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Supermercados nos EUA e na Europa podem ver as suas margens já reduzidas cair de 1 a 4 pontos percentuais
Esta é uma das conclusões do estudo Six Ways Retail Can Soar Through the Macroeconomic Clouds da Bain & Company, e que conclui que as margens de lucro podem diminuir entre 1 e 4 pontos percentuais (p.p.) no Reino Unido, Alemanha, França e Estados Unidos.
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Os supermercados dos Estados Unidos e da Europa que não tomarem as medidas preventivas necessárias para antecipar o atual abrandamento macroeconómico poderão ver as suas margens de lucro antes de juros e impostos (EBIT) cair drasticamente.
Esta é uma das conclusões do estudo Six Ways Retail Can Soar Through the Macroeconomic Clouds da Bain & Company, e que conclui que as margens de lucro podem diminuir entre 1 e 4 pontos percentuais (p.p.) no Reino Unido, Alemanha, França e Estados Unidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma queda entre 1 e 2 p.p. eliminaria cerca de 60% da margem EBIT de um supermercado típico.
O estudo analisa os resultados de 100 empresas de retalho após as crises financeiras de 2007-08 e mostra como algumas delas podem obter vantagens competitivas através de medidas decisivas durante as recessões.
“No mercado ibérico, continuamos a observar um alto nível de desafio devido à desaceleração da procura e à inflação dos custos. Os retalhistas locais podem estar seguros de uma coisa: agora é a hora de agir, em vez de esperar para ver. Os potenciais vencedores serão aqueles que agirem rapidamente e usarem com sabedoria as oportunidades de crescimento” refere Jenny Bi, associated partner da Bain & Company em Madrid, em comunicado.
A situação macroeconómica está a afetar as empresas de retalho nos EUA e na Europa e a inflação tem provocado sérios problemas na procura. Em 2022, o forte crescimento das vendas no retalho nos principais mercados foi impulsionado principalmente por preços mais altos (em grande parte devido a preços mais altos dos fornecedores), e não pelo crescimento em volume. No Reino Unido, 100% do crescimento das vendas no retalho em 2022 deveu-se à inflação. Os retalhistas na Alemanha, EUA e França registaram tendências semelhantes.
As vendas também vão ser afetadas pelas restrições no consumo, por sua vez causadas pela subida do custo de vida, dos juros e outros fatores negativos. Na mesma linha, a margem de lucro dependerá, em grande parte, de como os retalhistas vão gerir o aumento de custos dos fornecedores e como isso se refletirá nos consumidores.
“Os retalhistas que saíram na dianteira após a Grande Recessão tinham uma coisa em comum: investiam onde mais importava e cortavam onde menos importava”, afirmou Marc-André Kamel, diretor global de prática de retalho da Bain & Company. “As empresas líderes vão ser aquelas que obtiverem o financiamento necessário para continuar a investir nos seus fatores diferenciadores e nos motores do crescimento de longo prazo. Os próximos 18 meses podem ser decisivos para determinar quais os retalhistas que terão sucesso no resto desta década.” acrescenta.
O estudo avança também que os retalhistas podem aproveitar estas ameaças para se posicionarem, usando a incerteza como uma oportunidade de crescimento. Foi isso que diferenciou os retalhistas que saíram da Grande Recessão e que agora enfrentam a aceleração do e-commerce no pós-Covid, as mudanças macroeconómicas e os avanços na inteligência artificial.
A Bain & Company propõe várias ações para os retalhistas enfrentarem a tempestade e saírem mais fortes da recessão.
1. Redobrar a aposta na diferenciação. As empresas terão de identificar os fatores diferenciadores dos seus negócios que melhoram a qualidade de vida do cliente, a fidelização e a quota de mercado, e investir nessas áreas.
2. Comercializar no ambiente atual. Perante a pressão que pende sobre os consumidores, os retalhistas devem simplificar o sortido, ajustar os preços com uma melhor relação custo-benefício e alargar as marcas próprias aos produtos de gama baixa e premium.
3. Aumentar a flexibilidade através da redução seletiva da despesa e da gestão de tesouraria. Agora é um bom momento para voltar ao básico no que respeita à despesa com bens não destinados à venda e um regresso total às estruturas de custos ajustadas às despesas de vendas, gerais e administrativas.
4. Priorizar a resiliência a longo prazo. Mesmo depois de todas as medidas de curto prazo tomadas após a Covid-19, os retalhistas ainda podem fazer mais para aprofundar a sua resiliência.
5. Não perder de vista os motores do crescimento futuro. Os retalhistas devem olhar para o futuro e estar prontos para o surgimento de oportunidades atrativas em termos de fusões e aquisições.
6. Gerar a confiança entre as partes interessadas. Uma liderança contundente e uma comunicação oportuna e empática podem manter os clientes e os colaboradores ao lado da empresa em tempos de crise.