de compra fluida e adaptada às necessidades de cada cliente. No Intermarché, apostamos em estratégias que promovem esta complementaridade”, salienta Mário Costa, diretor geral do Intermarché, dando como exemplo o serviço click and collect que permite aos clientes realizar compras online e recolhê-las na loja física, “reduzindo preocupações com horários de entrega e custos adicionais”. “Além disso, as lojas físicas funcionam como pontos de troca e devolução de produtos adquiridos online, reforçando a conveniência e o foco no cliente”, acrescenta.

O Intermarché trabalha ainda com promoções ativadas online que são concretizadas em loja e com ofertas e promoções cruzadas, que se traduzem por descontos exclusivos para compras online após uma transação física, e vice-versa. E elege a personalização como um “pilar estratégico”, que trabalha através dos canais digitais, utilizados para criar recomendações alinhadas ao perfil de cada cliente, e através das apps, que garantem a transição entre os canais, “seja em métodos de pagamento integrados ou no acesso a programas de fidelização únicos”, explica Mário Costa.

A insígnia do Grupo Mosqueteiros implementou prioridades transversais aos dois conceitos de venda no âmbito da sua política de complementaridade dos canais. “Em ambos os canais, destacamo-nos por um posicionamento discount, combinando preços competitivos com a qualidade e frescura dos nossos produtos, sobretudo nos frescos, que são uma das nossas apostas”, revela o responsável. No fundo, a loja física “continua a ser essencial para criar relações de proximidade e confiança”, enquanto o online “amplia a conveniência e a personalização da oferta” define Mário Costa.

As lojas físicas continuam, assim, a ser o pilar central da operação do Intermarché, com a estratégia a passar por consolidar ainda mais este modelo. Mas tal não significa reduzir a aposta no canal online: “tem um potencial significativo de crescimento até conseguirmos pelo menos estarmos alinhados com as médias de penetração do setor”, assegura o diretor geral do Intermarché, acrescentando que o foco está em “aprender com as melhores práticas do mercado e evitar os erros comuns cometidos por quem entrou mais cedo no digital”. Nesse sentido, os investimentos em 2025 serão direcionados para fortalecer esta integração, “tanto na infraestrutura digital quanto na experiência omnicanal, de forma a atender de forma consistente todos os perfis de clientes”, descortina. O objetivo “é oferecer uma proposta online diferenciada, que compreenda verdadeiramente as necessidades dos consumidores portugueses”, conclui.

O mercado de e-commerce europeu enfrenta uma série de desafios, mas também de oportunidades. Em 2023, o volume de negócios de e-commerce na Europa atingiu 887 mil milhões de euros, mais 3% em relação a 2022. Segundo o recente European E-Commerce Report 2024, o setor mostra resiliência em meio à inflação, à competição com gigantes asiáticos e às exigências da transição verde e digital. Mas enfrenta entraves que pedem uma ação coordenada a nível europeu para que o potencial pleno deste canal de vendas seja alcançado.

Science4you: inovação para os dois canais

Na maior empresa de brinquedos na Ibéria com fábrica própria e equipa de R&D o foco está sempre no lançamento de produtos inovadores que sejam vendáveis em todos os canais, produzindo stock do mesmo SKU para todos os canais.
“Conseguimos desenvolver brinquedos personalizados à medida do cliente/canal de venda, seja com a marca Science4you ou Private Label – para retalhistas, entidades públicas e entidades privadas. Por vezes desenvolvemos brinquedos únicos para uma empresa ou retalhista com caixa personalizada, componentes próprios e dinâmicas de jogo específicas”, conta o Chief Digital Officer & Partner da Science4you. Também a nível da comunicação a estratégia passa por divulgar brinquedos que estejam presentes em mais canais de venda, já que “a oferta de produto genericamente é mais curta no canal físico, uma vez que os retalhistas têm apenas parte do nosso catálogo de produtos que complementam com outras marcas de brinquedos”, acrescenta Filipe Almeida.

Filipe Almeida, Chief Digital Officer & Partner da Science4you

Quanto às prioridades para cada um dos conceitos de venda, o responsável começa por referir o que ambos têm em comum: a inovação ao nível de produto, que aponta como um dos principais fatores de diferenciação da empresa. “A indústria dos brinquedos ‘pede’ novidades todos os anos e a Science4you é reconhecida por lançar produtos diferentes do normal, conseguindo manter um cariz educativo na experiência do brinquedo. Por exemplo em 2024 lançámos a Fábrica de Plasticina que é o primeiro brinquedo que permite às crianças criar do zero a sua própria plasticina, tendo ganho prémio de melhor brinquedo STEM em 2024. Para o futuro continua a ser crítico a Science4you lançar brinquedos diferentes e inovadores no mercado, seja em lojas físicas seja online”, assegura.

À parte este fator em comum, Filipe Almeida aponta o que diferencia os dois canais de venda.

No segmento de lojas físicas, desde 2020 a Science4you tem vindo a descontinuar os pontos de venda da marca e a focar-se em vender nos retalhistas, nomeadamente hipermercados, supermercados e lojas especializadas de brinquedos. Implementou ainda a estratégia de criar mais categorias de produto para além do ‘puro científico’, e que resultou em mais brinquedos de linhas como ‘Cosmética’, ‘Comestíveis’, ‘Arts & Crafts’ e ‘Robotics’, “de forma a conseguir ter mais variedade de produto numa prateleira”, revela o Chief Digital Officer & Partner da empresa.

Já no canal online, o plano passa pela expansão para novos mercados, “nomeadamente Estados Unidos, o maior mercado do mundo”, avança. Apenas 10% das vendas online da Science4you são em Portugal e apesar de a marca não ter tanto brand awareness fora de Portugal, o seu produto inovador “tem sido a alavanca para este sucesso na internacionalização”, salienta.
Em 2024, o peso das vendas da Science4you repartiu-se por 60% nas lojas físicas e 40% no online, mas Filipe Almeida diz que na indústria dos brinquedos tem-se verificado um crescimento das vendas online e uma diminuição das vendas em canal físico. Uma tendência de consumo que a empresa está a acompanhar, investindo mais online, apesar de não pretender “desinvestir de todo no canal físico que continua a representar a maior fatia do mercado”, assegura.

No contexto do e-commerce em Portugal, os dados do European E-Commerce Report 2024 mostram uma expansão sólida e crescente no número de utilizadores de internet e e-shoppers, com estes a registarem um crescimento de 55% em 2023 e com uma previsão de subida para 56% em 2024. “Estes indicadores sublinham o potencial do mercado digital português, onde a presença de grandes plataformas e a confiança em transações digitais continuam a expandir-se”, conclui o relatório.

Francisco Freixo, Head of Area – Sales & Store Operations Portugal

Worten: uma empresa assumidamente omnicanal

”A Worten assume-se hoje, como uma empresa omnicanal, seguindo uma estratégia de crescimento assente num forte investimento na transformação digital e na integração dos seus canais de venda”, assegura Francisco Freixo, Head of Area – Sales & Store Operations Portugal. “A omnicanalidade é uma das linhas estratégicas da empresa. Trabalhamos a omnicanalidade do ponto de vista da jornada do cliente, garantindo que as lojas físicas e as vendas online se complementem de forma eficaz, proporcionando uma experiência integrada e conveniente para os clientes”, acrescenta Marta Sousa. Head of Area – Digital Business da empresa.

Essa estratégia passa por integrar os vários canais, loja física, website ou APP, complementares entre si e cada um com um papel de relevo. Nas lojas físicas, a Worten tem o foco no desenvolvimento da relação de confiança e de fidelização dos clientes, “através de uma força de vendas especialista” que os acompanha “desde o aconselhamento no ato da compra, até à personalização do atendimento para resolução de problemas, trocas ou devoluções”, aponta Francisco Freixo. “Por sua vez, a capilaridade do nosso parque de lojas físicas oferece convenientemente aos clientes a disponibilidade imediata de produto ou a experimentação dos mesmos antes de comprar, sendo esta, uma importante vantagem competitiva”, diz ainda. O responsável destaca também o desenvolvimento de tecnologia de suporte à venda em loja “que, ao disponibilizar o acesso ao conteúdo e funcionalidades do site, possibilita que toda a gama disponível online e Marketplace seja vendida em loja, pelo vendedor”.

No canal online, a Worten tem investido em serviços como o click & collect em 15 minutos – “compra online e levantamento em loja, disponível em todas as mais de 200 lojas Worten” para uma gama alargada de produtos “e também para artigos Marketplace”, refere Marta Sousa.

A responsável destaca ainda as devoluções em loja de compras online, tanto para artigos vendidos pela Worten, como por Marketplace; a integração de stock omnicanal, que permite ao cliente “consultar online e em tempo real o stock das lojas Worten”; as compra online de serviços que podem ser efetuados na loja, como aplicação de películas de telemóvel ou setup de equipamentos informáticos; a compra de produtos sem stock disponível na loja, com o cliente em loja a poder comprar a mesma gama que vê no site da Worten, com entrega do artigo em sua casa ou em loja; e o serviço de videochat, que permite ao cliente interagir com um colaborador de loja e visualizar os produtos em loja.

Numa empresa onde o canal das lojas físicas continua a representar a maioria das vendas, é fundamental “continuar a apostar e consolidar a nossa liderança, potenciando as várias sinergias com o canal digital, nomeadamente através das APP, que tem a virtude de conseguir aproximar os dois canais”, afirma Francisco Freixo. “Em estudos recentes de mercado, mais de 50% dos nossos clientes, alegam razões como a impossibilidade de ver e tocar o produto, a disponibilização imediata ou a necessidade de tirar dúvidas ou falar com um colaborador, como barreiras à compra online e que facilmente são colmatadas diretamente nas nossas lojas físicas”, complementa.

Por outro lado, com o e-commerce a representar 21.2% das vendas (foram 18.4% em 2023), a Worten vai continuar a reforçar este canal em 2025. “Vamos continuar a investir na expansão do Marketplace e no aumento da penetração digital, focar na eficiência operacional e monetização dos ativos digital com investimentos na área de Retail Media, em melhorias na experiência de cliente, desde a pesquisa, personalização da experiência, entregas e devoluções e construção de uma relação mais próxima, personalizada e recorrente”, exemplifica a Head of Area – Digital Biusiness. “Com foco em crescimento sustentável, inovação e experiência do cliente, queremos consolidar a nossa posição de líder no e-commerce em Portugal”, aponta Marta Sousa.

Quanto às prioridades para cada um dos canais, na empresa do grupo Sonae especializada no retalho de produtos eletrónicos, de consumo e de entretenimento, variam entre as vendas online e físicas. Mas também aqui as duas formas de vendas “estão alinhadas com uma estratégia omnicanal que coloca o cliente no centro”, assegura Marta Sousa. A amplitude da oferta, “com mais de sete milhões de artigos à venda no website e crescendo na gama”, a facilidade de navegação e pesquisa, a personalização da experiência do cliente, as entregas rápidas e flexíveis com serviços de instalação e configuração dos produtos e o crescimento na área de serviços são as prioridades avançadas pela Head of Area – Digital Business no canal digital.

“A prioridade da Worten sempre foi a satisfação do cliente”, sustenta Francisco Freixo. “Ao retirar todas as entropias na relação com o cliente, ao simplificar e agilizar os processos de venda, de pós-venda ou devolução e ao derrubar quaisquer barreiras entre canais, vamos garantir maior satisfação dos nossos clientes. É nisso que vamos continuar a trabalhar”, assegura ainda o Head of Area – Sales & Store Operations Portugal.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

cvrl lisboa portugal

Bebidas

Região dos Vinhos de Lisboa regista máximo histórico de vendas

A Região dos Vinhos de Lisboa encerrou 2024 com um crescimento de 5% nas vendas, alcançando um novo máximo histórico de 69 milhões de garrafas.

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Este desempenho positivo contrasta com o abrandamento global do setor, demonstrando a capacidade de adaptação da região às novas tendências de consumo.

A influência do terroir atlântico de Lisboa, caracterizado por vinhos elegantes, frescos e de menor graduação alcoólica, tem sido um fator decisivo para a valorização da região nos mercados nacional e internacional. Este perfil responde à crescente procura por vinhos mais leves e equilibrados, reforçando a competitividade dos produtores lisboetas num contexto desafiante para a indústria vinícola global.

“Crescemos 3,5 milhões de garrafas em 2024, para um número recorde de 69 milhões de garrafas, no que é a confirmação absoluta de que os vinhos da Região de Lisboa estão a impor-se cada vez mais no mercado, indo ao encontro de um perfil de consumo que procura sobretudo elegância, frescura, potencial gastronómico e também álcool mais discreto”, sublinha Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa.

“Ao mesmo tempo, a afirmação da Região de Lisboa é resultado do grande trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelos diversos produtores, em articulação com a promoção nacional e internacional coordenada entre todos os agentes, e na qual a CVR Lisboa tem feito um grande esforço, como é exemplo o investimento promocional realizado, que ascendeu a cerca de 1 milhão de euros”, acrescente.

A dinâmica da região é impulsionada, sobretudo, pelo mercado internacional, que representa 80% das vendas, distribuídas por cerca de 100 países. Entre os principais destinos estão os Estados Unidos da América, Reino Unido, Brasil, Canadá, países escandinavos, Alemanha e Polónia. O mercado nacional representa os restantes 20% das vendas. O mercado nacional representa a restante fatia de 20% nas vendas. Nas diversas categorias de produto, o Vinho Branco cresceu 12%, o Vinho Rosé 22% e o Vinho ‘Leve Lisboa’ apresentou uma evolução exponencial de 88%.

 “A conjuntura nacional e internacional é desafiante, com uma quebra continuada no consumo, acompanhada da valorização de um perfil específico de vinhos, mais frescos e elegantes, onde Lisboa se impõe de forma diferenciada, graças ao seu terroir atlântico, mais fresco, mais preparado até para responder aos desafios das alterações climáticas. Mais do que nunca temos de continuar a investir na promoção desta excelência, dando mais visibilidade e notoriedade aos Vinhos da Região e ao seu enoturismo. Na promoção internacional, as prioridades para 2025 recaem nos mercados do Brasil e Reino Unido, em estreita parceria com a Viniportugal e com as outras Regiões Vinhateiras nacionais”, refere ainda Francisco Toscano Rico.

As vendas dos Vinhos de Lisboa registaram um crescimento sustentado ao longo de todo o ano de 2024. Em agosto, o volume acumulado já apontava para um novo recorde absoluto, com cerca de 50 milhões de garrafas vendidas nos primeiros oito meses do ano, consolidando a trajetória ascendente da região no setor vinícola.

 

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