50% das compras online dos portugueses em 2017 efetuadas em sites estrangeiros
O retalho online em Portugal totalizou em 2017 vendas de 4,6 mil milhões de euros. Os segmentos B2B (Business to Business) e B2G (Business to Government), por sua vez, alcançaram […]

Ana Catarina Monteiro
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O retalho online em Portugal totalizou em 2017 vendas de 4,6 mil milhões de euros. Os segmentos B2B (Business to Business) e B2G (Business to Government), por sua vez, alcançaram os 70 mil milhões de euros em transações online, revelam os dados da última edição do Estudo da Economia Digital em Portugal, desenvolvido pela ACEPI (associação da Economia Digital) em parceria com a IDC (International Data Corporation).
Estes resultados em relação ao comércio B2C (Business to Consumer) ficam um pouco abaixo das previsões da Ecommerce Foundation, que em outubro passado apontava para um crescimento de 12% do total de vendas online a retalho no País para os 4,7 mil milhões de euros, depois de em 2016 já ter apresentado um aumento de 10%.
O mais recente estudo, publicado pela ACEPI, indica que “mais de 50%” das compras online realizadas pelos portugueses são feitas a operadores estrangeiros e, desta fatia, são os sites chineses que registam uma maior frequência de encomendas a partir de Portugal. “Um dos sites mais utilizado pelos portugueses é o AliExpress”, da gigante chinesa Alibaba. A nível global, esta fica apenas atrás das lojas Ebay (em primeiro) e Amazon, nas preferências de compra dos eshoppers lusos.
De acordo com o estudo, 85% dos portugueses que compram online já o fizeram em sites estrangeiros.
Atualmente 36% da população portuguesa (cerca de três milhões) compra online, valor que deve crescer para os 59% até 2025. Nesse ano o comércio online B2C no País deve ascender a 8,9 mil milhões de euros. Já os movimentos nos segmentos B2B e B2G devem subir para um valor agregado de 132 mil milhões euros em 2025.
Tendências para 2018
Para a ACEPI, a “consolidação das tendências do ecommerce 4.0 será dominante em 2018”. A associação identifica nas empresas de comércio eletrónico a “necessidade de apostar em plataformas escaláveis e abertas e em múltiplos canais”, para estar sempre presente no local, e no momento, em que o cliente necessite de um produto/serviço – “optichannel”.
“Conteúdo, comércio, comunidade, contexto, personalização e pesquisa vertical serão as palavras chave do ecommerce em 2018”, destaca Alexandre Nilo Fonseca, presidente da ACEPI.
“Os clientes já fazem cada vez mais ‘showrooming’ – entrar na loja física e depois comprar online. E o inverso também é verdadeiro, com o ‘webrooming’, em que pesquisam online e compram na loja”.
Para o responsável, a capacidade de conjugar as duas tendências vai permitir às lojas captar mais utilizadores e garantir a sua fidelização”.
Em 2018, a ACEPI irá percorrer 20 cidades da região norte de Portugal com um “roadshow” que “visa sensibilizar as empresas para a importância da digitalização do seu negócio”, destaca o presidente da direção da associação da Economia Digital.
A iniciativa insere-se no projeto Norte Digital, cujo o intuito é contribuir para a digitalização das Pequenas e Médias Empresas da região norte através da realização de diagnóstico, criação de “benchmark” e identificação dos principais “marketplaces”. Em 2018, a associação dará início a um “projeto piloto com 50 empresas”.