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O papel do ESG na “next economy”

O ESG é um fator chave na chamada next economy? Estão as empresas determinadas a adotar este caminho de mudança nas áreas ambiental, social e de governança? João Cruz (BCSD Portugal), João Guerra (Nickel) e Maria Antónia Saldanha (Mastercard) dão resposta às questões

Rita Gonçalves
Economia

O papel do ESG na “next economy”

O ESG é um fator chave na chamada next economy? Estão as empresas determinadas a adotar este caminho de mudança nas áreas ambiental, social e de governança? João Cruz (BCSD Portugal), João Guerra (Nickel) e Maria Antónia Saldanha (Mastercard) dão resposta às questões

Rita Gonçalves
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O ESG é um fator chave na chamada next economy? Estão as empresas determinadas a adotar este caminho de mudança nas áreas ambiental, social e de governança? João Cruz (BCSD Portugal), João Guerra (Nickel) e Maria Antónia Saldanha (Mastercard) dão resposta às questões

A sustentabilidade e as práticas ESG (Environmental, Social and Governance) estão a ganhar notoriedade junto de cada vez mais consumidores e empresas. Também os investidores estão mais despertos para as medidas ambientais, sociais e de boa governança adotadas pelas organizações, privilegiando nos seus investimentos empresas com boas práticas. Segundo um estudo da Deloitte, entre 2017 e 2019, o número de investidores, a nível mundial, que aplicaram os indicadores de ESG em, pelo menos, 25% dos seus investimentos cresceu 48%.

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É, neste contexto, que a Mastercard promoveu o debate “ESG como fator-chave para a next economy” por ocasião do seu evento anual dedicado à inovação, com o objetivo de dar resposta às questões “Será o ESG um fator-chave para a chamada next economy?”; “Será esta simples sigla determinante para a sobrevivência das organizações num futuro próximo?”; “Estarão as empresas conscientes da sua importância e determinadas a adotar este caminho de mudança?”.

No caso do BCSD Portugal, que assinala 22 anos de vida este mês, tem como missão ajudar as empresas a fazer a transição para a sustentabilidade. “As empresas encontram nesta transição potencial para fazer a diferença, usando a economia para transformar a vida das pessoas no planeta”, assinala João Cruz, diretor de operações da organização para o desenvolvimento sustentável. O trabalho do BCSD assenta, entre outros, na criação de grupos de trabalho (os membros podem associar-se àqueles que consideram ser mais úteis para a sua empresa, trocando experiências com empresas com o mesmo tipo de desafios) e na promoção de estudos sobre questões ligadas à biodiversidade, ao carbono, à diversidade, à propriedade e à inclusão.

“A partir da identificação das necessidades das empresas vamos criar as soluções que estas precisam”, afirma João Cruz. “Sentimos muito perto a necessidade que as empresas têm de navegar neste mundo, até porque há exigências regulamentares cada vez maiores e só as grandes empresas se encontram no patamar para conseguir dar cumprimento. O BCSD pode contribuir para fazer, também, esta diferença”, garante.

“A inclusão social está no ADN da Nickel porque está na base da sua criação”, diz, por sua vez, João Guerra, CEO da Nickel Portugal, instituição de pagamento que funciona através de pontos de venda, como quiosques e mercearias, com um ano de presença no país. A empresa subsidiária do BNP Paribas que utiliza estabelecimentos do comércio local como seus agentes permite abrir uma conta em cinco minutos.

“A Nickel é uma conta inclusiva. Por uma razão muito simples: é muito acessível, quer pelo preço quer pela facilidade em abrir conta num ponto de venda, que tipicamente não tem as restrições e burocracias da banca internacional. Além disso não olha aos rendimentos e à origem das pessoas”, sublinha João Guerra, acrescentando que o facto de todas as pessoas poderem, efetivamente, ter uma conta, é “o primeiro passo para a inclusão financeira. E a inclusão financeira é, depois, um dos pilares principais para a própria inclusão social. Isto é dito até pelo próprio Banco Mundial”, sublinha.

Na sua opinião, o serviço também contribui para aumentar a literacia financeira dos utilizadores. “Quando a pessoa começa a utilizar, começa a ter noções muito simples de poupança, de gestão orçamental, a partir do momento em que consegue cruzar as receitas com os custos e com a intenção de poupança. É uma espécie de ‘learning by doing’ que leva também ao crescimento da literacia financeira”, defende.

João Guerra dá mais exemplos de pequenas medidas de inclusão. Os cartões de pagamento têm um pequeno corte que permite aos invisuais saber em que posição o devem colocar para o usar no ATM. A Nickel implementou também a funcionalidade True Name, criada pela Mastercard, que permite a quem é cliente personalizar o seu cartão de débito com o nome com que realmente se identifica, sem requerer a mudança legal do mesmo. Esta personalização, que já se encontra disponível na opção de cartão My Nickel, “representa um passo importante ao contribuir para que as pessoas trans e não-binárias possam ver as suas verdadeiras identidades reconhecidas no cartão de débito que usam com frequência no seu dia a dia”.

Nos nove anos de atividade em França, a empresa constatou, a partir de um estudo, que 93% dos clientes sentem mais liberdade, independência financeira e capacidade de gestão orçamental com este tipo de serviço. Em média, os clientes conseguiram poupanças de 150 euros por ano. Em relação aos agentes, estes dizem que o serviço da Nickel traz mais negócio pela relação de confiança criada com os estabelecimentos e que sentem orgulho pelo trabalho desenvolvido junto da comunidade, indica o estudo.

Pegando na ideia de literacia, João Cruz salienta que também as empresas têm de aumentar o seu conhecimento para abraçar o ESG. “É preciso aumentar as competências e em Portugal não há muita formação superior nas áreas de sustentabilidade”, defende, salientado, no entanto, um ponto positivo. “As empresas têm, hoje em dia, pessoas com um interesse genuíno nesta temática”. E não é apenas capacitar os funcionários que trabalham as temáticas da sustentabilidade. “Este é um tema que interessa a todos e une os colaboradores num propósito comum. Percebem que a empresa está a caminhar nesse sentido e sentem-se também mais relacionados com o propósito da empresa, o que é ótimo para reter talento, também”, sublinha o responsável da BCSD.

“Fortes e capacitadas”, as empresas passam a estar um passo à frente na inovação e são mais resilientes, defende João Cruz, destacando a urgência de aumentar o conhecimento. “A regulamentação vai apertar cada vez mais, a urgência climática é evidente para todos e empresas vão precisar mesmo de ter pessoas com propósito e know-how nestas matérias. E se conseguirmos estender isso à massa da empresa, será perfeito”.

Apenas 8% dos portugueses sabem exatamente o que são os critérios ESG, segundo um estudo da Mastercard. A boa notícia é que não sabem mas querem saber, salienta Maria Antónia Saldanha, country manager da empresa de pagamentos. “Os consumidores estão cada vez mais exigentes e sofisticados e isso obriga a que as empresas sintam que não está tudo feito”, afirma a gestora, acrescentando que também a inovação é um ponto a favor. “Não só é a forma certa de fazer as coisas como permite inovar nos negócios”, dando como exemplo o lançamento da calculadora da pegada de carbono que permite ao consumidor saber qual é a pegada da compra que fez e como pode compensar.

Num exercício de adivinhação, João Guerra define as organizações da next economy como empresas que disponibilizam produtos simples e úteis focados na experiência do utilizador mas, acima de tudo, com propósito, geradoras de um impacto positivo na sociedade e que pratiquem preços que as pessoas estão dispostas a pagar.

Ainda vamos a tempo de salvar o planeta? “Considero-me uma pessoa positiva, mas acho que tem de haver medidas mais fortes quer pela parte das empresas quer pela parte dos estados. Medidas por exemplo de âmbito fiscal. Enquanto as ações e os comportamentos das empresas, aquilo que fazem de bem e do mal, nomeadamente no sistema ambiental, não tiver reflexo nas suas contas, dificilmente vamos lá”, termina o CEO da Nickel.

*Artigo originalmente publicado na edição 417

Sobre o autorRita Gonçalves

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Quatro tendências empresariais que vão marcar 2025

O IDEA Spaces, antecipa as tendências que irão moldar 2025 e influenciar as organizações.

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Num contexto onde a adoção de novos modelos de trabalho, as reestruturações de equipas e a aposta na inovação e no empreendedorismo ganham cada vez mais relevância, o IDEA Spaces, antecipa as tendências que irão moldar 2025 e influenciar as organizações.

“As tendências para 2025 reforçam a importância de continuarmos a apostar numa visão colaborativa, com olhos no futuro e nas possibilidades que um ambiente inovador nos pode trazer. No IDEA Spaces promovemos um ecossistema onde o empreendedorismo e a criatividade são incentivados diariamente, através de dinâmicas internas que promovem a troca de ideias, aproximam os nossos membros e lhes permitem identificar oportunidades de negócios” afirma Diogo Fabiana, chief innovation officer do IDEA Spaces, espaço de cowork fundado em 2014.

1. Sinergias entre empresas: apostar no sucesso colaborativo
Num mundo empresarial cada vez mais  global e  interligado, as parcerias estratégicas continuarão a  assumir um papel de destaque como resposta às rápidas transformações do mercado. Colaboração em  áreas como formação, inovação e partilha de recursos, permitirão não só otimizar custos operacionais, mas também desenvolver soluções, produtos e serviços cada vez mais personalizados e com valor acrescentado, potenciando vantagens competitivas para as partes envolvidas.2. Employee Value Proposition: o pilar do bem-estar organizacional
A valorização da Employee Value Proposition (EVP) — o conjunto de benefícios e experiências que uma empresa proporciona aos seus colaboradores —, é um dos fatores-chave para promover a sua satisfação e, consequentemente, para fortalecer a retenção de talento. O alinhamento entre a cultura corporativa e as expectativas pessoais continuará a ter um papel determinante na consolidação de equipas comprometidas e motivadas. Para alcançar este equilíbrio, ouvir ativamente os colaboradores, compreender as suas necessidades e integrar as suas perspetivas nas políticas internas é fundamental para ajustar benefícios e metodologias de forma estratégica e eficaz.

3. Gestão da diversidade: pluralidade como motor da criatividade
A diversidade e a inclusão manter-se-ão no topo das prioridades das organizações. A globalização é um dos fenómenos mais marcantes das últimas décadas e tem-se manifestado nos vários domínios da atividade humana. No que diz respeito ao contexto empresarial, a criação de ambientes que acolham pessoas de diferentes origens, com diferentes experiências, conhecimentos e formações será vital para responder aos desafios de um mercado cada vez mais global e fomentar a criatividade, a inovação e garantir uma verdadeira pluralidade de vozes.

4. Upskilling e reskilling: preparar hoje as equipas do amanhã
Num cenário de rápidas transformações tecnológicas, investir em programas de desenvolvimento ou aprimoramento de competências será imperativo para preparar as equipas para os desafios do futuro. Estas iniciativas não só aumentam  a adaptabilidade dos colaboradores em contexto laboral, como também fomentam uma cultura de aprendizagem contínua, enriquecendo competências pessoais e o desenvolvimento de soft skills essenciais para prosperar num mercado em constante evolução.

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Inflação volta a acelerar

A taxa de inflação terá acelerado, em termos homólogos, para 2,3% em outubro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 2,3% em outubro de 2024, taxa superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior.

De acordo com a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 2,6% (2,8% no mês precedente).

Já a variação do índice relativo aos produtos energéticos situou-se em -0,2% (-3,5% no mês anterior), essencialmente devido à conjugação do aumento mensal registado neste agregado (1,3%) com o efeito de base associado à redução registada em outubro de 2023 (-2,1%). A variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,1% (0,9% em setembro).

Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 0,1% (1,3% em setembro e -0,2% em outubro de 2023), estimando-se uma variação média nos últimos doze meses de 2,2% (valor idêntico no mês anterior).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 2,6% (valor idêntico no mês precedente).

O INE irá publicar os dados definitivos referentes ao IPC do mês de outubro de 2024 no próximo dia 13 de novembro.

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Mais de metade das empresas aumentou a faturação em 2023

As pequenas e as médias empresas foram os segmentos com o maior crescimento no volume de negócios, registando aumentos de 8,6% e 7,0% respetivamente, enquanto nas microempresas o aumento foi de 2,3%.

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Segundo dados da análise da Informa D&B, em 2023, o volume de negócios agregado do tecido empresarial cresceu 2,5% face ao ano anterior, o que representa um acréscimo na faturação de 10,6 mil milhões de euros. Este registo surge após dois anos consecutivos de forte crescimento neste indicador.

De acordo com a análise ao desempenho das empresas em 2023, que analisou resultados de cerca de 371 mil empresas, mais de metade das empresas (57%) viram a sua faturação aumentar. As pequenas e as médias empresas foram os segmentos com o maior crescimento no volume de negócios, registando aumentos de 8,6% e 7,0% respetivamente, enquanto nas microempresas o aumento foi de 2,3%. Ao contrário da tendência dos últimos 2 anos, o volume de negócios das grandes empresas desceu 1,2% em 2023.

Ainda segundo a análise, o aumento do volume de negócios em 2023 é transversal à maioria dos setores de atividade. Entre os setores com maior crescimento do volume de negócio agregado das respetivas empresas, destacam-se o Alojamento e restauração (+18%), Serviços gerais (+14%) e Serviços empresariais (+13%). Energia e ambiente, Grossista e Indústrias foram os setores com quedas no volume de negócios em 2023.

Exportações recuam 1,7%

O volume agregado das exportações recuou 1,7% face a 2022, sendo afetado sobretudo pelo decréscimo da exportação de bens e pelos negócios no mercado comunitário. Apesar desta queda ligeira, mais de metade das empresas exportadoras (51%) viram crescer o seu volume de negócios com o exterior. Em 2023, as exportações representaram 20% do total do negócio das empresas nacionais. O decréscimo nas exportações foi compensado pelo crescimento de 3,6% do mercado interno, que contribuiu assim para o crescimento de 2,5% na faturação agregada das empresas.

Emprego nas empresas cresce há 3 anos consecutivos

À semelhança dos últimos anos, quase dois terços das empresas manteve os números do emprego em 2023. Contudo, o total do emprego nas empresas cresceu 4,7% nesse ano, um crescimento que está mais concentrado nos setores dos Serviços empresariais, Alojamento e restauração e Construção. Em 2023, os custos com o pessoal cresceram em 60% das empresas, apesar de apenas 21% ter aumentado o número de empregados.

Resultados líquidos crescem 12,2%

Segundo a Informa D&B, especialista no conhecimento do tecido empresarial, dois terços das empresas atingiram resultados positivos em 2023, uma realidade que é transversal à maioria dos setores de atividade.

Os resultados líquidos agregados do tecido empresarial cresceram 12,2% face ao ano anterior. Metade das empresas regista um crescimento neste indicador, dando continuidade aos aumentos expressivos de 2021 e 2022. Esta subida foi também transversal a quase todos os setores de atividade, destacando-se as Energias, Serviços Empresariais e Indústrias.

O crescimento dos resultados líquidos refletiu-se numa melhoria da rentabilidade das empresas. A margem líquida evoluiu de forma positiva em 2023, atingindo os 8,2% (+0,7pp), fruto do efeito conjunto do crescimento dos negócios e de uma maior otimização das estruturas de custos, traduzindo-se numa maior criação de valor e riqueza para a economia nacional.

Para além do desempenho financeiro, a Informa D&B analisou igualmente a Resiliência Financeira e o Score ESG das empresas nacionais.

Segundo Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, ‘quisemos acrescentar a esta análise outros indicadores que mostram a preparação das empresas para o futuro próximo, como a sua Resiliência Financeira ou as suas práticas ESG, neste caso porque a demonstração de comportamentos sustentáveis ao nível ambiental, social e de governance serão cada vez mais importantes na vida das empresas, sendo um critério para integrar as cadeias de valor das grandes empresas ou no acesso a investimentos e financiamentos.’.

Mais de metade das empresas tem bons níveis de resiliência financeira

Mais de metade das empresas possui níveis de resiliência financeira elevado ou médio-alto, sendo mais alto quanto maior é a dimensão das empresas. Em quase todas as dimensões, cerca de 70% das empresas têm resiliência elevada ou médio-alta. A exceção são as microempresas, com estruturas financeiras mais frágeis e que, dado o seu elevado número, afetam a média global do tecido empresarial.

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INE confirma abrandamento da inflação para 2,5 em junho

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a subida dos preços abrandou para 2,5% em julho, menos 0,3 pontos percentuais do que em junho. “O indicador de inflação subjacente […]

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tagsINE

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a subida dos preços abrandou para 2,5% em julho, menos 0,3 pontos percentuais do que em junho.

“O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 2,4% (idêntica em junho)”, pode ler-se.

Os dados do INE revelam que a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 4,2% (9,4% no mês precedente), essencialmente devido ao menor aumento mensal registado nos preços da eletricidade (0,3%) quando comparado com o que se tinha verificado em julho de 2023 (15,4%).

A variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,8% (1,8% em junho), acrescenta.

 

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Foram criadas 23 488 novas empresas até final de maio

Até ao final de maio, foram criadas 23 488 novas empresas em Portugal, um registo 2,9% abaixo dos 5 primeiros meses do ano anterior (-690 constituições de empresas). A descida […]

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Até ao final de maio, foram criadas 23 488 novas empresas em Portugal, um registo 2,9% abaixo dos 5 primeiros meses do ano anterior (-690 constituições de empresas). A descida deve-se a uma descida no primeiro trimestre face ao ano anterior.

A descida na criação de empresas ocorre na maior parte dos setores, em particular nos Transportes (-24%; -713 constituições de empresas), uma tendência que se verifica desde dezembro do ano passado, em especial no Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros.

Também os setores das Atividades imobiliárias (-7,0%; -159 constituições de empresas), dos Grossistas (-11%; -114 constituições de empresas) e do Alojamento e restauração (-4,2%; -101 constituições de empresas) registam descidas expressivas na criação de empresas durante este período.

Entre os 4 setores onde aumentou o número de constituições de empresas, destaca-se a Construção, com mais 225 novas empresas do que no período homólogo (+8,4%). O Barómetro Informa D&B avança que o Retalho teve um crescimento de 2,7%.

Do ponto de vista geográfico, a Área Metropolitana de Lisboa lidera as descidas neste indicador com uma queda de 967 constituições de empresas (-10%), seguida do Alentejo e Algarve. A região Norte lidera as subidas com mais 191 novas empresas (+2,7%). Também a região Centro e as Regiões Autónomas registam um crescimento na criação de empresas até 31 de maio.

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Inflação acelera para 3,1% em maio

Segundo o INE, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 3,1% em maio de 2024, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) […]

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Segundo o INE, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 3,1% em maio de 2024, taxa superior em 0,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior.

O INE explica que esta aceleração “resulta essencialmente do efeito de base associado à redução mensal de preços registada em maio de 2023 (-0,7%), no seguimento da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 2,7% (2,0% no mês precedente). A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 7,8% (7,9% no mês precedente) enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou um aumento de 2,6% (variação nula em abril), informa também.

Os dados definitivos serão publicados no próximo dia 14 de junho.

 

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Insolvências aumentaram 35% nos primeiros quatro meses de 2024

As insolvências aumentaram 35% nos primeiros quatro meses de 2024 face ao período homólogo do ano passado.

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Os dados são avançados pela Iberinform, filial da Crédito y Caución, que revelam que as insolvências aumentaram 35% nos primeiros quatro meses de 2024, face ao mesmo período do ano passado. O mês de abril foi o que registou o maior número de insolvências, 416, valor que traduz um incremento de 100% em relação a 2023. O acumulado de 2024 totaliza 1.511 insolvências, mais 390 que no exercício anterior.

As declarações de insolvência requeridas por terceiros aumentaram mais de 81% no primeiro quadrimestre do ano, com um total de 303 ações. As declarações apresentadas pelas próprias empresas aumentaram mais de 108%, com um total de 375 ações (mais 195 do que em 2023), enquanto que os encerramentos com plano de insolvência registaram um incremento de 110% no comparativo com 2023, com um total de 21 ações. No período em análise foram concluídos 812 processos de insolvência, mais 48 do que em 2023.

Os distritos do Porto e de Lisboa são os que apresentam o maior número de insolvências: 402 e 351, respetivamente. Face a 2023, verifica-se um aumento de mais de 77% no Porto e de 34% em Lisboa.

Outros distritos que também revelam aumentos face a 2023 são: Guarda (+600%); Ponta Delgada (+200%); Castelo Branco (+150%); Santarém (+75%); Braga (+51%); Viseu (+41%); Faro (+39%); Beja (+17%); Bragança (+14%); Vila Real (+7,7%) e Aveiro (+3,7%). Com decréscimos evidenciam-se os distritos de: Portalegre e Horta (ambos com -50%); Évora (-39%); Leiria (-21%); Madeira (-6,1%); Viana do Castelo (-4,3%) e Setúbal (-3,8%).

Por setores de atividade, os distritos que apresentam aumentos nas insolvências são: Eletricidade, Gás, Água (+100%); Indústria Transformadora (+71%); Telecomunicações (+50%); Hotelaria e Restauração (+37%); Outros Serviços (+36%); Comércio a Retalho (+34%); Comércio de Veículos (+29%); Transportes (+26%); Construção e Obras Públicas (+22%) e Comércio por Grosso (+3,2%). Os únicos setores com variação negativa neste indicador são: Indústria Extrativa (-67%) e Agricultura, Caça e Pesca (-38%).

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Inflação desacelera para 2,2% em abril

A taxa de inflação desacelerou, passando de 2,3% em março para 2,2% em abril, menos uma décima do que o observado no mês anterior.

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Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 2,2% em abril de 2024, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 2,0% (2,5% no mês precedente). A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 7,9% (4,8% no mês precedente), em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023 (variação mensal de -3,2%).

Ainda segundo o INE, o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma taxa de variação nula (-0,5% em março).

 

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Estudo aponta para mais 26% de insolvências no primeiro trimestre de 2024

Houve um aumento de 26% nas insolvências em Portugal no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, indica um estudo realizado pela Iberinform, filial da Crédito […]

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Houve um aumento de 26% nas insolvências em Portugal no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, indica um estudo realizado pela Iberinform, filial da Crédito y Caución.

Nos primeiros três meses deste ano foram registadas 1.154 ações de insolvência, contra 913 ocorridas no mesmo período em 2023. Março teve um ligeiro decréscimo, com 350 ações de insolvência, menos treze face ao mesmo mês do ano passado (-3,6%).

O trimestre fechou com um incremento de 72% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros (evolução de 126 em 2023 para 217 em 2024), enquanto as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram 108% (145 em 2023 para 302 em 2024).

Segundo o estudo da Iberinform, também aumentaram os encerramentos com plano de insolvência. No período em análise foi declarada a insolvência de 620 empresas, menos 16 processos encerrados que em 2023, o que resulta num aumento de 26% no total das ações de insolvência registadas no trimestre.

Indústria transformadora com mais insolvências

Por setores, os aumentos no número de empresas insolventes face a 2023 foram registados nas áreas de indústria transformadora (+60%), eletricidade, gás, água (+50%), outros serviços (+28%), comércio a retalho (+26%), construção e obras públicas (+19%), hotelaria e restauração (+19%), transportes (+17%), comércio de veículos (+9,4%) e comércio por grosso (+5,2%).

“Apenas dois setores fecharam o trimestre com decréscimos no indicador das insolvências: indústria extrativa (-67%) e agricultura, caça e pesca (-52%)”, lê-se no estudo.

Lisboa e Porto são distritos que apresentam valores de insolvências mais elevados, 266 e 322, respetivamente, registando-se um aumento face a 2023 tanto no distrito de Lisboa (+26%) como no do Porto (+82%).

Guarda (+300%), Castelo Branco (+150%), Ponta Delgada (+100%), Bragança (+40%), Braga (+40%), Angra do Heroísmo (+33%), Viseu (+ 29%), Beja (+25%), Faro (+ 19%), Santarém (+16%) e Vila Real (+11%), foram outros distritos que apresentaram um aumento de insolvências no primeiro trimestre deste ano.

Por outro lado, Horta (-100%), Portalegre (-75%), Évora (-54%), Madeira (-33%), Leiria (-20%), Viana do Castelo (-1%) e Setúbal (-6%) foram os distritos que registaram decréscimo no total de insolvências, no mesmo período.

Criação de empresas caiu mais de 9%

Por outro lado, a criação de empresas diminuiu 9,2% no mesmo período, decrescendo de 15.568 para 14.142, aponta o mesmo estudo. Em março de 2024, face ao mesmo período do ano passado, a criação de novas empresas caiu 31%, passando de 5.431 em 2023 para um total de 3.753 em 2024, menos 1.678 constituições no comparativo. “Contudo, no total do primeiro trimestre, o decréscimo é menos significativo, com uma descida de 9,2% de 15.568 novas empresas constituídas em 2023 para 14.142 constituídas em 2024”, aponta.

A indústria extrativa (+250%), as telecomunicações (+70%) e a construção e obras públicas (+5,4%) são os setores com maior variação positiva na constituição de novas empresas, no primeiro trimestre de 2024.

Foi no distrito de Lisboa que se registou o número de criação de empresas, com 4.325 novas constituições (mesmo assim, menos 16% face a 2023), seguida pelo distrito do Porto com 2.462 empresas (-2,6% no comparativo com 2023).

Outros distritos que também apresentam variação negativa face ao período homólogo de 2023 são: Évora (-16%), Vila Real (-16%), Coimbra (-16%), Portalegre (-13%), Santarém e Setúbal (ambos com decréscimos de -12%), Beja (-13%), Faro (-12%), Viana do Castelo (-9,3%), Aveiro (-4,1%), Leira (-5,8%), Braga (-2,1%) e a região da Madeira (-0,5%).

Com aumentos face ao ano passado evidenciam-se os distritos de Bragança (+15%), Guarda (+11%), Viseu (+6,3%), Castelo Branco (+4,9%) e Ponta Delgada (+1,6%) e os concelhos de Horta (+73%) e Angra do Heroísmo (+14%), ambos na Região Autónoma dos Açores.

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Economia

Inflação sobe para 2,3% em março

Segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação terá aumentado para 2,3% em março de 2024. É a segunda aceleração deste ano. “O […]

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Segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação terá aumentado para 2,3% em março de 2024. É a segunda aceleração deste ano.

“O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 2,5% (2,1% no mês precedente). A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 4,8% (4,3% no mês precedente) enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá diminuído para -0,5% (0,8% em fevereiro), parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em março de 2023 (variação mensal de 1,5%)”, informa o INE.

Em relação ao mês anterior, a variação do IPC terá sido 2,0% (nula em fevereiro e 1,7% em março de 2023).

Os dados definitivos do IPC de março vão ser publicados no próximo dia 10 de abril.

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