Refeições prontas: único segmento alimentar a contrariar queda do mercado FMCG
As vendas de bens de grande consumo em Portugal caíram 4,5% em volume e 0,5% em valor nos primeiros cinco meses do ano, em relação ao período homólogo, conclui a 4ª edição do estudo Marcas+Consumidores, apresentado pela Centromarca. A categoria de alimentação regista a maior queda (-6%). Dentro desta, as refeições prontas são a única categoria a crescer, devido sobretudo às marcas da distribuição, responsáveis por 76% do crescimento. Por outro lado, o Lidl foi a cadeia que mais evoluiu em penetração e fidelização
Ana Catarina Monteiro
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As vendas de bens de grande consumo em Portugal caíram 4,5% em volume e 0,5% em valor nos primeiros cinco meses do ano, em relação ao período homólogo, conclui a quarta edição do estudo Marcas+Consumidores, apresentado esta semana pela Centromarca, associação que defende os interesses das marcas de fabricante.
Os dados apurados pela consultora Kantar Worldpanel comprovam a tendência do consumidor português que se dirige cada vez menos vezes às lojas, com um gasto por ocasião também em queda. No entanto, a “tendência é de alguma forma compensada com incremento do consumo fora de casa”, explica em comunicado a associação.
Nas vendas a retalho de FMCG (Fast Moving Consumer Goods), as marcas da distribuição voltam nos primeiros meses do ano a ganhar quota de mercado face às marcas de fabricante, embora “ambas tenham perdido vendas face a 2016”. 49% das vendas efetuadas no período de referência atribuem-se às marcas das distribuidoras.
São os produtos alimentares que verificam a maior queda (-6%) nas vendas a retalho nos primeiros cinco meses do ano. Dentro da categoria, a comida pronta é o único segmento que verifica uma subida em volume de vendas (+3,4% face aos primeiros cinco meses de 2016). As marcas da distribuição foram responsáveis por 76% do crescimento das refeições prontas. Os frescos, por sua vez, caíram quase 6%.
Já a alimentação para a animais caiu 5,3%, a limpeza para o lar passou a terreno negativo, com uma queda homóloga de 2,5% (no mesmo período em 2016 cresceu 1,2%), e a limpeza pessoal e os produtos de beleza perderam 3,1% das vendas. Por outro lado, as bebidas não registam variação, apesar do agravamento fiscal relacionado com os níveis de açúcar, em vigor desde fevereiro passado.
O Lidl foi a cadeia que mais cresceu em fidelização e penetração nos lares portugueses entre janeiro e maio deste ano, estando no entanto ainda aquém dos níveis registados pela Sonae (líder em penetração e fidelidade) e da Jerónimo Martins.
O estudo destaca a diversificação da oferta da retalhista de origem alemã, quer de novos produtos quer ao nível dos formatos de loja. No primeiro trimestre do ano, a insígnia observa um crescimento de 26% das vendas (em valor) de produtos têxtis e de 8,9% nos produtos FMCG.
Consumo per capita em queda
No primeiro trimestre do ano, os lares do País registam 91 idas aos supermercados (-1,3% face ao período homólogo) com um gasto médio por compra que caiu 3,8% face aos primeiros três meses de 2016.
O consumo per capita está em queda desde 2012, ano em que se fixou entre janeiro e março nos 402 kg, dinâmica impulsionada pelo envelhecimento da população, redução do número de lares com crianças e dos agregados familiares. No primeiro trimestre de 2017, o consumo per capita assenta nos 357 kg (361 kg no primeiro trimestre de 2016).
O estudo destaca ainda que a atividade promocional não parou de aumentar até ao final de 2016 (72% das marcas aumentaram oferta de descontos), embora sem produzir o efeito desejado.