Continente reforça liderança no 1.º trimestre
O Continente mantém a sua curva ascendente ao reforçar a liderança no mercado do retalho alimentar no 1.º trimestre de 2012. O Lidl, ao contrário, é das insígnias que mais desce neste período.

Victor Jorge
Estão abertas as candidaturas para a Academia do Centro de Frutologia Compal
Gelado vegan que combate o desperdício: Auchan dá nova vida a bananas maduras
Cristina Moreira dos Santos reeleita presidente da APCC
OpEX Portugal Summit vai debater a excelência operacional nas empresas
Designer Outlet Algarve vai abrir novas lojas no verão deste ano
Edição 432: Entrevista LTPlabs + Inovação portuguesa + Arroz + Queijos + Charcutaria + Sagalexpo + Barbot + Empack + Logística
Nassrin Majid é a nova diretora-geral da ConsumerChoice
Para 75% das empresas os agentes de IA são essenciais para ultrapassar a concorrência
Novos Vigor Latte chegam ao mercado
Edição 432 já está disponível em formato digital
O Continente viu a sua liderança reforçada no mercado nacional de retalho alimentar. De acordo com o Painel de Lares da Nielsen (total cestas, em % do valor gasto), a insígnia alimentar do universo Sonae viu a sua quota de mercado crescer 0,9 pontos percentuais (p.p.) nos primeiros três meses de 2012 face a igual período de 2011, totalizando 25,7% contra os 24,8% de período homólogo.
Os dados da consultora revelam ainda que o Continente aumentou a quota de mercado em 2 p.p. de 2009 (23%) para 25% no final do exercício de 2011. Além disso, a insígnia do grupo liderado por Paulo Azevedo vê, também, a compra média por lar aumentar em 24 euros para 261 euros, enquanto a compra por ocasião evoluiu em 1,7 euros para 44,4 euros.
O segundo player do mercado nacional – Pingo Doce – viu a sua quota de mercado aumentar em 0,1 p.p., no 1.º trimestre de 2012 face a igual período de 2011, totalizando agora 19,3%. No entanto, foi a insígnia do grupo Jerónimo Martins a que maior evolução registou entre o ano 2009 e 2011. Segundo os dados da Nielsen, o Pingo Doce aumentou a sua posição em 2,7 p.p., passando dos 16,4% (2009) para 19,1% no final de 2011.
A performance da insígnia da Jerónimo Martins nos primeiros três meses teve por base o aumento da compra média por lar, aumentada em 9 euros para 207 euros, como na compra por ocasião (+0,9 euros), situando-se no final do 1.º trimestre nos 28,4 euros.
No campo inverso está o Lidl que, de acordo com os dados disponibilizados pela Nielsen, viu a sua quota de mercado cair 1 p.p. para os 8,2%. De resto, a insígnia de discount alemã a actuar em Portugal foi a que mais perdeu no comparativo entre os anos 2009 e 2011, já que caiu de uma quota de 10% (2009) para os 8,6% em finais de 2011.
Estes resultados são, de resto, alicerçados pela quebra que o Lidl regista na compra média por lar, ao decrescer 2 euros para os 105 euros, enquanto a compra por ocasião desce 1,3 euros para os 22,6 euros.
No universo do retalho alimentar nacional, destaque ainda para o crescimento do Intermarché no primeiro trimestre de 2012, ao crescer 0,2 p.p., para 9,7%, face ao mesmo período de 2011. Contudo, a insígnia do grupo Mosqueteiros cai entre 2009 e 2011, indicando os dados da Nielsen que o Intermarché decresce de uma quota de 10,3% (2009) para 9,8% no final de 2011.
Esta performance do Intermarché vem no seguimento de uma quebra na compra média por lar de 3 euros para os 170 euros e de uma redução de 1 euro, para os 28,5 euros na compra por ocasião. No entanto, a insígnia dos Mosqueteiros é a única que cresce em penetração (+3%).
A operação do Minipreço, por sua vez, mantém-se estável, ao conservar os 7,1% de quota de mercado no 1.º trimestre, verificando-se, inclusivamente, que tem registado um crescimento face aos anos anteriores, mostrando os dados da Nielsen que entre 2009 e 2011 a quota de mercado do Minipreço estava nos 6,9%.
Quanto à análise da cesta de compras do Minipreço, a informação Nielsen indica que a insígnia cresceu 2 euros na compra média por lar (para 115 euros), mas cai 0,2 euros na compra por ocasião (para 17,7 euros).
Finalmente, a Auchan é das mais penalizadas nesta análise da Nielsen, verificando-se uma quebra de 0,5 p.p. na quota de mercado no comparativo entre os primeiros três meses de 2012 e 2011, sendo esta a quota mais baixa registada pelo grupo desde 2009, altura em que detinha 6,9% do mercado nacional, tendo vindo a cair progressivamente (6,7% em 2010 e 6,5% em 2011).
Na análise à cesta de compras, a Nielsen dá conta de que a Auchan cai 9 euros na compra média por lar (para 140 euros) e 2,5 euros na compra por ocasião (para 36,4 euros).