Edição digital
I&D

Transformação digital no retalho: o papel da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem vindo a transformar o setor do retalho de forma acelerada, destacando-se como uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência, personalizar experiências de cliente e promover práticas mais sustentáveis. Desde a gestão de cadeias de abastecimento até à descarbonização, a aplicação de IA impacta todas as áreas do setor.

Ana Rita Almeida
I&D

Transformação digital no retalho: o papel da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem vindo a transformar o setor do retalho de forma acelerada, destacando-se como uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência, personalizar experiências de cliente e promover práticas mais sustentáveis. Desde a gestão de cadeias de abastecimento até à descarbonização, a aplicação de IA impacta todas as áreas do setor.

Sobre o autor
Ana Rita Almeida
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Num cenário cada vez mais orientado pela inteligência artificial (IA) e pela análise de dados, as empresas enfrentam o desafio de tirar partido destas ferramentas de forma eficaz e estratégica. Segundo um estudo recente da McKinsey, 72% das organizações afirmaram ter adotado pelo menos uma tecnologia de IA, mas apenas 25% conseguiram alcançar um impacto significativo nos seus resultados. Adicionalmente, a Gartner prevê que, em 2025, 90% das estratégias empresariais incluirão dados e análises como ativos essenciais.
Para superar este desafio, a Stratesys aposta numa abordagem que combina inovação tecnológica e visão estratégica. De acordo com Beatriz Fernández Alonso, Customer Associate Director da Stratesys, “a inteligência artificial e a análise de dados não devem ser apenas ferramentas operacionais, mas sim motores de inovação e crescimento”.
A integração eficaz da IA e da análise de dados não se limita a uma escolha entre uma abordagem tecnológica ou empresarial, mas requer a fusão de ambas. Este equilíbrio permite criar soluções que maximizam o valor estratégico e asseguram a viabilidade técnica a longo prazo.

A IA como motor de transformação
A inteligência artificial (IA) está a consolidar-se como a tecnologia dominante da próxima década, transformando profundamente a forma como vivemos e trabalhamos. O impacto é global. De acordo com o Bosch Tech Compass deste ano, que envolveu mais de 11.000 inquiridos em países como Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos, as competências em IA são consideradas essenciais, tanto a nível profissional como pessoal.
Nos últimos quatro anos, verificou-se um aumento expressivo na perceção da importância da IA: a percentagem de pessoas que acreditam que esta tecnologia será determinante na próxima década subiu de 40% para 67%. Na Alemanha, o otimismo em relação ao potencial da IA é ainda mais acentuado, com 72% dos inquiridos a reconhecerem o impacto desta tecnologia, face a 42% registados há apenas dois anos. Noutros países como França (70%), China (69%) e Estados Unidos (68%), os resultados são igualmente elevados.
A crescente relevância da IA está a impulsionar uma maior procura por competências específicas. Segundo o estudo, 71% dos inquiridos acreditam que as competências em IA serão “importantes” ou “muito importantes” no futuro. Na China, 91% das pessoas partilham esta visão, seguidas pela Índia (89%), enquanto nos países ocidentais as percentagens variam entre 56% e 64%.
No contexto profissional, mais de metade das pessoas a nível global já utilizam IA no trabalho, embora este número seja substancialmente mais baixo na Alemanha (45%), em contraste com a China e a Índia (69%). Contudo, a formação em IA ainda é limitada: apenas 25% dos inquiridos afirmaram já ter recebido algum tipo de formação nesta área. Na Índia (57%) e na China (38%), os números são mais elevados, mas em países como Brasil (14%) e França (15%), a percentagem é consideravelmente baixa.
Embora 43% dos inquiridos acreditem que a IA terá um impacto positivo na sociedade, a perceção varia consoante a região. A China lidera o otimismo com 66% dos inquiridos a expressarem uma visão positiva, seguida pelo Reino Unido (53%) e pelos Estados Unidos (41%). No entanto, há preocupações em relação à segurança do emprego. Globalmente, 49% dos inquiridos consideram-se em risco devido à IA, enquanto 51% acreditam que o seu trabalho não será afetado. Estes dados refletem uma divisão significativa sobre o impacto da tecnologia no mercado de trabalho.

Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal

“No Burger King olhamos sempre para o futuro”
No setor do retalho, a inteligência artificial (IA) tem-se afirmado como uma ferramenta crucial para personalizar a experiência do cliente e promover práticas mais sustentáveis. O Burger King é um exemplo de como a IA está a ser integrada para melhorar operações e fortalecer a relação com os consumidores, mantendo sempre a essência da marca.
De acordo com Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal, a marca tem vindo a apostar na tecnologia como parte da sua estratégia de evolução e crescimento. “No Burger King olhamos sempre para o futuro para continuar a crescer e a evoluir, o que inevitavelmente passa por estudar as possibilidades oferecidas pela IA. Implementamos continuamente melhorias e atualizações tanto a nível operacional como na forma como nos relacionamos com clientes, tendo sempre como objetivo oferecer-lhes o melhor serviço e a melhor experiência”, afirma em declarações ao Hipersuper.
A empresa tem investido em ferramentas como a app e as redes sociais, que se tornaram canais fundamentais para compreender o perfil dos clientes e oferecer experiências personalizadas. Estas plataformas, suportadas por tecnologias inteligentes, permitem à marca adaptar os seus serviços às necessidades dos consumidores, criando um modelo de comunicação mais próximo e eficaz.
No que respeita à sustentabilidade, o Burger King já utiliza tecnologias baseadas em IA para evitar o desperdício de produtos. “Trabalhamos com tecnologia para evitar o desperdício de produtos, seja através de sistemas de inventários inteligentes, análise de desperdício de alimentos ou tecnologias de conservação de alimentos”, destaca Inês Arnal Bergera.
Apesar da aposta na inovação tecnológica, a diretora de marketing sublinha que o Burger King mantém os seus valores fundamentais. “Apesar de a inovação estar sempre presente, o Burger King respeita a sua essência, as suas origens. Há 70 anos que é uma marca empática, diversificada, generosa… isto significa que transmite uma personalidade honesta e confiante que acolhe sempre seja quem for, pelo que o fator humano continua a ser um dos maiores ativos da marca e uma das melhores formas de partilhar os seus valores.”.

O impacto na logística
Nos últimos anos, o setor da logística tem registado transformações profundas, impulsionadas pela crescente exigência de eficiência e agilidade. Tecnologias como a inteligência artificial (IA) e a automação estão a redefinir a forma como as cadeias de abastecimento são geridas, criando operações mais inteligentes, sustentáveis e eficazes.
De acordo com a HAVI, empresa global especializada em soluções inovadoras de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, uma das grandes tendências que vão marcar este setor em 2025 será levar a IA e a automação a novos patamares.
A IA tem desempenhado um papel transformador, sobretudo através do planeamento autónomo, uma funcionalidade que permite ajustar estratégias em tempo real com base em múltiplas variáveis, como a procura e as condições de mercado. Estas capacidades possibilitam tomadas de decisão rápidas e informadas, reduzindo os tempos de resposta e melhorando a eficiência.
Outra área onde a IA está a demonstrar impacto significativo é na otimização dinâmica de rotas, uma solução que contribui para a redução de custos operacionais, ao mesmo tempo que minimiza o consumo de recursos. Além disso, a gestão de stocks e o planeamento de compras têm sido alavancados por sistemas de IA, que garantem maior precisão e ajudam a evitar desperdícios, ao preverem com maior rigor as necessidades futuras.
Por outro lado, a automação complementa a IA ao eliminar tarefas repetitivas, reduzir o erro humano e aumentar a produtividade. Este conjunto de ferramentas não só melhora os níveis de serviço, como também torna as operações mais sustentáveis, um aspeto cada vez mais relevante para o setor.

Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT

Otimizar a logística e reforçar a experiência do cliente
Os CTT – Correios de Portugal têm apostado na integração de inteligência artificial (IA) nos seus processos logísticos e operacionais, procurando otimizar rotas, prever tendências no comércio eletrónico e personalizar a experiência do cliente. A tecnologia surge como um aliado fundamental para enfrentar os desafios de um setor em rápida transformação, mas sempre em equilíbrio com o papel das equipas humanas.
Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT, explica que “a inteligência artificial permite a otimização de rotas e planos de distribuição ao analisar grandes volumes de dados em tempo real, incluindo variáveis como tráfego e condições meteorológicas. Esta tecnologia não só torna os processos mais eficientes, como também contribui para a sustentabilidade, ao planear rotas ecológicas e otimizar a utilização de veículos elétricos.”
Os CTT têm vindo a implementar modelos de machine learning que organizam rotas de forma quase instantânea (near real time), considerando fatores como o volume e a tipologia de encomendas, janelas de entrega, utilização de lockers e até a densidade urbana. Paulo Alexandre Silva acrescenta que, no futuro, a IA poderá ainda incorporar variáveis como riscos de não entrega e pontos de entrega alternativos, reforçando a fiabilidade da rede logística.
O responsável afirma que a tecnologia também desempenha um papel importante na prevenção de falhas e manutenção. Protótipos de sensorização nos veículos e equipamentos de sorting, associados a algoritmos de IA, permitem prever problemas antes que ocorram, reduzindo interrupções operacionais e aumentando a eficiência da cadeia logística.
Outro exemplo, diz Paulo Alexandre Silva, é o uso de IA para prever picos de encomendas, antecipando a procura com base em dados históricos e ajustando os recursos necessários para garantir uma gestão adequada de sorting e entregas na last mile.

Comércio eletrónico e entregas rápidas
Com o crescimento do comércio eletrónico e a necessidade de entregas rápidas, os CTT têm vindo a adaptar os seus serviços às novas exigências do mercado. Paulo Alexandre Silva refere que “a IA é essencial para antecipar tendências e personalizar serviços, garantindo que respondemos de forma ágil às necessidades dos consumidores.”
Entre as iniciativas desenvolvidas, destaca-se o serviço CTT Now, que garante entregas em duas horas em Lisboa e Porto, ou no próprio dia noutras localidades de Portugal Continental. O diretor explica ainda que a plataforma Collectt centraliza todos os pontos de entrega e recolha na Península Ibérica, incluindo lojas, agentes Payshop e mais de 1.000 cacifos Locky, que são uma alternativa conveniente e sustentável para os consumidores.
No atendimento ao cliente, Paulo Alexandre Silva afirma que os chatbots, como a assistente virtual Helena, proporcionam respostas rápidas às solicitações dos clientes, otimizando o atendimento sem comprometer a qualidade do serviço.

Um equilíbrio essencial
Apesar do foco crescente na automação, Paulo Alexandre Silva garante que os CTT reconhecem a importância de manter o papel central das equipas humanas na garantia da qualidade do serviço e no atendimento ao cliente. “O objetivo é que a automação funcione como uma ferramenta de apoio, complementando as capacidades humanas, e não como uma substituição”, conclui.
Nos Centros de Produção, tecnologias como IA e robótica processam cartas e encomendas com eficiência, mas os operadores continuam a ser indispensáveis para lidar com exceções, encomendas de formatos irregulares e garantir a qualidade dos processos.
Além disso, os dispositivos móveis utilizados pelos distribuidores fornecem informações em tempo real sobre rotas e notificações de clientes, reduzindo erros e melhorando a experiência dos utilizadores. Para garantir uma transição equilibrada, Paulo Alexandre Silva explica que os CTT promovem programas de formação contínua para as suas equipas operacionais e técnicas, preparando-as para o crescimento da automação e capacitando-as para enfrentar novos desafios.
“O equilíbrio entre automação e equipas humanas não é uma escolha binária, mas uma sinergia necessária”, afirma Paulo Alexandre Silva. Os carteiros e colaboradores das lojas continuam a ser o rosto do serviço, assegurando o contacto humano em situações complexas que a tecnologia ainda não consegue resolver.
A visão dos CTT passa por criar uma experiência multicanal integrada, onde o cliente pode iniciar o processo de envio numa aplicação ou computador e concluir a entrega num locker, com várias opções de pagamento disponíveis. Paulo Alexandre Silva explica que a combinação entre automação, IA e o papel humano é central para alcançar este objetivo, permitindo reduzir os tempos de entrega, aumentar a visibilidade da cadeia logística e garantir um serviço eficiente e de alta qualidade.
“Nos CTT, o cliente tem sempre a escolha final. Estamos a desenvolver alternativas sustentáveis, como o self-service nas lojas, chatbots mais inteligentes e soluções robotizadas no sorting, para criar um serviço que combine eficiência, conveniência e sustentabilidade”, conclui Paulo Alexandre Silva.


O impacto na segurança

A inteligência artificial (IA) continua a progredir de forma acelerada, consolidando-se como uma das principais tendências tecnológicas que vão moldar o setor da segurança nos próximos anos. Segundo a Axis Communications, as novas aplicações de IA generativa (GenAI) começam a amadurecer rapidamente, criando novas possibilidades, mas também desafios éticos, legais e de negócios.
A conclusão é clara: a IA generativa apresenta um potencial significativo no setor da segurança. Por exemplo, pode facilitar a interação dos operadores com soluções de segurança através de linguagem natural, simplificando e acelerando processos. Já as capacidades analíticas baseadas em deep learning prometem elevar o reconhecimento de objetos para um novo nível, permitindo que estas análises sejam realizadas diretamente nas câmaras de vigilância.
Apesar destes avanços, os modelos de IA generativa ainda apresentam limitações práticas, pelo menos a curto prazo, indica ainda a Axis Communications. A execução destes modelos requer uma capacidade elevada de computação e processamento, levantando questões sobre como equilibrar o custo da IA – nomeadamente o investimento financeiro, o consumo energético e o impacto ambiental – com o seu valor efetivo.

O impacto nos pagamentos digitais
O crescimento dos pagamentos digitais a nível global está a transformar o mercado, impulsionado pela adoção de tecnologias que tornam as transações mais rápidas, seguras e adaptadas às preferências dos consumidores. Olhando para 2025, o ecossistema de pagamentos apresenta-se mais digital e flexível, integrando inovações tecnológicas que estão a estabelecer novos padrões de usabilidade e proteção.
“A globalização tem impulsionado a simplificação e rapidez dos pagamentos internacionais. Da mesma forma, novas ferramentas como a inteligência artificial e biometria, que estabelecem novos padrões de segurança e usabilidade, contribuem para um ecossistema de pagamentos mais robusto e eficiente. Paralelamente, novas opções de meios de pagamento, como os pagamentos conta-a-conta (A2A), têm tido cada vez mais relevância, destacando a importância de assegurar níveis de proteção semelhantes aos já existentes”, afirma Rita Mendes Coelho, country manager da Visa em Portugal, em comunicado.

Prevenção de fraudes
Entre as tendências que vão marcar o futuro dos pagamentos, destaca-se a utilização da inteligência artificial (IA) na personalização de experiências de pagamento e na prevenção de fraudes. Com recurso a algoritmos de deep learning, a IA será capaz de analisar padrões de transações em tempo real, identificando potenciais riscos antes que se tornem um problema.
A Visa tem investido significativamente na implementação de soluções baseadas em IA no setor de pagamentos ao longo das últimas três décadas. Nos últimos dez anos, a empresa destinou 3,3 mil milhões de dólares à sua infraestrutura de IA e dados, com o objetivo de reforçar a segurança e eficiência das transações. Em 2023, a Visa introduziu o Visa Protect, uma solução de segurança baseada em IA que já demonstrou impacto na redução de fraudes em diversos tipos de transações, tanto dentro como fora da sua rede.
Também a Mastercard, aposta em inteligência artificial e tokenização para revolucionar pagamentos. De acordo com a empresa, os avanços tecnológicos estão a transformar os comportamentos de consumo, elevando os padrões de simplicidade e segurança. Por exemplo, a empresa prevê que, até 2030, os consumidores não precisarão de introduzir números de cartão, palavras-passe ou códigos únicos para realizar transações online. A combinação da tokenização com a autenticação biométrica e a carteira digital click to pay promete tornar o processo de checkout online tão simples quanto pagar numa loja física.
“A tecnologia está a refinar-se rapidamente, gerando novos casos de uso e até novos modelos de negócio. À medida que estas inovações se consolidam, assistimos a uma integração cada vez maior de mais pessoas e empresas na economia digital”, refere a Mastercard.
As pequenas empresas desempenham também um papel crucial na transformação dos pagamentos digitais. Durante a pandemia, muitas conseguiram prosperar graças à rápida adoção de pagamentos eletrónicos e do comércio digital. No entanto, a presença online é apenas o início.

Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis

Ética e personalização
A inteligência artificial (IA) está também a transformar o setor financeiro, trazendo benefícios significativos na personalização de serviços, automatização de processos e aumento da segurança. Na Cofidis, esta tecnologia é vista como um aliada para melhorar operações e reforçar a relação com os clientes, mantendo sempre uma abordagem ética e humana.
De acordo com Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis, “a inovação e a tecnologia só fazem sentido quando estão ao serviço das pessoas”. “A IA ajuda-nos a melhorar os nossos processos e a garantir decisões mais seguras e rápidas, mas sempre mantendo a proximidade e a atenção que cada cliente merece”, garante.
Embora a Cofidis ainda não aplique IA diretamente na análise de risco, recorre a modelos estatísticos que garantem explicabilidade e transparência nas decisões. Segundo Cláudio Pimentel, “estes modelos têm-se mostrado eficazes na avaliação de risco e na prevenção de endividamento excessivo, respeitando também as exigências da regulamentação europeia, como o IA ACT, que nos obriga a ser cuidadosos na análise dos aspetos éticos relacionados com a concessão de crédito”.
Por outro lado, a IA é utilizada noutras áreas do processo, como o reconhecimento ótico de caracteres (OCR), que acelera a análise de documentos submetidos pelos clientes, e na prevenção de fraudes digitais, um problema crescente em Portugal. Além disso, a tecnologia permite identificar o momento ideal para propor soluções de crédito personalizadas, garantindo que estas respondem de forma eficaz às necessidades de cada cliente, sempre com respeito pela privacidade e condições individuais.
A automatização é uma das áreas onde a IA tem trazido benefícios tangíveis. Ferramentas como o OCR reduzem erros manuais e aceleram o tempo de resposta aos clientes, permitindo uma validação mais rápida da informação e a apresentação de propostas de crédito ajustadas. Apesar do uso de IA, a Cofidis mantém o fator humano como elemento central. “Se surgirem dúvidas ou for necessária uma análise mais aprofundada, a nossa equipa de especialistas intervém pessoalmente, garantindo a atenção e o cuidado que nos caraterizam”, explica Cláudio Pimentel.
No atendimento ao cliente, a empresa está a trabalhar na utilização de IA para apoiar os colaboradores, por exemplo, através da transcrição e análise de chamadas. Este tipo de tecnologia permite identificar dúvidas ou intenções dos clientes e melhorar a qualidade do atendimento, mantendo os elevados níveis de serviço da Cofidis.
“Embora atualmente não utilizemos IA generativa para atendimento direto, estamos a explorar formas de colocar a tecnologia ao serviço dos nossos colaboradores, otimizando processos e garantindo que continuamos a oferecer um serviço empático e de qualidade”, sublinha Cláudio Pimentel.
A integração da inteligência artificial no setor financeiro enfrenta vários desafios, particularmente no que toca à ética, transparência e confiança no relacionamento com os clientes. Para a Cofidis, garantir uma abordagem centrada nas pessoas é fundamental. “A tecnologia pode otimizar processos, tornando-os mais simples e seguros, mas nunca pode perder de vista o impacto que tem nas pessoas”, destaca Cláudio Pimentel ao nosso jornal. Entre os principais desafios, o responsável apontou a necessidade de dados fiáveis e consistentes para alimentar as soluções de IA, a transparência na recolha e uso dos dados dos clientes, e a mitigação de potenciais vieses nos modelos, de forma a garantir decisões justas e inclusivas.
Além disso, o cumprimento de regulamentações como o RGPD e o futuro IA ACT é uma prioridade, assegurando que todas as soluções tecnológicas são sólidas, éticas e sustentáveis. “Dispomos de uma governação forte e de uma estratégia de IA bem definida, que nos permite respeitar os princípios éticos, a privacidade dos nossos clientes e a necessidade de mitigar vieses”, afirma.
Apesar dos desafios, a Cofidis vê um futuro promissor com a aplicação responsável da inteligência artificial. “Acreditamos que, com uma aplicação responsável e centrada nas pessoas, a IA trará benefícios não só para o setor financeiro, mas sobretudo para os nossos clientes, parceiros e colaboradores, criando soluções mais personalizadas e acessíveis”, conclui Cláudio Pimentel.

Este artigo foi publicado na edição 430

Sobre o autorAna Rita Almeida

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Die ProWein in Düsseldorf ist die international führende Fachmesse für Weine und Spirituosen. Vom 10. bis 12. März 2024 präsentieren sich rund 5.400 Aussteller aus 65 Nationen. ProWein in Düsseldorf is the world’s leading trade fair for wine and spirits, and is the largest industry platform for professionals from viticulture, production, trade and gastronomy. From 10 – 12 March 2024 about 5,400 exhibitors from 65 Nations showcase their products.
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Portugal presente na ProWein com 250 expositores em 2.700 m²

O espaço ‘Portugal Square’ vai incluir uma zona de free tasting com cerca de 200 vinhos e um programa extenso de seminários. A ProWein decorre decorre de 16 a 18 de março, em Dusseldorf.

A ViniPortugal marca presença na ProWein 2025, que decorre de 16 a 18 de março, em Dusseldorf, Alemanha, com um novo conceito que inclui um espaço central denominado ‘Portugal Square’, presente no Hall 9. “Com esta apresentação holística e intuitiva, queremos tornar ainda mais fácil para os convidados internacionais conhecerem o país do vinho e acederem à sua diversidade”, diz Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal.

Com mais de 250 expositores e cerca de 2.700 m² de espaço ocupado, Portugal será o quinto maior expositor do evento, a seguir à Itália (775 expositores), França (485), Alemanha (643) e Espanha (566). A área destinada aos Vinhos de Portugal vai apresentar produtores de diferentes regiões vitivinícolas nacionais, “reforçando, assim, o seu compromisso de promover a qualidade e a diversidade dos vinhos portugueses, consolidando o país como um player de excelência na produção de vinhos de qualidade ímpar”, destaca a ProWein num comunicado sobre a presença de Portugal na feira em 2025.

“É importante que comuniquemos bem a nossa singularidade e os nossos pontos fortes para que a elevada qualidade e a relação preço-prazer fiquem bem presentes na mente das pessoas numa comparação internacional”, destaca Frederico Falcão.

O espaço ‘Portugal Square’ vai incluir uma zona de free tasting com cerca de 200 vinhos e um programa extenso de seminários com vários oradores de referência no mercado. Portugal vai dinamizar ainda um programa de 17 seminários (H9 / F39), reunindo oradores de referência no mercado para debater as principais tendências e o futuro do setor.

Para além de David Schwarzwalder, jornalista e especialista de vinhos portugueses no mercado alemão, da autora de vinhos Christina Fischer, do sommelier e jornalista Sebastian Bordthauser e de Carine Patricio, Best Sommeliere Portugal 2020, estarão presentes também os especialistas internacionais como o enólogo Tiago Macena, Rubina Vieira, do Instituto do Vinho da Madeira, e o Master of Wine Dirceu Vianna Júnior.

Cerca de 46% dos vinhos portugueses já são exportados, sendo os EUA e a França os mercados mais importantes, seguidos de Brasil e Reino Unido. Em 2024, as exportações portuguesas de vinho atingiram os 965,8 milhões de euros em 2024, representando um crescimento de 4,46% em relação ao ano anterior.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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Adega de Monção conquista Ouro e Prata nos Prémios Mundus Vini 2025

O vinho Alvarinho Deu-La-Deu Reserva 2022 foi distinguido com a Medalha de Ouro, enquanto os vinhos Alvarinho Deu-La-Deu 2023 e Muralhas de Monção Branco 2024 receberam Medalha de Prata.

A Adega de Monção volta a destacar-se no panorama vitivinícola internacional ao ser premiada na edição 2025 dos Prémios Mundus Vini. O vinho Alvarinho Deu-La-Deu Reserva 2022 foi distinguido com a Medalha de Ouro, enquanto os vinhos Alvarinho Deu-La-Deu 2023 e Muralhas de Monção Branco 2024 receberam Medalha de Prata.

“Estes prémios, neste contexto de competição mundial exigente e com um júri internacional conhecido por ser especialmente rigoroso é uma homenagem ao percurso e à exigência que todos os cooperantes e produtores colocam na uva que fazem nascer e à confiança que colocam na Adega de Monção para dela fazer um vinho de reconhecida qualidade e cuidar da sua venda e promoção nacionais e internacionais. É este caminho de aposta na qualidade e na afirmação no mercado global que continuaremos a traçar todos os dias, com todos os nossos cooperantes.”, sublinha Armando Fontainhas, presidente da Adega de Monção, em comunicado.

Fundada por 25 viticultores, a Adega de Monção tem sido um pilar do desenvolvimento vitivinícola da região, apostando no trabalho cooperativo e na valorização da produção local. O crescimento sustentado da cooperativa reflete-se também na sua aposta contínua na qualidade, inovação e valorização da produção, posicionando-se entre as que melhor remuneram os seus produtores. Nos últimos anos, a Adega de Monção investiu mais de 1,2 milhões de euros na modernização industrial e sustentabilidade ambiental, garantindo uma evolução sólida e reconhecida dentro e fora de Portugal.

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Action abre novas lojas em Vila Nova de Gaia e Viana do Castelo

A segunda loja Action em Vila Nova de Gaia e a primeira no distrito de Viana do Castelo são, respetivamente, a 11ª e a 12ª loja em Portugal.

A Action inaugurou, no passado dia 6 de março, a sua segunda loja em Vila Nova de Gaia, que está no Gaia Park, no distrito do Porto. E a 20 de março vai abrir a 12ª loja em Portugal, esta instalada em Viana do Castelo, no Lima Retail Park.

A partir de 20 de março, em Viana do Castelo, e desde 6 de março, em Vila Nova de Gaia, a discount store de produtos não alimentares, apresenta a sua fórmula de retalho centrada num portfólio de 6.000 produtos divididos por 14 categorias – entre as quais brinquedos, produtos para a casa, produtos de jardinagem, DIY (do it yourself) e alimentação – com foco no preço. “A Action oferece uma seleção de 150 novos produtos todas as semanas, garantindo uma vasta e relevante gama para responder às diversas necessidades e preferências dos clientes. O preço médio de todos os produtos é inferior a dois euros”, assegura a retalhista low-cost.

“Estamos muito satisfeitos por abrir a nossa primeira loja em Viana do Castelo e mais uma em Vila Nova de Gaia, apenas um ano depois de termos apresentado a nossa primeira loja em Portugal. Os clientes receberam-nos calorosamente e estamos felizes por podermos trazer a fórmula Action para mais perto deles. O nosso sucesso assenta na nossa fórmula forte e no empenho e compromisso das nossas equipas, de que muito nos orgulhamos. Quero agradecer a todos os que contribuíram para esta conquista: os nossos clientes, os nossos colegas, os nossos fornecedores e todos os que nos apoiaram,” afirma Sofia Mendoça, diretora-geral da Action em Portugal.

A nova loja em Vila Nova de Gaia tem mais de 1090 metros quadrados e a de Viana do Castelo terá 1069 metros quadrados. A Action contratou uma equipa de 22 colaboradores para gerir a loja de Vila Nova de Gaia e 20 para a de Viana do Castelo. Ambas estão abertas das 09h às 21h, de segunda a domingo.

Fundada em 1993 em Enkhuizen, Países Baixos, a Action é um retalhista low-cost não alimentar que recebe mais de 18.7 milhões de clientes todas as semanas em mais de 2.918 lojas em 12 países europeus.

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Retalho

A Padaria Portuguesa expande presença com três novas lojas

Com estas inaugurações, A Padaria Portuguesa atinge as 81 lojas no final de março, consolidando a sua presença na região de Lisboa.

A Padaria Portuguesa reforça a sua presença com a abertura de três novas lojas durante o mês de março. A primeira inauguração acontece já esta sexta-feira, 14 de março, no Estoril, na Av. Clotilde, nº 18, onde os clientes poderão desfrutar da habitual oferta da marca das 7 às 20 horas.

Seguem-se duas novas localizações: Lisboa, na Av. José Malhoa, nº 16, a partir de 18 de março, e Fórum Barreiro, a 25 de março, este último com um horário alargado das 8 às 22 horas.

A expansão traduz-se também num impacto positivo no emprego: em cada uma das novas lojas foram criados 14 postos de trabalho, totalizando 42 novos empregos entre transferências internas e novas contratações.

Com estas inaugurações, A Padaria Portuguesa atinge as 81 lojas no final de março, consolidando a sua presença na região.

Sobre o autorHipersuper

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Compal Origens lança o novo sabor Goiaba Rosa do Brasil

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A Compal Origens apresenta um novo sabor que promete conquistar os amantes de fruta: Goiaba Rosa do Brasil. Esta novidade transporta os consumidores para um universo tropical autêntico, onde a frescura e a doçura da goiaba rosa se destacam numa experiência sensorial única.

Para assinalar este lançamento, a marca aposta numa campanha de comunicação 360º, que decorre de 10 de março a 14 de abril de 2025, com presença em televisão, digital, outdoor, pontos de venda e rádio. Com criatividade assinada pela VML, a campanha leva os consumidores numa viagem ao coração do Brasil, destacando a intensidade da goiaba rosa e a riqueza cultural do país.

“A Compal Origens tem como missão trazer o melhor da fruta de diferentes partes do mundo, e a Goiaba Rosa do Brasil é um exemplo perfeito dessa viagem de sabores. Queremos proporcionar uma autêntica imersão na energia tropical do Brasil, através de um néctar fresco, intenso e autêntico”, afirma Mariana Tropa, brand manager Compal.

“Este lançamento é uma verdadeira celebração dos sabores tropicais. Queremos que os consumidores sintam, com cada copo a vitalidade do Brasil e a qualidade que define a Compal Origens. Com esta campanha, reforçamos o nosso compromisso de oferecer bebidas que vão para além do sabor e qualidade: são autênticas viagens sensoriais”, destaca.

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Adega Mayor lança edição especial de rótulos personalizados para o Dia do Pai

O Dia do Pai merece um brinde especial, e a Adega Mayor preparou uma edição única para celebrar a data.

A pensar nos momentos que unem pais e filhos, a marca alentejana lança rótulos personalizados para o seu Reserva Tinto, uma iniciativa que pretende proporcionar uma experiência memorável.

Com duas opções de customização – em português e inglês –, cada garrafa pode ser personalizada com o nome do pai, tornando este presente exclusivo e repleto de significado, refere a empresa. O vinho escolhido para esta edição especial, disponível na loja online da Adega Mayor, apresenta um perfil tipicamente alentejano, com aroma complexo, profundo e equilibrado.

Sobre o autorAna Rita Almeida

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Quinta de Pancas Grande Reserva Tinto: equilíbrio entre o passado e o presente

O estágio de 12 meses em barricas mais antigas ocorreu mais tarde, conferindo uma maior complexidade ao vinho.

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A Quinta de Pancas, situada na região de Lisboa, a 35 quilómetros do Atlântico e protegida pela Serra de Montejunto, acaba de apresentar a sua nova referência: o Quinta de Pancas Grande Reserva Tinto, um clássico que reflete a autenticidade e a elegância do terroir de Pancas.

Provenientes de solos argilo-calcário, as uvas que deram origem ao Quinta de Pancas Grande Reserva Tinto 2021 vêm de vinhas velhas de Cabernet Sauvignon, com cerca de 30 anos, e de vinhas mais jovens da casta Touriga Nacional, com 18 anos de idade. De cor rubi intensa, com notas profundas de fruta preta, violeta, tabaco e café, complementadas por um ligeiro toque vegetal típico do Cabernet Sauvignon. Na boca, revela-se equilibrado, tenso e com grande frescura. O seu final é longo e persistente.

“Este vinho reflete muito bem o terroir único de Pancas. É essencial manter viva a história e tradição vinícola da região, respeitando o legado das vinhas velhas, enquanto se alia a técnicas modernas de vinificação. Este equilíbrio entre o passado e o presente resulta num vinho que combina tradição e inovação, preservando a essência de Pancas em cada uma das 6666 garrafas produzidas”, refere David Baverstock, Chairman Winemaker da WineStone.

O processo de vinificação incluiu a fermentação malolática em cuba, o que ajudou a preservar os aromas intensos, a frescura e a suavidade dos taninos. O estágio de 12 meses em barricas mais antigas ocorreu mais tarde, conferindo uma maior complexidade ao vinho.

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Bebidas

Novo Impossible Coffee homenageia coragem de doze mulheres angolanas que se uniram para manter viva a produção de café

Com o café Amboim, a Delta reforça a sua ligação histórica a Angola, onde atua há 27 anos através da Angonabeiro, tendo já apoiado mais de 40 mil famílias produtoras e levando o café angolano a mais de 40 países.

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A Delta The Coffee House Experience acaba de lançar Amboim – “O café coragem das mulheres de Angola”, uma edição exclusiva que presta tributo ao café produzido por um grupo de doze mulheres empreendedoras da província de Cuanza Sul, em Angola.


Esta nova referência integra a iniciativa Impossible Coffees e resulta de uma parceria entre a Delta Cafés, a Associação das Mulheres Empreendedoras de Porto Amboim e o Instituto Nacional de Café de Angola (INCA). O objetivo é capacitar estas produtoras para garantir a continuidade da produção cafeeira na região, num contexto de desafios económicos e sociais. Parte das vendas do café – 20% – será revertida para fomentar o cultivo da variedade robusta Amboim, reforçando o compromisso da Delta com o desenvolvimento sustentável da fileira do café em Angola.

Para Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, esta edição limitada é mais do que um café: “Este novo lote é a prova de que, quando sonhamos e acreditamos, o impossível pode tornar-se possível. É com este espírito que continuamos, todos os dias, a apoiar o crescimento e o sucesso de pequenos produtores e, ao mesmo tempo, proporcionar aos nossos consumidores a oportunidade de desfrutar de cafés únicos, raros e de qualidade excecional”.

“O Café coragem das mulheres de Angola assume especial importância, particularmente, por ser lançado no mês da mulher, e é mais do que um café. É um símbolo do compromisso e um tributo a quem, todos os dias, trabalha para que o café continue a ser um pilar do desenvolvimento económico e social do seu país e da sua comunidade”, acrescenta.

O projeto Impossible Coffees já incluiu cafés raros, provenientes de micro produções de regiões como os Açores e São Tomé e Príncipe. Agora, com o café Amboim, a Delta reforça a sua ligação histórica a Angola, onde atua há 27 anos através da Angonabeiro, tendo já apoiado mais de 40 mil famílias produtoras e levando o café angolano a mais de 40 países.

O café Amboim está disponível exclusivamente nas Delta The Coffee House Experience e na loja online.

 

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ESG

Taxa de Reciclagem de Embalagens de Vidro nos The Editory Collection Hotels atinge os 80% com projeto Projeto-piloto da AIVE

Com um ano de implementação nos The Editory Collection Hotels, a iniciativa permitiu que a cadeia hoteleira atingisse uma taxa média de reciclagem de embalagens de vidro de 80% nas suas 9 unidades.

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tagsAIVE

A AIVE (Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem) acaba de revelar os resultados finais do seu projeto piloto A Tip For Nature. Com um ano de implementação nos The Editory Collection Hotels, a iniciativa permitiu que a cadeia hoteleira atingisse uma taxa média de reciclagem de embalagens de vidro de 80% nas suas 9 unidades. O projeto foi financiado pela FEVE (European Container Glass Federation) e contou com o apoio institucional da Plataforma Vidro+ e da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal).

A iniciativa demonstrou que é possível promover mudanças de comportamento no canal HORECA, onde existe maior potencial de aumentar os níveis de recolha de embalagens de vidro usadas, através de ações de comunicação digital interna e externa, bem como formação.

O impacto da campanha resultou no aumento significativo de 12% na taxa média de reciclagem de embalagens de vidro na cadeia de hóteis, comparativamente a 2023, atingindo os 80% no final da campanha.

A liderar o pódio está o The Editory by Sea Tróia/Aqualuz Tróia Mar & Rio by The Editory com uns surpreendentes 89%, vencedor do projeto que irá receber uma estrela adicional em vidro, seguido doThe Editory Boulevard Aliados com 88% e o Aqualuz Lagos by The Editory também com 88%.

Todos os hóteis do grupo atingiram taxas de reciclagem acima dos 70%, reciclando mais de 17 toneladas de embalagens de vidro, o que representa um aumento total de 30% quando comparado com 2023.

Paralelamente, também os hábitos e conhecimentos sobre as vantagens da reciclagem das embalagens de vidro melhoraram. O número de colaboradores que sabe que o vidro é infinitamente reciclável aumentou de 50%, em 2023, para 60% em 2024,  demonstrando um maior entendimento sobre as vantagens ambientais da reciclagem destas embalagens. Por outro lado, o número de colaboradores que afirma reciclar sempre as embalagens de vidro usadas aumentou de 61% para 79%, o que sugere uma adesão crescente às práticas ambientais recomendadas.Já os equívocos sobre as regras de separação para reciclagem, diminuíram de 41% para 25%.

Em relação à perceção sobre o projeto, 97% dos inquiridos consideraram-no muito útil, o que demonstra uma recetividade extremamente positiva à iniciativa.

Estas conclusões revelam que a campanha digital interna e externa promovida pela AIVE, não só conseguiu sensibilizar os funcionários para a importância da reciclagem de vidro, como também fomentou mudanças reais de comportamento, ajudando os The Editory Collection Hotels a dar um passo importante na sustentabilidade ambiental.

O objetivo é que o projeto possa ser replicado e escalado a todos os estabelecimentos do canal HORECA, aumentando a consciencialização sobre os benefícios e as vantagens da correta separação de embalagens de vidro depois de usadas.

“O projeto A Tip for Nature comprovou que o canal HORECA tem um enorme potencial para aumentar os níveis de recolha de embalagens de vidro usadas, em Portugal. Atingir um crescimento de 12% na taxa média de reciclagem, neste grupo hoteleiro, em apenas um ano é um resultado  expressivo que comprova  a eficácia deste tipo de campanhas para os estabelecimentos HORECA”, afirma Tiago Moreira da Silva, presidente da AIVE.

Miguel Evangelista, Diretor Geral de Operações da The Editory Collection Hotels, reforça: “Estamos muito orgulhosos por ter contribuído para o sucesso do projeto. A adesão dos nossos colaboradores foi extraordinária e mostra que com dedicação e formação, é possível adotar práticas mais sustentáveis. Esperamos que a nossa experiência inspire outros a fazerem o mesmo.”

O projeto reafirma o compromisso da AIVE, dos seus associados e parceiros com a economia circular, na promoção do aumento da taxa de reciclagem das embalagens de vidro e contribuindo para um futuro mais sustentável.

A AIVE representa um setor com um peso importante na economia portuguesa: 3 empresas (BA Glass, Vidrala e Verallia Portugal), 6 unidades fabris (Avintes, Figueira da Foz, Marinha Grande e Venda Nova), cerca de 3.500 trabalhadores e mais de 50% da produção  vendida diretamente para mercados externos. Anualmente, saem dos fornos de fusão de vidro, em Portugal, mais de 6 mil milhões de embalagens para a indústria alimentar.

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Fotografia de aquivo
Logística

Tendências e inovação em destaque na Empack e Logistics & Automation Porto

A 9.ª edição da Empack e Logistics & Automation Porto regressa à Exponor, em Matosinhos, nos dias 9 e 10 de abril de 2025, reunindo mais de 70 players nacionais e internacionais da fileira da embalagem, intralogística, logística e transporte. 

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Com um espaço expositivo ampliado, a Empack e Logistics & Automation Porto 2025 aposta na diversificação da oferta e na criação de oportunidades de negócio. A edição anterior contou com mais de 3.000 decisores e profissionais do setor, incluindo CEOs, diretores de logística e gestores de embalagem. Este ano, o evento procura consolidar a sua relevância no ecossistema industrial, proporcionando um palco privilegiado para novas parcerias e negócios estratégicos.

Entre as empresas já confirmadas estão Auchan Retail, CTT, Bosch, Torsa, Euskopack, TGW, Rajá, FDI Quality, Ribawood, Anflor, Store & Go, NC Solutions, Panelchock, Signode, Craemer e Forankra, entre outras.

Programação dinâmica e foco na inovação

Além da exposição, a feira contará com um programa de debates e conferências, reunindo cerca de 30 especialistas para abordar tendências emergentes e desafios do setor. Em destaque estará a logística na indústria têxtil do futuro, em colaboração com a APLOG – Associação Portuguesa de Logística, bem como outros painéis focados na sustentabilidade, automação e transformação digital.

As duas salas para estas conferências serão patrocinadas pela DHL e Panattoni.

Para aproximar os visitantes das soluções mais inovadoras do mercado, a organização introduziu os Innovation Tours, visitas guiadas que permitirão um contacto direto com as principais inovações dos expositores.

Andrea Iorio é keynote speaker

Reconhecido internacionalmente pela sua abordagem à transformação digital, inteligência artificial, inovação e empreendedorismo, Andrea Iorio irá intervir a 9 de abril, explorando o tema “Inteligência Híbrida: as novas competências profissionais na era da Inteligência Artificial”.

Com uma carreira consolidada em empresas tecnológicas e multinacionais – incluindo funções como Head do Tinder na América Latina e Chief Digital Officer da L’Oréal Brasil –, Andrea Iorio é hoje professor de MBA, colunista na MIT Technology Review Brasil e host do podcast “Vem A.I.”, da NVIDIA Brasil.

Na sua intervenção, Andrea Iorio destacará a necessidade de um novo perfil profissional na Era Digital, capaz de desenvolver competências que complementem a tecnologia. Para o especialista, características como pensamento crítico e capacidade de questionamento serão determinantes para que os profissionais consigam impulsionar negócios num mundo cada vez mais digitalizado. A apresentação irá explorar os fundamentos da “Inteligência Híbrida”, trazendo exemplos concretos de estratégias e ações que podem ser implementadas para alinhar o capital humano com os avanços da inteligência artificial.

 

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