Cidade do Zero
Mais de 20.000 pessoas visitaram a ‘Cidade do Zero’
A ‘Cidade do Zero’, o evento cuja missão era proporcionar uma experiência de uma cidade orientada para a sustentabilidade e que durante dois dias promoveu palestras, debates, workshops, oficinas, showcookings […]
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A ‘Cidade do Zero’, o evento cuja missão era proporcionar uma experiência de uma cidade orientada para a sustentabilidade e que durante dois dias promoveu palestras, debates, workshops, oficinas, showcookings e um mercado, reunindo pessoas, projetos e marcas que têm em comum um modo de vida mais sustentável, foi um sucesso e contou com mais 20 mil visitas.
“A ideia foi representar uma cidade como acredito que as cidades devem ser: sustentáveis, orientadas para a circularidade e verdadeiramente inclusivas”, relembra Catarina Barreiros, fundadora da loja do Zero e organizadora do evento, em comunicado. Através de uma “mini-cidade” criada de raiz, a ‘Cidade do Zero’ ocupou um total 3500 metros quadrados no Centro Cultural de Belém reunindo e mostrando o que de melhor se faz no nosso país quando se fala de sustentabilidade social e ambiental. Entre sábado e domingo, foram mais de 20.000 as pessoas que visitaram a ‘Cidade do Zero’. Dada a recetividade do público ao evento e às atividades promovidas, a organização promete uma nova edição no próximo ano.
As palestras e debates, decorreram no interior do CCB, em salas organizadas por áreas específicas recebendo especialistas em diversas áreas, com apresentações, debates e mesas redondas ao longo dos dois dias do evento. ‘Se o dinheiro é que mexe o mundo, como o fazemos mexer para o bem?’; ‘Empreendedorismo que faz bem ao mundo’; ‘Para que servem e como funcionam as Comunidades de energia?’; ‘Que energias queremos para Portugal”; “Economia Circular e Economia Doughnut: teorias económicas para um mundo mais sustentável’; ‘Como se consome moda em Portugal?; e ‘Qual a relação do consumidor com os rótulos ecológicos existentes?’; foram algumas das questões debatidas na sala da GoParity, que contou sempre com lotação esgotada.
Os debates sobre os temas da área da Saúde (incluindo a Saúde Mental e Saúde da Mulher), Envelhecimento Ativo, Inclusão e Resiliência Climática, tiveram lugar na sala do Grupo Ageas Portugal, onde foi possível assistir também a um documentário sobre Desperdício Alimentar, participar no Mural do Clima e fazer uma tour de acessibilidade pela ‘Cidade Do Zero’ para falar sobre Acessibilidade e Inclusão.
Já o Átrio The Loop recebeu temáticas tão diversas como Circularidade, Urbanismo & Arquitetura Sustentável, Cidadania & Ativismo e ainda Moda Responsável. ‘Fazer Cidade: Refúgios Climáticos para Cidades Saudáveis’; ‘O papel da Cultura e da Educação na criação de um mundo mais sustentável’; ‘Como se consome moda em Portugal? Qual a relação do consumidor com os rótulos ecológicos existentes?’; e ‘Transparência e rastreabilidade num mundo em crise climática’, são apenas alguns exemplos.
Por último, a sala Pingo Doce dedicou-se ao Oceano, tocando áreas como a alimentação, pradarias marinhas e conservação dos oceanos. ‘Amar o Mar: O que não é o oceano?’; ‘Como podemos proteger o oceano?’, ‘Pescado sustentável – realidade ou utopia?’; e ‘O papel dos insetos na segurança alimentar’, foram alguns dos temas abordados nesta sala.
Os workshops decorreram em diversas zonas da “Cidade do Zero’ e foi possível aprender a fazer coisas como uma horta em qualquer lado; compostagem em casa; limpezas sustentáveis da casa; tingimento com plantas ou a ‘deixar de ser um plantassasino’. Na Praça dos Pequenitos, os maios novos puderam fazer atividades diversas como transformar borras de café em cogumelos, construir uma casa para abelhas e fazer sais de banho, entre outras atividades com aguarelas de plantas, livros, e atividades interativas. Já a programação de showcookings incluiu receitas com mais saúde e com menos desperdício: ‘Cozinhar sem Sal: o poder da Salicornia’; ‘Como combater o desperdício alimentar: tudo sobre ‘courgette’”; ‘Meal Prep sem desperdiçar tempo e alimentos’; e ‘Cozinha vegetariana sem desperdício para bebés e pais’ são alguns exemplos dos showcookings que tiveram lugar no Bairro Pingo Doce.
Na ‘Cidade do Zero’ houve ainda um mercado de trocas (de livros, plantas e roupa), de vendas em segunda mão e várias oficinas de reparação (de calçado, roupa, pequenos eletrodomésticos e bicicletas). Para crianças e famílias, houve workshops de cozinha e oficinas, entre outras atividades, e uma zona de restauração para refeições completas. No que ao mercado diz respeito, a zona do consumo, estiveram presentes mais de 120 bancas, com marcas das áreas da moda (incluindo roupa, calçado, e acessórios e swimwear); da cosmética; para bebé & criança; especializadas em soluções de energias renováveis; de mobiliário e decoração; de jardim; de limpeza; e de comida & bebidas, sendo que algumas das marcas presentes tiveram coleções, preços e ofertas especiais. De assinalar que todas as marcas presentes são nacionais e destacam-se por um ou mais dos seguintes princípios: produção ética, impacto social, circularidade, gestão de resíduos e/ou trabalho com matérias-primas recicladas.
Para fechar a ‘cidade’ da forma mais positiva, a ‘Cidade do Zero’, encerrou o evento com um show de Stand-up Comedy, com Joana Gama a desafiar os humoristas Cássia Rodrigues, Pedro Alves e Pedro Luzindo, para ‘Conversas Insustentáveis’, um espetáculo hilariante que contou com casa cheia.
Dada a recetividade e entusiasmo do público à ‘Cidade do Zero’, a organização promete voltar já no próximo ano. “Ficou provado que há interesse da parte do público para saber mais sobre sustentabilidade e sentimos uma enorme vontade da parte das pessoas em aprender, em saber fazer e em conhecer alternativas de consumo mais amigas do ambiente”, afirma Catarina Barreiros. Foi realmente uma experiência muito gratificante e sentimos que vale a pena não baixar os braços. Que a Cidade do Zero é um evento a repetir e que por isso temos que voltar em 2024”, avança.
Com objetivo de causar o menor impacto ambiental possível, a produção da ‘Cidade do Zero’ foi, uma vez mais, totalmente pensada de forma a causar o menor impacto ambiental possível mantendo o compromisso de utilizar apenas materiais que já estivessem produzidos, ou cuja produção já estivesse planeada, apostando ainda em materiais nacionais, renováveis e reciclados. As bancas do evento foram feitas com madeira nacional de florestas certificadas, que vai ser usada posteriormente em cofragens de obra. A madeira utilizada foi cedida pela Companhia das Madeiras, que realizou toda a montagem com a Civifran, ambas empresas parceiras do evento. Os espaços de ensombramento da ‘cidade’ foram feitos com instalações de arte e materiais reutilizados, o mobiliário de exterior foi todo reciclado (incluindo caixotes do lixo, sinalética, mesas e bancos), da empresa portuguesa Floema e os limites laterais dos stands feitos com tecido de deadstock de fábricas nacionais.
Toda a sinalética do evento foi aproveitada da primeira edição e será reutilizada, com a assinatura do Common Ground Studio, um estúdio nacional de design. Já a decoração interior, contou com a Santo Infante, empresa que representa marcas de decoração nacionais e todas as plantas e espaços verdes foram fornecidos pela Planta Livre, com a premissa de utilizar espécies nacionais com foco em espécies produtivas para alimentação humana. Manuel Cruchinho, sócio fundador da MCA – Manuel Cruchinho Arquitectos, foi o arquiteto responsável por todo o design do espaço.
Na área de restauração, a ‘Cidade do Zero’ contou com recipientes e embalagens reutilizáveis e rastreáveis do projeto ZEROO, uma joint venture da The Loop (start-up portuguesa de tecnologia para a circularidade) e a Do Zero. “As Bowls contaram com 2420 enchimentos e com 1420 reutilizações, e os Cups 500 enchimentos com 110 reutilizações”, avança Miguel Portugal, Diretor Geral da Zeroo Smart Packaging Solutions. “Sentimos que estamos a redefinir o cenário das embalagens circulares ao demonstrar com sucesso que diversos casos de uso podem operar em perfeita harmonia dentro do mesmo sistema. Esta abordagem colaborativa não só impulsiona o ecossistema, mas também amplia a conveniência para os clientes, estabelecendo um novo padrão para a circularidade do setor num futuro próximo:” afirma o Diretor Geral da Zeroo Smart Packaging Solutions.
Por último, a acessibilidade e inclusão também foram asseguradas nesta segunda edição da ‘Cidade do Zero’ que, à semelhança da primeira edição, teve todo o recinto adaptado a pessoas com mobilidade reduzida e voltou a ter a possibilidade de tradução do evento para Língua Gestual Portuguesa.
A organização é da “Cidade do Zero” é da responsabilidade de Catarina Barreiros e de João Barreiros, que para além de coorganizador é também parceiro no projeto Do Zero. O evento contou uma vez mais com o apoio da Delta, da GoParity e da EMEL. AEG, Asus, Be@t, Casa Mendes Gonçalves, Civifran, Companhia das Madeiras, DECO, Eletrão, EMEL, Grupo Ageas Portugal, GROHE, Pingo Doce, Planta Livre, Salsa Jeans, The Loop e Volvo foram as novas empresas parceiras desta segunda edição da ‘cidade’ mais sustentável e inclusiva do país.