I&D

Transformação digital no retalho: o papel da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem vindo a transformar o setor do retalho de forma acelerada, destacando-se como uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência, personalizar experiências de cliente e promover práticas mais sustentáveis. Desde a gestão de cadeias de abastecimento até à descarbonização, a aplicação de IA impacta todas as áreas do setor.

Ana Rita Almeida
I&D

Transformação digital no retalho: o papel da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem vindo a transformar o setor do retalho de forma acelerada, destacando-se como uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência, personalizar experiências de cliente e promover práticas mais sustentáveis. Desde a gestão de cadeias de abastecimento até à descarbonização, a aplicação de IA impacta todas as áreas do setor.

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Ana Rita Almeida
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Num cenário cada vez mais orientado pela inteligência artificial (IA) e pela análise de dados, as empresas enfrentam o desafio de tirar partido destas ferramentas de forma eficaz e estratégica. Segundo um estudo recente da McKinsey, 72% das organizações afirmaram ter adotado pelo menos uma tecnologia de IA, mas apenas 25% conseguiram alcançar um impacto significativo nos seus resultados. Adicionalmente, a Gartner prevê que, em 2025, 90% das estratégias empresariais incluirão dados e análises como ativos essenciais.
Para superar este desafio, a Stratesys aposta numa abordagem que combina inovação tecnológica e visão estratégica. De acordo com Beatriz Fernández Alonso, Customer Associate Director da Stratesys, “a inteligência artificial e a análise de dados não devem ser apenas ferramentas operacionais, mas sim motores de inovação e crescimento”.
A integração eficaz da IA e da análise de dados não se limita a uma escolha entre uma abordagem tecnológica ou empresarial, mas requer a fusão de ambas. Este equilíbrio permite criar soluções que maximizam o valor estratégico e asseguram a viabilidade técnica a longo prazo.

A IA como motor de transformação
A inteligência artificial (IA) está a consolidar-se como a tecnologia dominante da próxima década, transformando profundamente a forma como vivemos e trabalhamos. O impacto é global. De acordo com o Bosch Tech Compass deste ano, que envolveu mais de 11.000 inquiridos em países como Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos, as competências em IA são consideradas essenciais, tanto a nível profissional como pessoal.
Nos últimos quatro anos, verificou-se um aumento expressivo na perceção da importância da IA: a percentagem de pessoas que acreditam que esta tecnologia será determinante na próxima década subiu de 40% para 67%. Na Alemanha, o otimismo em relação ao potencial da IA é ainda mais acentuado, com 72% dos inquiridos a reconhecerem o impacto desta tecnologia, face a 42% registados há apenas dois anos. Noutros países como França (70%), China (69%) e Estados Unidos (68%), os resultados são igualmente elevados.
A crescente relevância da IA está a impulsionar uma maior procura por competências específicas. Segundo o estudo, 71% dos inquiridos acreditam que as competências em IA serão “importantes” ou “muito importantes” no futuro. Na China, 91% das pessoas partilham esta visão, seguidas pela Índia (89%), enquanto nos países ocidentais as percentagens variam entre 56% e 64%.
No contexto profissional, mais de metade das pessoas a nível global já utilizam IA no trabalho, embora este número seja substancialmente mais baixo na Alemanha (45%), em contraste com a China e a Índia (69%). Contudo, a formação em IA ainda é limitada: apenas 25% dos inquiridos afirmaram já ter recebido algum tipo de formação nesta área. Na Índia (57%) e na China (38%), os números são mais elevados, mas em países como Brasil (14%) e França (15%), a percentagem é consideravelmente baixa.
Embora 43% dos inquiridos acreditem que a IA terá um impacto positivo na sociedade, a perceção varia consoante a região. A China lidera o otimismo com 66% dos inquiridos a expressarem uma visão positiva, seguida pelo Reino Unido (53%) e pelos Estados Unidos (41%). No entanto, há preocupações em relação à segurança do emprego. Globalmente, 49% dos inquiridos consideram-se em risco devido à IA, enquanto 51% acreditam que o seu trabalho não será afetado. Estes dados refletem uma divisão significativa sobre o impacto da tecnologia no mercado de trabalho.

Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal

“No Burger King olhamos sempre para o futuro”
No setor do retalho, a inteligência artificial (IA) tem-se afirmado como uma ferramenta crucial para personalizar a experiência do cliente e promover práticas mais sustentáveis. O Burger King é um exemplo de como a IA está a ser integrada para melhorar operações e fortalecer a relação com os consumidores, mantendo sempre a essência da marca.
De acordo com Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal, a marca tem vindo a apostar na tecnologia como parte da sua estratégia de evolução e crescimento. “No Burger King olhamos sempre para o futuro para continuar a crescer e a evoluir, o que inevitavelmente passa por estudar as possibilidades oferecidas pela IA. Implementamos continuamente melhorias e atualizações tanto a nível operacional como na forma como nos relacionamos com clientes, tendo sempre como objetivo oferecer-lhes o melhor serviço e a melhor experiência”, afirma em declarações ao Hipersuper.
A empresa tem investido em ferramentas como a app e as redes sociais, que se tornaram canais fundamentais para compreender o perfil dos clientes e oferecer experiências personalizadas. Estas plataformas, suportadas por tecnologias inteligentes, permitem à marca adaptar os seus serviços às necessidades dos consumidores, criando um modelo de comunicação mais próximo e eficaz.
No que respeita à sustentabilidade, o Burger King já utiliza tecnologias baseadas em IA para evitar o desperdício de produtos. “Trabalhamos com tecnologia para evitar o desperdício de produtos, seja através de sistemas de inventários inteligentes, análise de desperdício de alimentos ou tecnologias de conservação de alimentos”, destaca Inês Arnal Bergera.
Apesar da aposta na inovação tecnológica, a diretora de marketing sublinha que o Burger King mantém os seus valores fundamentais. “Apesar de a inovação estar sempre presente, o Burger King respeita a sua essência, as suas origens. Há 70 anos que é uma marca empática, diversificada, generosa… isto significa que transmite uma personalidade honesta e confiante que acolhe sempre seja quem for, pelo que o fator humano continua a ser um dos maiores ativos da marca e uma das melhores formas de partilhar os seus valores.”.

O impacto na logística
Nos últimos anos, o setor da logística tem registado transformações profundas, impulsionadas pela crescente exigência de eficiência e agilidade. Tecnologias como a inteligência artificial (IA) e a automação estão a redefinir a forma como as cadeias de abastecimento são geridas, criando operações mais inteligentes, sustentáveis e eficazes.
De acordo com a HAVI, empresa global especializada em soluções inovadoras de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, uma das grandes tendências que vão marcar este setor em 2025 será levar a IA e a automação a novos patamares.
A IA tem desempenhado um papel transformador, sobretudo através do planeamento autónomo, uma funcionalidade que permite ajustar estratégias em tempo real com base em múltiplas variáveis, como a procura e as condições de mercado. Estas capacidades possibilitam tomadas de decisão rápidas e informadas, reduzindo os tempos de resposta e melhorando a eficiência.
Outra área onde a IA está a demonstrar impacto significativo é na otimização dinâmica de rotas, uma solução que contribui para a redução de custos operacionais, ao mesmo tempo que minimiza o consumo de recursos. Além disso, a gestão de stocks e o planeamento de compras têm sido alavancados por sistemas de IA, que garantem maior precisão e ajudam a evitar desperdícios, ao preverem com maior rigor as necessidades futuras.
Por outro lado, a automação complementa a IA ao eliminar tarefas repetitivas, reduzir o erro humano e aumentar a produtividade. Este conjunto de ferramentas não só melhora os níveis de serviço, como também torna as operações mais sustentáveis, um aspeto cada vez mais relevante para o setor.

Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT

Otimizar a logística e reforçar a experiência do cliente
Os CTT – Correios de Portugal têm apostado na integração de inteligência artificial (IA) nos seus processos logísticos e operacionais, procurando otimizar rotas, prever tendências no comércio eletrónico e personalizar a experiência do cliente. A tecnologia surge como um aliado fundamental para enfrentar os desafios de um setor em rápida transformação, mas sempre em equilíbrio com o papel das equipas humanas.
Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT, explica que “a inteligência artificial permite a otimização de rotas e planos de distribuição ao analisar grandes volumes de dados em tempo real, incluindo variáveis como tráfego e condições meteorológicas. Esta tecnologia não só torna os processos mais eficientes, como também contribui para a sustentabilidade, ao planear rotas ecológicas e otimizar a utilização de veículos elétricos.”
Os CTT têm vindo a implementar modelos de machine learning que organizam rotas de forma quase instantânea (near real time), considerando fatores como o volume e a tipologia de encomendas, janelas de entrega, utilização de lockers e até a densidade urbana. Paulo Alexandre Silva acrescenta que, no futuro, a IA poderá ainda incorporar variáveis como riscos de não entrega e pontos de entrega alternativos, reforçando a fiabilidade da rede logística.
O responsável afirma que a tecnologia também desempenha um papel importante na prevenção de falhas e manutenção. Protótipos de sensorização nos veículos e equipamentos de sorting, associados a algoritmos de IA, permitem prever problemas antes que ocorram, reduzindo interrupções operacionais e aumentando a eficiência da cadeia logística.
Outro exemplo, diz Paulo Alexandre Silva, é o uso de IA para prever picos de encomendas, antecipando a procura com base em dados históricos e ajustando os recursos necessários para garantir uma gestão adequada de sorting e entregas na last mile.

Comércio eletrónico e entregas rápidas
Com o crescimento do comércio eletrónico e a necessidade de entregas rápidas, os CTT têm vindo a adaptar os seus serviços às novas exigências do mercado. Paulo Alexandre Silva refere que “a IA é essencial para antecipar tendências e personalizar serviços, garantindo que respondemos de forma ágil às necessidades dos consumidores.”
Entre as iniciativas desenvolvidas, destaca-se o serviço CTT Now, que garante entregas em duas horas em Lisboa e Porto, ou no próprio dia noutras localidades de Portugal Continental. O diretor explica ainda que a plataforma Collectt centraliza todos os pontos de entrega e recolha na Península Ibérica, incluindo lojas, agentes Payshop e mais de 1.000 cacifos Locky, que são uma alternativa conveniente e sustentável para os consumidores.
No atendimento ao cliente, Paulo Alexandre Silva afirma que os chatbots, como a assistente virtual Helena, proporcionam respostas rápidas às solicitações dos clientes, otimizando o atendimento sem comprometer a qualidade do serviço.

Um equilíbrio essencial
Apesar do foco crescente na automação, Paulo Alexandre Silva garante que os CTT reconhecem a importância de manter o papel central das equipas humanas na garantia da qualidade do serviço e no atendimento ao cliente. “O objetivo é que a automação funcione como uma ferramenta de apoio, complementando as capacidades humanas, e não como uma substituição”, conclui.
Nos Centros de Produção, tecnologias como IA e robótica processam cartas e encomendas com eficiência, mas os operadores continuam a ser indispensáveis para lidar com exceções, encomendas de formatos irregulares e garantir a qualidade dos processos.
Além disso, os dispositivos móveis utilizados pelos distribuidores fornecem informações em tempo real sobre rotas e notificações de clientes, reduzindo erros e melhorando a experiência dos utilizadores. Para garantir uma transição equilibrada, Paulo Alexandre Silva explica que os CTT promovem programas de formação contínua para as suas equipas operacionais e técnicas, preparando-as para o crescimento da automação e capacitando-as para enfrentar novos desafios.
“O equilíbrio entre automação e equipas humanas não é uma escolha binária, mas uma sinergia necessária”, afirma Paulo Alexandre Silva. Os carteiros e colaboradores das lojas continuam a ser o rosto do serviço, assegurando o contacto humano em situações complexas que a tecnologia ainda não consegue resolver.
A visão dos CTT passa por criar uma experiência multicanal integrada, onde o cliente pode iniciar o processo de envio numa aplicação ou computador e concluir a entrega num locker, com várias opções de pagamento disponíveis. Paulo Alexandre Silva explica que a combinação entre automação, IA e o papel humano é central para alcançar este objetivo, permitindo reduzir os tempos de entrega, aumentar a visibilidade da cadeia logística e garantir um serviço eficiente e de alta qualidade.
“Nos CTT, o cliente tem sempre a escolha final. Estamos a desenvolver alternativas sustentáveis, como o self-service nas lojas, chatbots mais inteligentes e soluções robotizadas no sorting, para criar um serviço que combine eficiência, conveniência e sustentabilidade”, conclui Paulo Alexandre Silva.


O impacto na segurança

A inteligência artificial (IA) continua a progredir de forma acelerada, consolidando-se como uma das principais tendências tecnológicas que vão moldar o setor da segurança nos próximos anos. Segundo a Axis Communications, as novas aplicações de IA generativa (GenAI) começam a amadurecer rapidamente, criando novas possibilidades, mas também desafios éticos, legais e de negócios.
A conclusão é clara: a IA generativa apresenta um potencial significativo no setor da segurança. Por exemplo, pode facilitar a interação dos operadores com soluções de segurança através de linguagem natural, simplificando e acelerando processos. Já as capacidades analíticas baseadas em deep learning prometem elevar o reconhecimento de objetos para um novo nível, permitindo que estas análises sejam realizadas diretamente nas câmaras de vigilância.
Apesar destes avanços, os modelos de IA generativa ainda apresentam limitações práticas, pelo menos a curto prazo, indica ainda a Axis Communications. A execução destes modelos requer uma capacidade elevada de computação e processamento, levantando questões sobre como equilibrar o custo da IA – nomeadamente o investimento financeiro, o consumo energético e o impacto ambiental – com o seu valor efetivo.

O impacto nos pagamentos digitais
O crescimento dos pagamentos digitais a nível global está a transformar o mercado, impulsionado pela adoção de tecnologias que tornam as transações mais rápidas, seguras e adaptadas às preferências dos consumidores. Olhando para 2025, o ecossistema de pagamentos apresenta-se mais digital e flexível, integrando inovações tecnológicas que estão a estabelecer novos padrões de usabilidade e proteção.
“A globalização tem impulsionado a simplificação e rapidez dos pagamentos internacionais. Da mesma forma, novas ferramentas como a inteligência artificial e biometria, que estabelecem novos padrões de segurança e usabilidade, contribuem para um ecossistema de pagamentos mais robusto e eficiente. Paralelamente, novas opções de meios de pagamento, como os pagamentos conta-a-conta (A2A), têm tido cada vez mais relevância, destacando a importância de assegurar níveis de proteção semelhantes aos já existentes”, afirma Rita Mendes Coelho, country manager da Visa em Portugal, em comunicado.

Prevenção de fraudes
Entre as tendências que vão marcar o futuro dos pagamentos, destaca-se a utilização da inteligência artificial (IA) na personalização de experiências de pagamento e na prevenção de fraudes. Com recurso a algoritmos de deep learning, a IA será capaz de analisar padrões de transações em tempo real, identificando potenciais riscos antes que se tornem um problema.
A Visa tem investido significativamente na implementação de soluções baseadas em IA no setor de pagamentos ao longo das últimas três décadas. Nos últimos dez anos, a empresa destinou 3,3 mil milhões de dólares à sua infraestrutura de IA e dados, com o objetivo de reforçar a segurança e eficiência das transações. Em 2023, a Visa introduziu o Visa Protect, uma solução de segurança baseada em IA que já demonstrou impacto na redução de fraudes em diversos tipos de transações, tanto dentro como fora da sua rede.
Também a Mastercard, aposta em inteligência artificial e tokenização para revolucionar pagamentos. De acordo com a empresa, os avanços tecnológicos estão a transformar os comportamentos de consumo, elevando os padrões de simplicidade e segurança. Por exemplo, a empresa prevê que, até 2030, os consumidores não precisarão de introduzir números de cartão, palavras-passe ou códigos únicos para realizar transações online. A combinação da tokenização com a autenticação biométrica e a carteira digital click to pay promete tornar o processo de checkout online tão simples quanto pagar numa loja física.
“A tecnologia está a refinar-se rapidamente, gerando novos casos de uso e até novos modelos de negócio. À medida que estas inovações se consolidam, assistimos a uma integração cada vez maior de mais pessoas e empresas na economia digital”, refere a Mastercard.
As pequenas empresas desempenham também um papel crucial na transformação dos pagamentos digitais. Durante a pandemia, muitas conseguiram prosperar graças à rápida adoção de pagamentos eletrónicos e do comércio digital. No entanto, a presença online é apenas o início.

Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis

Ética e personalização
A inteligência artificial (IA) está também a transformar o setor financeiro, trazendo benefícios significativos na personalização de serviços, automatização de processos e aumento da segurança. Na Cofidis, esta tecnologia é vista como um aliada para melhorar operações e reforçar a relação com os clientes, mantendo sempre uma abordagem ética e humana.
De acordo com Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis, “a inovação e a tecnologia só fazem sentido quando estão ao serviço das pessoas”. “A IA ajuda-nos a melhorar os nossos processos e a garantir decisões mais seguras e rápidas, mas sempre mantendo a proximidade e a atenção que cada cliente merece”, garante.
Embora a Cofidis ainda não aplique IA diretamente na análise de risco, recorre a modelos estatísticos que garantem explicabilidade e transparência nas decisões. Segundo Cláudio Pimentel, “estes modelos têm-se mostrado eficazes na avaliação de risco e na prevenção de endividamento excessivo, respeitando também as exigências da regulamentação europeia, como o IA ACT, que nos obriga a ser cuidadosos na análise dos aspetos éticos relacionados com a concessão de crédito”.
Por outro lado, a IA é utilizada noutras áreas do processo, como o reconhecimento ótico de caracteres (OCR), que acelera a análise de documentos submetidos pelos clientes, e na prevenção de fraudes digitais, um problema crescente em Portugal. Além disso, a tecnologia permite identificar o momento ideal para propor soluções de crédito personalizadas, garantindo que estas respondem de forma eficaz às necessidades de cada cliente, sempre com respeito pela privacidade e condições individuais.
A automatização é uma das áreas onde a IA tem trazido benefícios tangíveis. Ferramentas como o OCR reduzem erros manuais e aceleram o tempo de resposta aos clientes, permitindo uma validação mais rápida da informação e a apresentação de propostas de crédito ajustadas. Apesar do uso de IA, a Cofidis mantém o fator humano como elemento central. “Se surgirem dúvidas ou for necessária uma análise mais aprofundada, a nossa equipa de especialistas intervém pessoalmente, garantindo a atenção e o cuidado que nos caraterizam”, explica Cláudio Pimentel.
No atendimento ao cliente, a empresa está a trabalhar na utilização de IA para apoiar os colaboradores, por exemplo, através da transcrição e análise de chamadas. Este tipo de tecnologia permite identificar dúvidas ou intenções dos clientes e melhorar a qualidade do atendimento, mantendo os elevados níveis de serviço da Cofidis.
“Embora atualmente não utilizemos IA generativa para atendimento direto, estamos a explorar formas de colocar a tecnologia ao serviço dos nossos colaboradores, otimizando processos e garantindo que continuamos a oferecer um serviço empático e de qualidade”, sublinha Cláudio Pimentel.
A integração da inteligência artificial no setor financeiro enfrenta vários desafios, particularmente no que toca à ética, transparência e confiança no relacionamento com os clientes. Para a Cofidis, garantir uma abordagem centrada nas pessoas é fundamental. “A tecnologia pode otimizar processos, tornando-os mais simples e seguros, mas nunca pode perder de vista o impacto que tem nas pessoas”, destaca Cláudio Pimentel ao nosso jornal. Entre os principais desafios, o responsável apontou a necessidade de dados fiáveis e consistentes para alimentar as soluções de IA, a transparência na recolha e uso dos dados dos clientes, e a mitigação de potenciais vieses nos modelos, de forma a garantir decisões justas e inclusivas.
Além disso, o cumprimento de regulamentações como o RGPD e o futuro IA ACT é uma prioridade, assegurando que todas as soluções tecnológicas são sólidas, éticas e sustentáveis. “Dispomos de uma governação forte e de uma estratégia de IA bem definida, que nos permite respeitar os princípios éticos, a privacidade dos nossos clientes e a necessidade de mitigar vieses”, afirma.
Apesar dos desafios, a Cofidis vê um futuro promissor com a aplicação responsável da inteligência artificial. “Acreditamos que, com uma aplicação responsável e centrada nas pessoas, a IA trará benefícios não só para o setor financeiro, mas sobretudo para os nossos clientes, parceiros e colaboradores, criando soluções mais personalizadas e acessíveis”, conclui Cláudio Pimentel.

Este artigo foi publicado na edição 430

Sobre o autorAna Rita Almeida

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Empresa desenvolve projeto de biometano a partir de subprodutos agroindustriais

A Capwatt está a desenvolver o primeiro projeto de produção de biometano em Portugal, que vai valorizar subprodutos da fileira do azeite.

Com um investimento total aproximado de 20 milhões de euros, a unidade da Capwatt vai valorizar 160 mil m3 de subprodutos da fileira do azeite por ano e possibilitar a geração de 57 GWh/ano de gás natural de origem renovável, informa a empresa. O primeiro projeto em Portugal de produção de biometano a partir de subprodutos agroindustriais “contribui para descarbonização do setor energético e promove a economia circular”, acrescenta.

O empresarial multinacional de referência em soluções energéticas sustentáveis, está a construir o projeto pioneiro de produção de biometano em Aljustrel. A unidade vai permitir que os subprodutos da AZPO – Azeites de Portugal sejam sujeitos a um processo de valorização energética, minimizando o seu impacto ambiental. O projeto gerará um ganho ambiental positivo ao contribuir para os objetivos climáticos europeus, estimando-se uma redução de 23 mil toneladas de emissões de CO₂ equivalente por ano.

A nova unidade “vai também fomentar o desenvolvimento local com a criação de novos postos de trabalho diretos e indiretos na região de Aljustrel” e prevê impulsionar parcerias com agricultores e indústrias locais, “que contribuirão para um ecossistema sustentável e reforçarão o impacto positivo da iniciativa não só a nível ambiental, mas também social e económico”.

Cristiano Amaro, head of Biomethane da Capwatt, destaca a importância do projeto, referindo que o biometano “pode substituir o gás natural na indústria e nos transportes, tirando partido das infraestruturas existentes”. “Além disso, permite uma gestão sustentável de resíduos orgânicos, contribuindo para uma economia mais limpa e eficiente”, acrescenta.

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Logística

DHL Group cria parceria com ONU para melhorar a logística humanitária

O DHL Group e a Organização Internacional para as Migrações assinaram um acordo de parceria global para aprimorar a logística humanitária e os projetos de assistência.

A colaboração entre o DHL Group e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) abrange iniciativas em várias regiões, com projetos no Quénia, Líbano, Sudão e Turquia, bem como programas de capacitação planeados para a Grécia e o Panamá.

O novo acordo estabelece uma estrutura legal formal para a colaboração, minimizando potenciais entraves e permitindo uma coordenação eficaz em diversos projetos, informa a DHL  num comunicado, onde acrescent que  o seu programa GoHelp “expande os esforços de preparação e resposta a catástrofes, otimizando a entrega de ajuda e a resiliência das comunidades”.

“Esta parceria fortalece o nosso compromisso com a logística humanitária, aperfeiçoando a nossa capacidade de coordenar e gerir respostas, garantindo que a ajuda crucial chega a quem precisa,” afirmou Mayyada Ansari, global head of GoHelp – Disaster Preparedness & Response.

“A nossa parceria com a DHL exemplifica a nossa dedicação partilhada em apoiar aqueles que mais necessitam em tempos de crise,” declarou Catalina Devandas, IOM director general representative and senior director for Partnerships, Advocacy, and Communications.

Um exemplo desta colaboração ocorreu em 2024, quando as inundações no Quénia deslocaram milhares de pessoas e comprometeram o acesso à água potável. O DHL GoHelp garantiu que 1000 filtros de água, essenciais para fornecer água potável, doados pelos EUA chegassem ao Quénia. O DHL GoHelp coordenou o projeto, enquanto a sua equipa de resposta a desastres no Quénia auxiliou na montagem e distribuição dos kits de filtros às comunidades afetadas.

 

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Bebidas

Pedro Pereira Gonçalves eleito vice-presidente da Federação Europeia das Empresas de Vinho

Membro da Direção da ACIBEV em representação da WineStone, empresa da qual é CEO, Pedro Pereira Gonçalves foi eleito vice-presidente do Board, para um mandato de três anos, da maior e mais representativa associação do Setor do Vinho na União Europeia.

O português Pedro Pereira Gonçalves – membro da Direção da Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal (ACIBEV) e presidente-executivo da WineStone, plataforma de negócios do Grupo José de Mello para o Setor do Vinho – foi eleito vice-presidente do Conselho de Administração (Board of Administrators) da organização que funciona como “a voz das empresas europeias do Setor do Vinho”. A eleição aconteceu no passado dia 20 de março, em Bruxelas, na Assembleia-Geral eletiva do CEEV – Comité Européen des Entreprises Vins (www.ceev.eu), na qual foram escolhidos os órgãos sociais daquela Federação Europeia, para o próximo triénio.

Com a missão de liderar e de coordenar o diálogo do setor do vinho na Europa e entre a Europa e os mercados extracomunitários, e de defender os interesses comuns das empresas vitivinícolas ao nível europeu junto de um conjunto alargado de interlocutores, o recém-eleito Conselho de Administração será presidido pela italiana Marzia Varvaglione e integra personalidades de referência no mundo do vinho como o francês Michel Chapoutier e o espanhol Pedro Ferrer.

Ana Isabel Alves, diretora executiva da ACIBEV, foi eleita coordenadora do Grupo de Trabalho Fiscalidade.

Para Pedro Pereira Gonçalves, “esta eleição é uma oportunidade para continuarmos a afirmar o setor do vinho português no coração da Europa, como vinha fazendo o meu antecessor, George Sandeman, a quem deixo uma palavra de admiração e agradecimento pela dedicação que teve no desempenho destas funções e pelo prestígio que emprestou ao cargo. Enfrentamos momentos muito desafiantes e complexos no contexto da produção e do comércio internacionais e esta posição que agora assumo em representação do setor permite levar as nossas preocupações, mas também as nossas soluções e visão, à Federação Europeia que dialoga e interage com os decisores europeus e com as instituições que definem políticas públicas. É com muito orgulho do setor que represento e com um grande sentido de responsabilidade e de missão que assumo este mandato, através do qual procurarei sempre e em todas as circunstâncias defender e promover o vinho português e as nossas empresas ao nível europeu e internacional”.

“A eleição de Pedro Pereira Gonçalves como Vice-Presidente do CEEV reforça a importância do associativismo e assegura também a posição do setor do vinho português no contexto da União Europeia, na senda do bom mandato de George Sandeman, que agora cessa, a quem a ACIBEV nesta ocasião manifesta público agradecimento. Desejo, em nome de toda a Direção, o maior sucesso para o mandato que agora se inicia e reitero o nosso apoio total ao trabalho que agora começa, que é muito e que é fundamental para o sucesso e vitalidade do nosso setor”, sublinha Jorge Monteiro, presidente da Direção da ACIBEV.

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Retalho

Kiabi cria aplicação que melhora a experiência de compra

Em 2025, a omnicanalidade é um dos pilares fundamentais da estratégia da marca francesa de moda.

A nova app mobile pretende proporcionar uma experiência de compra mais ágil, personalizada e conectada. Segundo a Kiabi, a atualização “reafirma o seu compromisso com a inovação e a acessibilidade, facilitando uma integração ainda mais fluída entre o mundo físico e o digital para responder às necessidades em constante evolução dos consumidores”.

Em 2025, a omnicanalidade consolida-se como “um dos pilares fundamentais da estratégia” da marca francesa, com o objetivo de integrar as suas lojas físicas e plataformas digitais. “O lançamento da nova app representa um novo avanço na nossa aposta na omnicanalidade e na inovação digital. Com esta atualização, damos mais um passo na integração dos nossos canais, oferecendo aos clientes uma experiência de compra mais simples, personalizada e sem barreiras. O nosso objetivo é conectar de forma inteligente o mundo físico e digital, antecipando-nos às suas necessidades e facilitando o seu dia a dia”, define Mirko Peloso, head of Marketing & Digital da Kiabi Espanha e Portugal.

Disponível gratuitamente para iOS e Android, a nova aplicação inclui uma série de melhorias como acesso ao leitor de código de barras na loja para informações mais detalhadas sobre produtos, preços e disponibilidade do produto, um assistente de tamanhos inteligente, visibilidade de stock em tempo real, experiência omnicanal melhorada, facilidade de criação de uma lista de favoritos e maior flexibilidade na compra e na reserva.

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Logística

Grupo Paulo Duarte premeia desempenho de motoristas

O Grupo Paulo Duarte acaba de lançar os prémios Best Driver Paulo Duarte, uma iniciativa anual que pretende reconhecer e premiar os motoristas pelo desempenho de excelência das suas funções.

Trata-se de mais uma iniciativa do Grupo, criada no âmbito do trabalho desenvolvido pelo departamento de ECO-Drive e Gestão de Eficiência, para reforçar o seu compromisso com a valorização das Pessoas, a segurança rodoviária, a sustentabilidade e a eficiência das operações.

“Esta iniciativa é mais uma oportunidade para reconhecermos os motoristas que conseguem manter um nível de desempenho elevado, e constante ao longo do ano, e em simultâneo para motivarmos outros a melhor a sua performance”, sublinha António Paulo Duarte, CEO do Grupo Paulo Duarte.

Atrair, motivar e fixar bons trabalhadores é fundamental, principalmente “no atual panorama do setor dos transportes, onde a escassez de mão de obra e a exigência por maior eficiência são desafios constantes”, acrescenta. “A consciencialização rodoviária e a formação contínua são pilares fundamentais para um setor mais seguro, eficiente e atrativo”, sublinha ainda.

A distinção dos motoristas é realizada com base numa avaliação conjunta de diferentes indicadores nomeadamente média anual de pontuação de performance e de consumo, registo de sinistros, infrações laborais, entre outros. O objetivo destes prémios passa não só por reconhecer os profissionais que se destacam pelo seu desempenho, mas, também, incentivar uma condução mais eficiente e segura, contribuindo para um setor mais profissionalizado e atrativo.

Além destes prémios anuais, o Grupo Paulo Duarte premeia mensalmente os motoristas pelo seu nível de desempenho, estratégia que visa reforçar a importância da melhoria contínua e da motivação dos seus motoristas

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ESG

Sociedade Ponto Verde reforça compromisso com a reciclagem de embalagens de vidro

A Sociedade Ponto Verde (SPV) reforça o seu apoio aos Sistemas Integrados de Gestão de Resíduos (SGRU), Municípios e Empresas Municipais através do Juntos a reciclar ++. Este ano, o programa disponibiliza 600.000€ para financiar ações que sensibilizem para a reciclagem de embalagens de vidro. 

Nesta edição, o investimento total aumenta para 600.000€, um reforço face aos 500.000€ de 2024. Além disso, há um novo funcionamento para as candidaturas, que decorrerão em duas fases distintas: a 1.ª fase, de 21 de março a 9 de maio, com 400.000€ disponíveis e a 2.ª fase, de 10 de maio a 30 de junho, com 200.000€ disponíveis.

A SPV sublinha ainda que, ao contrário das edições anteriores, a avaliação das candidaturas será feita no final de cada fase, no entanto a atribuição do financiamento continua a seguir a ordem de submissão. Caso o montante total da 1.ª fase seja esgotado, os projetos aprovados nesta fase serão integrados numa waiting list para a 2.ª fase.

A edição de 2025 reforça ainda mais a aposta no canal HORECA, refletindo essa prioridade nos critérios de avaliação que, este ano, valorizam projetos com impacto nos setores de Hotelaria, Restauração e Cafetaria, um dos principais canais de consumo de embalagens de vidro. Além disso, esta edição dará preferência a ações multimeios, que garantam maior alcance e eficácia na sensibilização.

Através do Juntos a reciclar ++, a SPV reafirma o seu compromisso no apoio aos SGRU, Municípios e Empresas Municipais para o desenvolvimento de iniciativas que promovam uma reciclagem de embalagens de vidro mais eficiente. Estas iniciativas procuram envolver ativamente os cidadãos e os diferentes agentes da cadeia de valor, reforçar a ligação da SPV aos seus parceiros e destacar a importância da colaboração para alcançar as metas de reciclagem de embalagens.

“A reciclagem de embalagens de vidro continua a ser uma das nossas grandes prioridades. Com este programa, queremos continuar a trabalhar de forma colaborativa com os nossos parceiros – SGRU, Câmaras e Empresas Municipais –, garantindo que as mensagens chegam de forma eficaz às comunidades locais. A aposta no canal HORECA e o reforço do financiamento são passos essenciais para acelerarmos a reciclagem de embalagens de vidro e atingirmos as metas ambiciosas que temos pela frente”, destaca a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais.

Atualmente, as embalagens são o único fluxo urbano em que as metas de reciclagem estão a ser cumpridas. No entanto, o vidro tem sido um material que apresenta algumas preocupações, dado o contexto atual do setor e os desafios associados ao cumprimento das metas de reciclagem estabelecidas. Para o efeito, a Sociedade Ponto Verde tem investido de forma contínua e estratégica para garantir que o vidro se mantenha no caminho certo, com o objetivo de alcançar a meta de 65% de reciclagem de embalagens colocadas no mercado até 2025 e 70% até 2030.

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Fujifilm reforça aposta em Portugal com inauguração de nova sede na cidade do Porto

A Fujifilm Portugal tem, desde o dia 13 de março, uma nova sede no Porto. Situada no edifício Icon Tower, o novo escritório é um espaço moderno de 1 700 […]

A Fujifilm Portugal tem, desde o dia 13 de março, uma nova sede no Porto. Situada no edifício Icon Tower, o novo escritório é um espaço moderno de 1 700 m², que representa um marco significativo para a empresa, reforçando a aposta no
mercado português, sublinha a empresa em comunicado.

Paralelamente, a Fujifilm continua a investir no Global Service Center, em Vila Nova de Gaia, uma infraestrutura de 3 000 m² que se destaca como um dos maiores centros de serviços da empresa na Europa, desempenhando um papel essencial na eficiência e qualidade dos serviços prestados.

“A inauguração da nova sede no Porto e o reforço das operações em Vila Nova de Gaia demonstram o compromisso da Fujifilm em Portugal. O nosso objetivo é continuar a investir em infraestruturas, tecnologia e talento para fortalecer a nossa
posição no mercado e oferecer serviços de excelência aos nossos clientes nacionais e internacionais”, afirma Pedro Mesquita, diretor-geral da Fujifilm Portugal.

Presente em diferentes setores de atividade, a Fujifilm Portugal continua a consolidar a sua estratégia de crescimento sustentável. Para o ano fiscal de 2024, que termina a 31 de março de 2025, projeta um volume de negócios de 54,5 milhões de euros: Healthcare com 29,1 milhões de euros; Imaging com 17,1 milhões de euros e Business Innovation com 8,3 milhões de euros. A meta para o ano fiscal de 2025 é de 63 milhões de euros, avança em comunicado.

O crescimento da empresa em Portugal reflete-se também no reforço da equipa, que conta atualmente com 162 colaboradores, representando um aumento de 13% nos últimos seis anos.

A Fujifilm reforça também o compromisso ambiental com esta mudança para um novo edifício, dotado de eficiência energética, alinhado com o compromisso da empresa na redução do impacto ambiental e na promoção do bem- estar dos colaboradores.

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Como escolher os melhores materiais para a sua obra ou renovação

Uma obra ou renovação pode ser um processo tranquilo ou um verdadeiro pesadelo, dependendo das escolhas que fizer e do orçamento que tiver disponível.

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Para garantir um orçamento de obra racional, adaptado às suas possibilidades económicas e sem comprometer a qualidade, é essencial ter atenção aos materiais de construção.

Além da mão de obra, os materiais representam uma das parcelas mais caras de qualquer orçamento de obras. A sua qualidade influencia diretamente a durabilidade e o acabamento do projeto, tornando a escolha destes produtos um passo crítico no processo de construção ou renovação.

Principais fatores a considerar ao escolher materiais para construção

Se já garantiu o seu crédito obras para financiar o seu projeto, deve agora analisar alguns fatores fundamentais na compra de materiais. Entre os mais importantes estão:

  1. Qualidade

Opte sempre por materiais certificados, com composições e revestimentos testados. A certificação é um selo de segurança e bom desempenho, garantindo que os produtos utilizados são duráveis e fiáveis.

  1. Durabilidade

Antes de escolher, questione-se:

  • Quanto tempo dura este material?
  • Como reage à humidade, calor ou chuva?
  • Qual o prazo de aplicação e manutenção necessária?

Estas respostas vão ajudá-lo a perceber a longevidade e resistência dos materiais ao longo do tempo.

  1. Propriedades físicas

Cada material tem características específicas que influenciam o seu desempenho. Algumas das mais relevantes são:

  • Resistência ao fogo
  • Capacidade térmica (isolamento contra o frio e calor)
  • Isolamento acústico
  • Segurança estrutural
  1. Estética

Se a obra envolver renovação, a estética dos materiais tem um papel fundamental. Avalie não só o acabamento final, mas também o impacto visual da sua escolha. Sempre que possível, veja exemplos reais antes de tomar uma decisão.

  1. Sustentabilidade

A sustentabilidade é uma tendência crescente na construção civil. Além de ajudar o ambiente, materiais ecológicos oferecem melhor desempenho térmico e reduzem o consumo energético da casa.

Privilegie materiais reutilizáveis ou compostos por produtos naturais, como:

  • Blocos de cânhamo
  • Placas de isolamento em cortiça
  • Ecobetão
  • Madeira certificada

Materiais sustentáveis: como tornar a sua obra mais ecológica

Optar por materiais ecológicos não só melhora a eficiência energética do seu projeto, como também reduz os impactos ambientais.

Opções de materiais sustentáveis

  • Blocos de cânhamo e placas de isolamento em cortiça: proporcionam isolamento térmico e acústico de alta eficiência, reduzindo a necessidade de aquecimento e ar condicionado.
  • Placas de poliestireno expandido (esferovite) e biogranito: oferecem excelente isolamento térmico e são fáceis de aplicar.
  • Bambu: alternativa resistente e renovável à madeira tradicional.
  • Ecobetão: versão sustentável do betão convencional, com menor pegada de carbono.

Além da redução de custos energéticos, materiais ecológicos podem diminuir o tempo de obra e tornar a construção mais eficiente.

Qualidade vs. custo: como encontrar o equilíbrio certo?

A qualidade dos materiais pode ter um custo mais elevado, mas será que vale a pena economizar em produtos de baixa qualidade e comprometer a segurança e durabilidade da obra?

Para conseguir o equilíbrio certo entre qualidade e custo, siga estas recomendações:

  1. Planeie bem o orçamento

Se precisar de financiamento, um crédito obras pode ajudá-lo a suportar os custos, permitindo-lhe escolher materiais mais duráveis e eficientes.

Esta solução de crédito foi criada para financiar obras de reabilitação e renovação de edifícios, oferecendo taxas de juro competitivas e prazos de reembolso ajustáveis às suas necessidades.

  1. Consulte especialistas

Peça ajuda a engenheiros, arquitetos ou empreiteiros para escolher os melhores materiais para cada necessidade. O conhecimento técnico pode evitar gastos desnecessários e garantir um melhor resultado final.

  1. Compare preços e fornecedores
  • Procure diferentes fornecedores e avalie a relação custo-benefício dos materiais.
  • Dê preferência a lojas com boa reputação e certificação de qualidade.
  • Para materiais como cimento e areia, considere comprar diretamente de bloqueiras e cimenteiras, reduzindo custos intermediários.

Conclusão

Escolher os melhores materiais para a sua obra ou renovação exige planeamento e conhecimento. A qualidade, durabilidade e sustentabilidade são aspetos essenciais a considerar, garantindo um investimento inteligente e um resultado final seguro e eficiente.

Se precisar de apoio financeiro, um crédito obras pode ser a solução ideal para assegurar um projeto bem executado, sem comprometer a sua estabilidade financeira.

 

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Fotografia Pipedrive
I&D

Pipedrive anuncia nova funcionalidade de criação de relatórios de vendas baseados em inteligência artificial

“A tomada de decisão baseada em dados é essencial para alcançar o sucesso no setor de vendas, mas diversos profissionais desperdiçam tempo a criar relatórios ao invés de transformarem dados em informações aplicáveis”, sublinha Viktoria Ruubel, CPO da Pipedrive.

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A Pipedrive anuncia uma nova funcionalidade de criação de relatórios baseada em inteligência artificial. Esta solução permite às equipas de vendas simplificar a gestão de informações baseadas em dados com um simples clique, explica a empresa. Graças à tecnologia de IA generativa da OpenAI, esta inovação permite que os utilizadores criem relatórios personalizados através das suas instruções, acrescenta em comunicado.

“A tomada de decisão baseada em dados é essencial para alcançar o sucesso no setor de vendas, mas diversos profissionais desperdiçam tempo a criar relatórios ao invés de transformarem dados em informações aplicáveis. Esta funcionalidade baseada em inteligência artificial permite que as equipas de vendas se concentrem no que é realmente importante: analisar tendências, identificar oportunidades e tomar decisões informadas em segundos, em vez de se perderem com configurações de relatórios complexos. As equipas de vendas que utilizam estas informações de forma eficaz atingem taxas de sucesso mais elevadas.”, aponta Viktoria Ruubel, CPO da Pipedrive.

Esta inovação surge na sequência da recente geração de CRM baseada em IA da Pipedrive e numa experiência de agentes.

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Retalho

Maior centro logístico do Lidl Portugal foi inaugurado em Loures

O novo centro logístico do Lidl Portugal reafirma “algo maior”, que representa o compromisso, propósito e visão para o futuro da insígnia de retalho no país, afirmou Hélder Rocha, CEO do Lidl Portugal, na cerimónia de inauguração.

O novo, e maior, centro logístico do Lidl no país foi inaugurado esta sexta-feira, 21 de março, em Loures e espelha “o investimento numa região da máxima importância para a nossa visão estratégica de crescimento futuro, aumentando a nossa capacidade logística, trazendo maior conforto e eficiência aos colaboradores que nele trabalham e melhorando o nosso serviço prestado à comunidade”, destacou Hélder Rocha, CEO do Lidl Portugal.

Mais de 115 milhões de euros em investimento, mais de 200 novos postos de trabalho na região de Loures, uma área de 54 mil m2 com capacidade para mais de 44 mil paletes e a possibilidade de abastecer até 100 lojas, são alguns números que envolvem esta estrutura.

O novo centro logístico do Lidl Portugal reafirma “algo maior”, que representa o compromisso, propósito e visão para o futuro da insígnia de retalho no país, afirmou Hélder Rocha, CEO do Lidl Portugal, na cerimónia de inauguração que contou com a presença do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, do presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão e do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira.

Aquilo que construímos aqui em Loures não é apenas um edifício, é um símbolo de inovação, de progresso e de um futuro mais sustentável”, destacou Hélder Rocha

O maior centro logístico da empresa em Portugal está implantado em Loures e resultou de um investimento de mais de 115 milhões de euros, dos quais cinco milhões foram destinados a obras de urbanização, vias estruturantes e de acesso a zonas habitacionais e de futura indústria, e gerou cerca de 200 novos postos de trabalho diretos e mais de 300 indiretos naquela região. Com uma área de mais de 54 mil metros quadrados, tem uma capacidade de armazenamento de mais de 44 mil paletes, 111 cais de carga/descarga de mercadorias e uma capacidade de abastecimento de até 100 lojas. “Aquilo que construímos aqui em Loures não é apenas um edifício, é um símbolo de inovação, de progresso e de um futuro mais sustentável”, destacou Hélder Rocha.

Investimento privado: parceria e geração de riqueza

Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures, referiu a parceria entre o Lidl Portugal e o município e sublinhou que as autarquias locais e os investidores privados têm que ser parceiros. “O investimento privado é quem promove, em muitas circunstâncias, o desenvolvimento do concelho”, defendeu, dando como exemplo os postos de trabalho criados pelo centro logístico do Lidl, com ênfase na contratação local.

Já o ministro da Agricultura e Pescas sublinhou a dimensão do investimento, que cria riqueza e postos de trabalho e que respeita os mais elevados padrões de sustentabilidade ambiental. Destacou que as empresas “são essenciais para o desenvolvimento”, acrescentando que “não as podemos sobrecarregar com carga fiscal que não permita o reinvestimento” e referiu o sinal de confiança que representa a abertura deste centro logístico, em Loures.

Em relação ao trabalho desenvolvido pelo Lidl em Portugal realçou a contribuição para o PIB nacional e recordou o facto de exportar anualmente cerca de 156 milhões de euros em produtos portugueses para 29 países europeus. “É uma mais-valia”.

O novo centro logístico vai dar suporte à área da Grande Lisboa e fortalecer o abastecimento das lojas Lidl da zona centro do país, garantindo mais eficiência e qualidade na cadeia de distribuição. O espaço está equipado com tecnologia de ponta mais eficiente e sustentável, com a implementação de um sistema de gestão de energia que aproveita a luz solar para reduzir o consumo da energia artificial, com painéis fotovoltaicos capazes de abastecer o equivalente ao consumo de 800 moradias por um ano e com sistemas de captação e reaproveitamento de águas pluviais, entre outras medidas.

O edifício recebeu a certificação BREEAM, que classifica os edifícios sustentáveis tendo em conta categorias como gestão, saúde e bem-estar, energia, transporte, água, materiais, resíduos, utilização do solo e ecologia e contaminação.

O Lidl está em Portugal desde 1995 e detém atualmente uma rede de mais 280 lojas de norte a sul do país. Em 30 anos investiu cerca de 2 mil milhões de euros no país. Em 2024, enviou 31 mil toneladas de produtos portugueses para as lojas Lidl em toda a Europa e 50% dos produtos de marca própria do Lidl Portugal provêm de fornecedores nacionais.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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