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Manuel Tarré
Entrevista

Manuel Tarré: “Só conseguimos que se faça crescer Portugal se o Governo e os empresários estiverem de mãos dadas”

O presidente da Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares defende a uniformidade da taxa de IVA para os produtos alimentares, pede que seja concretizada a prometida descida do IRC às empresas e alerta para a classificação das pequenas e médias empresas, inalterada desde 2005. “Ficaria muito satisfeito se conseguíssemos reduzir o IVA”, afirma Manuel Tarré.

Ana Grácio Pinto
Manuel Tarré
Entrevista

Manuel Tarré: “Só conseguimos que se faça crescer Portugal se o Governo e os empresários estiverem de mãos dadas”

O presidente da Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares defende a uniformidade da taxa de IVA para os produtos alimentares, pede que seja concretizada a prometida descida do IRC às empresas e alerta para a classificação das pequenas e médias empresas, inalterada desde 2005. “Ficaria muito satisfeito se conseguíssemos reduzir o IVA”, afirma Manuel Tarré.

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Constituída em 1975, a Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares reúne cerca de 400 empresas. O Hipersuper entrevistou o presidente da direção da ANCIPA sobre as prioridades e os desafios, os apoios e os entraves da indústria alimentar nacional. Entre outros tópicos, Manuel Tarré defendeu a uniformidade da taxa de IVA para os produtos alimentares, pediu que seja concretizada a prometida descida do IRC às empresas e alertou para a classificação das pequenas e médias empresas, inalterada desde 2005. “Seria melhor que a pessoa que cria a legislação, se sentasse na cadeira de quem tem que a executar e visse a dificuldade de a passar à prática”, sublinhou.

Escassez de mão de obra, fatores climáticos, conflitos que interferem na aquisição de matérias primas e na logística, aumento de inflação, problemas que se juntaram à já recorrente questão da burocracia e da carga fiscal… 2024 está a ser um ano desafiante para os players que operam no setor alimentar?
2024 é igual a todos os outros anos, é desafiante todos os anos, porque as margens que nós temos nas nossas atividades são muito reduzidas. Os aumentos das matérias-primas, alguns deles vieram para ficar, algumas outras tiveram correção; os aumentos dos combustíveis e da eletricidade também tiveram grande influência nos custos dos últimos anos. Mas, sobretudo, a oferta no mercado e a concorrência que existe, limitam bastante a nossa existência se não formos criativos. Para podermos estar ativos no mercado temos de ser criativos e haver redução de custos. Estes são os dois pontos fulcrais. Sermos muito criativos, a nível da embalagem, a nível de produtos, a nível de ir ao encontro daquilo que o cliente deseja. Podermos fazer alguma diferença naquilo em que os produtos possam ter essa diferença e depois, dentro das nossas empresas, sermos muito competitivos, baixarmos ao máximo os nossos custos.

Este é um setor capaz de repensar estratégias. Foi o que demonstrou durante a pandemia…
Não podia falhar, porque nós, para subsistirmos, tínhamos de não falhar. Eu fiz parte de uma pequena comissão que o Secretário de Estado da Economia na altura criou e creio que todas as semanas reuníamos para saber como estava o mercado. Havia setores com algumas dificuldades, mas, de uma forma geral, todos nós estávamos desejosos de não parar. Muitos tiveram grandes dificuldades no acesso à matéria-prima, face às implicações que o Covid teve nesse abastecimento, mas também depois em aumentos substanciais nos custos de matéria-prima.

Em que aspetos a ANCIPA tem contribuído para a visibilidade do setor? E em termos de formação?
Nós temos nos destacado, se é possível dizer isso, na parte da formação, porque temos realizado vários seminários, conferências, vários workshops de formação dos nossos associados, ao mesmo tempo que mantemos os associados informados. O que nós informamos? Sobre a nova legislação, quais são as alterações que estão a ser feitas e, de acordo com a especificidade de cada área, fazemos formações adequadas. A ANCIPA está certificada para dar essas formações e tem havido, ano após ano, mais aderentes. Essa proximidade com o nosso associado, vai desde a pequena empresa, que às vezes é uma pastelaria, até a empresas com centenas de colaboradores. Formações, por exemplo, em tudo o que se prende com as certificações. Cada vez mais é pedido aos empresários mais clareza na sua atividade. O que me parece bem. Antigamente eram os processos de fabrico, depois era por causa do coeficiente e açúcar ou de sal… Cada vez que surge uma nova alteração, nós passamos essa informação aos associados e damos formação.

Manuel Tarré

Em relação à fiscalidade: o Iva Zero no cabaz de 44 produtos alimentares básicos deveria regressar ou bastaria haver uma uniformidade à taxa reduzida?
Acho que é muito mais honesta a segunda opção. A redução do IVA para 0% teve um impacto mais político do que prático. Mas estarmos na Europa e o nosso IVA dos produtos transformados ser cerca de três vezes superior à média europeia, é algo incompreensível para um país pobre, como nós somos, com salários que estão abaixo da média europeia.
Não faz sentido continuarmos a pagar um IVA de um produto transformado como se fosse um produto de luxo. Mas é que isto tem sido transversal a todos os partidos. Não é uma questão de ser o partido A ou o partido B. Isto tem passado todos os orçamentos porque o impacto orçamental que tem, é enorme. São cerca de mil milhões de euros para corrigirmos essa variante. Mas não é justo que os portugueses continuem a pagar uma pizza com 23%, um pastel de bacalhau com 23%, e aqueles portugueses que têm capacidade de ir ao restaurante, paguem IVA a 13%. Isto não é justo. É o único país em que isto acontece na Europa.
O mapa do IVA na União Europeia fala por si. Por exemplo, quando em Portugal na pastelaria temos IVA a 23%, Espanha tem 10%, Itália tem 10%, Alemanha tem 7%, França tem 5,5%, Polónia tem 5%. Qual é a lógica de nós termos 23%? Ouvi alguém me dizer, que é a questão do açúcar. Mas o açúcar faz mal à saúde em toda a Europa, não faz apenas em Portugal, nós não temos açúcar diferente. Não é justo. Eu não vou dizer que fosse igual, mas que houvesse equilíbrio.
As refeições pré-congeladas são outro exemplo. Quando vai à restauração paga o IVA a 13%, e está em linha com a Espanha que tem o IVA na restauração a 10%, a Itália tem a 10% a Bélgica tem a 12%, a Alemanha é o único com 19% porque, por aquilo que eu percebi de colegas meus alemães, ir à restauração é considerado um luxo. Agora, Portugal já não está alinhado quando estamos a falar de produtos transformados, de refeições preparadas, que passam a ter 23% de IVA e a Europa está nas outras taxas.

Está a falar no facto de se colocar a taxa máxima em produtos que são de maior inovação?
Em tudo o que é transformado. Nas refeições pré-preparadas não é justo que se mantenha em 23%. 23% é é a taxa para comprar um casaco, comprar um automóvel, comprar umas cadeiras para casa, produtos que têm longa vida. A alimentação não, a alimentação é algo de que nós precisamos, portanto, não pode ter a taxa máxima. Isto é taxar a alimentação transformada como se fosse um produto de luxo. Eu entendo que o Governo não quer tocar neste assunto por causa dos mil milhões. Mas isto é uma falta de lealdade perante o consumidor. Não é correto ser assim.
E entendo que os acertos orçamentais são áreas muito sensíveis para se poder governar o país, mas há uma coisa que o governo deveria fazer. Este governo e os outros todos que lá passaram e que não têm alinhado com os princípios mais adequados, visando o cidadão comum: nós temos que reduzir o custo do setor público. O custo público é muito elevado, o peso é muito elevado. Isto não é possível, porque senão isto nunca mais vai dar. E tendemos, naturalmente, para uma pobreza do país.

Em relação aos produtos taxados a 23%, como os produtos congelados e transformados, as refeições pré-cozinhadas e as bebidas refrescantes, há margem de descida para 6% sem que tal se reflita no preço a pagar pelos consumidores?
A indústria compromete-se, em qualquer redução, a não deduzir imediatamente ao preço. Não vai ser margem de lucro. E o comércio também o vai fazer. Quando reduzir, quer a CIP, quer a APED, estabelecem que qualquer redução de IVA deste género vai diretamente ao consumidor.

Quais são as expectativas da ANCIPA em relação ao Orçamento de Estado para 2025? Que alterações deveriam ser introduzidas no entender desta indústria?
Eu ficaria muito satisfeito se conseguíssemos reduzir o IVA. E se o primeiro-ministro honrasse o que eu ouvi presencialmente dizer: a redução do IRC às empresas. Portanto, essas duas medidas são suficientes. Com essas duas alterações, todo o setor agroalimentar fica feliz. Já são duas coisas muito específicas, porque se for falar das centenas de taxas e taxinhas, nem vale a pena. Dava-me a ideia de que o que precisávamos fazer era ir buscar alguém que pegasse nestas taxas, as normalizasse, para nos guiar a todos, porque nós nem sabemos que taxas é que existem. Em vez de ter duas mil e tal taxas, se tivermos 100, está bem. O que é preciso? Alguém que se envolva, nesta matéria, que seja crítico, que tenha deveres de Estado e deveres de Nação e que consiga colocar isto em prática. E não temos. Tem que haver vontade. Tem que haver trabalho. Isto não se faz com discursos bonitos, isto faz-se com centenas de horas de dedicação, de pessoas que se envolvam para resolver.
Portanto, em relação à pergunta que me faz, na área alimentar, a redução do IVA e o compromisso do Sr. Primeiro-Ministro em reduzir a taxa do IRC. Reduza a taxa do IRC, das empresas que têm lucros, que são uma minoria. Se o indivíduo tiver lucro, deve ser premiado. Às vezes vemos alguns cartazes sobre o capitalismo, mas se não houver empresários capazes de gerar lucros, não há empresas para ninguém, ficamos todos pobres. Temos que ter uma noção disso. Tem que haver alguém ‘out of the box’ que crie empregos, crie dinâmica, crie economia, ponha tudo a funcionar e que seja premiado quando tem resultados. E muitos deles perdem tudo o que têm quando os negócios vão mal, mas sejam aliviados das cargas fiscais quando realmente fazem o bom trabalho. E fazendo esse bom trabalho, mesmo que sejam reduzidos de 2% da carga fiscal por ano, tal como estava previsto, continuam a pagar muitos impostos dentro das suas empresas. Só estamos a falar do IRC…
Manuel TarréOutra das situações que devo abordar, porque está a afetar bastante as empresas de média dimensão, é o problema da classificação das pequenas e médias empresas, que não se altera desde 1 de janeiro de 2005 quando se criaram os parâmetros das pequenas e médias empresas – até 50 colaboradores, até 250 colaboradores, até 50 milhões de faturação… Esta definição não é revista desde 2005. Não pretendemos nada que não seja justo: atualizem a classificação à taxa de inflação. Nas contas que fizemos na Associação, para se verificar qual é a taxa de inflação, chegamos a um mínimo de 50%. Subam esses valores 50%. Porque é a inflação. Não é sensato – porque esta não é uma lei nacional, é uma lei comunitária – o indivíduo pretender que a Europa cresça com empresas pequenas e médias. E chamar ‘grande’ a uma empresa quando tem uma faturação de 70, 80 ou 100 milhões de euros. Temos que ser razoáveis: é uma empresa média. Grande é uma empresa que fatura 500 milhões, 1.000 milhões de euros.
E quando esta classificação está ligada aos apoios comunitários, é um desastre. É uma penalização demasiado grande para as empresas que não são realmente grandes e precisam de apoios. E se varia um parâmetro destes, dentro destes valores, uns têm apoios e os outros, depois, não têm. Não pode ser, dentro da Europa, uma empresa que fatura 100 milhões de euros, considerada uma grande empresa. E esta é a nossa posição: se os apoios foram estabelecidos em 2005, que atualizem a 2024 ou 2025, a taxa de inflação nesses apoios. E isso dá, já o verificámos, pelo menos 50% de incremento.

Por falar em apoios, o PRR, o PDR 2020, o PEPAC, o Portugal 2030, são programas com fundos que Portugal tem que executar. No 9º congresso da FIPA, o ministro da Agricultura e Pescas afirmou que 2025 é um ano crucial para Portugal em termos de execução de fundos, por um lado, e de pagamentos por outro. A indústria alimentar está a conseguir executar estes fundos? E eles são adequados às suas necessidades de inovação, de digitalização?
Eu acho que os fundos têm sido adequados. Há uma certa elasticidade e o enquadramento dos fundos tem sido adequado. Haja é a capacidade dos empresários de fazerem investimentos nas suas unidades, dada a forma como está o mercado. Porque uma parte das indústrias olha para o seu mercado como mercado nacional, não olha para o mercado de exportação. O mercado nacional é um mercado pequeno, somos só 10 milhões de pessoas. Quando falamos em toda a Europa, passam a ser centenas de milhões, mas cá somos só 10 milhões, é um mercado pequeno. Mas eu acho que o Sr. Ministro nessa afirmação tem razão, é um ano importante para as empresas executarem os fundos que estão aí.

Como olha a ANCIPA para a internacionalização? Quais são os grandes riscos ou desafios das empresas portuguesas deste setor? Por um lado, na importação de matérias-primas, e, por outro, na sua capacidade exportadora.
Nós temos boas unidades de transformação em Portugal, daí haver algumas unidades que têm sido adquiridas por multinacionais. Há áreas estratégicas no agroalimentar que têm merecido esse foco. Para o empresário comum português, a exportação é um bom desafio e o binário preço-qualidade é fundamental. E temos adicionado sempre o transporte, que é um valor muito pesado, normalmente, para se colocar o produto no centro da Europa. Nós estamos numa periferia. Quando falamos em Espanha, está aqui ao lado, mas, às vezes, o ‘ao lado’ são 600 são 1000 quilómetros. Mas se falarmos do mercado central da Europa, estamos em Paris, em Düsseldorf, em Munique, ou em Itália, tudo isto toma uma dimensão de outro custo de transporte. Mas acho que tem sido feito um bom trabalho. É pena não vermos mais produtos portugueses em prateleira, mais em supermercados no estrangeiro, mas temos vindo a fazer um trabalho positivo.
E o que pode tornar este setor mais competitivo internacionalmente? Sendo de um país com muitas pequenas e médias empresas.
Eu acho que muitas vezes é a nossa flexibilidade, a capacidade de fazermos produtos à medida do cliente. Eu creio que a resposta mais assertiva é a flexibilidade que nós muitas vezes temos, de oferecer ao mercado aquilo que o mercado pede, a capacidade de adaptação. E temos de nos adaptar para fazer a diferença.

Para a ANCIPA, o que é urgente trabalhar a nível de legislação europeia, que contribua para a continuidade e crescimento da indústria alimentar?
Parece-me que deveria haver alguma reanálise das leis que estão em vigor. Porque muitas vezes cria-se legislação que não traz valor acrescentado, não faz muito sentido e tem implicações muito negativas na indústria. Deveria-se verificar o que é realmente necessário e corrigir. Um dos assuntos desta indústria que se tem vindo a debater muito é a quantidade de açúcar, portanto, a redução do açúcar no nosso consumo diário. Tem-se vindo a fazer, e não se tem dado muito por isso, uma adaptação. Mas muitas vezes surgem outras exigências que não fazem sentido e que não vêm tornar mais segura a alimentação, mas vêm muitas vezes dar mais burocracia à forma operante das próprias empresas.
Seria melhor que a pessoa que cria a legislação, se sentasse na cadeira de quem tem que a executar e visse a dificuldade de a passar à prática. Eu acho que fazia sentido essas pessoas palmilharem o trajeto daquilo que estão a pedir. Irem ver como se faz na origem, o que implica a alteração, como é possível fazer e se é possível fazer. E o que trará vantagem.

Qual é o próximo grande desafio da indústria alimentar e do universo de empresas que a compõem? É capacitá-las para a sustentabilidade? Ou há antes, desafios imediatos de governabilidade que se sobrepõem?
É a sustentabilidade, e continuar a ter a criatividade suficiente para oferecer a nossa produção. Eu digo isso como empresário. O grande desafio é nós sermos cada vez mais inventivos, sermos muitas vezes resilientes, termos equipas coesas e premiadas, também, por isso, para conseguirmos oferecer ao mercado aquilo que o mercado deseja. E conseguimos matérias-primas que possamos transformar.

A inovação caminha a par com a sustentabilidade, com a ‘agenda’ ESG. As empresas do setor alimentar estão a preparar-se atempadamente? Ou diria que, em autorregulação, já têm estado a realizar muitos dos objetivos ESG?
É isso mesmo. Em autorregulação já temos estado a cumprir muitos objetivos, porque essas são tendências que temos que fazer. E as empresas para subsistirem, se possível têm que estar um bocadinho à frente. Creio que o trabalho que tem de ser feito pela indústria já é a acautelar-se para esses desafios.
Outra das situações que me parece pertinente é a fiscalização a que somos sujeitos. Por vários organismos. De vez em quando entra-nos alguém pela porta e diz ‘hoje viemos ver isto’, no outro dia vem alguém ‘ver aquilo’. Quando o Estado nos pede que sejamos cumpridores naquilo que está na lei, mas muitas vezes é o primeiro a não cumprir os compromissos. Se nos atrasarmos com o pagamento à AT, está a ver o que acontece. Mas não sermos ressarcidos de uma coisa que temos direito é perfeitamente normal. Isto não está correto.

Manuel Tarré

O tempo de resolução entre um e outro é diferente?
Não, a aceitação de seriedade é diferente. Não é o tempo, é a aceitação da seriedade. Uns são forçados a ser sérios, mas o outro, não é preciso ser sério. E este não é o estado de espírito que deveria existir. Se nós pudéssemos ver no governo, os parceiros do nosso crescimento económico, para criarmos mais riqueza para todos, era a forma correta de estarmos. O Governo deve auxiliar-nos no nosso crescimento económico, nós devemos auxiliar o Governo a criar mais riqueza para ficarmos todos melhores, vivermos todos melhores. Vivermos com riqueza de valor no bolso, mas também com a riqueza de princípios.

Por falar na relação com o Governo, numa entrevista ao Hipersuper, o presidente da FIPA, defendeu que o Ministério da Economia necessita ter uma Secretaria de Estado de Indústria. Parto dessa afirmação para lhe perguntar se, no seu entender, este setor é devidamente considerado estratégico para Portugal?
Acho que o presidente da FIPA tem toda a razão, deveria ter porque ganhávamos com isso. Repare o peso que a indústria alimentar tem na economia nacional. É uma questão de dar valor a quem o tem, é uma questão de darmos as mãos uns aos outros, de podermos apoiar-nos e ficarmos satisfeitos quando, o Governo ao final do mandato ou nós ao final do ano, vemos os resultados práticos. Deveríamos estar a caminhar nesse sentido.

O Estado deve delegar nestas associações algumas competências de gestão operacional?
Eu diria que sim, mas isso nunca vai acontecer. Na teoria, deveriam apoiar-se numa ANCIPA, numa FIPA, uma CIP, claro. Nós temos lá a indústria, o nosso desejo é que os nossos associados estejam bem e cresçam. É uma boa questão, mas é teórica. Não é prática isso nunca vai acontecer.

De onde partiria uma relação mais próxima com a indústria?
Acho que alguns dos nossos governantes têm a humildade de virem visitar os sítios e perceber as coisas. O que tenho presenciado ao longo de alguns anos é termos secretários de Estado e ministros a visitarem e a entenderem quais são as preocupações. Depois se eles conseguem passar à prática, é uma outra realidade. Mas se nós não dermos as mãos uns aos outros não vamos conseguir passar à prática nada. Creio que é uma mensagem a repetir: só conseguimos que se faça crescer Portugal se o Governo e os empresários estiverem de mãos dadas para o crescimento.
E seguirmos decisões de princípios que sejam rigorosos. Nós não podemos compactuar com princípios que contrariam aquilo que nós sentimos. Muitas vezes somos confrontados com perguntas de que sabemos as respostas dentro de nós, mas não somos capazes de dizer. Pela vergonha que essas perguntas implicam na audição de terceiros. Temos a noção de que todos nós gostaríamos de viver melhor, mas para vivermos melhor temos que criar mais riqueza para todos.

Esta entrevista foi publicada na edição 428

 

Sobre o autorAna Grácio Pinto

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Yoco dá vida a Vaiana na sua nova edição limitada

A edição limitada de Yoco Vaiana 2 já está disponível nos super e hipermercados, em packs de seis e doze unidades.

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Yoco celebra a estreia do filme de animação “Vaiana 2” com uma nova edição limitada de garrafas colecionáveis. Através de uma parceria entre a Longa Vida – Lactalis e a The Walt Disney Company, os fãs poderão escolher entre 14 garrafas diferentes com várias personagens do filme.

“Vaiana é uma história inspiradora sobre família, aventura e coragem”, afirma Joana Dias, Group Brand Manager de Kids. “Com esta nova edição, pretendemos que as crianças embarquem nesta aventura, desfrutando de um lanche saboroso e nutritivo, já que conta com 100% ingredientes naturais, Vitamina D e é fonte de cálcio e proteína, enquanto celebram a nova aventura de Vaiana, que desta vez parte numa missão impossível para provar a si mesma do que é capaz e salvar o seu povo. Esta edição limitada é uma forma divertida de gerar conversação à mesa das famílias portuguesas, enquanto mergulha na magia da Vaiana 2.”, acrescenta.

Sobre o autorHipersuper

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ESG

Projeto ‘Low-Carbon Tissue Products’ da Renova conquista Green Design International Award

O projeto nasceu do compromisso da empresa “em oferecer soluções que respeitem o ambiente, reduzindo o impacto ambiental da produção de papel tissue”, sublinhou a Renova ao Hipersuper.

A Renova viu o seu projeto ‘Low-Carbon Tissue Products’ ser galardoado com o Green Design International Award, atribuido pela World Green Design Organization.

A distinção premiou a sustentabilidade dos produtos reciclados e os processos inovadores que os origina, com destaque para as gamas ‘Recycled’ e ‘Love & Action’, “como exemplos de excelência ambiental e que incorporam o conceito de Green Design”, referiu a marca num comunicado.

Ao Hipersuper, fonte oficial da Renova explicou que o projeto ‘Low-Carbon Tissue Products’ nasceu do compromisso da empresa “em oferecer soluções que respeitem o ambiente, reduzindo o impacto ambiental da produção de papel tissue”.

“Este projeto está alinhado com o longo percurso de escolhas que, ao longo dos anos, se mostraram adequadas para a marca, mesmo quando as questões ambientais não estavam no centro das discussões. Um exemplo disso é que a Renova instalou a sua unidade de reciclagem na década de 80, antecipando-se às tendências de sustentabilidade que hoje são essenciais no mercado”, sublinhou a fonte.

O desenvolvimento da gama de produtos originada neste projeto obrigou a Renova a realizar alterações nos seus processos de fabrico, com a implementação de soluções inovadoras.” Este projeto, portanto, não só reflete a nossa preocupação com a sustentabilidade, mas também a inovação constante no nosso processo produtivo, que se adapta para responder às necessidades existentes”, destacou a mesma fonte.

Para este ano, no âmbito do ‘Low-Carbon Tissue Products’, a Renova projeta lançar, já no primeiro trimestre, novos produtos patenteados “que irão reforçar o nosso compromisso com a sustentabilidade e a inovação”, revela a fonte da empresa, sublinhando que “este é um tema transversal a todas as gamas e um imperativo para a marca”.

De referir que a cerimónia de entrega dos Green Design International Award decorreu em Bruxelas e contou com a presença de líderes globais, representantes governamentais e especialistas em sustentabilidade. Entre as 200 candidaturas, foram selecionados 10 finalistas em projetos que abrangem áreas como o design de turbinas eólicas, interiores de veículos automóveis, packaging e eletrodomésticos.

 

Sobre o autorAna Grácio Pinto

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Alegro Setúbal é o primeiro centro comercial em Portugal a receber classificação “eCIRCULAR” da ADENE

Este reconhecimento destaca o desempenho e as boas práticas do centro comercial na gestão de recursos e na promoção de uma economia circular.

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O Alegro Setúbal, gerido pela Nhood, tornou-se o primeiro centro comercial do país a conquistar a classificação “eCIRCULAR”, atribuída pela Adene– Agência para a Energia. Este reconhecimento destaca o desempenho e as boas práticas do centro comercial na gestão de recursos e na promoção de uma economia circular, refletindo o compromisso da Nhood com a sustentabilidade e a eficiência na utilização de recursos.

A classificação “eCIRCULAR” avalia o desempenho das organizações em áreas fundamentais da economia circular, como energia, água e resíduos, oferecendo também recomendações para melhorias contínuas.

Entre os resultados obtidos, a área de energia recebeu uma classificação de 62%, impulsionada pela instalação de painéis fotovoltaicos e pela implementação de medidas para a redução do consumo energético. Na gestão de água, o centro obteve 53%, fruto do sistema de aproveitamento de águas pluviais e do avanço na reutilização de águas cinzentas. Além disso, o Alegro Setúbal obteve 80% na gestão de resíduos, com iniciativas como o correto encaminhamento de resíduos, e 100% em certificações no domínio da sustentabilidade como a ISO 14001, BREEAM e Resíduo Zero. Com uma classificação global de 50%, este resultado é significativo para o setor de centros comerciais, reforçando o papel do Alegro Setúbal como um modelo de práticas sustentáveis e inovadoras.

No total, o Alegro Setúbal obteve uma classificação global de 50%, um marco relevante para o setor dos centros comerciais, posicionando-o como uma referência em práticas sustentáveis.

“Esta é uma valorização importante para a jornada de sustentabilidade do Alegro Setúbal, destacando-se como um exemplo no setor do retalho comercial em Portugal. Além disso, é também um reconhecimento do empenho da Nhood na implementação de práticas de gestão que respeitam os princípios da economia circular, ao investir em fontes de energia renováveis, reduzir o consumo de recursos e recuperar materiais. Continuaremos a liderar pelo exemplo, promovendo mudanças significativas que beneficiem tanto o ambiente como as comunidades onde operamos.”, sublinha João Jesus, Head of Sustainability and Operations da Nhood, em comunicado.

Desenvolvido pela Adene, o eCIRCULAR é um sistema abrangente de avaliação que incentiva empresas e organizações a implementarem práticas sustentáveis e de economia circular. Este modelo permite auditorias externas que avaliam o desempenho em circularidade, atribuindo classificações de A+ (a melhor) a F (a pior) e apresentando recomendações para melhorias contínuas.

 

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Alimentar

Lidl reforça compromisso com a alimentação consciente

O Lidl anunciou novas metas para impulsionar a alimentação consciente, comprometendo-se com objetivos ambiciosos alinhados com a Dieta da Saúde Planetária (PHD – Planetary Health Diet).

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A estratégia global da insígnia visa transformar o sistema alimentar, promovendo escolhas mais saudáveis e sustentáveis para os consumidores nos 31 países onde opera.

Até 2030, o Lidl Internacional pretende aumentar em 20% a proporção de vendas de alimentos à base de plantas, como proteínas vegetais, cereais integrais, frutas e legumes, em comparação com 2023. Este compromisso inclui o apoio técnico da WWF, que tem trabalhado em conjunto com o retalhista para implementar uma metodologia que avalia e orienta a oferta alimentar de acordo com princípios de sustentabilidade e saúde.

Com a adoção da metodologia da WWF, o Lidl tornou-se o primeiro retalhista alimentar a implementar transparência integral nas suas categorias de produtos em todos os países onde está presente. A marca disponibilizará um relatório anual, a partir de 2025, para monitorizar e divulgar o progresso das metas traçadas, reforçando o compromisso com a saúde humana e ambiental.

“Para alimentar uma população mundial em crescimento, de forma saudável e dentro dos limites do planeta, é fundamental uma transformação global do sistema alimentar. Há anos que o Lidl está empenhado em contribuir para este objetivo – tendo por base as descobertas científicas da Dieta da Saúde Planetária. Com a WWF como parceira experiente do nosso lado, pretendemos aumentar o nosso impacto no futuro e oferecer aos nossos clientes uma seleção cada vez maior de alternativas mais saudáveis e sustentáveis, com a máxima qualidade ao melhor preço.”, sublinha Cristina Hanganu, diretora de Corporate Affairs e CSR do Lidl Portugal, em comunicado.

O Lidl reforça que os consumidores mantêm liberdade de escolha, mas terão ao seu dispor um portefólio de produtos que facilita decisões de compra mais conscientes.

Metas específicas para 2030

  • Proteínas vegetais: O Lidl Portugal compromete-se a atingir 20% de fontes de proteína vegetal na sua gama, incluindo alternativas à carne, ovos e peixe. Desde 2022, a insígnia já analisa a “divisão de proteínas” para avaliar a proporção de fontes vegetais em relação às de origem animal.
  • Cereais integrais: O retalhista pretende que 10% dos produtos à base de cereais sejam integrais, disponibilizando pelo menos uma opção por categoria relevante de marca própria.
  • Frutas e legumes frescos: A insígnia continuará a expandir a oferta de produtos frescos, promovendo o consumo diário de frutas e vegetais como pilar da sua estratégia de Alimentação Consciente.

Mariella Meyer, da WWF Suíça, elogiou a abordagem do Lidl: “Congratulamo-nos com o alinhamento do Lidl com a Dieta da Saúde Planetária e com a utilização da Metodologia de Retalhista de Dietas Planetárias da WWF. Este é um passo crucial na transformação do sistema alimentar, que é o principal fator de perda de vida selvagem e da natureza. Ao concentrar-se em garantir mais opções à base de plantas, o Lidl dá prioridade à saúde humana e planetária. Esperamos que isto inspire outros retalhistas a seguirem o exemplo e a concentrarem-se mais nas alternativas à base de plantas, face à oferta de proteína animal”.

 

 

 

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Retalho

Montijo Retail Park atinge limite da sua ocupação com abertura da Padaria Portuguesa

A Cushman & Wakefield (C&W) anuncia a colocação da marca A Padaria Portuguesa no Montijo Retail Park, a primeira loja da cadeia a abrir no formato de retail park, que inaugura esta sexta-feira, 24 de janeiro.

Hipersuper

Propriedade do fundo CA Património Crescente – Fundo de Investimento Imobiliário Aberto, gerido pela Square Asset Management, este espaço comercial é gerido e comercializado pela C&W em regime de exclusividade, atingindo agora o limite da sua ocupação com o arrendamento desta loja de 139 m².

“É com grande entusiasmo que anunciamos a colocação de uma marca de referência na área da restauração no Montijo Retail Park. Esta operação marca um importante passo para o futuro deste equipamento comercial, proporcionado a este ativo uma maior variedade na sua oferta com o primeiro espaço no setor da restauração. Estamos extremamente satisfeitos com este desfecho, que confirma o potencial do Montijo Retail Park como um destino comercial de referência e uma escolha de eleição para marcas de renome”, refere João Pereira, consultor sénior no departamento de retalho da Cushman & Wakefield.

O Montijo Retail Park, situado à entrada da cidade do Montijo, é um espaço de retalho com 18.000 m² de área bruta locável, que oferece unidades comerciais de média e grande dimensão, entre os 1.000 m² e os 9.000 m². Conta com a presença de marcas dos segmentos de moda, desporto, decoração e materiais de construção, entre as quais a Be Fit, Calçado Guimarães, Sports Direct, Conforama, Espaço Casa, e Leroy Merlin. Localizado junto às autoestradas A12 e A33 e a poucos minutos da Ponte Vasco da Gama, o retail park tem um parque de estacionamento gratuito com um total 800 lugares, dos quais 420 cobertos em cave.

 

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Bebidas

Red Bull Zero chega a Portugal

Com esta novidade chega também o programa Red Bull Zero Excuses, um desafio de 30 dias que vai envolver os atletas Vasco Vilaça, Teresa Bonvalot, B-Girl Vanessa, Helder Nunes e Kika Nazareth.

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Depois do sucesso em vários países da Europa e nos Estados Unidos da América, chega a Portugal a Red Bull Zero, com zero açúcar e zero calorias. As latas de cor azul claro mate escondem no interior um novo sabor que mistura uma agradável acidez com notas de tutti frutti, ananás e baunilha, revelando um delicado equilíbrio doce/ácido, avança a marca.

À venda em todo o país, a Red Bull Zero está disponível em latas de 250 ml e junta-se à Red Bull Apricot Edition (Alperce-Morango), Red Bull Yellow Edition (Tropical), Red Bull Red Edition (Melancia) e Red Bull Purple Açaí Sugarfree – cinco opções com sabor, da mesma família das clássicas Red Bull Energy Drink e Red Bull Sugarfree.

O ano de 2025 arranca com o desafio Red Bull Zero Excuses – um programa de 30 dias focado na performance física, que pretende despoletar uma motivação acrescida a quem desejou nas suas resoluções de Ano Novo, melhorar a sua condição. No site da marcat os participantes vão poder desbloquear em cada dia um novo jogo ou estimulante desafio. Uma dinâmica que vai contar com a participação dos atletas Vasco Vilaça (triatlo), Teresa Bonvalot (surf), B-Girl Vanessa (breaking), Helder Nunes (hóquei em patins) e Kika Nazareth (futebol).

 

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Logística

Still fornece equipamentos para novo Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin

A Still foi escolhida para o fornecimento de 140 equipamentos de movimentação de cargas e soluções de intralogística para o novo Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin, em Castanheira do Ribatejo.

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No âmbito do recente investimento no novo Centro de Distribuição Nacional (CDN) da Leroy Merlin, localizado em Castanheira do Ribatejo, a Still foi a empresa escolhida para o fornecimento de 140 equipamentos de movimentação de cargas e soluções de intralogística. Esta aposta visa reforçar a parceria estratégica iniciada em 2018 entre as duas empresas em Portugal.

O CDN, inaugurado a 3 de dezembro de 2024, representa um investimento global de cerca de 120 milhões de euros e assume-se como o maior centro logístico do país, com uma área total de 105.500 m² e uma estrutura composta por dez células operacionais especializadas. O novo centro centraliza toda a operação logística da Leroy Merlin em Portugal, permitindo a criação de 400 empregos diretos em Castanheira do Ribatejo.

A Still foi selecionada para fornecer equipamentos modernos que contribuem para o aumento da eficiência e sustentabilidade da operação logística da Leroy Merlin. O contrato de aluguer de longa duração com a Leroy Merlin foi considerado uma grande oportunidade de crescimento para a Still, perspectivando-se um aumento da visibilidade da marca e um reforço da posição da empresa no mercado.

Carlos Gonçalves, key account manager da Still Portugal

Carlos Gonçalves, key account manager da Still Portugal, afirma em comunicado que, com este contrato, a Still “ganha maior exposição em clientes de relevo no setor, fortalece a sua imagem ao associar-se a uma marca reconhecida como é a Leroy Merlin e cria novas oportunidades de venda de produtos Still no mercado.” A parceria, que iniciou em 2018, tem evoluído de forma significativa, com a Still a fornecer soluções de intralogística e equipamentos de movimentação de cargas para as lojas e centros de distribuição da Leroy Merlin.

No novo centro, estão em operação 140 equipamentos, incluindo porta-paletes elétricos, order pickers, retrácteis, trilaterais e empilhadores frontais. A Still sublinha que fornece baterias de iões de lítio e de chumbo, conforme a análise de aplicação do cliente. Para garantir a máxima segurança e eficiência nas operações, os equipamentos contam com dispositivos como cintos de segurança, faróis e blue spots, bem como câmaras nos garfos para visualização da carga em altura.

Carlos Gonçalves destaca ainda que “uma frota nova e com tecnologia inovadora permite uma grande otimização de movimentação de cargas e melhoria na capacidade logística da Leroy Merlin”, e sublinha que, no futuro, a implementação de tecnologias avançadas, como a automação, permitirá uma operação ainda mais eficiente e precisa.

José Miranda, diretor de Supply Chain e Delivery da Leroy Merlin

A parceria entre as duas empresas está baseada em três pilares principais: inovação tecnológica, sustentabilidade e eficiência operacional. José Miranda, diretor de Supply Chain e Delivery da Leroy Merlin, refere que “um investimento como o CDN exige ter do nosso lado os parceiros certos, e é aqui que entra a Still. Não podíamos estar mais satisfeitos por poder contar com a Still no equipamento do nosso novo Centro de Distribuição Nacional, pois a dimensão e a complexidade deste investimento exigem soluções logísticas de excelência.”.

 

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Andreia Agostinho, diretora comercial & marketing

Alimentar

Frutorra distinguida pelo 4º ano consecutivo pela Escolha do Consumidor

A Frutorra entra em 2025 com uma nova distinção, ano em que irá inaugurar uma nova fábrica, um investimento estratégico que permitirá escalar o trabalho desenvolvido ao longo das suas mais de três décadas de existência.

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Pelo 4º ano consecutivo, a Frutorra foi eleita pelos consumidores como a marca nº1 na categoria de frutos secos.

A Frutorra sublinha em comunicado que este é um sinal claro da consistente satisfação dos consumidores, que mais uma vez vêm valorizar a qualidade e inovação da marca.

Como parte da estratégia para sustentar o crescimento contínuo alcançado ao longo dos últimos anos, a Frutorra irá inaugurar uma nova fábrica em 2025, um investimento estratégico que permitirá escalar o trabalho desenvolvido ao longo das suas mais de três décadas de existência. Este projeto, motivado pelo aumento do volume de produção, visa reforçar a eficiência operacional e consolidar o posicionamento da empresa como uma referência no mercado.

 

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Exportação

Smart Agri em destaque na Fruit Logistica 2025

A área de Smart Agri vai estar em destaque na Fruit Logistica 2025 com um recorde de expositores: 36 empresas de 18 países a apresentar inovações que estão a moldar o futuro da agricultura.

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De 5 a 7 de fevereiro de 2025, a cidade de Berlim recebe a próxima edição da Fruit Logistica. Uma das áreas em destaque será a de Smart Agri, com um recorde de expositores: 36 empresas de 18 países a apresentar inovações que estão a moldar o futuro da agricultura.

O evento, que reúne os principais players e inovadores da indústria, colocará em evidência como as tecnologias digitais estão a transformar o cultivo, o controlo de qualidade e a distribuição de produtos frescos. Na Hall 3.1, os visitantes poderão descobrir soluções de ponta, incluindo inteligência artificial para estimar colheitas, software de gestão agrícola, sistemas de irrigação sustentáveis e precisos, drones que estão a revolucionar o setor e até tecnologias de polinização baseadas em dados.

Um dos pontos altos será o programa de dois dias no palco Farming Forward, que contará com 24 apresentações de empresas líderes nos dias 5 e 6 de fevereiro. Moderado pela jornalista especializada Katie Gallus, o programa abordará temas como: controlo de qualidade de frutas com tecnologias não invasivas, gestão de estufas com inteligência artificial, rastreabilidade de produtos frescos, agricultura em ambiente controlado e inovações para prolongar o tempo de prateleira dos alimentos.

“Com um foco ampliado nas tecnologias digitais, a edição de 2025 oferece uma plataforma essencial para explorar as inovações que impulsionam o setor de produtos frescos.”, sublinha Kai Mangelberger, diretor da Fruit Logistica, em comunicado.

 

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Logística

InPost inova no fabrico de lockers para avançar para a descarbonização

A empresa de entregas não domiciliárias associou-se à ArcelorMittal para começar a utilizar o aço XCarb na produção dos seus lockers e atingir os seus objetivos de neutralidade de carbono para 2030.

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A InPost anunciou uma evolução na estrutura e no fabrico dos seus lockers, os cacifos inteligentes que permitem aos utilizadores receber as suas compras online fora de casa, a qualquer hora do dia ou da noite.

Em parceria com a ArcelorMittal, a principal empresa siderúrgica do mundo, a empresa tecnológica especializada nas entregas não domiciliárias, está agora a produzir os seus lockers utilizando o XCarb, um aço fabricado a partir de materiais reciclados que utiliza energia inteiramente proveniente de fontes renováveis. Como resultado, o fabrico deste aço gera menos 64% de emissões de CO2 do que as alternativas tradicionais, de acordo com os dados oficiais do fabricante.

“A nossa aposta no XCarb como material para fabricar os Lockers é mais um passo no nosso objetivo de tornar a InPost uma empresa neutra em carbono até 2040”, explicou a propósito o CEO Espanha e Portugal do Grupo InPost. Marc Vicente acrescentou que, juntamente com outras medidas que a empresa está a tomar nos seus escritórios e armazéns, bem como na configuração das rotas de entrega e em tudo o que diz respeito às operações em geral, “queremos continuar a evoluir e a contribuir para redução das emissões de carbono”

O anúncio da InPost surge no âmbito do Dia Mundial da Redução das Emissões de CO2, que se celebra todos os anos a 28 de janeiro, para sensibilizar a sociedade para a necessidade de trabalhar, cada um na sua área e dentro das suas possibilidades e capacidades, para reduzir as emissões poluentes, que a ciência associa diretamente ao aquecimento global e às alterações climáticas.

Neste sentido, a InPost tem implementado um conjunto de medidas que vão desde a otimização das rotas de entrega para realizar menos viagens até à eletrificação progressiva da sua frota de veículos ou à eliminação de etiquetas nas devoluções de encomendas.

A empresa tem uma estratégia de descarbonização alinhada com o Acordo de Paris e é signatária do The Climate Pledge, que exige que meça e comunique regularmente as suas emissões de gases com efeito de estufa, introduza alterações comerciais e inovações tangíveis para melhorar a sua eficiência, se comprometa com energias renováveis e reduza a utilização de materiais não sustentáveis, entre outras medidas.

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