Exportações sustentam crescimento das vendas de vinho
As vendas totais de vinho aumentaram em 2011. O crescimento das vendas para fora do território nacional compensou as perdas internas.
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Victor Jorge
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A venda total do sector dos vinhos somou perto de 1,1 mil milhões de euros, em 2011, referem os dados mais recentes da Informa D&B, no estudo sectorial Portugal DBK sobre os vinhos.
Visto desta maneira, as notícias são positivas, não fosse a separação que há a fazer entre o comportamento do mercado externo e interno. Assim, temos um mercado doméstico no qual as vendas totalizaram 485 milhões de euros, correspondendo a uma descida de 1,4% em relação ao ano anterior sentindo-se, de modo especial, a diminuição do consumo e a forte concorrência de preços.
Por outro lado, temos um mercado de exportação que cresceu 7%, face a 2010, para atingir os 700 milhões de euros, depois de ter crescido 14% em relação a 2009.
As importações, por sua vez, reduziram significativamente nos últimos anos, passando de 100 para 79 milhões de euros, entre 2009 e 2011.
Com um valor de 315 milhões de euros, as vendas de Vinho do Porto ao exterior representaram, em 2010, 49% do total das exportações, destinando-se principalmente ao mercado francês (27%), Países Baixos (14%), Reino Unido (13%) e Bélgica (12%).
“A crescente orientação para o exterior constitui uma boa oportunidade para as adegas portuguesas, ainda que a envolvente seja débil, as margens de crescimento escassas e que haja uma forte concorrência nos mercados internacionais de países produtores não tradicionais”, ressalva a consultora.
Quanto à estrutura da oferta na fileira vitivinícola nacional, a DBK indica a existência de cerca de 1.700 produtores de vinhos, predominando as cooperativas de tamanho reduzido. Estas concentram uma parte muito significativa da produção, com a maioria dos vinhos sem Denominação de Origem Controlada (DOC) nem Indicação Geográfica Protegida (IGP), segmento em que reúnem cerca de 60% do volume total.
Quanto à área de vinha, a superfície vitivinícola em Portugal tem vindo a reduzir nos últimos anos, situando-se, em 2010, nos 243 mil hectares, representando menos 1.000 hectares que no ano anterior.
A região de Trás-os-Montes, que integra as denominações do Douro e Porto, é a mais extensa, com cerca de 68 mil hectares em 2010, perto de 29% do total da superfície, seguindo-se a região das Beiras concentrando mais de 24% do total, Minho (13%) e Lisboa (11%).
De referir ainda que a cinco maiores empresas produtoras de vinho em Portugal possuíam, em 2010, uma quota conjunta na ordem dos 38,5%, em volume, e 29,2%, em valor.