Vinhos do Alentejo são os preferidos dos portugueses
Os produtores de vinhos em geral consideram que a atividade promocional vai permanecer “agressiva” e que em 2016 cobre também as “referências premium”. Em conjunto com uma notada “evolução do consumo” no País, estes fatores estão a empurrar as marcas próprias para uma tendência de queda

Ana Catarina Monteiro
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Os vinhos mais comprados pelos lares portugueses em 2015 foram os vinhos do Alentejo. De acordo com os dados da Nielsen, 51% das famílias compraram vinhos alentejanos, que mostram a mais positiva dinâmica de mercado entre as várias regiões.
Em termos de volume, a região subiu 15% em relação a 2014, para os 41,1 milhões de litros, que significam vendas no valor de 120,5 milhões de euros. As marcas de fabricante dominam as vendas desta região vitivinícola com 93% de quota de mercado.
Na segunda posição encontra-se a região dos vinhos Verdes, que no último ano atingiu os 39,9 milhões de euros em valor, uma subida de 3% face ao ano transato. 28% dos lares nacionais compraram esta categoria no último ano, mostrando um gasto médio de 4,74 euros em cada visita ao ponto de venda.
Comprados por 21% das casas portuguesas, os vinhos produzidos no Douro em 2015 subiram 11% em volume para um total de 6,2 milhões de litros em vendas. Em valor, atingem os 29,5 milhões de euros, sendo que as marcas de fabricante lideram o mercado com 92% de quota.
Pouco abaixo daquele valor de vendas fica a região de Setúbal, que conquistou uma subida de 2% para os 27 milhões de euros em vendas ao longo do mesmo período. No total, 9,7 milhões de litro de vinhos desta categoria foram comprados por 24% dos lares em Portugal Continental. As marcas próprias foram as únicas a perderem vendas, reduzindo a quota de mercado para apenas 7%.
As produtoras vitivinícolas localizadas na região de Lisboa foram as que viram as vendas crescerem mais em valor, revelando um aumento de 18% para os 6,9 milhões de euros. Com um total de 2,6 milhões de litros vendidos no ano passado, um crescimento de 7%, estes vinhos chegaram à mesa de 14% das famílias portuguesas em 2015. Os fabricantes lisboetas detêm uma quota de mercado assente nos 92%, que contrasta com a de 8% atribuída às marcas próprias.
Marcas próprias perdem quota de mercado
Os vinhos de marcas próprias apresentam uma tendência de perda de quota de mercado, que atravessa quase todas as regiões do País. A produção própria no Tejo é a que mais perde vendas, caindo 28% para uma quota de mercado de 22%, registada em 2015. No total, os vinhos desta região caíram 7% em volume de vendas para os 2,9 milhões de euros.
Apesar disso, são os vinhos estrangeiros que piores resultados conseguem. No último ano, as marcas próprias desceram 49%, em termos homólogos, para uma quota de mercado de 30%. Já os fabricantes perderam 18% das vendas, numa categoria que caiu 32% em valor para os 4,6 milhões de euros.
Entre as categorias nacionais, os vinhos das Beiras apresentam os piores resultados, a todos os níveis. A região caiu 31% em volume e em valor em 2015, face ao ano anterior. No total foram vendidos 316,2 mil litros, no valor de 587,6 mil euros. Enquanto as marcas próprias perdem 23% em vendas, as de fabricante recuam 37%, detendo ainda assim 52% da quota de mercado, entre as marcas da categoria das Beiras.