Adega do Cartaxo recebe certificação de sustentabilidade do setor vitivinícola
A Adega do Cartaxo já pode envergar o selo de Sustainable Winegrowing Portugal. “Estamos conscientes de que o futuro do sector passa, em muito, pela sustentabilidade” garante Pedro Gil, diretor de enologia e produção.
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A Adega do Cartaxo viu o seu plano de sustentabilidade reconhecido e certificado pelo Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promovido pela ViniPortugal.
O plano de sustentabilidade do produtor da região dos Vinhos do Tejo conta já com mais de duas décadas, tendo-se iniciado com o primeiro grande projeto de investimentos, em 2004, como a construção de uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais). Entre as práticas mais recentes, destaque para a aquisição de iluminação LED, presente em toda a adega, assim como equipamentos modernos com variadores de velocidade de gestão eletrónica; monotorização do consumo de água; bombas de calor e painéis para a produção de águas quentes para a higienização de linhas de engarrafamento; e painéis fotovoltaicos para autoconsumo.
Para Pedro Gil, diretor de enologia e produção da Adega do Cartaxo, a sustentabilidade tem de ser encarada como um processo contínuo. “Estamos conscientes de que o futuro do sector passa, em muito, pela sustentabilidade – não só ambiental, mas em grande medida social e económica. Queremos atingir padrões mais elevados, estando para já previsto o desenvolvimento de soluções de melhoria a três anos. Um dos aspetos sensíveis é a redução do vidro, mas há mercados que (ainda) valorizam muito as garrafas de “porte pesado”, alguns dos quais são muito importantes para o negócio da Adega do Cartaxo. Falamos dos mercados asiáticos, por exemplo, mas também o brasileiro”, sublinha. “Cabe-nos, obviamente a nós e de forma paulatina, sensibilizá-los para isso. O consumo de energia e de água, assim como o tratamento das águas residuais são aspetos com grande impacto na atividade vitivinícola e, aí, estamos na linha da frente.”, afirma o enólogo, que acrescenta que “foi importante a mudança de mentalidade e definir uma política de sustentabilidade, assumindo que é fundamental ter práticas de sustentabilidade para poder estar neste sector de forma competitiva e consciente”, acrescenta.
Ao nível socioeconómico, a Adega do Cartaxo, que tem 168 associados, sendo que 13% são responsáveis por 65% da produção, assume-se como fair labour, tendo uma política de remuneração justa, aos colaboradores e aos associados, no que toca ao pagamento das uvas, em valor e em tempo. A Adega do Cartxo sublinha ainda que há uma preocupação com a saúde, sendo disponibilizado seguro de saúde às cerca de cinco dezenas de funcionários e tem tem protocolos de cooperação com várias coletividades, escolas técnicas e universidades, com visa ao desenvolvimento local e formação dos seus colaboradores.