“Metade das transacções serão móveis em 2020”
A massificação dos pagamentos contactless no retalho português vai permitir a evolução para os pagamentos com telemóveis, revela em entrevista ao HIPERSUPER Sérgio Botelho, Director-Geral da Visa Europe em Portugal
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Rita Gonçalves
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Entrevista a Sérgio Botelho, Director-Geral da Visa Europe em Portugal
A massificação dos pagamentos contactless no retalho português vai permitir a evolução para os pagamentos com telemóveis, revela em entrevista ao HIPERSUPER Sérgio Botelho, Director-Geral da Visa Europe em Portugal
Quais novidades da Visa para o sector do retalho em Portugal, em 2014?
A Visa estima que ao longo do ano de 2014 a aceitação para pagamentos contactless seja alargada e, que assim, os mais de 2 milhões de cartões contactless já em circulação possam efectuar pagamentos com esta tecnologia.
Qual o potencial dos pagamentos contactless?
Com a tecnologia de pagamento contactless, a Visa espera contribuir para que os pagamentos sejam mais rápidos, eficientes e que facilitem a vida aos consumidores e dos comerciantes. Esta inovação vai possibilitar ter a infra-estrutura necessária para poder dar início aos pagamentos com telemóveis em Portugal.
Quais as principais tendências mundiais nos serviços de pagamento?
Para massificar os pagamentos, a Visa está constantemente a inovar, exemplo disso são os pagamentos contactless e mobile contactless. Além destas inovações, a Visa desenvolveu também outras soluções como as transferências P2P e o e-wallet V.me by Visa (já disponível no Reino Unido, Espanha, França e Polónia). O V.me by Visa ou a carteira virtual irá possibilitar aos consumidores realizar pagamentos online seguros, e aos retalhistas receber estes pagamentos também de forma segura e rápida. A Visa prevê que, em 2020, 50% das transacções serão efectuadas através de um dispositivo móvel, como smartphones, tablets, entre outros.
Que balanço faz do mercado português de pagamentos online e móvel? Qual o potencial dessa evolução para os retalhistas?
Os pagamentos online em Portugal apresentam ainda uma grande margem de crescimento. Ao contrário de Portugal, o comércio electrónico continua a assinalar índices de crescimento exponenciais na Europa, registando um aumento de 20% numa análise ano-sobre-ano, num total gasto de 239 mil milhões de euros. Valor este que corresponde a 23% do negócio processado pela Visa Europe.
Como vê este mercado num futuro próximo, em três anos, por exemplo? Qual a evolução esperada pelos vossos especialistas?
É expectável que os pagamentos Contactless se tornem numa realidade frequente na grande maioria dos retalhistas e certamente, que a médio prazo, e com o mercado dos pagamentos contactless a funcionar, naturalmente estes evoluirão e darão lugar aos pagamentos com telemóveis. No que diz respeito aos pagamentos online, é previsível que a disponibilização da carteira virtual V.me by Visa seja já comum nos sites dos retalhistas chave em Portugal, como na Europa e em todo o mundo, logo utilizada pelos consumidores.
A Visa prevê também que daqui a três anos, a utilização das transferências P2P sejam igualmente um meio que os consumidores portugueses tenham adoptado no seu dia-a- dia, o que irá facilitar as suas vidas. A inovação da Visa P2P permite aos titulares de cartão realizar transferências bancárias, de pessoa para pessoa, através do seu telemóvel.
Por último, e na área da conveniência na aceitação, poderemos verificar ainda a adopção, por parte de alguns sectores e pequeno comércio, dos terminais mPos. O mPOS é uma tecnologia de aceitação da Visa que facilita a penetração dos pagamentos electrónicos, em sectores específicos como: babysittres, canalizadores, electricista, entre outros.
Quais os principais obstáculos à massificação deste tipo de pagamentos?
O maior obstáculo à massificação da inovação nos meios de pagamentos electrónicos será a disponibilização destas inovações aos consumidores de forma célere. Actualmente, na maioria dos desenvolvimentos destas soluções de pagamento é célere, todavia o desafio passa por acelerar a disponibilização das mesmas aos consumidores. É importante que estes novos meios e serviços sejam disponibilizados aos consumidores para que a sua confiança nos meios de pagamentos se mantenha e os vários intervenientes no sector dos pagamentos também possam continuar a investir na inovação.