Lactalis oferece 3,4 mil milhões pelo restante capital da Parmalat
A concretizar-se, será um dos mega-negócios do ano e transformará a Lactalis no líder mundial do mercado de lácteos. O valor ronda os 3,4 mil milhões de euros por 71% da companhia italiana.
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Victor Jorge
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Depois de ter reforçado para 29% o capital no grupo Parmalat, através da compra de 15% de três fundos investimento estrangeiros na empresa italiana, a Lactalis lançou recentemente uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) no valor de 3,4 mil milhões de euros para compra do restante capital (71%) da maior empresa de lacticínios italiana e uma das marcas de consumo mais conhecidas deste país.
Com um preço de 2,60 euros por acção, a Lactalis explica a sua decisão com a “alteração do quadro regulamentar”, que ocorreu na sequência da aquisição dos 29% da Parmalat, em Março último, altura em que o governo italiano adoptou medidas para tentar impedir a aquisição do grupo italiano.
Caso esta operação se concretize, a Lactalis posicionar-se-á como líder mundial do sector de lacticínios, com resultados próximos dos 14 mil milhões de euros anuais.
Em comunicado, a companhia que detém marcas como President e uma joint-venture com a Nestlé na Longa Vida, refere que “a Lactalis irá avaliar a possibilidade de fundir na Parmalat o negócio do leite, incluindo as operações francesas e espanhola”.
A notícia da oferta por parte da Lactalis para a compra da Parmalat surgiu horas depois da reunião entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, tendo o responsável italiano referido, no final da reunião, que o seu governo não iria necessariamente bloquear a Lactalis. Na conferência de imprensa, Berlusconi não considerou a oferta da Lactalis “hostil”, admitindo a existência de um ““desejo comum” dos dois países para “conseguirem criar grandes grupos internacionais, que podem fazer frente à concorrência global”.
Os analistas consideram que a Parmalat pode ter um papel estratégico para a Lactalis para crescimento no negócio dos queijos e expansão para mercados como o Canadá, África do Sul e Austrália, países onde a presença da companhia francesa é reduzida.