Nasceu o Fórum do Consumo, para aproximar retalhistas e produtores
Perante as apertadas malhas da austeridade e as dificuldades que assolam a vida de tantos portugueses, qual o sentido de produtores e retalhistas estarem de costas voltadas, trocando acusações mútuas na praça pública em lugar de trabalharem em conjunto em prol do consumidor?
Rita Gonçalves
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Perante as apertadas malhas da austeridade e as dificuldades que assolam a vida de tantos portugueses, qual o sentido de produtores e retalhistas estarem de costas voltadas, trocando acusações mútuas na praça pública em lugar de trabalharem em conjunto em prol do consumidor?
A pergunta é dos criadores do Fórum do Consumo, “um espaço neutro e aberto à livre troca de opinião, ao debate construtivo e ao estudo dos fenómenos das relações comerciais e de consumo, celebradas entre consumidores, profissionais e empresas da produção, da distribuição e dos serviços”, define José António Rousseau, Presidente Fórum do Consumo, docente e consultor de distribuição e cronista do Hipersuper.
José Rousseau, Carlos Ascensão, professor de Empreendedorismo e Marketing no ISCTE, Telmo Vieira, vogal do Conselho Fiscal de um banco em Portugal, e José Eduardo Martins, advogado, são apenas três elementos de um grupo de 10 profissionais que sentiram necessidade de fundar o Fórum do Consumo.
No entanto, a ideia saiu da cabeça de José Rousseau, confidencia o próprio ao Hipersuper. “A ideia partiu de mim, pois constatei não existir nenhuma organização em Portugal ou no estrangeiro com estas características. Registei o nome, elaborei os estatutos e convidei algumas pessoas que, pelas suas características pessoais e profissionais, pareciam as melhores a aderirem ao projecto. Fizemos uma reunião preparatória, uma assembleia-geral constitutiva e em 7 de Junho outorgámos a escritura pública de constituição”.
Além de aproximar produtores e retalhistas, o fórum ambiciona trazer a temática do consumo para o meio académico. “Os meios universitários continuam a dedicar tão pouco do seu tempo ao estudo e ao ensino da temática do consumo, pouco produzindo de conteúdos científicos sobre um fenómeno transversal, omnipresente e que a todos crescentemente nos envolve. Áreas como, por exemplo, a sociologia e antropologia do consumo, o direito do consumo, o consumo sustentável, têm sido menosprezadas senão mesmo ignoradas pelo meio académico pouco ou nada se investigando nem produzindo estudos científicos relacionados com estes temas”.
Por: José António Rousseau
O Fórum do Consumo tem como assinatura: Engage to win; como Missão: Ser, em Portugal e no mundo, uma organização de referência, geradora de conhecimento, consensos e soluções para o mundo das empresas e dos consumidores; como Valores: o Diálogo, a Neutralidade, a Liberdade, o Conhecimento e a Sustentabilidade; e como objectivos: A análise e o debate, em conjunto, da temática do consumo, de forma séria, profunda, transparente e construtiva para fortalecer a relação entre empresas e consumidores.
Tudo é consumo e o consumo é tudo. Desde os mais remotos tempos da antiguidade até aos dias de hoje e desde o nascer ao sol pôr de cada dia, os actos da humanidade foram e são marcados por actos de consumo.
O consumo é o maior fenómeno económico e civilizacional do mundo e sejam quais forem as direcções em que irão evoluir as sociedades dos quatro cantos da terra, a marca comum a todas será o consumo.
Cada vez mais sofisticado e alargado nas suas formas e tipologias, cada vez mais influenciador dos próprios comportamentos humanos, o fenómeno do consumo é universal e transversal a todos os estratos populacionais e etários, sejam quais forem as suas geografias, credos, politicas ou economias.
As relações entre produtores e distribuidores foram desde sempre objecto de conflitos de interesse e de poder. Contudo, nos últimos anos, por força do crescente aumento da dimensão critica e de quota de mercado das empresas de distribuição, estes conflitos têm vindo a assumir maior importância, traduzidos numa dialéctica de confronto negocial cada vez mais crispado e de acusações recíprocas entre os interessados.
Não é aceitável que, nas actuais circunstâncias de crise e de dificuldades, produtores e distribuidores continuem de costas voltadas uns para os outros, digladiando-se inutilmente na praça pública e em reuniões privadas, em vez de trabalharem em conjunto para acrescentar valor para os seus clientes comuns: os consumidores.
É também incompreensível que os meios universitários continuem a dedicar tão pouco do seu tempo ao estudo e ao ensino da temática do consumo, pouco produzindo de conteúdos científicos sobre um fenómeno transversal, omnipresente e que a todos de forma crescente envolve.
De facto, áreas como, por exemplo, a sociologia, a psicologia, a antropologia e o direito do consumo ou mesmo o consumo sustentável têm sido menosprezadas, senão mesmo ignoradas pelos meios académicos, pouco ou nada se investigando nem produzindo em termos de estudos científicos.
Torna-se pois indispensável e imperativo criar uma entidade neutra que esteja comprometida com todas as empresas e os consumidores, sem contudo, estar dependente de quaisquer interesses políticos, corporativos ou económicos.
Por tudo isto:
O Fórum do Consumo será um espaço neutro e aberto à livre troca de opinião, ao debate construtivo e ao estudo dos fenómenos das relações comerciais e de consumo, celebradas entre consumidores, profissionais e empresas da produção, da distribuição e dos serviços.
O Fórum do Consumo será um agregador de interesses e um comunicador por excelência, dirigindo-se aos seus associados e aos mercados, nos quais procurará criar o necessário envolvimento para que todos se sintam parte integrante do projecto.
O Fórum do Consumo será sinónimo de inovação nos processos, nas metodologias, nos projectos, de modo a conseguir energizar a sociedade portuguesa e levá-la a acreditar que tudo é possível e que o pensamento e a atitude positiva são imprescindíveis.
O Fórum do Consumo defenderá e praticará a partilha de informação, a integração de todos os agentes económicos e o seu comprometimento nas acções desenvolvidas e nos resultados pretendidos.
O Fórum do Consumo pretende gerar o clima de confiança indispensável para se poder trabalhar em conjunto de forma verdadeira, emocionante e, sempre que possível divertida, para conseguir criar e antecipar soluções.
O Fórum do Consumo procurará aplicar na sua praxis e em todas as suas actividades o conceito de custo/benefício, de modo a aproveitar da melhor maneira possível e sem desperdícios, os escassos recursos disponíveis que lhe sejam afectos ou colocados à sua disposição.
José António Rousseau
Presidente Fórum do Consumo
www.forumconsumo.com