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As políticas de inclusão dos retalhistas em Portugal

Quais as políticas de equidade, diversidade e inclusão dos retalhistas com operação em Portugal? Formam e integram nas suas empresas pessoas com incapacidade física, intelectual e em situação de desvantagem no acesso ao mercado de trabalho? Promovem ambientes de trabalho inclusivos? Fomos à procura das respostas

Rita Gonçalves
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As políticas de inclusão dos retalhistas em Portugal

Quais as políticas de equidade, diversidade e inclusão dos retalhistas com operação em Portugal? Formam e integram nas suas empresas pessoas com incapacidade física, intelectual e em situação de desvantagem no acesso ao mercado de trabalho? Promovem ambientes de trabalho inclusivos? Fomos à procura das respostas

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Quais as políticas de equidade, diversidade e inclusão dos retalhistas com operação em Portugal? Formam e integram nas suas empresas pessoas com incapacidade física, intelectual e em situação de desvantagem no acesso ao mercado de trabalho? Promovem ambientes de trabalho inclusivos? Fomos à procura das respostas

A Padaria Portuguesa: “Transformar vidas individuais e construir uma comunidade forte e empoderada”

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A Padaria Portuguesa assinou recentemente o Compromisso com a Inclusão, iniciativa promovida pelo Inclusive Community Forum (ICF). “É o primeiro passo da jornada para a inclusão criada pelo ICF, que apoia as empresas a concretizar a sua vontade de fazer caminho no recrutamento inclusivo”, afirma Susana Rosa, diretora de recursos humanos, em entrevista ao Hipersuper, acrescentando que, apesar de consciente dos desafios, a empresa procura fazer a diferença na vida das pessoas, transformando a incapacidade em capacidade, onde todos contam e todos contribuem”.
Desde 2014 que A Padaria Portuguesa integra pessoas com deficiência, trabalhando em parceria com associações como a Crinabel, Fundação Liga, APSA (Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger) e AAMA (Associação Atividade Motora Adaptada), entre outras. “Temos vários colaboradores que iniciaram o percurso profissional connosco e desempenham funções nas diferentes áreas da organização – lojas, fábrica, centro logístico e academia de formação”, conta Susana Rosa, sublinhando que a estratégia passa por garantir igualdade de oportunidades para candidatos com diferentes incapacidades, a adaptação do local de trabalho (sempre que possível) para acomodar necessidades específicas e programas de formação adaptados para promover a autonomia, estimulando o desenvolvimento e valorizando as capacidades individuais.
“As pessoas com incapacidade têm um papel crucial e inspirador no mercado de trabalho. Vemos a sua integração de forma muito positiva, pois estas pessoas são agentes de mudança, que não apenas contribuem para o sucesso da organização, mas também capacitam outros colegas e inspiram a comunidade empresarial a adotar práticas cada vez mais inclusivas”, defende a gestora, sublinhado que, criar ambientes de trabalho onde as pessoas, independentemente das suas capacidades, se sintam valorizadas, respeitas e capacidades, permite, ao mesmo tempo, “transformar vidas individuais e construir uma comunidade mais forte e empoderada, onde todos podem crescer e evoluir, juntos”.

Auchan: “Queremos criar ambiente onde inclusão não é uma prática mas uma forma natural de operar”

A Auchan tem atualmente 2,2% de trabalhadores com deficiência na sua força de trabalho que ocupam diversas funções na organização, com diferentes níveis de responsabilidade. Mas, a maioria desempenha o cargo de operador de hipermercado, avança Rita Cruz, diretora de responsabilidade corporativa e social da Auchan Retail Portugal, em declarações ao Hipersuper. A retalhista está comprometida com a gestão da diversidade, nomeadamente através da integração de pessoas com incapacidade física e intelectual, promovendo boas práticas na área da igualdade de oportunidades, valorizando capacidades e competências profissionais e contribuindo para a mudança de comportamento no sentido de prevenir e eliminar as discriminações com base na diferença, garante.
“A assinatura do Compromisso com a Inclusão, em 2021, representou um marco significativo, promovendo uma mudança fundamental na nossa consciencialização e abordagem em relação à inclusão”, conta a gestora, salientando que a reflecção sobre este compromisso permitiu identificar áreas a apostar através de iniciativas destinadas a aprimorar a integração de pessoas com deficiência.
A empresa colabora com organizações especializadas para obter insights sobre as necessidades específicas das pessoas com incapacidade física e intelectual. “Este diálogo contínuo tem sido essencial para orientar as nossas iniciativas e garantir que estamos a adotar abordagens eficazes e centradas nas pessoas. Estamos focados em criar um ambiente onde a inclusão não seja apenas uma prática, mas sim uma forma natural de operar na nossa empresa”, salienta Rita Cruz, dando com o exemplo um projeto concluído este ano, em parceria com Valor T (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), que resultou numa análise detalhada das funções existentes na empresa, que permitirá facilitar a identificação de perfis para integração de pessoas com deficiência em loja.
Além do recrutamento, a abordagem inclusiva abrange as políticas retributivas, o acesso à formação, as oportunidades de promoção interna e as considerações relativas à condição de reforma.
Mais do que assumir uma postura ética e socialmente responsável, a inclusão de pessoas com incapacidade no mercado de trabalho traz benefícios para o ambiente empresarial e para a sociedade, defende Rita Cruz. “Ao proporcionar oportunidades iguais para todos, independentemente das suas capacidades, promovemos um ambiente de trabalho mais enriquecedor, onde a diversidade de perspetivas e experiências contribui para a inovação e resolução de desafios de forma mais abrangente”.
A Auchan tem como objetivo que esta integração seja visível de forma transversal em todas as áreas de negócio e na sua forma de atuar na comunidade. “O desenvolvimento de uma cultura de diversidade e inclusão é um trabalho de continuidade, com parcerias estabelecidas que nos permitem trabalhar em redes que juntam empresas, universidades, organismos governamentais e organizações sociais”, vinca.

Burger King: “Cultura inclusiva celebra diferenças e promove crescimento pessoal e profissional”Burger King

Independentemente do tipo de deficiência, o Burger King gera oportunidades de trabalho nos escritórios e restaurantes, através de uma política de recrutamento geradora de uma cultura inclusiva que celebra as diferenças e promove o crescimento pessoal e profissional, afiança Joel Silva, responsável pela seleção, formação e desenvolvimento de pessoas. “Os colaboradores com algum tipo de incapacidade identificada entram no restaurante como qualquer outro colaborador, assumindo responsabilidades à medida que a experiência aumenta, com possibilidade de construir um plano de carreira completo dentro da empresa”, explica o responsável, enfatizando que estes trabalhadores não se limitam a desempenhar tarefas básicas e simples, aprendendo ao seu próprio ritmo, tal como os restantes trabalhadores a aprenderem a sua função. “A todos é dada a possibilidade de decidirem o seu caminho e traçarem os seus próprios objetivos”, garante.
Quer em Portugal quer em Espanha, a cadeia está empenhada na acessibilidade universal para pessoas com deficiência, através da constituição de parcerias com associações para a inclusão social e laboral nos seus restaurantes, frisa Joel Silva.

Coviran: “ Inclusão não é questão de quotas, mas oportunidade para valorizar habilidades únicas”

A Coviran foi reconhecida como entidade empregadora inclusiva, com o prémio “Marca Entidade Empregadora Inclusiva 2023”, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) no final do ano passado. A cooperativa de distribuição de origem espanhola estabeleceu parcerias com a Fundação La Caja (programa Incorpora) e com a Câmara Municipal de Sintra (SintraInclui) para a integração de pessoas em situação de pobreza, com deficiência, vítimas de violência e refugiados nas sua sede e nas plataformas. Promove ainda protocolos com escolas e centros de formação especializados para preparar estagiários para o mercado de trabalho, independentemente da sua condição física ou mental.
Atualmente, emprega duas pessoas com incapacidade, uma das quais decorrente de uma doença incapacitante. “Colaboradores com diferentes experiências e perspetivas contribuem para um ambiente mais criativo, inovador e resiliente”, considera Acácio Santana, diretor geral da Coviran em Portugal, ressalvando que a inclusão não é uma questão de cumprimento de quotas, mas uma oportunidade para valorizar as habilidades únicas de cada indivíduo. “Ao criar um ambiente que promove a inclusão, estamos a construir uma equipa mais forte e coesa, capaz de enfrentar os desafios do mercado de forma mais eficaz”, sustenta o gestor.

Domino’s: “Integração de pessoas com deficiência é acelerador de desenvolvimento de soft skills”

Da estratégia de contratação da Domino’s faz parte a partilha das necessidades de recrutamento com instituições e organizações que reúnem candidatos com incapacidade física e intelectual para integrar os processos de recrutamento e ainda estágios como forma de preparação para o mercado de trabalho. Como nas pizzarias a necessidade de destreza é elevada, para por exemplo estirar a massa, colocar e retirar produtos do forno, cortar e embalar, explica Salomé Barreira, people&central services director em Portugal, as pessoas com deficiência física assumem maioritariamente as funções de insider (pizza maker) e de gestão de loja, assim como cargos no escritório. A empresa também contrata pessoas com incapacidade intelectual para desempenhar funções quer em loja quer no escritório.
Apesar da cultura de inclusão promovida pela empresa, Salomé Barreira assume que não está explorada a 100%. “Gostávamos de ter mais candidatos, de forma espontânea, nos nossos processos de seleção”, indica a responsável, salientando, por outro lado, que o suporte das instituições que têm estas pessoas identificadas “é fundamental”, através de um trabalho “proativo e dinâmico, para que a empregabilidade neste âmbito se torne um assunto ‘normal’ e valorizado”.
A responsável chama a atenção para o facto de as empresas, independentemente do setor de atividade, não poderem esperar três ou quatro meses para preencher vagas de processos de recrutamento, enquanto as entidades fazem o seu caminho interno para encontrar os candidatos mais adequados. “É importante que estes estejam identificados previamente e preparados para integrar o mercado de trabalho. As velocidades estão desencontradas”, admite.
A Domino’s pode ser “um apoio importante a nível de processos de formação on job, que depois levam à contratação”, realça a responsável, dando como exemplo um projeto em curso que acolheu dois jovens com deficiência intelectual para um estágio, que começou com tarefas simples, como lavar, limpar, arrumar, dobrar caixas, e evoluiu para a função de pizza maker.
O envolvimento de toda a equipa, desde tutores a chefias, funciona como “um importante acelerador dos processos de desenvolvimento de soft skills no geral, e da empatia, em particular. Leva-nos a ter um olhar ainda mais humanizado sobre as relações de trabalho”. Além disso, aguça a capacidade de adaptação, flexibilidade e criatividade, competências tão importantes nos dias de hoje”, termina.

El Corte Inglés: “O sucesso dos projetos de inclusão social e profissional reside na capacidade de adaptar”

A política de emprego do El Corte Inglés para pessoas com deficiência, seja física ou intelectual, assenta em dois eixos principais: por um lado, na vontade e disponibilidade para acolher a diferença, “seja ela qual for” e, por outro lado, na capacidade de resposta a qualquer situação de enquadramento profissional deste público vulnerável, diz Paula Lobinho, responsável de diversidade e inclusão.
A experiência e o conhecimento adquiridos ao longo de 20 anos, fruto do trabalho com os parceiros sociais, mostrou que o sucesso destes projetos reside na capacidade de adaptar: as fases do recrutamento e seleção, formação, acompanhamento, avaliação, posto de trabalho, horário, além da permanente sensibilização das equipas, constata Paula Lobinho.
Atualmente, um total de 3% dos trabalhadores do El Corte Inglés têm um diagnóstico de incapacidade igual ou superior a 60% e, desses, 16% têm DID (Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento). Trabalham em diversas áreas e funções, nomeadamente no supermercado, desenvolvendo funções de reposição, na restauração, como cozinheiros, mas também em áreas de serviços, em tarefas como a receção de mercadoria, manutenção, preparação e envios de mercadoria. “Temos colaboradores com DID há 18 anos na empresa, com horários e funções totalmente ajustadas às suas capacidades e rotinas”, salienta a responsável.
As práticas de inclusão social e profissional desenvolvidas com os parceiros sociais e as comunidades onde a empresa de grandes armazéns está integrada fazem parte da cultura e estratégia de responsabilidade social. “Procuramos, desta forma, contribuir para a redução das desigualdades através de um modelo empresarial comprometido com a inclusão social e profissional das pessoas com deficiência”, concentrando os esforços e o investimento nas necessidades atuais. “Esta jornada é construída com as ações do dia-a-dia e a criação de oportunidades de trabalho para este público vulnerável. É fundamental que esteja representado”, sustenta Paula Lobinho.

Fnac: “O objetivo é tirar partido não das diferenças, mas do potencial de cada um”

Fnac

Na Fnac não há um programa específico para empregar pessoas com incapacidade. Há, sim, uma consciência coletiva de promoção de valores como a igualdade, diversidade e inclusão, assegura Rita Mingatos, responsável pelas áreas de recrutamento e desenvolvimento de talento&comunicação e cultura organizacional. “O eixo da diversidade, equidade e inclusão tem sido um dos pilares chave da nossa estratégia de comunicação interna e cultura organização”, afirma, salientando que as empresas devem “ser um reflexo daquilo que se quer cultivar na sociedade, tendo a responsabilidade de abrir o caminho para o que se quer ver amanhã”.
A ideia é que a integração de pessoas com incapacidade seja uma “prática natural e, acima de tudo, orgânica” e, talvez seja isso a existência de “tantos casos de sucesso”. A retalhista trabalha com a associação Salvador, entre outras entidades que promovem a integração. “O nosso compromisso, enquanto marca empregadora, é continuar o caminho evolutivo que temos vindo a fazer e ir além do que está estipulado na lei tendo, para isso, um papel muito ativo nesta matéria”, adianta Rita Mingatos, acrescentando que a empresa estabeleceu como objetivo que, em 2025, os trabalhadores portadores de alguma deficiência representem 3% da sua força de trabalho “com vínculos contratuais estáveis, contribuindo para a sua autonomia e vida ativa”.
Tendo como objetivo “tirar partido não das diferenças, mas do potencial de cada um”, a Fnac acredita em valores de liberdade, de respeito pela individualidade e da importância de saber cultivar a diferença”, resume Rita Mingatos.

Jerónimo Martins: “Criámos metodologia inovadora de formação e desenvolvimento, customizada para cada formando”

A Jerónimo Martins, dona da cadeia de supermercados Pingo Doce, criou em 2015 o programa Incluir com a missão de recrutar, formar e integrar pessoas com incapacidade física, intelectual ou sensorial, com desvantagem no acesso ao mercado de trabalho e em situação de exclusão social. Este programa materializou-se no final de 2021 com a abertura do Centro Incluir, na loja de Telheiras, em Lisboa, e em julho de 2022 com a inauguração do Centro Incluir, no Porto. “Estes centros funcionam com base numa metodologia inovadora de formação e desenvolvimento, customizada para cada formando e adaptada às funções que podem ser desempenhadas em cada um dos negócios do grupo”, explica Susana Correia de Campos, diretora relações laborais do grupo Jerónimo Martins.

Leroy Merlin: “No nosso modelo de liderança, diversidade e inclusão são garantidas”

“Estamos comprometidos com o propósito de fazer da nossa casa um lugar positivo para viver e isso assenta numa cultura de valores e modelo de liderança onde a diversidade e a inclusão são garantidas”, sinaliza Sara Sousa, responsável de gestão e desenvolvimento de talento na Leroy Merlin. Atualmente, trabalham na insígnia mais de 50 trabalhadores diagnosticados com 60% ou mais de incapacidade. “Nos últimos dois anos, contratámos cerca de 30 pessoas com diferentes tipos de incapacidade”, conta a responsável, acrescentando que a empresa tem “vários estágios inclusivos a decorrer, o que acaba por ser uma excelente oportunidade para ambas as partes, na medida em que, em muitos casos, estas pessoas acabam por integrar a nossa empresa após o período de estágio”, sublinha.
A retalhista criou o programa “Somar à diferença” que integra iniciativas de recrutamento inclusivo (empresa tem um guia de recrutamento inclusivo para sensibilizar e apoiar as equipas de recursos humanos e managers nas entrevistas e é identificado um tutor para apoiar os candidatos), formação (além de um plano de formação global de diversidade e inclusão, promove um plano de formação de viés inconsciente para managers e ações de formação em formato e-learning para os todos os colaboradores), flexibilidade no trabalho (adaptação do posto de trabalho) e código de ética ( formaliza como deverá ser a atuação e comportamento dos colaboradores).

MC: “Acreditamos no valor da singularidade para a construção de uma empresa”

Em 2020, a Sonae estruturou a estratégia de diversidade, equidade e inclusão que passou a endereçar cinco dimensões, entre as quais as incapacidades. “Esta dimensão da diversidade beneficia de uma abordagem sistémica, pelo que, entre outros, revimos processos e procedimentos de recrutamento, redefinimos o onboarding e desenvolvemos formação específica tanto para a liderança como para as equipas naturais”, conta Catarina Fernandes, area leader of learning, development and inclusion da MC, ao Hipersuper.
Embora faça já parte da cultura da empresa da Maia há alguns anos, a dona dos super e hipermercados Continente tem vindo a trabalhar estes temas de forma mais focada nos últimos anos. “Acreditamos no valor da singularidade para a construção de uma empresa, equipas e sociedade cada vez mais equitativas”, salienta.
A empresa estabeleceu parcerias com associações especializadas, como a VilacomVida e a Valor T, para reforçar o recrutamento inclusivo em toda a organização, “nomeadamente com pilotos de integração de pessoas com incapacidade cognitiva ou de desenvolvimento intelectual nas nossas lojas”, afirma Catarina Fernandes, acrescentando que estes projetos resultam em “impactos muito positivos” para as equipas envolvidas e as pessoas contratadas, “com taxas de integração com contrato sem termo significativas”.

McDonald’s: “Temos responsabilidade de ser um exemplo no recrutamento e gestão de talento”

A McDonald’s dá emprego a mais de dez mil pessoas em Portugal. Cada restaurante emprega cerca de 50 pessoas, contratadas na sua grande maioria na região. “Sendo um dos maiores empregadores em Portugal, e, dada a nossa escala e liderança, temos responsabilidade de ser um exemplo nas práticas de recrutamento e de gestão de talento”, afirma Sofia Mendonça, diretora de recursos humanos da cadeia de fast food. “Acreditamos que a diversidade e, particularmente, a inclusão de pessoas com necessidades especiais tem um papel fundamental na competitividade das empresas, na sustentabilidade de longo prazo das organizações e, naturalmente, na promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, acrescenta, salientando que “diferentes perspetivas e experiências têm impacto positivo no ambiente de trabalho, impulsionam a inovação e contribuem para o desenvolvimento de competências interpessoais e de gestão de equipas”.
A empresa que é, desde 2018, signatária da Carta Portuguesa para a Diversidade integra nos seus restaurantes pessoas com diferentes necessidades especiais, físicas e intelectuais, como síndrome de down, autismo, surdez, entre outras, para funções que variam entre operadores, treinadores, relações-públicas e assistentes administrativos. “O objetivo é continuar a apostar, de forma responsável, na inclusão de mais pessoas, assim sejam identificadas necessidades e oportunidades localmente. À data, 60% dos colaboradores com necessidades especiais que trabalham connosco apresentam surdez”, conta Sofia Mendonça.
Para isso, a empresa estabeleceu parcerias tanto a nível local, através dos restaurantes e franquiados, como a nível nacional, como é exemplo a parceria de quase 20 anos com o Centro de Recursos da Casa Pia de Lisboa.

Os Mosqueteiros: “Inclusão de pessoas com incapacidade pode impulsionar inovação”

Com um modelo de negócio que promove a gestão independente das lojas, o grupo Os Mosqueteiros, dono das insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady em Portugal, garante que todos os espaços promovem práticas inclusivas e, muitos deles, empregam pessoas com incapacidade em funções diversificadas. “Valorizamos muito a diversidade e estamos muito empenhados em promover um ambiente inclusivo”, afirma Rita Ferreira, responsável de direção de comunicação institucional do grupo de origem francesa. Na sua opinião, a inclusão de pessoas com incapacidade contribui para uma cultura organizacional mais rica e dinâmica. “A sua presença pode impulsionar a inovação, levando a soluções criativas para desafios específicos. A inclusão cria ainda um ambiente de trabalho mais solidário que beneficia todos os colaboradores e pode melhorar a comunicação interna”.
Rita Ferreira lembra que o grupo têm participado em iniciativas destinadas a promover os direitos das pessoas com deficiência. Um exemplo recente é o apoio financeiro dado ao Prémio de Inovação Tecnológica Engenheiro Jaime Filipe, desenvolvido na área da inovação tecnológica, através de invenções, projetos ou produtos tecnológicos, com o pressuposto de contribuir para a melhoria das condições de vida das pessoas com deficiência.

Worten: “ Diversidade traz benefícios, a longo prazo, na capacidade competitiva”

A Worten criou, em 2019, o plano de diversidade e inclusão, sustentado em ações e métricas de acompanhamento. A partir do feedback dos colaboradores através de questionários de clima social, a marca identificou quatro prioridades, entre as quais a inclusão de pessoas com deficiência. “Ficou claro que um dos aspetos muito relevantes seria a sensibilização e formação de toda a população, porque acreditamos que este caminho só se faz com o envolvimento de todos. Neste sentido, tem havido um forte investimento em comunicação, formação e envolvimento dos colaboradores”, enfatiza Inês de Castro, head of people da cadeia de distribuição de eletrónica e tecnologia do grupo Sonae. “Já impactámos diretamente mais de 4200 colaboradores, com boas avaliações nas diferentes formações e ações (com uma avaliação média de 4,5 em 5) e excelentes feedbacks espontâneos por parte dos colaboradores, indicando o orgulho que sentem na evolução” da empresa.
A retalhista está atualmente a trabalhar em parceria com 50 instituições e associações, através de recrutamento de perfis, independentemente do grau de incapacidade, de formação e desenvolvimento dos seus membros, com ações como a preparação para o mercado de trabalho, construção de CV, preparação para uma entrevista, entre outras. “A parceria com estas entidades é essencial durante todo o processo de contacto com a pessoa com deficiência, seja durante o recrutamento, no onboarding e até ao longo do seu crescimento e desenvolvimento na empresa, por forma a garantirmos a sua segurança psicológica e potenciar a evolução na empresa”, explica Inês de Castro.
A Worten criou um guião de entrevista e um guião de boas práticas no acolhimento para apoiar os líderes quando estão a entrevistar ou a acolher alguém com deficiência. Após o processo de recrutamento, a pessoa é acompanhada inicialmente e regularmente pela equipa de segurança e saúde no trabalho, para que tenha todas as condições e conforto para desenvolver a sua função, sublinha a responsável.
“Criámos também eventos que colocam os colaboradores a sentir algumas das dificuldades pelas quais passam as pessoas com deficiência, para fomentar a empatia (…) e desafiamos os líderes que têm pessoas com deficiência na sua equipa a partilharem o seu testemunho no acolhimento destes perfis, quer os desafios, quer as mais valias e pontos positivos”, conta.
A retalhista tem colaboradores com deficiência no escritório, centro técnico de reparações, entreposto e nas lojas, através de contratos e estágios, que têm como objetivo a adaptação gradual das equipas e da própria pessoa ao ambiente e ritmo de trabalho.
Em termos de formação, a insígnia aposta num programa de e-learning obrigatório e transversal a todos os colaboradores com o objetivo de sensibilizar para as temáticas gerais e transversais da diversidade e inclusão: estereotipo, preconceito e enviesamento inconsciente, que passou a fazer parte do onboarding de todos os novos colaboradores.
“Acreditamos que a integração de perfis mais diversos tem como retorno a maior satisfação dos colaboradores (promovendo a retenção), reforça a nossa capacidade de atração de talento no mercado, além de proporcionar ganhos ao nível da diversidade de ideias e de métodos de trabalho, pois acreditamos que uma Worten mais diversa terá benefícios, a longo prazo, na capacidade competitiva da empresa”, termina Inês de Castro.

Zara Home for&from emprega 17 pessoas com necessidades especiais

Depois de Espanha e Itália, o conceito de loja solidária da Zara Home abriu no final de janeiro em Portugal. O projeto for&from foi pensado para ajudar a integrar pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho e, em Portugal, resulta de uma parceria entre a marca espanhola e a Associação VilacomVida.
A Zara Home for&from abriu portas no Freeport Lisboa Fashion Outlet, em Alcochete. Com uma superfície comercial de 150 metros quadrados, dedicada à exposição e venda das coleções de campanhas anteriores, a loja emprega 17 pessoas com incapacidade física, intelectual ou sensorial.
A gestão da loja está nas mãos da Associação VilacomVida. O projeto recebeu um donativo inicial da Indifex para a abertura da loja mas a ideia é que seja autosustentável através da venda dos produtos a preços reduzidos. As receitas revertem integralmente para projetos sociais da associação.
O conceito for&from nasceu em 2002 com a abertura de um loja Massimo Dutti em Palafolls, Barcelona. Estendeu-se a outras marcas do grupo Inditex, como a Pull&Bear, Bershka e Stradivarious, entre outras, e soma atualmente 16 lojas (14 em Espanha, uma em Itália e outra em Portugal). Até à data, criou oportunidades laborais para cerca de 750 pessoas e gerou lucros de cerca de oito milhões de euros para as entidades gestoras.


*Artigo originalmente publicado na edição 420

Sobre o autorRita Gonçalves

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Leia a edição 427

Estes são alguns dos destaques da edição 427 do Hipersuper: entrevista com Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, que enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca. Em entrevista ao nosso jornal não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.

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Estes são alguns dos destaques da edição 427 do Hipersuper:

  • Entrevista com Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, que enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca. Em entrevista ao nosso jornal não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.
  • Entrevista com António Silvestre Ferreira, administrador da Vale da Rosa,  que é um homem apaixonado por Ferreira do Alentejo. Quando regressou do Brasil, foi na sua terra que decidiu implantar o projeto de produção de uvas sem grainha que desenvolve há mais de 20 anos na Herdade Vale da Rosa. A marca internacionalizou-se já há vários anos, mas é na sua Ferreira do Alentejo que continua a investir.
  • Mafalda Franco Frazão, head of sales da Google Portugal, antecipa em conversa com o Hipersuper a peak season e sublinha a importância estratégica do e-commerce para o crescimento do retalho em Portugal.
  • José Frazão, CEO da Exposalão, que dinamiza a Expoalimenta,  fala sobre esta feira profissional dedicada a todas as empresas que fornecem e suportam o setor alimentar, que abrange um vasto leque de áreas,  desde máquinas, equipamentos e acessórios para preparar, acondicionar, embalar e processar até aos alimentos e bebidas, e que regressa à Exponor de 24 a 26 de outubro.
  • Fomos saber mais sobre O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, a marca por trás da Comur – Fábrica de Conservas da Murtosa. Desta fábrica, uma das poucas em Portugal a manter métodos de produção artesanais, saem conservas que brilham nas 20 lojas em Portugal e na loja na Times Square, Nova Iorque.
  • Está a IA a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam talentos? Fomos saber junto de alguns dos principais players do setor.
  • ‘Crescimento e Sustentabilidade’ foi o lema do 9º Congresso da Indústria Agro-alimentar, que se realizou em Lisboa numa organização da FIPA. Um evento a pensar na dimensão desta indústria, “que é não só o pilar fundamental da nossa economia, mas também um agente incontornável na concretização de muitos dos desafios da sociedade”, como afirmou o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, Jorge Tomás Henriques.
  • Pedro Queiroz, diretor-geral da FIPA, assegura em entrevista ao nosso jornal que a indústria agro-alimentar está determinada “em posicionar-se na vanguarda da transição para a sustentabilidade”. Mas defende que é preciso uma atenção às necessidades de certos setores e empresas, em particular as PME, “que podem ter dificuldades com algumas das medidas/políticas que decorrerão do processo e da transição”.
  • Jaime Piçarra, secretário-geral da IACA e recentemente nomeado perito junto da NATO para a área da segurança alimentar, reflete sobre a importância de capacitar a indústria alimentar para o crescimento e sustentabilidade. Um artigo de opinião a ler nesta edição.
  • Tendo como tema central ‘Logística: Desafios e Inovação para o Futuro’, o 26º congresso anual da Associação Portuguesa de Logística reuniu, em Lisboa, especialistas, empresas e profissionais do setor para debater os desafios que o setor da logística e transportes enfrenta. Fazemos um resumo do que se passou neste que já um congresso obrigatório para os profissionais deste setor.
  • Em entrevista ao Hipersuper, Afonso Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Logística, sublinhou que as empresas do setor da logística e transportes precisam que avance o TGV entre Lisboa e Porto e a ligação entre Lisboa e Madrid, que é urgente terminar a nova ligação entre Sines e a fronteira espanhola, avançar a nova fase de Sines e, acima de tudo, “que se tomem as decisões certas com uma visão estratégica em termos logísticos para o país e com uma rapidez bem superior ao passado”.
  • João Baluarte, sócio responsável pelos estudos financeiros na OnStrategy, evidencia a força crescente de algumas marcas nacionais que têm conseguido afirmar-se num mercado altamente competitivo, impulsionadas pela consolidação, internacionalização e um contexto económico mais favorável. E aponta em entrevista: “a existência de marcas verdadeiramente globais continua a ser um dos calcanhares de Aquiles do nosso crescimento económico. Com algumas exceções, continuamos a ter marcas, na sua grande maioria orientadas ao mercado nacional”.
  • O Hipersuper esteve na Fruit Attraction que encerrou a sua 16ª edição com números históricos em termos de participação. Segundo dados oficiais, a feira organizada pela IFEMA Madrid e pela FEPEX, registou a presença de 117.370 profissionais oriundos de 145 países, o que representa um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Nesta feira, os prestigiados World Food Photography Awards, agora patrocinados pela Bimi Tenderstem Broccolini, reuniram um leque variado de fotografias galardoadas ao longo dos dez anos do concurso, que chamaram a atenção dos participantes da feira internacional, que foi ainda escolhida como local de apresentação da nova imagem dos WFPA.

Além disso, nesta edição pode ler os nossos especiais sobre alimentação saudável, pagamentos e logística. Também nesta edição os artigos de opinião de Sara Monte e Freitas, Emanuele Soncin, José Núncio, José Pedro Fernandes, David Lacasa, Manuel Pinheiro, Graça Mariano e a análise da Kantar sobre Higiene e Beleza.

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Leia a edição 426 + Especial Fruit Attraction 2024

Já pode ler a edição de setembro do Hipersuper que conta com um trabalho especial sobre a presença portuguesa promovida pela Portugal Fresh na Fruit Attraction 2024.

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Em entrevista ao nosso jornal, Pedro Subtil, presidente do Grupo os Mosqueteiros em Portugal, comenta os resultados de 2023, destacando um crescimento sólido com um volume de negócios de 2,9 mil milhões de euros, um aumento de 7,8% face ao ano anterior. Pedro Subtil aborda também os desafios da estrutura de gestão descentralizada e os planos ambiciosos para 2024, incluindo a abertura de novas lojas e o reforço do comércio eletrónico.

Também em destaque nesta edição uma entrevista com Carlos Gonçalves, CEO e co-fundador da Casa Mendes Gonçalves que chegou ao mercado há 42 anos e logo com um produto que tanto teve de arriscado como de inovador: o vinagre de figo firmou-se e provou que vale a pena arriscar e diferenciar-se. E os dois fundadores, responsáveis pelo seu lançamento, mostraram que inovar e apoiar a produção nacional, vale ainda mais a pena. Uma entrevista que vale a pena ler.

Também fomos conversar com Jaime Piçarra que tem dedicado a sua vida às questões da segurança alimentar e da importância da gestão agroalimentar tanto na geopolítica nacional e mundial como na vida dos cidadãos. Foi recentemente nomeado perito nacional na Organização do Tratado do Atlântico Norte, na área da segurança do abastecimento e passa assim a integrar o Grupo de Planeamento de Agricultura e Alimentação da NATO. “Não podemos negar as situações climáticas, temos que tentar fazer tudo aquilo que é possível para mitigá-las, mas sem comprometer a função da agricultura, que é a produção de alimentos”, sublinha nesta entrevista ao Hipersuper.

Na rubrica Inovação pode conhecer a UvineSafe que quer estimular as defesas naturais e combater as pragas na vinha.

Não apenas em Portugal, mas a nível da União Europeia, é cada vez mais importante apostar numa política de armazenamento de água nos períodos de abundância, para que seja utilizada nos períodos de seca. É o que defende a Federação Nacional de Regantes de Portugal. “Temos de dar prioridade à resiliência hídrica, vital para o futuro da Europa, nomeadamente da segurança alimentar, da competitividade e da coesão social e territorial”, alerta José Núncio, presidente da FENAREG, nesta entrevista ao Hipersuper.

A cidade de Viseu recebe, em novembro, os World Cheese Awards 2024. Considerados os ‘Óscares do Queijo’, decorrem pela primeira vez em Portugal. Motivo para uma entrevista a Bruno Filipe Costa, o impulsionador da vinda do evento para Portugal.

Nesta edição fizemos a pergunta: será que ser distinguido com os prémios Cinco Estrelas, Escolha do Consumidor, Produto do Ano, Sabor do Ano ou Superbrands faz a diferença junto dos consumidores? Uma das conclusões é clara: “Os consumidores tendem a confiar mais em produtos que detenham distinções reconhecidas”. A ler nesta edição.

As frutas, legumes e flores produzidos no nosso país continuam a dar cartas nos mercados internacionais e a crescer. Este ano a Fruit Attraction vai contar com a maior representação portuguesa de sempre. Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, antecipa um momento histórico para o setor na Fruit Attraction, em Madrid: 54 participantes e um stand de 708m2, num trabalho especial onde os produtos portugueses estão em destaque.

São vários os especiais que completam a nossa edição de setembro. Falamos de vinho, queijo e charcutaria. Fomos perceber tendências, desafios e saber as novidades. Também fomos saber quais os grandes desafios da logística urbana que os players do setor estão a enfrentar.

A sustentabilidade é outro dos temas que marca esta edição onde pode conhecer a estratégia e alguns dos melhores exemplos do que se tem feito no nosso país.

Contamos ainda com a opinião de Sara Monte e Freitas, partner da Monte e Freitas | ERA Group, de Marta Ribeiro, consulta da Michael Page, do enólogo Tiago Macena, de Paulo Amorim, presidente da direção da Anceve, de Maria Ramos, fermented product formulation da Casa Mendes Gonçalves, de David Lacasa, partner da Lantern, e de Bernardo Samuel, Adecco Recruitment Director. Eduardo Serra, Client Manager na Kantar, escreve sobre ‘Higiene do lar’.

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Leia a edição 425

A APED apresentou a sua visão estratégica até 2026, assente em quatro grandes eixos que pretendem redefinir o setor e as suas oportunidades e desafios. O mote perfeito para uma entrevista com José António Nogueira de Brito, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, onde explica estes eixos e destaca uma necessidade: a de que o setor e os seus players tenham uma maior participação no processo legislativo.

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A APED apresentou a sua visão estratégica até 2026, assente em quatro grandes eixos que pretendem redefinir o setor e as suas oportunidades e desafios. O mote perfeito para uma entrevista com José António Nogueira de Brito, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, onde explica estes eixos e destaca uma necessidade: a de que o setor e os seus players tenham uma maior participação no processo legislativo.

Também nesta edição de verão, pode ler uma entrevista com Raquel Vieira de Castro, CEO da Vieira, empresa histórica, referência na produção de bolachas, amêndoas e rebuçados e que tem na inovação um dos seus principais eixos de sustentabilidade.  “Nós temos que aceitar ser os desafiadores do mercado. Não podemos achar que as coisas vão perdurar para sempre. E, portanto, temos que ter a capacidade de as reinventar”, assume ao Hipersuper.

Nesta edição, que tem o mercado de bebidas em destaque, com muitas sugestões, tendências e novidades que as marcas lançaram para estes dias mais quentes, fomos saber junto das insígnias do retalho alimentar, quais são as grandes tendências de alimentação saudável e que investimentos estão a fazer nos formatos de conveniência.

Insígnias que são essenciais para a sustentabilidade da Operação Nariz Vermelho – Associação de Apoio à Criança. As parcerias com empresas do retalho alimentar como o Pingo Doce, Auchan, E.Leclerc e Continente, fazem a diferença para uma associação que há 22 anos mete o nariz onde é mais importante. Presente em 21 hospitais, 176 serviços, a Operação Nariz Vermelho acompanha 58% das crianças que se encontram nos hospitais do SNS. Vale a pena ler!

O projeto export.i9 surge renovado e fomos conversar com Christelle Domingos, diretora executiva da InovCluster, que sublinha a importância e a mais-valia que este projeto tem para a internacionalização das PMEs do setor.

Exportação que leva a todo o mundo a excelência dos produtos portugueses. Fomos falar com vários players que explicaram a importância que representam os mercados externos, os seus países alvo, os projetos de internacionalização e os desafios que enfrentam. Um dossier que pode ler a partir da página 36.

É incontestável: a Inteligência Artificial (IA) impacta todas as indústrias. As vantagens são inegáveis, mas os ciberataques potenciados por IA são uma das maiores preocupações e lideram mesmo as classificações de risco emergente. Fomos ouvir alguns especialistas e perceber como a inteligência artificial impacta a cibersegurança.

Também fomos conversar com Filipe Ribeiro, presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP), que representa cerca de 90% da produção de pera em Portugal. A par da Bélgica, Holanda, França, Espanha e Itália, Portugal é um dos seis principais países europeus produtores de pera. “A DOP Pera Rocha do Oeste tem sido determinante para o setor”, sublinha.

Pelo terceiro ano consecutivo a José Maria da Fonseca Distribuição promove, em conjunto com a Ravasqueira, Lima & Smith e Quinta da Lagoalva, a campanha de recolha de rolhas com o nome “Vinhos que vão bem com o ambiente” e que, nos últimos dois anos, resultou na plantação de mais de 9500 árvores. Fomos saber mais de um projeto importante para todos os participantes e onde os consumidores têm um papel fundamental.

Conheça também o Zero, um software que controla toda a cadeia de gestão de resíduos e leia a entrevista com Carla Pinto, diretora executiva da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, que sublinha a preferência dos portugueses por estes espaços, cuja popularidade ultrapassou os níveis pré-pandemia.

A REDUNIQ juntou clientes e parceiros numa conferência que discutiu o papel do e-commerce no crescimento dos negócios. O Hipersuper esteve lá conversou com Carla Castro que assumiu este ano a liderança da unidade de e-commerce e parcerias da Unicre. Em declarações ao Hipersuper não tem dúvidas: “o sucesso dos nossos parceiros é o nosso sucesso e todas as ideias, todos os desafios, acabam por ser desafios para nós próprios evoluirmos e nos adaptarmos”.

Leia também os artigos de opinião de Emanuele Soncin, business unit director de Portugal, Espanha e França na Checkpoint Systems, de Ana Lourenço, gestora comercial e coordenação da SagalExpo – Sabores de Portugal, Vânia Padeiro, national sales manager na Massimo Zanetti Beverage Iberia, Sara Monte e Freitas, partner Monte e Freitas | ERA Group, e a habitual análise da Kantar.

Ainda nesta edição um desafio que o Hipersuper lançou e que Cláudio Martins, CEO da Martins Wine Advidor, aceitou de imediato: apresentar nas nossas páginas as suas recomendações de vinhos brancos para este verão.

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Leia a edição 424

João Melo, diretor-geral do Meu Super, está em destaque na edição 424 do Hipersuper. Em entrevista ao nosso jornal partilha as estratégias que têm levado ao crescimento e expansão da […]

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João Melo, diretor-geral do Meu Super, está em destaque na edição 424 do Hipersuper. Em entrevista ao nosso jornal partilha as estratégias que têm levado ao crescimento e expansão da cadeia de supermercados Meu Super, que se tornou uma referência quando falamos de proximidade.

Nesta edição pode também ler uma entrevista com a diretora executiva da ACIBEB. Ana Isabel Alves fala sobre o impacto socioeconómico do setor do vinho em Portugal, que gera 168 mil empregos e contribui significativamente para as receitas fiscais do país. A entrevista aborda ainda as políticas de preço, a importância da PAC e as novas tendências de consumo.

Estivemos na apresentação da Cofidis Portugal que revelou as conclusões do estudo europeu que analisa os hábitos de compra e pagamento dos consumidores. Carla Monteiro, responsável comercial da CofidisPay, destaca os principais resultados desse estudo fala sobre os objetivos e valores que a empresa continuará a defender.

A Missão Continente apresentou o Relatório de Impacto Social, que demonstra o compromisso da marca com a inclusão social, saúde e educação. Mais de 11 mil pessoas foram beneficiadas através de diversos projetos, mostrando a importância da transparência e do envolvimento comunitário. Fomos falar com Nádia Reis, diretora de comunicação e responsabilidade social do Continente, que sublinha: a transparência é mesmo “pedra basilar, é estrutura central naquilo que é a atuação da Missão Continente”.

Nesta edição de junho leia também a entrevista com Leonor Assunção, brand manager da marca Nacional do Grupo Cerealis, que destaca o papel significativo da marca no grupo e como tem equilibrado a sua herança com a necessidade de inovação para se manter relevante num mercado em constante mudança.

Esta edição, inclui também com um artigo sobre as bebidas de verão que combinam sabor, conveniência e responsabilidade ambiental, refletindo as mudanças nos hábitos de consumo e a crescente preocupação com a sustentabilidade. Escrevemos ainda sobre a importância das conservas no verão, enfatizando a conveniência e a praticidade desses produtos e a importância dos molhos e condimentos, especialmente em saladas e grelhados.

Também estivemos na presentação das tendências de consumo nos setores da panificação, pastelaria e chocolate para 2024, com foco em sustentabilidade, saúde e inovação. O estudo “Taste Tomorrow” identifica as preferências dos consumidores por produtos naturais, saudáveis e sustentáveis​​.

Fomos ouvir Bruno Borges, CEO da iServices, que fala sobre a evolução da empresa, os planos de expansão e as tendências no setor de tecnologia e Gonçalo Morais Tristão, presidente do CEPAAL, que entrevistamos, na sequência do 7º Congresso Nacional do Azeite. O responsável aponta a criação de mais valor à produção nacional como um dos grandes desafios do setor e a questão da água como um grande obstáculo.

Pode ler ainda como as alterações ao estilo de consumo moldam inovação nas águas e os artigos de opinião de Emanuele Soncin, business unit director de Portugal, Espanha e França da Checkpoint Systems, Sara Monte e Freitas partner da Monte e Freitas | ERA Group, Filipe Luz head of sales strategy & team performance da CEGOC, Vitor Ribeiro Gomes, CEO da Pendular e Patrícia Martins, consultora industrial na Bosch Industry Consulting e a análise de César Valencoso Consumer Insights Director da Kantar sobre  as Oito regras para uma inovação bem sucedida no Grande Consumo.

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Intermarché volta a marcar presença na Feira Nacional de Agricultura

O Intermarché volta a marcar presença na Feira Nacional de Agricultura, a decorrer até 16 de junho, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém. Este ano, […]

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O Intermarché volta a marcar presença na Feira Nacional de Agricultura, a decorrer até 16 de junho, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém. Este ano, a feira tem como tema a “Exploração Extensiva” e o Intermarché apresenta um stand renovado para receber todos os visitantes.

Durante a Feira, estão a ser realizadas provas de vinhos da marca Seleção de Enófilos, que proporcionarão aos visitantes a oportunidade de conhecer a qualidade e diversidade dos vinhos selecionados pelo Intermarché com a presença DE especialistas que presentes para esclarecer dúvidas e proporcionar uma experiência enriquecedora todos os dias pelas 18 horas.

Haverá ainda degustações dos produtos da marca PorSi, conduzidas pelos próprios produtores, permitindo aos visitantes conhecer a origem e os métodos de produção dos produtos Programa Origens.

O Programa Origens, iniciativa destinada a promover a produção nacional, terá um papel de destaque durante este evento. O Intermarché irá oferecer frutas provenientes de produção nacional, com o objetivo de promover os produtos locais e reforçar o compromisso do Intermarché com a sustentabilidade e o apoio aos produtores nacionais, avança a insígnia alimentar do Grupo os Mosqueteiros em comunicado.

 

 

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Auchan reforça compromisso com a proteção dos oceanos e junta-se à campanha da MSC

“Na Auchan, a sustentabilidade é um pilar estratégico e, por isso, aliamos a qualidade dos nossos produtos à necessidade de preservação do planeta.” destaca Rita Cruz, diretora de responsabilidade corporativa ambiental e social da Auchan Retail.

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A Auchan reforça a sua visão 2032 – Alimentar uma Vida Melhor e Preservar o Planeta – e junta-se à campanha da Marine Stewardship Council (MSC) que tem como mote ‘A Pesca Sustentável significa mais peixes’.

Com um compromisso assumido com a sustentabilidade, a Auchan assume, desde 2009,  uma política de comércio sustentável de pescado destacando-se dois compromissos da retalhista: a diminuição, suspensão ou cessação da comercialização das espécies que se identifiquem ameaçadas, tal como fez, em 2008, com todas as espécies de tubarão ameaçadas, tornando-se, assim, na primeira insígnia de distribuição internacional a implementar esta medida de resposta à situação de sobrevivência deste peixe emblemático; e, privilegiar a oferta de produtos provenientes de pesca sustentável ou com menor grau de risco para a biodiversidade. Exemplo disso são o Bacalhau Produção Controlada Auchan comercializado desde 2019 e a Pescada Congelada Auchan, ambos com uma certificação MSC, exemplifica a retalhista.

“Na Auchan, a sustentabilidade é um pilar estratégico e, por isso, aliamos a qualidade dos nossos produtos à necessidade de preservação do planeta. Já temos uma oferta de produtos da nossa marca com certificação por parte de entidades com quem colaboramos na procura por alimentos que promovam uma vida melhor para os nossos clientes. A campanha da MSC, em defesa dos nossos oceanos e da pesca sustentável, está muito alinhada com os nossos objetivos e, por isso, fez todo sentido podermos juntar-nos a esta causa”, explica Rita Cruz, diretora de responsabilidade corporativa ambiental e social da Auchan Retail.

“No MSC, valorizamos e apreciamos enormemente o apoio da Auchan Retail pela pesca sustentável e pelo trabalho que a nossa organização está a fazer em Portugal. Estamos convencidos de que, graças ao apoio de retalhistas como a Auchan Retail a iniciativas como o Dia Mundial dos Oceanos, avançamos para uma maior consciencialização da sustentabilidade do mar e dos seus produtos na sociedade em geral”, afirma Laura Rodríguez, diretora da MSC Portugal e Espanha.

Para assinalar e promover a preocupação com os oceanos, a MSC lançou uma campanha, que estará no ar até ao final de junho, e que pretende destacar o impacto positivo da pesca sustentável na preservação da vida marinha. Assim, na Auchan, existe uma seleção de produtos que têm o selo de certificação da MSC, que atestam a origem, confiança, credibilidade e manuseamento de peixes selvagens e outros produtos de mar.

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Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

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Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o […]

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O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o Comité Executivo do Grupo Fnac Darty e irá reportar diretamente ao CEO do Grupo Fnac Darty, Enrique Martinez.

Por sua vez, Domingo Guillén Figuerola, atual diretor de vendas omnical da Fnac Espanha, assumirá as funções de diretor-geral da Fnac Espanha, sucedendo a Annabel Chaussat, que ocupa a posição até 15 de junho de 2024. Domingo Guillén Figuerola ficará sob a responsabilidade hierárquica de Nuno Luz.

Nuno Luz iniciou o seu percurso na Fnac Portugal como diretor comercial, em maio de 2016, e assumiu a direção geral da empresa em outubro de 2017. Sob a sua liderança, a Fnac consolidou o seu crescimento e desenvolvimento de forma sustentada, impulsionados pela abertura de novas lojas FNAC e Nature & Découvertes, pela aquisição da PC Clinic e pelo aumento da venda de serviços. Recentemente, encabeçou, com sucesso, a operação de aquisição da MediaMarkt, em Portugal. 

É de recordar que o mercado ibérico é um mercado estratégico para o Grupo Fnac Darty, tendo registado 732 milhões de euros de vendas, em 2023. Na Península Ibérica, o Grupo conta com 88 lojas do universo Fnac.

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El Corte Inglés e To Be Green celebram parceria para dar nova vida aos têxteis usados

O El Corte Inglés e a To Be Green, spin-off da Universidade do Minho, celebraram uma parceria para, a partir de roupa usada e recolhida nas lojas El Corte Inglés […]

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O El Corte Inglés e a To Be Green, spin-off da Universidade do Minho, celebraram uma parceria para, a partir de roupa usada e recolhida nas lojas El Corte Inglés de Lisboa e Vila Nova de Gaia, produzir 300 novos artigos com o têxtil reciclado, dando-lhe uma segunda vida.

Os clientes podem agora deixar as suas roupas e outros têxteis num contentor próprio para o efeito, que se encontra no Espaço Resíduo 0, no piso -1 nos Grandes Armazéns de Lisboa e de Vila Nova de Gaia, informa a retalhista.

No âmbito deste projeto, a Universidade do Minho e o El Corte Inglés criaram um Concurso de Eco Design, dirigido aos alunos do último ano de licenciatura do Curso de Design e Marketing de Moda com o objetivo de encontrar a melhor proposta de design para a produção de aventais com o têxtil reciclado que, no futuro, serão utilizados pelas equipas de restauração do El Corte Inglés.

O projeto inclui ainda o fabrico de mantas a partir dos fios dos têxteis recolhidos, que serão depois entregues a várias instituições IPSS parceiras do El Corte Inglés. Para desenvolver esta componente do projeto e a sua implementação, participam também o CITEVE, como centro tecnológico e de investigação e várias empresas da Setor Têxtil e Vestuário (STV) portuguesas.

Este é o terceiro projeto de Economia Circular criado pelo El Corte Inglés. Em 2022 lançou a “É uma Cerveja”, uma cerveja artesanal feita a partir das sobras de pão dos Supermercados do El Corte Inglés e que está à venda também nos Supermercados e nos restaurantes da Associação CRESCER, que se dedica à empregabilidade de pessoas em situação de sem-abrigo. Parte das receitas reverte para a associação.

No ano seguinte, o El Corte Inglés lançou o “É um Gelado” em parceria com a gelataria Nannarella, que criou um sorvete feito a partir das frutas “menos bonitas” dos Supermercados El Corte Inglés. Também este produto está à venda no El Corte Inglés e Nanarella e parte das receitas reverte para a Associação CRESCER.

“Para o El Corte Inglés é um grande passo e um motivo de grande orgulho este novo projecto. Tem sido feito um investimento em projectos de economia circular que promovam o combate ao desperdício alimentar mas ainda estávamos a estudar a melhor forma de apresentar aos nossos clientes uma oportunidade de se desfazerem das suas roupas com a garantia de que teriam o melhor destino. Esta é a nossa proposta e com ela assumimos o compromisso de dar uma nova vida aos têxteis que nos forem confiados”, explica Vasco Marques Pinto, da área de responsabilidade social corporativa do El Corte Inglés.

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Gestão de pessoas é o maior desafio para as lideranças de organizações cada vez mais dependentes da tecnologia

Estudo da consultora QSP, organizadora do QSP SUMMIT, realizado a propósito da 17ª edição do evento, que vai decorrer de 2 a 4 de julho de 2024, no Porto – Matosinhos, com o mote ‘Rethinking Organizations’

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  • Modelos de educação e formação desajustados face às necessidades das organizações são um dos principais problemas identificados pelos profissionais do tecido empresarial.
  • Principais desafios para a gestão está nas pessoas, seja pela dificuldade de engagement dos colaboradores, seja pela de retenção de talento nas empresas.
  • Reconhecimento e valorização dos colaboradores (63,7%), comunicação aberta e transparente (52,6%), e uma liderança inspiradora (50,4%) são as três características consideradas mais importantes na gestão das organizações.
  • Gestores valorizam as pessoas, mas reconhecem a importância da tecnologia para o sucesso das organizações. A inteligência artificial (AI) será a tecnologia com maior impacto na gestão organizacional.

Quais são os principais desafios para o futuro empresarial? Como é que as organizações se estão a adaptar? E como é que os colaboradores sentem estas mudanças nas empresas onde trabalham? A QSP – Marketing Management & Research procurou responder a estas e outras questões, através de um estudo realizado no âmbito do lançamento de mais uma edição do QSP SUMMIT, junto de profissionais do tecido empresarial, sobretudo quadros médios e superiores, que partilham a sua visão sobre as mudanças e desafios inerentes ao mundo empresarial.

Para a grande maioria dos gestores que partilharam a sua visão sobre o mundo empresarial neste estudo, as pessoas assumem-se como o principal desafio de gestão. Tanto pela dificuldade de incutir uma cultura organizacional e o engagement dos colaboradores (apontada 60% dos inquiridos), como pela dificuldade de atrair e reter profissionais qualificados nos seus quadros (53,3%), uma preocupação com grande relevância para as organizações já que estes são cada vez mais escassos. 77% dos profissionais consideram os modelos de educação e formação atuais desajustados face às necessidades das organizações. Em contraponto, apenas 14,1% consideram ajustados, com os restantes 8,9% a não saberem.

Pedro Carneiro, Head of Marketing Research da QSP, entidade organizadora do QSP SUMMIT, refere que “estes valores demonstram que há um claro desconforto com os modelos educacionais atuais e uma vontade de reformulação de forma a corresponder melhor às necessidades das organizações, seja pela prioridade dada ao conteúdo teórico em detrimento do saber fazer, pela desconsideração das soft skills, ou mesmo pela pouca ligação ao mundo empresarial, como os resultados do estudo indicam. Os desafios que as organizações enfrentam, num ambiente de concorrência feroz e em constante mutação leva a que, principalmente os gestores de topo, sintam que os recém-formados devam estar mais preparados para as dinâmicas do mundo empresarial ”.

A agilidade na adaptação às mudanças do mercado, outro dos muitos temas debatidos ao longo dos três dias da edição deste ano do QSP SUMMIT, que decorre de 2 a 4 de julho, surge como o terceiro maior desafio atual da gestão (52,6%) para os inquiridos do estudo.

Valorizam colaboradores, mas falta investimento na diversidade e na sustentabilidade

Quais são as três características consideradas mais importantes na gestão das organizações? Os profissionais inquiridos destacam o reconhecimento e valorização dos colaboradores (63,7%), a comunicação aberta e transparente (52,6%), a liderança inspiradora (50,4%) e a agilidade organizacional (35,6%). A QSP procurou então perceber se estas características são promovidas nas organizações e percebe-se que em 25,2%, 20%, 22,3% e 26,7% dos casos, respetivamente, são pouco ou nada promovidas.

Embora assumam a valorização dos colaboradores como um fator importante na gestão, os inquiridos dão pouca relevância à inclusão, diversidade e equidade dentro das organizações. É vista como a característica mais importante na gestão das organizações por apenas 11,9% dos profissionais, sendo pouco ou nada promovida por 20,8% dos inquiridos do estudo realizado pela QSP.

Também a responsabilidade social e a sustentabilidade merecem pouco destaque pelos gestores. É destacada por apenas 20%, mas também há 23,7% que referem não ser promovida internamente nas organizações onde trabalham. Nos casos em que efetivamente há uma promoção, ainda que moderada, da sustentabilidade e responsabilidade social (76,3%), as iniciativas mais referidas como prioritárias em termos de responsabilidade social corporativa são a ética nos negócios (59,2%), a transparência (49,5%), a redução do impacto ambiental (48,5%) e a promoção da diversidade e inclusão (39,8%).

Para além da tecnologia, as pessoas são o centro da mudança

O estudo realizado pela QSP revela que 97,8% dos profissionais consideram a inovação essencial para o sucesso das organizações e 85,2% defendem que a tecnologia está a impactar positivamente a forma como as organizações operam. Nos próximos anos, espera-se que a inteligência artificial (AI) seja a tecnologia com maior impacto na gestão organizacional segundo 83% dos inquiridos. E, embora 18,8% não discriminem, espera-se que tanto a inteligência artificial generativa (57,1%), como a preditiva (50,9%) venham a ter um impacto significativo. Pedro Carneiro realça que “tratando-se de temas pouco difundidos no léxico dos portugueses, é natural haver alguma confusão nos conceitos do que é AI generativa e AI preditiva, porém fica claro que a inteligência artificial marcará o futuro da gestão organizacional”.

Há também 63% que acreditam que a Big Data e a análise de dados venha a ser a tecnologia com mais impacto no futuro a curto/médio prazo e 40,7% que apontam a automação. Outras tecnologias, como a Internet of Things (21,5%), a blockchain (14,1%), a realidade aumentada e virtual (9,6%) e o metaverso (8,9%) também são referidas.

No entanto, nem todas as empresas parecem estar preparadas para a mudança. 16,3% dos profissionais indicam que a sua organização tem uma capacidade baixa, ou até muito baixa, de adaptação à mudança e 43% veem a sua organização com uma capacidade moderada. No prisma oposto, 40,7% acreditam que a sua organização tem uma capacidade de adaptação à mudança elevada ou até muito elevada.

O estudo da QSP indica ainda que, atualmente, o foco no cliente e nas necessidades do mercado parece ser a estratégia prioritária da maioria das empresas, no entanto os inquiridos acreditam que, embora isso seja muito importante, o foco deveria estar principalmente no desenvolvimento de habilidades e competências dos colaboradores e também na flexibilidade organizacional e agilidade na tomada de decisões. O investimento em tecnologia e inovação, embora seja indicado por 33,3% dos profissionais como área prioritária atual nas suas empresas, deveria ser prioritária para 46,7%, demonstrando que ainda há um longo caminho a percorrer e que o investimento em tecnologia e inovação ainda não é o suficiente.

Para Pedro Carneiro, “mais uma vez, e ainda que o investimento em tecnologia e inovação seja visto como muito relevante e uma realidade cada vez mais premente para as organizações, os profissionais destacam o desenvolvimento de habilidades e competências dos colaboradores, demonstrando que, hoje, as pessoas continuam a estar no centro das organizações e a preocupação maior do tecido empresarial passa por garantir quadros valiosos e preparados para as mudanças que se adivinham”.

Rethinking Organizations

Os resultados do estudo realizado pela QSP – Marketing Management & Research, realizado junto de mais de 130 profissionais do tecido empresarial, permitiram fazer uma primeira análise sobre a temática do evento, explorando o cenário evolutivo do mundo empresarial e as estratégias que vêm a reformular as organizações como as conhecemos.

A 17ª edição do QSP SUMMIT, que vai decorrer de 02 a 04 de julho de 2024, no Porto – Matosinhos, será o palco para o debate e a partilha de conhecimento. Sob o tema ‘Rethinking Organizations’, mais de três mil e quinhentos participantes terão a oportunidade de ouvir durante os três dias do evento mais de 90 oradores a debater sobre as tendências da dinâmica organizacional e como as empresas estão a adaptar-se para enfrentar os desafios do mundo atual.

Mais informações podem ser consultadas no website oficial do evento http://www.qspsummit.pt/.

 

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Associações de Portugal e Espanha pedem maior reconhecimento do setor da distribuição na Europa

APED, ASEDAS e ANGED lançaram um manifesto com as prioridades do setor da distribuição que devem ser tidas em conta pelos decisores políticos na próxima legislatura europeia.

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A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Asociación Española de Distribuidores, Autoservicios y Supermercados (ASEDAS) e a Asociación Nacional de Grandes Empresas de Distribución (ANGED) lançaram um manifesto com as prioridades do setor da distribuição que devem ser tidas em conta pelos decisores políticos na próxima legislatura europeia.

A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam a 9 de junho, as associações signatárias apelam a um maior diálogo dos atores políticos europeus com este setor, que “está no centro da economia europeia e do bem-estar dos cidadãos deste território”, sendo um dos 14 ecossistemas estratégicos definidos pela Comissão Europeia na sua proposta de reforma da política industrial europeia.

“É o elo de ligação entre fabricantes e 450 milhões de consumidores, o maior empregador do setor privado na Europa – 26 milhões de pessoas -, gera 10% do PIB da União Europeia, com mais de 99% das cinco milhões de empresas retalhistas e grossistas na Europa a serem Pequenas e Médias Empresas (PME)”, destacam.

O aumento dos preços da energia e dos combustíveis, constrangimentos no transporte internacional, impactos decorrentes de conflitos armados, escassez de matérias-primas e inflação são os principais desafios apontados ao setor pelas associações signatárias do manifesto.

A estes, acrescentam “um verdadeiro ‘tsunami’ regulatório, com mais de 3.000 normas regulamentares em constante evolução e alteração, que aumentou consideravelmente os custos de funcionamento das empresas”.

A partir deste cenário, APED, ASEDAS e ANGED apontam a necessidade de serem criadas novas soluções e maior flexibilidade na regulamentação laboral para responder às novas necessidades do mundo do trabalho e aos novos estilos de vida e necessidades dos consumidores.

Defendem ainda uma regulamentação que garanta segurança jurídica e um ambiente empresarial estável, que assegure condições de concorrência e acesso a um mercado que permita o desenvolvimento dos seus modelos de negócio.

E apelam a que o quadro regulamentar garanta a segurança alimentar em todas as circunstâncias, relações comerciais estáveis na cadeia, utilização de tecnologias que reforcem a segurança dos estabelecimentos comerciais e deem uma garantia da qualidade dos produtos e a rotulagem adequada, aliada ao combate ao desperdício alimentar.

“Perante um mercado cada vez mais globalizado e que permite que comerciantes de países terceiros obtenham uma vantagem competitiva sobre empresas da União Europeia, os signatários defendem a necessidade de estabelecer condições de concorrência equitativas entre as empresas europeias e os operadores internacionais, bem como garantir um level playing field, com as mesmas regras para todos os operadores, independentemente de operarem em ambiente físicos ou digitais”, alertam ainda.

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