Há menos empresas a perspetivar aumentar volume de negócios em 2024
É o que indica um inquérito feito pela Associação Empresarial de Portugal junto de cerca de mil empresas nacionais associadas da AEP. Os resultados, divulgados no dia 19, revelam que, […]
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É o que indica um inquérito feito pela Associação Empresarial de Portugal junto de cerca de mil empresas nacionais associadas da AEP. Os resultados, divulgados no dia 19, revelam que, para 2024, há uma menor percentagem de empresas que perspetivam aumentar os seus negócios: desceu para 30%, face aos 41% indicados no inquérito de 2022 para 2023.
A maioria das empresas inquiridas – 59% – espera que este se mantenha ao nível de 2023 e apenas 11% preveem uma redução do volume de negócios em 2024 face a este ano.
Um dos principais constrangimentos apontados à evolução da atividade para o próximo anos “continua a ser a dinâmica do mercado desfavorável”, ou seja, a redução da procura externa e interna.
Já a dificuldade em assegurar mão-de-obra qualificada é apontada como um constrangimento “significativo ou muito significativo” por cerca de 70% das empresas inquiridas.
A preocupação com o aumento de vários custos, como taxas de juro e energia, e com a falta de disponibilidade de matérias-primas e/ou produtos intermédios, são outros entraves à evolução da atividade apontados pelos empresários, que para 2024 “perspetivam, globalmente, um aumento dos impactos negativos para a quase totalidade destes fatores”, revela ainda o inquérito conduzido pela AEP.
Instabilidade de Governo é fator de risco
Para os empresários que responderam ao inquérito, há ainda outros fatores de risco que podem condicionar a evolução da atividade empresarial em 2024.
Desde logo, a nível nacional, uma possível instabilidade governativa. A quebra da procura interna, em particular do consumo privado, a manutenção da carga fiscal elevada sobre o trabalho e sobre o rendimento das empresas foram outros fatores apontados.
Já a nível internacional preocupa a “conjuntura incerta e instável, com impacto na procura externa, sobretudo do mercado europeu” – principal mercado de destino das exportações portuguesas e de origem das importações, revela ainda o inquérito.
Maioria não pretende recorrer ao ‘lay-off’
A expectativa por parte dos empresários acerca da manutenção do volume de negócios, explica, de acordo com o documento, o facto da esmagadora maioria dos questionados não prever recorrer a alguma modalidade de ‘lay-off’ em 2024. “Face às perspetivas de evolução da carteira de encomendas, há 5% de empresas que equacionam recorrer à modalidade de “redução do horário de trabalho” e 8% à “suspensão temporária”, revela o inquérito.
As que admitem recorrer a esta modalidade de trabalho são empresas exportadoras, nos setores da indústria e dos transportes.
O inquérito da AEP reuniu 953 respostas de empresários maioritariamente do Norte do país (76%), sendo os restantes do Centro (11%), Área Metropolitana de Lisboa (8%) e de outras regiões. As empresas do setor da indústria transformadora dominaram as respostas (38%), seguidas das representativas do comércio e reparação de veículos (24%), atividades de consultoria (11%) e construção (5%), entre outras.
Na sua maioria, as respostas vieram de empresas de média (32%) e pequena (30%) dimensão, mas participaram ainda micro (27%) e grandes (11%) empresas. Do total do tecido empresarial inquirido, 41% exporta e importa produtos, 24% não exporta e nem importa, 19% exporta e 16% importa.