A minha mãe, um apoio constante, sempre presente e muito dedicada, fez tudo para que eu crescesse segura, confiante e com uma base sólida. A minha irmã, uma segunda mãe, sempre perto e atenta à minha formação e ao meu crescimento, é também um pilar fundamental na minha vida. A nossa ligação é profunda. Lembra-me diariamente a importância de acreditar em mim e de me manter fiel aos meus valores.

As minhas avós são também uma referência essencial na minha vida e um exemplo de força e resiliência. Viveram tempos difíceis, em realidades muito diferentes da minha, mas sempre lutaram com coragem para garantir um futuro melhor para os seus filhos e netos. Com o seu amor incondicional, transmitiram-me valores fundamentais como a perseverança, a generosidade e a importância da família e do amor.

Cada história que me contaram, cada gesto de carinho e cada sacrifício silencioso que fizeram ficaram marcados em mim como lições de vida que nunca esquecerei.

Para além da minha família, inspiro-me nas mulheres com quem trabalho todos os dias, cada uma trazendo consigo força, criatividade e resiliência. E, claro, nas minhas amigas, mulheres extraordinárias que diariamente se desafiam.

Se tivesse de mencionar alguns nomes do nosso mundo, destacaria mulheres como Michelle Obama, Yoko Ono, Natália Correia, Simone de Beauvoir, Hannah Arendt, Simone Veil, Paula Rego, Beatriz Ângelo, Sophia de Mello Breyner, Patti Smith, Maria Teresa Horta, Nina Simone, Virginia Woolf, sem nunca esquecer as que referi anteriormente. Apesar de pertencerem a diferentes épocas e áreas – política, filosofia, literatura, ativismo, arte e música – o que as une é a capacidade de desafiar convenções, quebrar barreiras e criar espaço para que outros possam expressar-se livremente. Cada uma delas, à sua maneira, contribuiu e contribui para um mundo onde o pensamento, a criatividade e a justiça estão intrinsecamente ligados à luta pela liberdade e pela igualdade.

No entanto, há muitas mais mulheres que merecem ser lembradas e celebradas. É sempre injusto referir nomes sem referir outros igualmente tão importantes. A verdadeira inspiração vem do coletivo e da força de todas as mulheres que, de diferentes formas, contribuem para um mundo mais justo e livre, que vivem a sua liberdade com convicção, que defendem os princípios fundamentais de uma sociedade justa sem procurar reconhecimento. Naquelas que lutam publicamente pela mudança e naquelas que, não sendo tão “protagonistas”, são igualmente poderosas. Todas estas mulheres transformam o mundo à sua volta e, com coragem, resiliência e integridade, defendem o direito de ser ouvidas, de poder escolher e de existir livremente. É esta força coletiva – diversa, determinada e inabalável – que verdadeiramente me inspira.