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Experiência vs conveniência: o papel das lojas físicas na Black Friday

Mais do que um dia de vendas, a Black Friday pode ser uma ocasião estratégica para lançar as bases de uma época de Natal bem-sucedida. Contudo, o sucesso durante este período exige uma preparação meticulosa e estratégias bem delineadas.

Experiência vs conveniência: o papel das lojas físicas na Black Friday

Mais do que um dia de vendas, a Black Friday pode ser uma ocasião estratégica para lançar as bases de uma época de Natal bem-sucedida. Contudo, o sucesso durante este período exige uma preparação meticulosa e estratégias bem delineadas.

Sobre o autor
Jérôme Amoudruz

Na corrida à Black Friday, a maratona de descontos que redefine o calendário de compras, as lojas físicas enfrentam não só desafios, mas uma oportunidade única de se destacarem num ambiente dominado pelo digital. Este evento não se limita ao online, para o comércio físico, é uma plataforma para criar experiências de compra diferenciadas que reforçam o vínculo com os clientes e atraem novas audiências. Mais do que um dia de vendas, a Black Friday pode ser uma ocasião estratégica para lançar as bases de uma época de Natal bem-sucedida. Contudo, o sucesso durante este período exige uma preparação meticulosa e estratégias bem delineadas.

Uma das peças centrais de uma Black Friday bem-sucedida no retalho físico é a gestão de stock. Para os consumidores que se deslocam a uma loja, garantir a disponibilidade dos produtos mais procurados é essencial. Mas este momento é também uma oportunidade para ir além dos “descontos-relâmpago” e incluir, nas promoções, produtos que vão ao encontro das necessidades natalícias, como por exemplo, artigos populares na época festiva, como gadgets, brinquedos, eletrodomésticos e acessórios de moda que não só devem estar estrategicamente posicionados, como também devem existir quantidades que permitam dar resposta à procura esperada. Assim, a Black Friday transforma-se numa experiência prática para o consumidor, que pode antecipar as suas compras de Natal e concluir várias escolhas num único local.

A adaptação dos horários de funcionamento é outro aspeto que pode fazer a diferença no desempenho das lojas físicas. Muitos clientes procuram evitar as horas de maior afluência, e, por isso, oferecer horários mais amplos cria uma experiência de compra menos apressada e mais confortável. Flexibilizar os horários permite que as lojas respondam às necessidades de clientes com rotinas intensas e diferentes compromissos, proporcionando uma alternativa ao horário tradicional. Uma loja que se adapta desta forma diferencia-se não apenas pela conveniência, mas também pelo ambiente que oferece, criando um espaço onde os clientes podem fazer as suas compras com tranquilidade.

Para o pequeno comércio, uma das grandes oportunidades da Black Friday está nas campanhas que não se focam apenas na venda imediata, mas que também servem de preparação para o Natal. Colocar produtos natalícios em destaque junto às ofertas de Black Friday ou oferecer descontos exclusivos para futuras compras festivas são abordagens que incentivam o cliente a voltar. Esta tática transforma a loja num local onde o cliente encontra boas ofertas e também antecipa parte das suas compras natalícias de forma organizada e prática.

Um dos maiores diferenciais do comércio físico é a experiência personalizada e o contacto direto com o cliente. Durante a Black Friday, um atendimento eficiente e informado pode ser determinante para que o consumidor sinta que o seu tempo é valorizado. Preparar a equipa com antecedência para a dinâmica do dia, garantindo que todos estão a par das promoções, é fundamental para que o cliente tenha uma experiência fluida e que seja assistido nas suas escolhas de forma rápida e certeira. Uma equipa que se mostra disponível e que conhece os detalhes das campanhas reforça a confiança do cliente e favorece a sua fidelização a longo prazo.

Por outro lado, organizar o espaço de forma inteligente é igualmente essencial para melhorar a circulação e evitar aglomerações, ou seja, deve-se definir áreas específicas para produtos de alta procura ou implementar pequenos detalhes, como zonas de descanso ou sistemas de controlo de filas, uma vez que facilita o movimento dos clientes, bem como eleva a experiência de compra, mostrando que a loja se preocupa com o bem-estar de quem a visita.

Atualmente, a Black Friday não é um evento exclusivamente digital ou físico, mas sim uma combinação eficaz de ambos os mundos. A presença online das lojas físicas complementa-se com estratégias que levam o cliente até ao espaço físico, onde pode encontrar mais do que um simples produto. Soluções como o “click and collect”, onde os clientes reservam produtos online para levantar na loja, são uma forma de responder à conveniência desejada pelos consumidores, ao mesmo tempo que os expõem a novos produtos e campanhas ao visitarem o espaço.

No entanto, as tecnologias digitais, como as aplicações que permitem verificar o stock em tempo real, enriquecem esta experiência ao fornecer ao cliente uma jornada de compra mais previsível e satisfatória. A sinergia entre o digital e o físico permite que as lojas ofereçam uma experiência mais completa e personalizada, criando um ambiente de compra que responde às novas exigências dos consumidores.

A Black Friday é, sem dúvida, uma das melhores oportunidades para os retalhistas. Contudo, para o pequeno comércio, este evento é mais do que um dia de vendas: é um momento para fortalecer a relação com o cliente e demonstrar valor para além do simples desconto. Ao investir numa estratégia bem planeada, com foco na experiência e na proximidade, as lojas físicas podem transformar a Black Friday num evento que transcende o consumismo imediato, preparando o caminho para uma época de Natal de sucesso e com clientes que regressam pela experiência.

Sobre o autorJérôme Amoudruz

Jérôme Amoudruz

CEO da blackfriday.pt
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