WeDo aposta na expansão
Apesar de uma ligeira quebra nos resultados, em 2009, face a 2008, a WeDo Technologies está apostada em expandir o negócio além fronteiras. O retalho será um dos sectores onde a empresa pretende apostar.

Victor Jorge
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Os resultados de 2009 da WeDo Technologies, empresa que actual a nível internacional no mercado de Revenue e Business Assurance, ditaram uma ligeira quebra na receitas (-1%) face ao ano de 2008, totalizando 43,4 milhões de euros contra os 43,8 milhões obtidos em período homólogo, verificando-se, igualmente, uma quebra de 1% nas encomendas para 44,4 milhões de euros.
Em termos de rentabilidade, a WeDo technologies obteve um crescimento de 7% no EBITDA, passando dos 4,183 milhões de euros em 2008 para os 4,464 milhões de euros em 2009. Se for tido em conta o EBITDA ajustado (devido ao efeito do ganho extraordinário de 1,4 milhões de euros registado no ano passado, relativo à conclusão do processo de aquisição da empresa brasileira Tecnológica), a empresa alcançou um crescimento de 62%.
Apesar da estagnação do mercado global, a WeDo Technologies continuou a registar fortes crescimentos em toda a Europa, América do Norte e América Latina, o que permitiu aumentar o peso do mercado internacional para 60% do total de encomendas, representando as receitas fora de Portugal 24,357 milhões de euros em 2009, mais 5% do que no ano anterior (23,197 milhões de euros), contribuindo, assim, com 56% para o total das receitas.
A quebra registada em mercado como o Médio Oriente e Europa de Leste deveu-se, fundamentalmente e segundo Fernando Videira, CFO da WeDo Technologies, “ao impacto do preço do petróleo, do dólar e das moedas dos países de Leste”, frisando o responsável pelo departamento financeiro da empresa que, no Leste, “a moeda caiu 40%”.
Rui Paiva, CEO da companhia pertencente ao universo Sonae, destacou na conferência de imprensa de hoje (Quarta-feira) que “a solução é encontrarmos a forma de conseguirmos continuar a ser competitivos nestes mercados onde a moeda fraca tem sido um dos problemas”.
A expansão para novos mercados foi um dos pilares que permitiu à WeDo Technologies apresentar estes resultados, apesar da forte instabilidade económico-financeira em todo o mundo, tendo fechado vários negócios na América Latina, México, Europa Central (com encomendas recebidas de operadores móveis da Hungria, Arménia e Eslováquia para soluções de Revenue Assurance) e Europa.
O CEO da WeDo Technologies destacou, de resto, a importância dos mercados externos, principalmente, latino americanos, enfatizando o Brasil e o México, referindo que “são países grandes onde os projectos também são grandes”, admitindo que “começámos o ano de 2010 com mais oportunidades de negócio”.
Salientando que a recuperação económica por todos desejada parece estar a acontecer, Rui Paiva chamou, contudo, à atenção que este será “o pior ano”, já que as empresas “continuarão ainda a cortar ao longo de 2010, dificultando os investimentos”. Apesar disso, o CEO da WeDo considera que a América Latina não entrou “verdadeiramente em crise”, mas que a performance da Europa foi “catastrófica”.
Deixando a garantia de que um dos objectivos é “trabalhar melhor os países onde estamos”, Rui Paiva admitiu que as guidelines para 2010 contemplam aquisições, referindo os EUA, Ásia e países e Leste como “regiões onde precisamos de reforçar a nossa posição”, mas que serão feitas para “juntar serviços e clientes”.
Com escritórios em 12 países, mas com operações em 73 países, contando com mais de 100 clientes em todo o mundo, Paiva reconhece que “a fidelização do clientes e aumento do negócio é uma das vantagens de estar nestes locais”, apesar de admitir que “temos o problema dos custos de uma multinacional, sem ter o negócio de uma multinacional. É esse equilíbrio que temos de encontrar”.
Sendo o sector do retalho uma das áreas de negócio onde a WeDo pretende apostar, o CEO da companhia, referiu que “a expansão neste sector não será feita com base num conceito específico. Estaremos atentos ao retalho que possui maiores problemas e falhas e onde será mais fácil apresentarmos as nossas soluções”, reconhecendo, contudo, que é “no retalho alimentar onde estão as operações mais complexas”.
Neste capítulo, o desejo dos responsáveis da WeDo passa por conseguir implementar as soluções em mercados como os EUA, “uma referência para todo o mundo”, não deixando, contudo, de estar atentos às oportunidades que poderão surgir noutros mercados, nomeadamente a Leste.