A Horta do Bairro de Campo de Ourique
As cenouras não são todas laranja nem as bananas são todas amarelas na Horta do Bairro. A loja foi criada por uma empresa de distribuição grossista que decidiu mostrar aos consumidores a impressionante variedade de produtos que revende
Ana Catarina Monteiro
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As cenouras não são todas laranja nem as bananas são todas amarelas na Horta do Bairro. A loja foi criada por uma empresa de distribuição grossista que decidiu mostrar aos consumidores a impressionante variedade de produtos que revende.
Reinventar o conceito de frutaria. Foi este o desafio que levou a empresa familiar de distribuição grossista Peripécias & Traquinices a enveredar há pouco mais de dois anos por um negócio a retalho. Tirando proveito da “expertise” acumulada ao longo de mais de 25 anos a distribuir frutas e legumes para o canal Horeca, a empresa sediada em Alverca do Ribatejo instalou em dezembro de 2014, em Campo de Ourique (Lisboa), a sua primeira loja – a Horta do Bairro. O espaço inspira-se em “conceitos de antigamente” e oferece ao público uma variedade de produtos que o diferencia das demais frutarias, mercearias e dos espaços da grande distribuição.
“Frutarias não fazem jus às cores da fruta”
A ideia de a empresa se voltar para um negócio de retalho foi da responsável comercial, Liliana Ribeiro, que hoje está também à frente da Horta do Bairro. “Achávamos que as frutarias estavam mal representadas. São sempre lugares frios, sem estética, que não fazem jus às cores e à frescura da fruta”, explica a responsável em entrevista ao HIPERSUPER. “Desenvolvemos, então, um conceito de retalho mais tradicional, que recupera a frescura das antigas mercearias. O que se perdeu um pouco com a oferta que se vê hoje nos supermercados. Também temos a benesse de sermos especializados no tratamento dos alimentos”.
Cada canto dos 35 metros quadrados da loja cheira a fruta e a ervas aromáticas. Os produtos apresentam-se em cores e formas diferentes das que o consumidor está habituado a encontrar no retalho. Há, por exemplo, cinco variedades distintas de batata doce, da roxa à tradicional, de Aljezur. Desde a cebola branca até à banana rosa, passando pela courgette redonda, as cenouras roxas ou as variadas frutas tropicais, a oferta do espaço desperta a curiosidade dos clientes que entram. “As pessoas ficam realmente surpreendidas com a variedade de produtos que temos. Nos primeiros seis meses após a inauguração do espaço, passavam e agradeciam-nos por termos aberto este espaço aqui no bairro. A loja parecia um museu, sobretudo ao domingo. Um amigo chamava o amigo para ver o novo espaço da esquina e havia muitas avós a mostrarem aos netos o que é o agrião ou um nabo com rama, que as crianças muitas vezes desconhecem”, recorda Liliana Ribeiro.
Investimento de 50 mil euros
Com esta loja, que representa um investimento de 50 mil euros, a empresa quis mostrar ao consumidor final a qualidade e a variedade da oferta que tem em stock para venda a grosso a partir da sua sede. Nos seus armazéns, a empresa tem uma área de 400 metros quadrados de área refrigerada, de onde saem todos os dias oito viaturas com destino aos hotéis e restaurantes que serve na área da Grande Lisboa. Trabalham com entre 20 a 30 fornecedores, na sua maioria estrangeiros, de países da América Central e do Sul, da África do Sul, entre outros. “Privilegiamos acima de tudo a qualidade, por isso, os nossos produtos chegam de avião. Quando são transportadas de barco, as frutas são colhidas quando ainda estão verdes, e vão amadurecendo na viagem. Ao virem de avião, são colhidas no estado de maturação ideal para consumo e chegam cá mais rápido. Não quer isto dizer que os produtos que vêm de barco não são bons. Depende da finalidade”, dá conta a especialista.
Também o armazenamento dos alimentos é feito de acordo com as necessidades de cada variedade. “Temos várias câmaras com diferentes temperaturas, para guardar as frutas, as verduras e os citrinos, consoante as suas características”.
Oferta além da fruta e legumes
Mas nem só frutas e legumes se vendem na Horta do Bairro. Há uma parede coberta de granolas, pão, bebidas vegetais, bolachas, manteiga de amendoim, queijo orgânico de vários sabores, os iogurtes gregos da portuguesa Yonest ou os superalimentos da Iswari, entre outros. “Estes são produtos dos quais não fazemos revenda. Fomos buscá-los por uma questão de conveniência. Muitos são produtos portugueses e diria que 80% são fabricados de modo artesanal”. Nesta seção encontra-se também a Purés da Horta, marca detida também pela Peripécias & Traquinices.
Apesar de a oferta se estender além da fruta e dos legumes, a Horta do Bairro não quer ser confundida com uma mercearia. “Não é essa a nossa ambição. Simplesmente trouxemos para cá os produtos que fazem sentido junto da fruta e dos legumes, porque os clientes nos começaram a pedir certos alimentos para acompanhar os pequenos-almoços ou snacks”, esclarece a responsável.
Com uma faturação média anual a rondar os “250 mil euros”, o negócio de retalho chegou a alargar a uma segunda loja, instalada na zona lisboeta de São Bento em outubro do ano passado. No entanto, devido a “problemas técnicos” que comprometiam a qualidade da fruta o espaço não durou mais que um mês e meio aberto ao público.
Entregas ao domicílio é próximo passo
Com o alargamento à área de retalho, a Peripécias & Traquinices, que emprega um total de 32 colaboradores, prevê um crescimento de 70% em faturação em 2016. Agora, alargar o número de pontos de venda da Horta do Bairro “não é prioridade” para a empresa, que quer seguir caminho apostando numa maior conveniência para os clientes. A pensar nisso, a partir de abril deste ano, a loja passa a ter linhas diretas de telefone e de email, através das quais os consumidores poderão encomendar as suas compras, para serem entregues no domicílio ao final da tarde. “O objetivo é que façam compras acima de dez euros. Vamos ter dois cabazes, de frutas e de legumes, para quem não quiser escolher os produtos”, explica Liliana Ribeiro. O serviço estará disponível apenas em Lisboa e arredores.
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