Stands de automóveis condenados a fechar
As conclusões de um estudo realizado pela MBM Mobile são claras: os stands tradicionais de automóveis vão “fechar portas”, tendo o seu destino traçado para um prazo médio de três anos.
Victor Jorge
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
De acordo com um estudo da consultora MBM Mobile, os stands tradicionais de automóveis vão “fechar portas”, tendo o seu destino traçado para um prazo médio de três anos, concluindo que esse modelo de negócio em Portugal “acabou”.
O estudo que teve por base dados do sector e do seu próprio negócio online, o mercado online de automóveis em Portugal está em crescendo e esta tendência vai ditar uma autêntica revolução no sector, a ponto de levar a maioria dos stands a encerrar.
De acordo com as previsões da MBM Mobile, até 2013, 15% das viaturas compradas pelos portugueses serão feitas no mercado online (não contemplando os dados off the record dos negócios particulares), tendência que se acentuará em 2015, ano em esta percentagem deverá aumentar para os 30%.
“Não temos dúvidas em afirmar que a forma como é entendido hoje o conceito de stand está a morrer e que quem não se souber adaptar aos novos tempos que aí vêm, deixará de ter lugar no mercado, por estar amarrado a um modelo que se tornará obsoleto”, assegura João Corga, director-geral da consultora.
O responsável da MBM Mobile defende ainda que os stands enfrentam a condicionante de terem sempre viaturas em stock, que tem necessariamente de ser escoado, o que leva os operadores a procurarem condicionar o cliente, induzindo-o a decidir-se pela aquisição de uma das viaturas disponíveis.
“Este modelo é de há 50 anos, está mais do que ultrapassado e é a prova de uma gestão de negócio inadaptada à realidade económica do momento pois, actualmente, a filosofia de negócio tem obrigatoriamente enfoque no relacionamento com o cliente – a diferenciação está na vantagem e na capacidade de fornecer respostas objectivas em tempo real”, adianta.
João Corga reforça que o consumidor tem hoje acesso a todo um complexo informativo que permite identificar soluções adaptadas às suas necessidades, permitindo a exclusão de determinadas opções no que concerne à tomada de decisão e em que a oferta é uma resposta directa à procura e pesquisa do consumidor.
“Actualmente, o peso do negócio online na aquisição total de viaturas em Portugal está em franco crescimento e desenganem-se aqueles que pensam que sobreviverão se não alterarem o seu modelo tradicional de negócio”, afirma Corga.
O mesmo responsável está convicto de que, de uma forma transversal a todos os sectores, o comércio electrónico tornou-se hoje num pilar de vendas, alterando a forma de relacionamento entre clientes e fornecedores ou entre parceiros de negócios. “Nos próximos anos, em função da evolução das transacções comerciais, a aquisição de um automóvel tornar-se-á numa operação praticamente exclusiva de ‘domínio doméstico’, pois os consumidores, cada vez mais, irão deslocar-se aos pontos de venda dependendo do impacto de uma estratégia de marketing “de bairro”.