Amêndoas de Portalegre renascem das cinzas
Elaboradas de forma artesanal há cerca de um século, as amêndoas de Portalegre estão de volta graças à perseverança do clã Vintém

Rita Gonçalves
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Em nome da tradição familiar e com “esforço e dedicação”, a família Vintém continua a produzir anualmente as tradicionais amêndoas de Portalegre, cuja base da confecção se baseia num processo “moroso”, constituindo um “cartão-de-visita” daquela região alentejana.
Este produto típico da região de Portalegre, elaborado de forma artesanal há cerca de um século pelos familiares de Joaquina Vintém, a matriarca do clã, conquistou, ao longo dos anos, “um vasto mercado”, tendo adquirido uma percentagem significativa de clientes de Norte a Sul do País.
Produzidas à base de amêndoas provenientes de amendoeiras da região norte, o doce é confeccionado em duas caldeiras aquecidas (género betoneiras). Nas caldeiras, que rodam sem parar cerca de oito horas, tempo que dura a confecção, os produtores colocam açúcar e chocolate suficientes até a amêndoa ganhar a textura e o seu tamanho normal. As caldas são produzidas à parte, em tachos de cobre.
A fábrica das amêndoas de Portalegre, que trabalha sazonalmente (desde o Carnaval até à Sexta-feira Santa), fechou portas em Fevereiro de 2008, após a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ter “aconselhado” o seu encerramento por “falta de espaço”.
Após várias obras, a fábrica reabriu em 2012, na sequência de um projecto desenvolvido por Marco Vintém, um dos filhos de Joaquina Vintém, contando com a colaboração dos pais para garantir a produção e “manter a tradição” das amêndoas de Portalegre.
Ao pegar no testemunho e manter a tradição, Marco Vintém considera que isso lhe trás “uma grande responsabilidade”.
Mas, garante à agência Lusa que vai prosseguir com o negócio “por amor à camisola”.
Com Lusa