Pingo Doce
Jerónimo Martins cresce em vendas mas termina 1º trimestre com menos lucro
As vendas consolidadas da Jerónimo Martins no primeiro trimestre cresceram 18,6% para 8,1 mil milhões de euros (+9,9%, a taxas de câmbio constantes), anunciou, esta sexta-feira, a dona do Pingo […]
Ana Rita Almeida
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As vendas consolidadas da Jerónimo Martins no primeiro trimestre cresceram 18,6% para 8,1 mil milhões de euros (+9,9%, a taxas de câmbio constantes), anunciou, esta sexta-feira, a dona do Pingo Doce.
Em comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), indica que o EBITDA subiu 13,9% para 508 milhões de euros (+5,1% a taxas de câmbio constantes), com a respetiva margem a fixar-se nos 6,3% (6,6% em igual período de 2023).
O resultado líquido atingiu os €97 milhões de euros, tendo caído 30,7% face aos 140 milhões registados no mesmo período de 2023, incorporando dotação inicial de €40 milhões de euros da recém-criada Fundação Jerónimo Martins.
No final de março, o balanço do Grupo apresentava uma posição líquida de caixa (excluindo a IFRS16) de mil
milhões de euros.
Pingo Doce mantém uma intensa estratégia promocional
No comunicado, pode ler-se que em Portugal, a inflação alimentar cifrou-se em 1,2% no entre janeiro e março, tendo sido nula neste mês.
O Pingo Doce mantém uma intensa estratégia promocional e registou um robusto crescimento das vendas, impulsionado também pela categoria de meal solutions. O bom progresso dos volumes e o efeito positivo de calendário mais do que compensaram a deflação registada no cabaz, avança ainda o Grupo Jerónimo Martins.
As vendas cresceram 8,3% para 1,2 mil milhões de euros, com um LFL de 9,5% (excluindo combustível).
O Recheio, segundo os dados do Grupo, superou o muito exigente comparativo com o desempenho do primeiro trimestre, registando vendas de 303 milhões de euros, 2,7% acima do período homólogo, com um LFL de 3,4%.
O EBITDA da Distribuição Portugal cifrou-se em 78 milhões de euros, 1,7% acima do mesmo trimestre do ano anterior, tendo a respetiva margem atingido 5,3% (5,6% no 1º trimestre).
Trimestre marcado pela deflação alimentar
“Entrámos em 2024 conscientes de que a conjugação da deflação alimentar com a inflação nos custos iria intensificar o ambiente concorrencial nos diferentes mercados, em especial na Polónia. Mantivemos, por isso, um foco inabalável na liderança de preço como forma de continuar a crescer volumes e a reforçar as nossas posições competitivas”, sublinha o presidente e administrador delegado, Pedro Soares dos Santos, em comunicado.
“A consistência e assertividade na execução desta estratégia levaram todas as insígnias do Grupo a entregar, nos primeiros três meses do ano, crescimentos de vendas na mesma base de lojas e para além do efeito positivo de calendário, apesar da inflação negativa ou nula registada nos respetivos cabazes.” acrescenta.
“O desafio adicional de operar num contexto de deflação alimentar e elevada inflação de custos manter-se-á. As nossas duas principais prioridades permanecem, assim, inalteradas: em primeiro lugar, ser a primeira escolha dos consumidores e crescer vendas investindo em preço, na qualidade global das propostas de valor e na expansão da rede de lojas; e em segundo lugar, reforçar a eficiência em todas as frentes. Em simultâneo, continuaremos a investir nas nossas equipas, cuja dedicação e compromisso têm sido fundamentais para o nosso sucesso, e a fazer uma diferença positiva nas comunidades onde operamos.” diz ainda.