Leguminosas perdem lugar à mesa dos portugueses
“A quebra no consumo de leguminosas deve-se sobretudo ao ‘desuso’ e à ‘americanização’ dos hábitos alimentares”

Rita Gonçalves
Quinta da Lagoalva lança colheita de 2024 de brancos e rosé
Agricultura perde mais de 16 mil trabalhadores num ano e enfrenta desafios estruturais no recrutamento
InPost nomeia Luis Florit como diretor comercial para a Península Ibérica
Continente e Pingo Doce lideram ranking das marcas mais relevantes para os consumidores
DHL Supply Chain adquire IDS Fulfillment e reforça oferta para PME no setor de e-commerce
Pingo Doce regressa à Festa do Livro de Loures
ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova
Love Butternut apoia e-book sobre abóbora da Associação Portuguesa de Nutrição
Continente promove “O Melhor de Portugal” em feira dedicada à produção nacional
Red Bull lança edição limitada com sabor a pêssego
Os portugueses consomem quatro quilos de leguminosas por ano, dando preferência ao feijão, disse à Lusa a presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas, acrescentando que este valor está abaixo do recomendado e que há condições favoráveis ao aumento destes cultivos.
Em declarações à Lusa, Maria Antónia Figueiredo assinalou que a quebra no consumo de leguminosas se deveu sobretudo ao “desuso” e à “americanização” dos hábitos alimentares, sublinhando que se conjuga actualmente uma série de factores que favorecem estas produções agrícolas.
“São proteínas vegetais, boas para a saúde, são boas para o solo, porque não produzem azoto, boas para a alimentação animal, e Portugal tem condições de solo e clima favoráveis”.
Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), citados pelo Observatório, indicam que o consumo de leguminosas secas se tem mantido estável nos últimos dez anos. Entre 2010 e 2011, o consumo atingiu 4,1 quilos por habitante. Neste período, foram consumidos maioritariamente feijão (3,2 quilos/habitante) e grão (0,9 quilos/habitante).
Maria Antónia Figueiredo salientou que a representação da Roda dos Alimentos aponta para um consumo de 4% de leguminosas, mas o consumo está “desequilibrado” correspondendo a apenas 0,7%.
A redução da procura reflectiu-se numa queda significativa ao nível da produção. Em 1990, o cultivo de leguminosas secas ocupava 35 mil hectares, valor que caiu para os actuais 4.000 hectares.
*Com Lusa