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Inteligência geográfica como motor de decisão estratégica das organizações de sucesso

Se lhe perguntar quando surgiram conceitos como Inteligência Artificial, Iot ou Big Data, o que me responderia? Cinco anos? Dez? Arriscaria a mais? E se lhe dissesse que o termo Inteligência Artificial foi usado pela primeira vez em 1956 por Alan Turing? Ou que Big Data e a Internet of Things, surgiram no final dos anos 90? Surpreendido?

Inteligência geográfica como motor de decisão estratégica das organizações de sucesso

Se lhe perguntar quando surgiram conceitos como Inteligência Artificial, Iot ou Big Data, o que me responderia? Cinco anos? Dez? Arriscaria a mais? E se lhe dissesse que o termo Inteligência Artificial foi usado pela primeira vez em 1956 por Alan Turing? Ou que Big Data e a Internet of Things, surgiram no final dos anos 90? Surpreendido?

Ana Marques
Sobre o autor
Ana Marques

Estes conceitos que nos irromperam pela porta nos últimos anos e passaram a ser tema diário de debate não são novos. O que é novo, ou mais recente para ser mais concreta, é a velocidade com que tomaram conta do nosso quotidiano e a importância que assumiram na evolução dos negócios, da sociedade e no nosso mundo como um todo.
No final de 2023, estimava-se que 75% da população mundial tinham acesso a dispositivos móveis, o que se traduz em biliões de pessoas conectadas e a produzir quintiliões de dados todos os dias. Mas o que significa isso na prática para as empresas? Em especial para as de Retalho? Em 2025, espera-se que a produção de dados continue em expansão e para as empresas existe uma preocupação crescente, não de acumular esta informação, mas sim de poder utilizá-la de forma inteligente, para conhecer os seus consumidores e encontrar padrões que permitam planear ações cada vez mais eficientes e lucrativas. E para esta análise, o recurso à Inteligência Geográfica é absolutamente crucial.

No livro, Retail Geography, de Paul Du e Shuguang Wang os autores afirmam que um dos fatores de sucesso de um negócio na área do retalho é a localização, pois se uma loja é aberta no local errado para o cliente errado, não irá gerar lucros. Esta afirmação, só por si, seria suficiente para percebermos a importância da geografia neste sector. Mas na verdade, vai muito além disso. Utilizar ferramentas de Inteligência Geográfica significa ter uma visão holística do negócio e obter respostas para perguntas essenciais como: Onde estão os meus clientes? Como se caracterizam, seja em género ou idade? Quais as suas preferências de consumo? Será que preferem comprar online ou a maioria ainda prefere ir a uma loja? Qual a loja mais perto do público-alvo que pretendo atingir com as minhas campanhas de marketing? Será que existem zonas com padrões de consumo? E pelo que serão motivados estes padrões? Quem são as pessoas que entram nas minhas lojas? E quem será que por elas passa? São infinitas as perguntas que podemos fazer e para todas a Geografia terá uma resposta, mas a mais-valia da Inteligência Geográfica vai além de coletar respostas. Esta confere aos decisores a Capacidade Analítica de compreender o hoje, aqui e agora, o que lhes permite analisar padrões de consumo, preferências e tomar decisões sobre investir ou não na abertura de novas lojas e onde o fazer e também a Capacidade Preditiva onde podem ter uma visão sobre o amanhã, de que forma vão evoluir as tendências do mercado, para que possam planear e preparar o seu negócio para responder aos desafios, de forma a maximizarem os seus lucros. Se a tudo isto juntarmos ainda mecanismos de Inteligência Artificial e Machine Learning que permitem realizar estas mesmas análises a um volume de dados muito maior e que seria quase impossível para o ser humano, estaremos a falar de uma ferramenta de gestão sem par.

Outro aspeto da Inteligência Geográfica aplicada ao sector do Retalho, tem a ver com a utilização de Digital Twins. Depois da pandemia e com o crescendo do e-commerce, tornou-se cada vez mais importante para os retalhistas criarem melhores experiências em lojas. Com a criação de um Digital Twin, é possível criar e testar formas de organização das lojas tendo em conta os padrões de movimentação dos clientes. Com esta informação, os retalhistas podem fazer análises preditivas, planear a distribuição dos produtos nas prateleiras ou até saber os locais estratégicos onde cada produto ou campanha deve estar dentro da loja. É também possível planear melhores formas de armazenamento e exposição dos produtos ao mesmo tempo que se torna mais simples avaliar os processos de manutenção da loja.

Por último, não podemos deixar de referir que sabemos que existe uma preocupação cada vez mais crescente das marcas contribuírem para um futuro melhor, transformando a sua operação e tornando-a cada vez mais sustentável. Também aqui, as ferramentas de Inteligência Geográfica podem ajudar, uma vez que permitem analisar toda a cadeia de produção e distribuição, o que permite aliar o ganho de eficiência à sustentabilidade no uso dos recursos naturais.

É fácil então de entender que, num mundo em constante mudança, em que as preferências e hábitos das pessoas mudam à velocidade de um clique, em que a informação é produzida e entregue a um ritmo alucinante e em que as decisões têm de ser tomadas em tempo real, as organizações precisam de ferramentas que lhes confiram o poder de analisar, prever, integrar e partilhar. Os Sistemas de Informação Geográfica têm todas essas capacidades e é por isso, que não só no retalho, mas em todas as áreas de negócio e por todo o mundo, são vistos como o motor da decisão estratégica das organizações.

Sobre o autorAna Marques

Ana Marques

Ana Marques, Marketing & Communication Manager da Esri Portugal
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