Mercado nacional das TIC cresce 1,3% após cinco anos de quebra
Em 2014, o mercado nacional de Tecnologias de Informação (TI) inverteu a tendência negativa e cresceu 1,3%, estima a IDC, especialista na área de Market Intelligence, serviços de consultoria e organização de eventos

Ana Catarina Monteiro
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Em 2014, o mercado nacional de Tecnologias de Informação (TI) inverteu a tendência negativa e cresceu 1,3%, estima a IDC, especialista na área de Market Intelligence, serviços de consultoria e organização de eventos.
Em função do novo contexto económico e do rápido desenvolvimento da Terceira Plataforma de TIC, a IDC prevê que o mercado nacional de TI cresça 0,9%, em quase todos os segmentos de mercado, e atinja os 3,46 mil milhões de euros em 2015. Para os próximos anos, a consultora prevê também um crescimento para o mercado português, situado nos 1,7% em 2016, 1,9% em 2017 e 2,2% em 2018.
Após cinco anos de quebra, período em que o mercado de TI passou pela maior crise de sempre em Portugal, a operadora para os mercados das Tecnologias de Informação, Telecomunicações e Electrónica de Consumo apresentou o conjunto de previsões para o sector das TIC em Portugal, intitulado “Portugal no Ponto de Viragem da Transformação Digital”, no evento IDC Predictions 2015, que teve lugar no último dia 4 de Fevereiro, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa.
Apesar do mercado nacional de TI ter voltado a crescer em 2014, o valor de 1,3% ainda está abaixo do crescimento verificado a nível mundial e europeu no ano passado, de 3,5% e de 1,9%, respectivamente. Para justificar o avanço do mercado de TI, a empresa aponta para o desenvolvimento da designada Terceira Plataforma Tecnológica, um novo paradigma tecnológico que assenta em quatro pilares fundamentais: mobilidade, serviços Cloud, tecnologias sociais, e ‘big data’. O que preconiza a ideia de que as organizações podem obter ganhos de competitividade elevados, através do suporte aos processos de internacionalização, no aumento da eficiência operacional, na inovação ao nível da oferta de produtos e serviços, além de, através de uma maior agilidade, se adaptarem às condições evolutivas do mercado.
“Esta realidade é cada vez mais clara” para a IDC. Enquanto os mercados associados à Segunda Plataforma “vão entrar em modo de recessão” em todo mundo, com “crescimentos de 0,4%” em 2015 e “declínio nos próximos anos”, os mercados ligados à Terceira Plataforma, que representa hoje já quase 25% do total do mercado das TIC e praticamente 100% do crescimento, “vão crescer 13%” a nível mundial em 2015.
Análise do mercado nos termos da Terceira Plataforma
A ‘cloud computing’ continua a crescer a dois dígitos em Portugal e, apesar da recuperação, o mercado nacional de serviços de telecomunicações, por sua vez, deverá manter-se em território negativo (-2.8%).
Após uma primeira fase de adopção de serviços de ‘cloud computing’, caracterizada pela implementação de projectos ‘ad hoc’, as organizações nacionais começam a equacionar a implementação sistemática destes serviços para suporte às suas iniciativas de internacionalização e de captura e fidelização de clientes. Deste modo, a procura de serviços deste tipo “vai continuar a crescer no território nacional”, prevê a consultora.
Quanto à mobilidade, motor da inovação nas organizações nacionais, as tecnologias e soluções móveis vão representar mais de 40% do crescimento mundial do mercado de TI. O novo perfil dos consumidores, mais digitais e móveis, e as alterações no ambiente de trabalho, nomeadamente com o crescimento do número de colaboradores móveis (em Portugal são mais de 2,8 milhões, equivalente a 64% da população activa), vieram criar uma pressão adicional para que as organizações procedam à mobilização dos seus processos de negócio. No território nacional esta tendência começa a ser uma realidade e a “despesa com estas tecnologias vai registar um crescimento superior ao da despesa TI”, assim como vai reforçar o peso na despesa global de TI.
A ‘big data’ e a analítica de negócio continua na agenda dos gestores nacionais. Como o digital tem vindo a crescer a um ritmo superior ao da economia nacional, nos últimos anos, foram implementados sistemas de armazenamento nas organizações nacionais com capacidade de mais de 360 Pb, com o objectivo de capturar uma fatia significativa da nova realidade. Face ao crescimento exponencial dos dados no território nacional e à crescente diversidade dos dados armazenados, a maioria das organizações nacionais tem vindo a equacionar a adopção de tecnologias BDA, com o objectivo de melhorar o desempenho do negócio e, em simultâneo, melhorar o conhecimento dos clientes e antecipar as suas necessidades.