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Empresas e instituições mobilizam-se para criar indústria de insetos em Portugal

Produtores, distribuidores, autoridades públicas, academias e centros de investigação estão alinhados para desenvolver uma indústria de insetos competitiva em Portugal. Para este efeito, um grupo de empresas está a candidatar […]

Rita Gonçalves
Hipersuper

Empresas e instituições mobilizam-se para criar indústria de insetos em Portugal

Produtores, distribuidores, autoridades públicas, academias e centros de investigação estão alinhados para desenvolver uma indústria de insetos competitiva em Portugal. Para este efeito, um grupo de empresas está a candidatar […]

Rita Gonçalves
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Insetos2Produtores, distribuidores, autoridades públicas, academias e centros de investigação estão alinhados para desenvolver uma indústria de insetos competitiva em Portugal. Para este efeito, um grupo de empresas está a candidatar uma agenda de investimento de 57,4 milhões de euros aos fundos do PRR e retalhistas e produtores mostram avanços na comercialização de alimentos à base de insetos. O que vem aí?

 

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A ideia de colocar o país no mapa da produção mundial de insetos para alimentação humana e animal começou a ganhar forma quando, em novembro do ano passado, um consórcio de 38 empresas e centros de investigação anunciaram o lançamento de uma agenda de investimento de 57,4 milhões de euros para erguer uma indústria de insetos competitiva e tecnologicamente avançada em Portugal, ao abrigo de uma candidatura ao maior programa de financiamento, designado “Agendas Mobilizadoras”, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem um período de execução até 2026.

No final do ano passado, o projeto da Agenda Mobilizadora InsectERA passou a primeira fase do programa com nota positiva, revela em entrevista ao Hipersuper Daniel Murta, CEO e fundador da Ingredient Odyssey e porta-voz da InsectERA. “[o projeto] reuniu elevado interesse junto das entidades promotoras e junto do setor agroalimentar em Portugal”, garante. A empresa promotora da Agenda InsectERA criou já certamente a equipa de base que irá promover o desenvolvimento da segunda fase da candidatura, cujos resultados deverão ser conhecidos em abril ou maio.

O consórcio envolve três produtores de insetos em Portugal (Ingredient Odissey, Thunderfoods e The Cricket FarmCo), a consultora de inovação tecnológica INOVA+, os laboratórios colaborativos B2E CoLab, Colab4Food, FeedInov CoLab e IplantProject CoLab e as empresas Auchan, Mendes Gonçalves, Agromais, Silvex, Mesosystems, Sorga, Savinor, Nutrifarms, PetMaxi, Sensetest, Solfarco, entre outras.

O objetivo é desenvolver a industrialização, comercialização e exportação de produtos inovadores à base de insetos, com soluções para a área alimentar (animal e humana), indústrias da cosmética e dos bioplásticos, assim como para o setor biorremediação, através da criação de soluções de valorização de resíduos orgânicos.

 

InsetosDa defesa do consumo pela ONU à aprovação da DGVA

Foi lá longe, em 2013, que a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) defendeu o consumo de insetos como solução estratégica para o aumento da sustentabilidade alimentar e de alternativas nutricionais.

Em Portugal, em 2018, a DGVA (Direção-Geral de Alimentação e Veterinária) publica um Manual de Boas Práticas na Produção e Processamento de Insetos para Alimentação Animal e, em junho de 2021, ao abrigo do Regulamento Europeu para Novos Alimentos, autoriza o consumo de sete tipo de insetos.

“Esta alteração legal, promovida pela DGAV, permitiu que a produção e utilização de insetos para alimentação humana em Portugal se tornasse uma realidade, tendo entrado produtos alimentares produzidos à base de insetos produzidos no nosso país no mercado nacional ainda no verão passado”, conta o porta-voz da InsectEra. Na opinião de Daniel Murta, o trabalho da DGAV permitiu que “os desenvolvimentos técnico-científicos não perdessem o impacto por ausência de acompanhamento legal e regulamentar, o que muitas vezes condena projetos de elevado valor”.

Portugal Bugs no Continente (9)O Continente, a primeira marca de retalho alimentar no país a comercializar produtos alimentares à base de insetos, acredita que esta categoria de produtos alimentares tem “uma grande margem de crescimento”, salienta fonte da Sonae MC, em entrevista ao Hipersuper. “O consumo de insetos é uma tendência mundial, com um perfil nutricional muito interessante e, sobretudo, com um impacto ambiental muito mais reduzido quando comparado com os de outras fontes proteicas animais”.

A insígnia comercializa barras cruas e snacks de tenebrio molitor desidratado, da Portugal Bugs (a primeira empresa portuguesa a desenvolver e comercializar produtos alimentares à base de insetos) em corners de dez lojas Continente (em espaços dedicados aos novos produtos) e na loja Continente Labs. Ao Hipersuper, fonte da Sonae MC adianta que as vendas têm vindo a superar as expetativas. Os Continente de Matosinhos, Colombo, Oeiras e Vasco da Gama, são, até ao momento as lojas com mais unidades vendidas. “Cerca de 10% dos clientes repetiram a compra mais do que uma vez, um valor muito positivo, tendo em conta o caráter disruptivo [destes produtos]”.

As barras cruas, disponíveis em quatro combinações de sabor (chocolate e amêndoa, figo e laranja, maça e canela, manteiga de amendoim e mel), que incluem insetos na composição, embora os animais não sejam visíveis no produto final, são as referências mais comercializadas nos espaços da Sonae. Por outro lado, “na segunda semana em loja, no total das 11 lojas que disponibilizam os produtos, foram vendidas cerca de 140 unidades de snacks de tenebrio molitor desidratado”, partilha a fonte da Sonae, estes, sim, com os insetos visíveis ao olho humano.

Tendo em atenção que os produtos mais vendidos são aqueles nos quais os insetos não são visíveis, a Sonae acredita que os consumidores “estão prontos para incluir insetos na sua alimentação, de forma gradual, e incorporada em alimentos que já façam parte do seu dia-a-dia”.

Será a crescente exposição a diferentes produtos com insetos que vai permitir eliminar, aos poucos, as barreiras ao consumo num setor ainda com uma grande margem de crescimento, conclui o porta-voz da empresa da Maia.

snacksMais tarde, foi a vez da Auchan Portugal apresentar um espaço dedicado à alimentação do futuro e à democratização da inovação alimentar, em loja, designado Future Taste, primeiro em Alfragide e, entretanto, já disponível em Aveiro, Gondomar e Almada. A primeira marca a ocupar este espaço de exposição foi a Portugal Bugs, com quem a a Auchan já trabalhava há algum tempo. “O uso de insetos como fonte de alimento tem-se revelado uma excelente fonte de proteína que, quando comparada com outras fontes proteicas animais, apresenta a vantagem de ter menor impacto ambiental e, como tal, estes farão parte do futuro da alimentação”, adivinha Vera Fernandes, responsável de oferta e compra na Auchan Retail Portugal, em entrevista ao Hipersuper.

A insígnia já introduziu permanentemente uma gama de alimentos à base de insetos nos seus lineares. Comercializa atualmente um portefólio constituído por snacks, massa proteica, chocolate com tenebrio e farinha de inseto proteica da marca Portugal Bugs.

Guilherme Pereira, fundador da Portugal Bugs, estima, em declarações ao Hipersuper, que o mercado português de produção e venda de insetos comestíveis represente no final de 2022 cerca de dois milhões de euros.

A estratégia de entrada dos produtos da Portugal Bugs nos lineares do Continente foi programada em parceria com a retalhista, com o objetivo de “alcançar uma percentagem considerável de consumidores” que foram impactados de “forma positiva” e consciencializados para o consumo de insetos. Depois, com a entrada na Auchan, a empresa alargou a distribuição a todo o país e lançou novos produtos. Ao fim de seis meses do lançamento dos produtos nas duas cadeias de distribuição alimentar, Guilherme Pereira considera que estes projetos são essenciais não só para a afirmação da Portugal Bugs, mas para a afirmação todas as empresas que constituem este setor, assim como para estimular o consumo deste tipo de produtos junto dos portugueses.

insetos1Porque é que a proteína de inseto é valorizada?

Além de uma fonte privilegiada de proteína e de micronutrientes, os insetos são facilmente digeríveis e assimiláveis, conta Daniel Murta, acrescentando que a capacidade de produção local, de forma eficiente e recorrendo a subprodutos agrícolas, contribui para uma eficiente utilização dos recursos naturais do país. “Comparativamente, para produzir um quilo de insetos basta utilizar dois quilos de alimento, enquanto para produzir a mesma quantidade de carne de bovino é necessário utilizar dez quilos de alimento”, exemplifica o porta-voz da InsectERA, alertando, no entanto, que ambos os animais têm alimentos diferentes e ocupam espaços produtivos diferentes, pelo que os insetos não devem ser considerados substitutos da carne de vaca, ou de outros animais e plantas, mas sim um complemento à dieta alimentar.

O responsável acredita que, por um lado, o consumo de insetos irá crescer nos próximos anos, alavancado por argumentos de nutrição, saúde e sustentabilidade e, a longo prazo, irá crescer nos países ocidentais devido à necessidade de produzir fontes proteicas localmente e de forma mais eficiente.

Acreditando que os insetos terão “um papel relevante” na nutrição das populações humanas nos países ocidentais e tendo em conta que a crise gerada pela presente pandemia veio reforçar que a independência nutricional dos países é essencial para assegurar a sua soberania e resiliência económica, ficando menos exposto a variações do preço global de matérias-primas, Daniel Murta defende que a produção de insetos em Portugal, transformando desperdícios nutricionais da agroindústria em produtos de elevado valor económico e nutricional, é uma oportunidade “para um país de reduzidas dimensões, com poucos recursos naturais, exposto à seca e às alterações climáticas”.

insetosDa garagem para os lineares do Continente

A Portugal Bugs nasceu em 2016 em contexto universitário e em, 2017, dá início a uma experiência de produção de insetos numa garagem. Depois da luz verde por parte da DGAV para a produção e utilização de insetos para alimentação humana em Portugal, é a primeira empresa portuguesa a comercializar produtos alimentares à base de insetos em Portugal e nos mercados internacionais. A empresa está a exportar uma parte da sua produção para o Japão, a Holanda e a República Chega. É precisamente na Holanda e na Républica Checa, a par da Alemanha e Bélgica, onde o mercado de insetos está mais desenvolvido na Europa. “As autoridadesgovernamentais [destes países] promoveram este setor através da implementação de medidas benéficas para os operadores”, adianta o fundador da Portugal Bugs.

“A nossa filosofia de crescimento mantém-se, acreditamos num crescimento sustentável, baseado em necessidades reais”, conta Guilherme Pereira, dando conta da intenção da empresa de triplicar o número de trabalhadores até ao final deste ano.

Atualmente, a empresa está focada em exclusivo na produção e desenvolvimento de produtos alimentares com insetos, adquirindo a matéria-prima junto de fornecedores exclusivamente europeus, em virtude da “complexidade para conseguir aprovação para a produção de insetos para consumo humano em Portugal”. “Num futuro próximo queremos ter só fornecedores portugueses”, adianta o responsável que, além do Continente e da Auchan, comercializa também alguns dos produtos no El Corte Inglés e na mercearia de produtos internacionais Glood.

Ressalvando que ainda é prematuro fazer um balanço das vendas, o fundador da Portugal Bugs indica que as barras energéticas têm tido uma boa aceitação junto dos portugueses, nomeadamente junto das camadas mais jovens, entre os 12 e os 40 anos, e junto dos mercados internacionais. As barras energéticas são o produto da empresa mais exportado. “Tendo em conta que o lançamento foi feito apenas em agosto de 2021, posso adiantar que o resultado foi surpreendentemente positivo e acima das expetativas iniciais. “Em 2022, prevemos aumentar em 10 vezes a faturação alcançada em 2021”, estima o fundador da Portugal Bugs.

Além de aumentar significativamente a faturação, a empresa está este ano focada em conseguir colocar os seus produtos em todas as cadeias de retalho portuguesas, assim como em retalhistas espanhóis, e fazer a entrada da marca nos EUA. A empresa prepara ainda o lançamento de novos produtos ainda no primeiro trimestre deste ano, mas o responsável prefere ainda não levantar o véu.

Entre as grandes tendências internacionais no consumo destes produtos, Guilherme Pereira destaca as barras energéticas, os snacks com insetos inteiros e o aparecimento dos primeiros produtos que constituem alternativas a refeições, como massas e hambúrgueres feitos a partir de farinha de inseto.

Apesar de acreditar que Portugal tem potencial para ser um grande produtor e exportador de insetos, pelas “características geográficas” do país e pela “capacidade dos operadores”, o responsável pede aos governantes portugueses condições mais favoráveis para a captação de investimento e para aumentar os apoios financeiros a este setor, à semelhança do que tem sido feito em outros países europeus, como a França e a Holanda.

Equipa TecmafoodsTecmafoods aumenta produção para dar resposta à procura

A Tecmafoods – Insect Based Feed & Food é uma empresa com uma operação B2B (Business to Business), fornecedora de ingredientes à base de inseto para a indústria alimentar e o canal Horeca, que desenvolveu a primeira unidade industrial em Portugal, em março de 2020, destinada à produção de insetos para alimentação animal, conta Vasco Esteves, CEO da empresa, em entrevista ao Hipersuper, adiantando, no entanto, que esteve sempre na mira da empresa produzir insetos para alimentação humana.

Uma vez aprovada a venda destes produtos em Portugal, a operação estava já desenhada para dar resposta à legislação. “Quando saiu a autorização, já sabíamos o que alterar e assim o fizemos. Durantes os meses de setembro e outubro implementámos as alterações e temos agora uma unidade indústria 100% compatível com a alimentação humana”, lembra o CEO.

Ressalvando que, pelo que sabe, os insetos comestíveis produzidos em Portugal ainda não são utilizados em produtos alimentares, o responsável estima que a produção anual deverá representar 300 mil euros e as vendas destes produtos cerca de um milhão de euros. “Ambos irão crescer este ano”, acredita.

Com controlo de produção desde a origem até à transformação, a empresa de Leça do Balio está a produzir atualmente 1,5 toneladas de larvas por mês, valor que se traduz em 525 quilos de farinha, embora a fábrica esteja ainda longe de atingir a plena capacidade de produção. “O nosso modelo de produção é descentralizado numa parte do processo, o que nos permite ter um crescimento modular, acompanhado a procura”, avança Vasco Esteves. Aliás, a empresa está atualmente a investir no aumento da capacidade de produção para dar resposta à subida da procura.

Com o objetivo de ser o fornecedor número um de mono-igredientes (farinha e desidratado) de tenebrio da indústria alimentar portuguesa, a empresa está neste momento concentrada na produção de farinha, que representa cerca de 90% da produção, e de insetos desidratados. “Temos alguns projetos em mente na área das gorduras, pastas e texturizados”, avança o responsável, sem revelar mais pormenores.

A empresa estima alcançar no final deste ano uma faturação entre os 350 mil e os 400 mil euros, já com alguma ajuda da atividade de exportação. “Estamos neste momento a entrar nos mercados e prevemos uma representação de 25% a 30% de faturação”, no que diz respeito às vendas internacionais, prevê.

Lá fora, as grandes tendências passam pela incorporação de insetos comestíveis em pão, bolos, bolachas, batidos, massas, refeições pré-feitas. “No fundo, é possível aplicar esta proteína em tudo”, termina o responsável.

 

Quais devem ser os próximos passos em matéria de regulamentação?

 

Daniel Murta, CEO e fundador da Ingredient Odyssey e porta-voz da InsectERA

Em termos de regulamentação o setor dos insetos deu um enorme passo com a autorização de insetos em alimentação humana. Porém, há ainda grandes desenvolvimentos a ocorrer, quer no que concerne a tecnologia quer à sua aplicação económica. Neste sentido, o maior desafio ao progresso é que os desenvolvimentos tecnológicos sejam acompanhados por validações científicas que assegurem a sua eficiência e segurança e, posteriormente, quando validadas, por uma rápida regulamentação.

É a eficiência deste processo que permite que novos processos vejam a luz do dia no mercado a tempo de contribuírem para a competitividade das empresas que os desenvolveram e dos países onde as mesmas operam.

Neste sentido, os principais desafios regulamentares no setor dos insetos prendem-se com o licenciamento dos diferentes produtos gerados, desde as proteínas aos fertilizantes. Seria interessante ver autorizada a utilização de produtos refinados de insetos, que têm um maior valor nutricional e económico, ao invés de se poder usar apenas farinha e insetos inteiros, ao mesmo tempo que seria interessante ver reforçado o reconhecimento do seu impacto ambiental positivo e o alargamento do tipo de subprodutos que podem ser usados na produção de insetos.

Guilherme Pereira, fundador da Portugal Bugs

O primeiro passo será efetivamente categorizar os insetos como um ingrediente normal e que as empresas que utilizam a farinha dos insetos em produtos alimentares tenham a liberdade de aplicação como, por exemplo, as empresas que utilizam proteína do leite. Paralelamente, é necessário descomplexificar o procedimento de aprovação das unidades produtoras de insetos, de forma a conseguirmos produzir e transformar os insetos em Portugal. Aos dias de hoje, o processo ainda é muito moroso e complexo, quando deveria ser algo simples e menos burocrático.

Vasco Esteves, CEO da Tecmafoods

Toda a atividade já está regulada, quer na produção animal, quer na transformação. Rege-se por regulamentos já existentes e por normas criadas para o efeito. Falta criar enquadramento para o transporte de invertebrados, que ainda não existe. É preciso também fiscalizar as produções em relação às condições de produção


Sobre o autorRita Gonçalves

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Grupo InPost movimentou 322,1 milhões de encomendas no 4º trimestre de 2024

A rede de locais de entrega do Grupo expandiu-se para mais de 82 mil pontos, com os lockers a representarem 57% destes locais.

O número total de encomendas processado pelo Grupo InPost em 2024 ultrapassou mil milhões, tendo, no dia de pico mais movimentado, sido processadas quase 14 milhões de encomendas na Europa. A multinacional de soluções logísticas para o setor do comércio eletrónico, informa ainda que atingiu volumes recorde no quarto trimestre de 2024: durante a época alta, movimentou um total de 322,1 milhões de encomendas, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior.

A InPost associa o sucesso do último trimestre a vários marcos nos países que compõem a rede na Europa. Portugal e Espanha “expandiram consideravelmente a sua rede de pontos pack ao longo do ano”, indica, revelando que no final do quarto trimestre de 2024, ambos os países tinham 2.004 lockers e 9.971 pontos pack em funcionamento, totalizando mais de 11.900 locais entre os dois países.

Na Polónia, a InPost registou um aumento contínuo da procura de lockers e de serviços de entrega ao domicílio, “atingindo volumes recorde de 209,9 milhões de encomendas, um aumento de 20% em relação ao ano anterior”, refere a empresa, acrescentado que, ao mesmo tempo, os marketplaces nacionais e internacionais também contribuíram positivamente. Os volumes foram ainda impulsionados pela garantia de entrega antes do Natal e por outros indicadores-chave de elevada qualidade logística.

No Reino Unido, a InPost entregou 27,2 milhões de encomendas no quarto trimestre de 2024, o que representou um aumento de 58% em relação a 2023. “Este forte crescimento trimestral do volume foi possível graças à melhoria das operações logísticas e a uma expansão significativa da rede”, explica a empresa.

A rede de locais de entrega do Grupo continuou a expandir-se para mais de 82 mil locais, com os lockers a representarem 57% destes locais. “A empresa manteve a sua posição de número 1 em termos de rede de lockers na Polónia, França e Reino Unido. Em Portugal, Espanha e Itália o número de lockers duplicou, aumentando significativamente a sua visibilidade e presença no mercado”, assegura.

Rafał Brzoska, diretor Executivo afirma que “2024 foi outro ano marcante para o Grupo InPost”, excedendo as expectativas “desde o início do ano em todos os nossos mercados”. “Estabelecemos novos recordes tanto em termos de volumes entregues como de expansão da nossa rede. Pela primeira vez, o nosso volume total ultrapassou mil milhões de encomendas e a instalação de APMs ultrapassou as 11 mil unidades”, acrescentou.

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Cabaz de alimentos essenciais com ligeira subida de preço

O cabaz essencial de 63 produtos custa esta semana 240,08 euros. A análise da DECO PROteste mostra que o preço da pescada fresca aumentou quase 2€ numa semana.

De acordo com a análise semanal da DECO PROteste o preço do cabaz alimentar de 63 bens essenciais regista uma ligeira subida esta semana: existe uma diferença de 0,94 €. Na segunda semana de 2025, custava 239,14 euros. Desde o início do ano existe uma diferença de 3,91 €.

 

Produtos com maior variação de preço (semana anterior)
De 8 a 15 de janeiro

Produto08/jan15/janDiferença%
Pescada Fresca12,05 €14,03 €1,97 €+ 16%
Massa Espirais1,21 €1,36 €0,14 €+ 12%
Iogurte Líquido2,24 €2,46 €0,22 €+ 10%
Salsichas Frankfurt1,76 €1,92 €0,16 €+ 9%
Arroz Carolino1,67 €1,81 €0,14 €+ 9%
Porco Febras4,61 €4,92 €0,30 €+ 7%
Dourada8,79 €9,19 €0,39 €+ 4%
Atum posta em azeite2,21 €2,30 €0,10 €+ 4%
Medalhões Pescada6,64 €6,88 €0,24 €+ 4%
Carapau4,49 €4,64 €0,15 €+ 3%

 

Produtos com maior variação de preço (início 2025)
De 1 a 15 de janeiro

ProdutoDiferença%
Pescada Fresca2,49 €22%
Salmão2,43 €19%
Massa Espirais0,16 €14%
Laranja0,18 €12%
Salsichas Frankfurt0,19 €11%
Flocos de Cereais0,24 €10%
Polpa de tomate0,13 €10%
Queijo Flamengo Fatiado embalado0,24 €10%
Medalhões Pescada0,51 €8%
Massa Esparguete0,07 €7%

A análise mostra também que entre o dia 23/02/22 (Início guerra Ucrânia) e o dia 15/01/25 existe uma diferença de 56,45€ quando comparado o mesmo cabaz nos 2 dias (30,74 %).

Produtos com maior variação de preço
desde 23/02/22 – (Início guerra Ucrânia)

Produto23/fev/2215/jan/25Diferença23/02/22 a
15/01/25
Pescada Fresca6,03 €14,03 €8,00 €+ 133%
Azeite Virgem Extra4,65 €9,03 €4,38 €+ 94%
Novilho Carne para cozer6,52 €10,50 €3,99 €+ 61%
Arroz Carolino1,14 €1,81 €0,67 €+ 59%
Polpa de tomate0,89 €1,39 €0,50 €+ 56%
Laranja1,07 €1,67 €0,60 €+ 56%
Dourada6,00 €9,19 €3,18 €+ 53%
Batata Vermelha0,91 €1,37 €0,46 €+ 50%
Salsichas Frankfurt1,28 €1,92 €0,64 €+ 50%
Salmão10,38 €15,47 €5,08 €+ 49%

Os dados são da DECO PROteste que, desde fevereiro de 2022 e com a escalada da inflação, realiza todas as semanas uma análise dos preços de um cabaz constituído por 63 produtos alimentares essenciais que inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como perú, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre  outros.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Logística

ID Logistics aposta em soluções de IA que otimizam as operações

Ao Hipersuper, Vitória Nunes, diretora UN da ID Logistics Portugal, destacou o empenho “em alcançar o equilíbrio ideal entre qualidade e custos, com o objetivo de maximizar a eficiência operacional”.

A ID Logistics refere a digitalização, a sustentabilidade e o desenvolvimento de talentos como fatores centrais da estratégia presente e futura, que tem como foco a expansão da base de clientes.
A empresa aponta como um dos maiores desafios, “acompanhar os clientes na sua constante procura de competitividade”, num mercado onde os consumidores querem uma maior personalização e prazos de entrega cada vez mais curtos.  A empresa responde com uma aposta num serviço de elevada qualidade, sem aumentar os custos. Para o conseguir, está a otimizar os processos operacionais com o foco na oferta de uma maior flexibilidade e capacidade de adaptação.
A empresa está focada também na atração e retenção de talento, que define como “o seu recurso mais valioso” e que vai priorizar este ano. “Ao mesmo tempo, assume o compromisso de promover ativamente o bem-estar dos seus colaboradores através de iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida no local de trabalho”, refere num comunicado.

Soluções de IA e equipas especializadas
No campo da digitalização, apresentada como um dos motores da estratégia em 2025, a empresa está a implementar tecnologias que otimizam as operações, desde a gestão de inventários até ao transporte de mercadorias. E vai manter, este ano, o investimento no desenvolvimento de soluções de inteligência artificial que permitam melhorar a eficiência das operações.
“Investimos significativamente em automação e análise de dados para melhorar os fluxos logísticos, reduzir desperdícios e aumentar a produtividade das nossas equipas”; revela ao Hipersuper Vitória Nunes, diretora UN da ID Logistics Portugal.
Outro dos desafios que a ID Logistics encara este ano é a necessidade de garantir o sucesso dos numerosos arranques operacionais que está a realizar. Para tal, está a investir em equipas especializadas “que gerem estes arranques de forma eficiente, minimizando os riscos e assegurando que cada novo projeto é perfeitamente integrado nas operações existentes”, exemplifica.
No campo da sustentabilidade, um dos projetos implementados é a otimização das rotas de transporte, que permite reduzir as emissões de CO2 e contribuir para a luta contra as alterações climáticas. “Queremos melhorar ainda mais a triagem dos resíduos através do nosso programa IDeLiver. O nosso objetivo é reciclar 85% dos resíduos próprios”, avança Vitória Nunes ao Hipersuper.
A multinacional quer expandir a sua base de clientes em 2025, oferecer uma gama mais ampla de serviços e não descarta a aquisição estratégica de empresas que complementem a sua oferta atual.

“Estamos sempre atentos a oportunidades que possam complementar a nossa oferta de serviços e reforçar a nossa posição no mercado”, afirma Vitória  Nunes

“A transparência é um dos nossos valores fundamentais”
Em entrevista ao Hipersuper, Vitória Nunes, diretora UN da ID Logistics Portugal, detalha o investimento em digitalização, em projetos que visam uma operação mais sustentável e em “processos inovadores que permitem otimizar os nossos resultados”.

A empresa destaca o empenho em “oferecer um serviço da mais elevada qualidade, sem aumentar os custos”. Na prática, como o vão conseguir?
Estamos constantemente empenhados em alcançar o equilíbrio ideal entre qualidade e custos, com o objetivo de maximizar a eficiência operacional. Para isso, apostamos na implementação de tecnologias e processos inovadores que permitem otimizar os nossos resultados.
Investimos significativamente em automação e análise de dados para melhorar os fluxos logísticos, reduzir desperdícios e aumentar a produtividade das nossas equipas. Estes esforços asseguram a entrega de valor aos nossos clientes, minimizando a necessidade de transferir custos adicionais.
A transparência é um dos nossos valores fundamentais. Na eventualidade de ser necessário ajustar custos para garantir a qualidade prometida, abordaremos esta questão de forma aberta, clara e sempre em colaboração com os nossos parceiros e clientes.

No campo da digitalização, que soluções de inteligência artificial estão a desenvolver para otimizar as operações?
Utilizamos ferramentas avançadas de gestão de inventários que permitem prever a procura com precisão e reduzir desperdícios. Paralelamente, implementamos sistemas inteligentes de otimização de rotas, que contribuem para reduzir o tempo de entrega e as emissões de CO₂, promovendo operações mais sustentáveis.
Estamos também a desenvolver tecnologias de machine learning capazes de analisar grandes volumes de dados operacionais em tempo real. Estas tecnologias identificam padrões que ajudam a aumentar a produtividade e a minimizar falhas nos processos. Estas soluções permitem ainda oferecer serviços mais personalizados, ajustados às necessidades específicas de cada cliente.

Sendo a sustentabilidade apresentada como um dos pilares do futuro, que projetos preveem implementar em 2025?
Queremos melhorar ainda mais a triagem dos resíduos através do nosso programa IDeLiver. O nosso objetivo é reciclar 85% dos resíduos próprios. Como exemplo disso, vamos continuar a apostar na substituição de bolsas de ar de plástico por desperdício de cartão, que se tem traduzido numa grande redução de plástico (4,2 toneladas em 2024). Tudo isto é possível através da sensibilidade dos nossos colaboradores e da regularidade das auditorias que efetuamos para comprovar a eficiência das iniciativas de sustentabilidade que estamos a implementar. Além disso, vamos continuar a monitorizar os custos de energia no nosso centro logístico da Azambuja através dos sistemas inovadores de monitorização que já implementámos.

A ID Logistics avança que não descarta a aquisição estratégica de empresas que complementem a sua oferta atual. Está já projetada para este ano alguma aquisição?
Estamos sempre atentos a oportunidades que possam complementar a nossa oferta de serviços e reforçar a nossa posição no mercado. Neste momento, não podemos divulgar informações sobre possíveis negociações ou projetos em desenvolvimento. No entanto, podemos assegurar que qualquer decisão relacionada com aquisições será cuidadosamente analisada, de forma a consolidar a nossa presença no mercado, e a trazer valor tanto para os nossos clientes, como para os nossos colaboradores. Qualquer decisão estratégica será comunicada de forma transparente e no momento oportuno.

A ID Logistics é um grupo internacional de logística contratual criado em  2001, que gere cerca de 400 centros em 18 países e uma carteira de clientes equilibrada nos setores da distribuição, indústria, healthcare e e-commerce. Tem 38 mil colaboradores e gerou receitas de 2.750 milhões de euros em 2023.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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2024 foi o melhor ano de sempre em vendas nas lojas dos centros comerciais

Em declarações ao Hipersuper, Carla Pinto, diretora executiva da APCC, sublinha que “os centros comerciais são hoje muito mais do que meros locais de compras” e que “os dados evidenciam o forte contributo que este setor continua a dar para a economia nacional”.

Segundo a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), em 2024 houve um aumento global de 7% nas vendas em relação a 2023, com dezembro a ser o melhor mês do ano e a área de restauração a crescer 11% relativamente ao ano anterior. 2024 foi mesmo o melhor ano de sempre em vendas nas lojas dos centros comerciais.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados alcançados pelos nossos lojistas em 2024 e que confirmam a tendência de crescimento que tem vindo a verificar-se. Os dados evidenciam o forte contributo que este setor continua a dar para a economia nacional e são também a prova da importância dos centros comerciais no dia a dia dos portugueses, com a disponibilidade horária e de dias de funcionamento a serem um fator decisivo na escolha e preferência dos inúmeros visitantes”, sublinha a diretora executiva da APCC, Carla Pinto.

Mais pagamentos, mais faturação

Dados de um estudo da REDUNIQ Insights desenvolvido para a APCC, sobre as vendas com meios de pagamento eletrónico, indicam que a faturação aumentou 7% em comparação com 2023, foi superior 14% em relação a 2022 e cresceu 31% face a 2019 (o período pré-pandemia).

Subiu também o número de transações em relação a 2023 (+7%), tendo sido ainda superior aos anos anteriores, “o que significa que os resultados estão também sustentados num maior número de visitantes e não apenas no valor das compras efetuadas”, detalha a APCC.

Foi no 4º trimestre que se realizou o maior número de vendas nos centros comerciais – o indicador do gasto médio por cliente aumentou em todos os meses deste período face a 2023, o que acontece pela primeira vez. E dezembro foi o melhor mês de faturação, com cada compra a registar um valor médio de 40,97 euros, enquanto a nível global o valor médio de cada transação foi de 33,80 euros. O estudo indica também que 23 de dezembro foi o melhor dia do ano, seguido dos dias 21 e 22 do mesmo mês e de 30 e 29 de novembro (período da Black Friday).

O peso do período pós-laboral

Quanto aos melhores dias da semana e horários, o estudo revelou o período pós-laboral mantém um peso muito relevante, com 38% do total de transações a serem feitas a partir das 18h. Já os fins de semana representaram 35% das vendas, ao longo do ano. Um outro dado a reter do estudo revela que os turistas representaram 12% do total da faturação.

Numa análise aos setores representados nestes espaços, a restauração registou um crescimento de 11% na faturação, em relação a 2023, e de 9% no número de transações. A moda mantém-se como o segmento com maior peso no total da faturação (36%), seguida dos supermercados (23%) e do setor dos eletrodomésticos & tecnologia (11%).

“(Os centros comerciais) Dão resposta, de uma forma integrada, às necessidades das pessoas”

Ao Hipersuper, a diretora executiva da APCC, Carla Pinto, detalha os fatores do crescimento de vendas nos centros comerciais:

A que fatores atribui o contínuo crescimento de vendas nos Centros Comerciais? A diversidade de oferta será o principal?
Existem diversos fatores que, no nosso entender, contribuem para que os centros comerciais sejam locais preferenciais para fazer compras, mas também para momentos de lazer ou para fazer uma refeição. Desde logo, a diversidade de oferta, já que num só espaço as pessoas podem encontrar múltiplas propostas, mas, igualmente importante, os centros comerciais são hoje muito mais do que meros locais de compras. São ponto de encontro, de lazer e bem-estar, onde existem desde serviços de saúde, como hospitais, clínicas e farmácias, a uma vasta oferta cultural, de entretenimento, restauração e atividade física, por exemplo. Dão resposta, de uma forma integrada, às necessidades das pessoas e assumem uma grande relevância no dia a dia dos portugueses, de quem aqui vive ou visita o país.

Os horários de fim de semana são ‘fundamentais’ para o dinamismo de vendas nos Centros Comerciais?
Toda a disponibilidade horária e de dias de funcionamento dos centros comerciais é fundamental para o dinamismo destes espaços. Os fins de semana assumem uma grande importância, já que o sábado é o melhor dia de vendas, logo seguido de domingo, e o horário pós-laboral é decisivo, ao longo de toda a semana, para as escolhas dos visitantes. Ou seja, os centros comerciais garantem conveniência e comodidade e os resultados alcançados pelos nossos lojistas, em 2024, comprovam isso mesmo.

O turista é um cliente que ‘veio para ficar’?
O turismo é a atividade económica em maior crescimento do nosso país e, naturalmente, os centros comerciais não ficam à margem desta realidade, quer pela sua localização ou pela própria estratégia de mercado. As compras em centros comerciais sempre fizeram parte dos percursos turísticos, pois são uma componente cultural fundamental para quem visita Portugal, e acreditamos que assim continuará a ser. Em 2023 e 2024, o consumo estrangeiro representou 12% do total de vendas, sendo que esta é uma média nacional, havendo centros comerciais cuja exposição a este fenómeno é ainda mais elevada. Os dados do ano passado deixam-nos muito satisfeitos pelos resultados alcançados pelos nossos lojistas e evidenciam o forte contributo que este setor continua a dar para a economia nacional, sem esquecer a importância do cliente estrangeiro na atividade destes espaços.

A APCC é uma Associação de âmbito nacional que congrega empresas investidoras, promotoras e gestoras de centros comerciais, para além de empresas de comércio a retalho e fornecedores de serviços ao sector. Conta atualmente com mais de 170 associados, com 104 conjuntos comerciais, que integram mais de 8.500 lojas. O setor cria mais de 280 mil postos de trabalho e recebe mais de 550 milhões de visitas por ano.

 

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Loja-Escola do Centro Incluir Norte

Retalho

Programa do Grupo Jerónimo Martins destacado pelo Fórum Económico Mundial

O Programa Incluir foi criado há 10 anos pelo Grupo Jerónimo Martins e promove a empregabilidade de pessoas em situação de desvantagem no acesso ao mercado de trabalho.

Hipersuper

O Fórum Económico Mundial reconheceu o programa como uma iniciativa de excelência no domínio da Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).

Criado em 2015 e desenvolvido pelo Grupo Jerónimo Martins, o Programa Incluir é um de oito case-studies, e o único de Portugal, em destaque no ‘Diversity, Equity and Inclusion Lighthouses 2025 Insight Report’, um relatório desenvolvido pelo Centro para a Nova Economia e Sociedade do Fórum Económico Mundial. Este documento tem por objetivos revelar e destacar iniciativas empresariais de grande impacto social, selecionadas após análise por um painel de peritos, e partilhar boas práticas de DEI com líderes empresariais e do sector público espalhados pelo mundo.

O Programa Incluir visa a promoção da empregabilidade de grupos de pessoas em situação de desvantagem no acesso ao mercado de trabalho, com destaque para pessoas com deficiência, migrantes e refugiados e pessoas em situação social de risco, através da melhoria das competências e da criação de oportunidades de emprego.
“Desde a sua criação, o programa contou com mais de 1.700 participantes, já proporcionou mais de 1.000 oportunidades de trabalho e levou à contratação de mais de 800 pessoas pelo Grupo e suas companhias em Portugal”, revela o Grupo um comunicado.

Mais de 2.820 colaboradores do Grupo já receberam formação para assumir o papel de tutores e desenvolver o potencial de pessoas em situação de desvantagem. No âmbito deste programa, o Grupo Jerónimo Martins construiu mais de 100 parcerias com Organizações Não Governamentais (ONG) especializadas em inclusão social, para apoiar na identificação de potenciais candidatos, e concretizou mais de 500 adaptações técnicas das instalações da empresa para acolher pessoas com deficiência.

Centros de formação em Lisboa e Porto
É nos Centros Incluir, construídos de raiz em Lisboa e no Porto, que o Grupo dinamiza a formação, “com base numa metodologia inovadora de formação e desenvolvimento, customizada para cada formando e adaptada às funções que podem ser desempenhadas em cada um dos negócios do Grupo”, informa a empresa.
A primeira fase da formação decorre em sala, com treino de competências comportamentais e relacionais e simulação prática de tarefas numa área do Centro Incluir, onde foi construída uma loja-escola. Segue-se uma segunda fase para formação prática em contexto de trabalho, com o suporte de tutores – colaboradores responsáveis pelo acompanhamento e desenvolvimento de cada formando no local de trabalho – e da equipa de Inclusão. Concluídas estas duas fases, os formandos estão preparados para serem contratados pelas Companhias do Grupo.

Para Susana Correia de Campos, Employee Relations and Internal Social Responsibility Global Director do Grupo Jerónimo Martins, “este reconhecimento por parte do Fórum Económico Mundial posiciona o Grupo Jerónimo Martins enquanto uma referência a nível global na implementação de boas práticas de diversidade, equidade e inclusão”.
“Por outro lado, valida o percurso que temos desenvolvido de abordagem inclusiva em relação às comunidades a que pertencemos, assente na criação de oportunidades de emprego e de formação, e é um importante incentivo para o forte e contínuo envolvimento das nossas equipas neste desígnio-chave, que tem contribuído para o reforço da cultura do Grupo e para o fortalecimento do espírito de equipa”, complementa.

As políticas de inclusão do Grupo Jerónimo Martins têm sido destacadas a nível nacional e internacional. Desde 2021 que a holding do Grupo Jerónimo Martins tem a distinção Marca Entidade Empregadora Inclusiva atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo subido ao nível de Excelência em 2023. Também o Recheio Cash & Carry é Marca Entidade Empregadora Inclusiva desde 2021 enquanto o Pingo Doce tem esta distinção desde 2023. O Programa Incluir foi premiado na primeira edição dos European Commerce Awards, do EuroCommerce, como a melhor prática na categoria Qualificação e Inclusão.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

I&D

Olitrem reforça investimento em inovação com dois novos laboratórios próprios

Ao Hipersuper, Gonçalo Ferreira, manager business development do Grupo Olitrem, garante que a “aquisição de mais laboratórios permitirá testar mais equipamentos em simultâneo e dessa forma duplicar a velocidade de integração de novas soluções no mercado”.

A Olitrem está a reforçar o investimento em inovação com dois novos laboratórios próprios em 2025, num investimento de 120 mil euros. A iniciativa insere-se na estratégia de inovação e sustentabilidade da empresa, que investe anualmente mais de 400 mil euros em investigação e desenvolvimento (I&D). Ao Hipersuper, Gonçalo Ferreira, manager business development do Grupo Olitrem, garante que a “aquisição de mais laboratórios permitirá testar mais equipamentos em simultâneo, e dessa forma duplicar a velocidade de integração de novas soluções no mercado”.

Com esta expansão, a Olitrem passará a contar com quatro infraestruturas dedicadas à pesquisa e teste de soluções eco-friendly, focadas na eficiência energética e na redução do impacto ambiental. Os novos laboratórios permitirão simular diversas condições de utilização, como variações de temperatura e humidade, assegurando que os equipamentos cumprem as normativas em vigor e maximizam o desempenho energético.

“A Olitrem tem uma gama de produtos muito alargada para vários segmentos de negócio, que têm especificidades muito particulares. No desenvolvimento de um produto são efetuados vários testes a diversas temperaturas e humidades para validar o comportamento dos equipamentos em ambiente real”, explica Gonçalo Ferreira. “Estes testes levam vários dias a ser efetuados pelo que a aquisição de mais laboratórios permitirá testar mais equipamentos em simultâneo, e dessa forma duplicar a velocidade de integração de novas soluções no mercado”, garante. “Por exemplo um teste de consumo energético de um equipamento leva em média 5 dias a ser efetuado, qualquer melhoria que façamos levará novamente 5 dias a ser comprovada”, exemplifica o manager business development do Grupo Olitrem. “Com mais câmaras de testes teremos uma maior capacidade e rapidez em implementar melhorias, pois neste momento temos equipamentos em fila de espera na nossa empresa para serem testados nos nossos laboratórios”, afirma.

Liderar a transformação para um futuro mais sustentável

Em 2023, a Olitrem registou um volume de negócios de 21 milhões de euros, tendo produzido 25.400 equipamentos frigoríficos, cerca de 110 unidades por dia. A empresa prevê aumentar a produção para mais de 30 mil unidades anuais nos próximos três anos, o equivalente a cerca de 132 unidades diárias.

Este crescimento reforça o compromisso empresa familiar especializada na produção, assistência e comercialização de equipamentos de refrigeração em liderar a transformação para um futuro mais sustentável. Exemplo disso, é a sua inclusão no Beverage Industry Environmental Roundtable (BIER): “o facto de integrarmos este grupo de trabalho internacional, que reúne os maiores players internacionais de bebidas como Coca-cola, Heineken, Carlsberg, ABInbev, Pepsi, Redbull, entre outros fabricantes de equipamentos frigoríficos/fornecedores de componentes, permite um diálogo direto entre os vários elos integrantes na cadeia de frio, partilhando experiências, dificuldades, visões e traçando objetivos e estratégias comuns para um futuro mais sustentável neste setor”, refere Gonçalo Ferreira.

“Dentro desta coligação existem vários grupos de trabalho dedicados a temas específicos como a Eficiência energética dos equipamentos, circularidade e Retro-fit de equipamentos e, em conjunto, tentamos encontrar soluções para os desafios do mercado procurando sempre responder às necessidades de uma forma mais sustentável e amiga do ambiente”, enaltece.

“Nem sempre o equipamento com o preço mais baixo é o mais barato”

Apostando em inovação contínua e no desenvolvimento tecnológico responsável, a Olitrem posiciona-se como uma referência no setor, com 70% da produção destinada a mercados de exportação.

Gonçalo Ferreira avança que os principais mercados de exportação da empresa são mercados do centro e norte da Europa, nomeadamente o Reino Unido, França, Bélgica, Suíça, a Holanda, entre outros. E explica: “atualmente, estes mercados já estão muito sensibilizados para o consumo energético dos equipamentos e circularidade dos mesmos a nível de materiais. Neste tipo de mercados, apesar do preço ser um fator relevante, os restantes fatores também devem ser determinantes na escolha dos produtos, principalmente pela visão a longo prazo dos prós e contras na sua compra”. “É preferível pagar um pouco mais no custo de aquisição do equipamento e recuperar esse investimento no seu consumo energético em 3/4 anos”, sublinha.

“A visão destes mercados leva-nos a investir cada vez mais no desenvolvimento de soluções sustentáveis e na redução do consumo de equipamentos, pois se não o fizermos certamente deixaremos de ser competitivos face a outros fabricantes. Infelizmente, em Portugal e nos mercados do sul da Europa, em muitos canais o custo de aquisição é ainda o fator mais importante”, lamenta. “Estamos convencidos de que esta tendência seguirá o alinhamento europeu e que cada vez mais será fundamental ter em atenção o custo de vida útil global do equipamento e não apenas o seu investimento inicial, uma vez que nem sempre o equipamento com o preço mais baixo é o mais barato”, conclui.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Alimentar

Montiqueijo conquista pela primeira vez o selo Quality Awards

A Montiqueijo foi distinguida pela Consumer Choice com o selo Quality Awards 2025, na categoria de queijo fresco, nomeadamente queijo fresco tradicional, sem lactose, magro e com tomate e manjericão.

Hipersuper

“É com grande satisfação que recebemos o selo Quality Awards 2025 na nossa gama de queijo fresco. Este reconhecimento é um marco importante para a Montiqueijo e reflete o empenho da nossa equipa em garantir produtos de excelência. Agradecemos a confiança dos consumidores, que nos motivam a continuar a fazer sempre melhor”, afirma Dina Duarte, diretora geral da Montiqueijo, em comunicado.

Sendo a qualidade o atributo preferido dos consumidores e sobre o qual recai a sua expectativa, este prémio tem como objetivo avaliar as marcas dos mais diferentes setores segundo 10 dimensões que definem a sua qualidade no geral.

Criado em 2023, o Quality Awards destaca o desempenho, a confiança e as características do produto ou serviço, a conformidade das características para o seu fim, a durabilidade, o atendimento, o design e aparência do produto, a expectativa do consumidor versus a realidade percecionada, a qualidade percebida e o nível de recomendação do produto ou serviço como os principais aspetos a serem avaliados rigorosamente por parte de um painel de consumidores que realiza a sua avaliação em ambiente real.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

CBRE e B. Prime responsáveis pela comercialização de novo armazém na Quinta da Marquesa

As consultoras imobiliárias CBRE e B. Prime comercializam em regime de co-exclusividade um novo ativo com licença industrial e logística.

O ativo na Quinta da Marquesa trata-se de um armazém junto à AutoEuropa que está sob gestão da M7 Real Estate. Com um total de aproximadamente 10.500m2 disponíveis, este imóvel que tem como finalidade o uso logístico e industrial, disponibiliza cais de carga, portões ao nível do solo e altura livre de 10 metros.

“Acreditamos que este ativo logístico é uma oportunidade única no mercado, já que a excelente visibilidade e ótima acessibilidade aliadas à qualidade do espaço com Licença Industrial tornam-no na escolha ideal para negócios que procuram um novo espaço, mas também uma posição estratégica no mercado”, afirma Nuno Torcato, diretor de Industrial e Logística na CBRE Portugal.

“Uma vez mais sentimo-nos altamente entusiasmados e motivados pela confiança que a M7 deposita na nossa equipa para os auxiliarmos na colocação deste seu ativo que reúne características únicas, para o desenvolvimento de qualquer atividade logística, de armazenagem ou light industrial”, comenta Luís Reis, diretor de Industrial e Logística na B. Prime.

Os armazéns disponíveis pretendem proporcionar as condições ideais para qualquer operação logística e industrial que pretenda estar integrado na Área Metropolitana de Lisboa, uma das regiões mais desenvolvidas de Portugal, segundo o Instituto Nacional de Estatística. A sua localização permite também uma ligação direta ao Sul do país e à fronteira espanhola.

Para além das ótimas acessibilidades às redes viárias da A2 e A33, este imóvel dispõe de um serviço de portaria 24 horas por dia.

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Aerial view of container cargo ship in sea.

Exportação

Exportações da indústria alimentar e bebidas ultrapassam valores de 2023

Entre janeiro e novembro de 2024, a indústria alimentar e de bebidas foi responsável por exportações no valor de 7.587 milhões de euros, anuncia a FIPA.

Hipersuper

Nos primeiros 11 meses de 2024, a indústria alimentar e das bebidas alcançou exportações no valor de 7.587 milhões de euros. Representam um crescimento de 10,63% face a igual período homologo de 2023, e um crescimento de 0,74% face a todo o ano de 2023, altura em que as exportações se situaram nos 7.526 milhões de euros, revela a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) com base em dados divulgados pelo INE (Instituto Nacional de Estatística).

Os mesmos dados indicam que a União Europeia representou 5.174 milhões de euros no global das  exportações da indústria alimentar e das bebidas e permitem ainda perceber que nos primeiros 11 meses de 2024, e por comparação a igual período homologo de 2023, “há uma variação de 15,55% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros”. Ainda de acordo com os dados do INE, e por comparação a igual período de 2023, há uma tendência de redução do défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas, informa a FIPA.

“Os dados do INE revelam que a indústria alimentar e das bebidas está a contribuir para mudar o perfil da economia portuguesa, em linha com o que tem sido evidenciado pela FIPA. Revelam ainda que as empresas têm conseguido contornar fatores adversos e de imprevisibilidade, como os relacionados com a situação geopolítica e a cadeia de distribuição”, elogia Jorge Henriques, presidente da FIPA.
“Tudo indica que o setor deverá continuar a evoluir em direção à sustentabilidade, inovação e adaptação às novas exigências do consumidor, o que poderá gerar oportunidades significativas para as empresas que se ajustem a estas tendências e fechar o ano de 2024 bastante positivo”, acrescenta Jorge Henriques.

A indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em Volume de Negócios (22,4 mil milhões de euros) como em Valor Acrescentado Bruto (3,8 mil milhões de euros). Primeira indústria transformadora que mais emprega gera – é responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos – “assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país”, destaca a FIPA.

Sobre o autorHipersuper

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Cropped image of woman inputting card information and key on phone or laptop while shopping online.

Retalho

Personalização e investimento em tecnologia são tendências no retalho em 2025

Abordagens personalizadas, aposto em modelos de subscrição e fidelização e investimento em tecnologia são as principais tendências do retalho em 2025, identificadas pela CI&T.

Hipersuper

A CI&T destaca a aposta em modelos de subscrição e fidelização, e o investimento em tecnologia como as principais tendências. O desenvolvimento de abordagens que promovam a ligação emocional com os consumidores será outra mais-valia em 2025.

“Os dados demográficos desempenham um papel fundamental na definição das estratégias de retalho; é, por isso, essencial compreender as mudanças geracionais”, defende a empresa especialista global em transformação tecnológica. Acrescenta, por isso, que uma boa estratégia para trazer inovação ao retalho será tirar partido de tecnologias das aplicações de encontros, como a geolocalização, para a criação de ofertas e experiências hiper-personalizadas.

“Os comerciantes podem, por exemplo, possibilitar que os consumidores paguem um valor único para obter funcionalidades premium, ou ajudá-los a melhorar o ‘algoritmo’ de produtos que lhes aparecem e a atualizar as suas preferências após grandes eventos da vida, como casamentos, filhos ou mudanças de casa”, refere.

Aposta em modelos de subscrição e fidelização

Para a CI&T “será cada vez mais relevante” manter os consumidores próximos das marcas, pelo que o setor do retalho “deverá apostar na construção de comunidades digitais para aprofundar o contacto com o cliente mais além das páginas de redes sociais, websites e espaços físicos de venda”. Nesse sentido, aponta os modelos de subscrição como tendência para 2025: “os comerciantes devem procurar introduzir serviços de subscrição específicos para determinadas categorias, que proporcionem acesso ilimitado a determinados produtos ou experiências”. Outra tendência são os programas de fidelização, que proporcionam aos consumidores “um sentido de exclusividade que faça aumentar o seu interesse”. “Explorar estratégias para aumentar a sua fidelização e envolvimento será fundamental para ter sucesso num mercado altamente competitivo”, assegura.

Maior ligação emocional

SOobre esta tendência,  a CI&T avança que os comerciantes podem adotar abordagens que permitam aos clientes desfrutar de listas de reprodução relevantes para si enquanto estão na loja, ou mesmo propor-lhes ofertas e descontos específicos em função do seu estado de espírito. “Para isso, podem pedir que preencham questionários em tempo real para ajudar a conseguir a máxima personalização da sua experiência de compra”, exemplifica. Para além disso, proporcionar aos consumidores um resumo dos seus hábitos de compra, “como também o Spotify faz anualmente com o seu ‘Wrapped’”, é uma estratégia inteligente para fortalecer a ligação emocional com os consumidores, que geralmente estão interessados em conhecer os detalhes da sua própria experiência”, acrescenta.

Mais tecnologia

A empresa de tecnologia da informação e software, defende ainda que em 2025 os comerciantes devem tirar o máximo partido da GenAI e capacitar os consumidores para que, por exemplo, “personalizem a sua utilização da app ou website das marcas, escolhendo o esquema de cores que preferem, vendo modelos com as suas dimensões aproximadas/formas do corpo similares, e alternando entre os modos claro e escuro”.

Outra tecnologia que a empresa avança como tendência no retalho para este ano – e que, refere, é já amplamente utilizada na Ásia e pode ser melhor explorada na Europa – são os códigos QR, que podem ser utilizados “com grande eficácia para emitir vouchers temporários, publicidade com realidade aumentada, logins seguros em aplicações e muito mais”. Em paralelo, também ganham força as tecnologias de ‘smart shopping’, como as caixas automáticas com RFID e os carrinhos inteligentes, pois permitem diminuir os tempos de espera nas caixas e nos provadores, indica.

“À medida que os consumidores se tornam mais exigentes e procuram experiências que ultrapassam as simples transações, as marcas precisam de descobrir como aportar valor de forma única e significativa. Quer através de programas criativos de subscrição e fidelização, ou de envolvimento emocional, estar próximo dos clientes e conhecê-los profundamente será o caminho mais certo para o sucesso”, comenta Melissa Minkow, director, Retail Strategy da CI&T.

“Prevemos um 2025 cheio de oportunidades para o setor do retalho, e tudo indica que a personalização será o grande pilar que moldará o setor este ano. Os consumidores querem cada vez mais controlo sobre as suas escolhas e preferências, e o retalho tem de se adaptar a essa realidade,” conclui.

Sobre o autorHipersuper

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