Portugal está mais atractivo para investidores
Portugal registou o valor mais positivo de sempre quanto à atractividade. O estudo da EY revela que as empresas consideram que a situação do País, como destino de IDE, vai melhorar nos próximos três anos
Ana Catarina Monteiro
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Portugal registou o valor mais positivo de sempre quanto à atractividade. O estudo da EY revela que as empresas consideram que a situação do País, como destino de IDE, vai melhorar nos próximos três anos.
A EY lançou a 8.ª edição do Attractiveness Survey Portugal, o relatório que avalia a evolução da atractividade do País, enquanto destino de Investimento Directo Estrangeiro (IDE).
Do painel de 200 empresas entrevistadas, das quais 85 não têm actividade em Portugal, 67% considera que a atractividade do País, como destino de IDE, vai melhorar nos próximos três anos. Em 2011, este valor era de 37%, sendo que os resultados mais altos registaram-se em 2007 e 2013, com 58%. Das inquiridas, 54 empresas têm planos de investimento a curto prazo, na maioria relativos à expansão de operações já existentes, em Portugal.
Em matéria de competitividade, o estudo posiciona Portugal, relativamente aos mercados de Espanha, Polónia e República Checa, num conjunto de indicadores relevantes para decisões de investimento. Em geral, os resultados são favoráveis, com alguns dos indicadores a serem mesmo mais favoráveis do que os observados em França e, em menor grau, na Alemanha.
A manufactura surge como o tipo de actividade mais referido para novos projectos, com 22% do total, sendo a generalidade das intenções concentradas no sector dos serviços, o que inclui operações de venda, actividades logísticas, Investigação e Desenvolvimento e serviços partilhados.
Para 73% do painel, o País vai superar o período de crise, com 85% das empresas a considerar que isso ocorrerá já nos próximos cinco anos. Com 91% das empresas a preverem a sua permanência em Portugal nos próximos 10 anos, um sinal de recuperação do investimento estrangeiro. O estudo regista que “estes resultados podem estar associados ao aumento de custos de produção na Ásia e a estratégias de nearshoring de operações na Europa, com muitas empresas industriais e de serviços a procurarem realinhar as suas cadeias de valor ao novo enquadramento económico global”.
A EY acompanha a evolução do investimento estrangeiro na Europa através da European Investment Monitor (EIM), uma base de dados alimentada a partir de mais de 10 000 fontes de informação, que em 2013, registou 38 novos projectos de investimento estrangeiro em Portugal, menos oito projectos do que em 2012. O número total de projectos de IDE em Portugal corresponde a cerca de 1% do total de novos projectos na Europa (incluindo a Rússia). Esta “quota de mercado” está sensivelmente alinhada com o valor observado no período 2004-2008 (média de 1,1%) e já acima dos valores observados em 2010 e 2011 (cerca de 0,8%).
Para 38% dos inquiridos, a região de Lisboa é a mais atractiva para investimento, logo seguida da região Norte, que recebe 31% das preferências. As regiões do Centro, Alentejo e Algarve são vistas como as mais atractivas por apenas 9%, 2% e 5% da amostra, respectivamente.
Apenas 14% da amostra considera fácil aceder a informação sobre a atractividade das regiões portuguesas para projectos de investimento, com 52% das empresas a indicar que recebe regularmente informação sobre Portugal.
Para melhorar a atractividade do País em matéria de IDE, 46% da amostra considera que a redução da carga fiscal é a medida mais importante. O valor representa um aumento de 13 pontos percentuais face a 2013. As decisões de redução da taxa nacional de IRC dão resposta às pretensões dos investidores estrangeiros, mas os valores efectivos da carga fiscal são ainda considerados elevados.
Para melhorar a sua competitividade, Portugal deve melhorar o equilíbrio das suas contas públicas, com 29% da amostra a referir a importância da redução do défice e da dívida públicas, além da estabilização da economia, como pontos essenciais. A redução da burocracia, um maior enfoque na inovação e na I&D e a necessidade de melhorar a educação e a formação profissional são outras áreas recomendadas pelos investidores como forma de melhorar a competitividade do País. O empreendedorismo e a formação na utilização de novas tecnologias são também referidos entre as áreas de reforma mais importantes.
Quando questionados sobre os sectores que serão determinantes para o crescimento económico futuro do País, os investidores destacam o Turismo, com 45% das preferências, seguido das Tecnologias de Informação e Comunicação (32%).