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Miguel Salgueiro (Nextbitt): “Trabalhamos com centenas de lojas e estamos a ganhar mais negócios no retalho”

Miguel Salgueiro, Chief Business Officer (CBO) da Nexbitt, passou pela Sacoor e pelos grupos WPP e Malo, até que, em 2015, cofundou a Nexbitt, com André Calixto (CEO) e Pedro Morais (CTO), empresa portuguesa de software especializada na gestão de ativos físicos. Em entrevista ao Hipersuper, faz um balanço dos sete anos de atividade da empresa e fala sobre a intenção de crescer, concretamente no setor do retalho, e da aposta na internacionalização

Rita Gonçalves
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Miguel Salgueiro (Nextbitt): “Trabalhamos com centenas de lojas e estamos a ganhar mais negócios no retalho”

Miguel Salgueiro, Chief Business Officer (CBO) da Nexbitt, passou pela Sacoor e pelos grupos WPP e Malo, até que, em 2015, cofundou a Nexbitt, com André Calixto (CEO) e Pedro Morais (CTO), empresa portuguesa de software especializada na gestão de ativos físicos. Em entrevista ao Hipersuper, faz um balanço dos sete anos de atividade da empresa e fala sobre a intenção de crescer, concretamente no setor do retalho, e da aposta na internacionalização

Rita Gonçalves
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Miguel Salgueiro, Chief Business Officer (CBO) da Nextbitt, passou pela Sacoor e pelos grupos WPP e Malo, até que, em 2015, cofundou com André Calixto (CEO) e Pedro Morais (CTO) a empresa portuguesa de software especializada na gestão de ativos físicos. Em entrevista ao Hipersuper, faz um balanço dos sete anos de atividade da Nextbitt e fala sobre a intenção de crescer, concretamente no setor do retalho, e da aposta na internacionalização.

A Nextbitt nasceu em 2015 pela mão do Miguel e de Pedro Morais e André Calixto. Em que contexto fundaram a empresa?

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A Nextbitt surgiu da boa vontade e da experiência de três sócios especializados em três áreas diferentes e que se complementam. O Pedro Morais na área de tecnologias de informação e programação, o André Calixto na área de consultadoria e implementação de projeto e eu na área de networking e comercial. Na altura, eu trabalhava numa empresa na área da saúde e era cliente dos dois na Glintt. Desenvolvemos cumplicidades, pensamentos comuns e ambições cruzadas. Em 2015, fruto das mudanças de vida e dinâmicas dos negócios, fundámos a Nextbitt.

Como se caraterizava, então, o setor de gestão de ativos físicos?

A gestão de ativos físicos era setor pouco dinamizado. Existia um gap grande entre dois tipos de oferta: pequenas empresas portuguesas de software que já tinham muitos anos deste mercado, mas estavam poucos dinamizadas, depois havia as grandes tecnológicas, como a SAP e a IBM, entre outras. Entendemos que, entre estas duas realidades, havia uma área que podíamos explorar e onde nos poderíamos posicionar, no mercado enterprise, com uma oferta focada nas grandes companhias nacionais e internacionais.

Escolheram logo a Microsoft como parceiro?

Sim, se queríamos ganhar negócio nas grandes empresas em Portugal tínhamos de apostar numa tecnologia para programar que permitisse uma forte capilaridade e incluísse cloud logo de início. Escolhemos a Microsoft porque é líder mundial, tem um conhecimento grande em todo o mundo e porque tivemos desde cedo uma grande ambição na internacionalização do negócio. Foi uma aposta ganha, passado um ano e meio de montarmos a empresa tivemos em Washington, EUA, a receber o prémio de parceiro da Microsoft. E passado mais um ano e meio fomos a Las Vegas receber outro prémio. Isto deu-nos visibilidade e credibilidade.

Em que consiste a parceria?

Temos uma plataforma própria, desenvolvida totalmente por nós, e programamos em tecnologias Microsoft. Depois, dentro da nossa oferta usamos a cloud azur da Microsoft para oferecer uma solução integrada, pronta a usar em qualquer parte do mundo, basta para isso acesso à internet.

Quais as grandes empresas em Portugal para as quais fazem gestão de ativos físicos?

Nos primeiros dois, três anos conquistámos empresas como a Vodafone, a Brisa e a Fundação Champalimaud, por exemplo. Depois, começámos a entrar no retalho, com a Sonae Fashion, com insígnias como a Salsa, a Mo, a Zippy, depois, mais tarde, com a Sonae MC, com as marcas Modelo e Continente. Trabalhamos também muito no retalho especializado e com os centros comerciais.

Depois, começámos a focar-nos muito nos líderes das diferentes indústrias. Porque é que pensamos assim? Porque se queremos internacionalizar de uma forma sólida, temos de trabalhar com as empresas com uma maior dispersão geográfica dos seus ativos.

Como é que a tecnologia faz a gestão dos edifícios?

A Nextbitt sempre se definiu como uma tecnologia integradora que permite ao utilizador olhar para uma única solução que fala com diferentes edifícios, hardware e software, e disponibiliza um dashboard com informação em tempo real, a partir de diferentes origens.

Para ter uma ideia, na EDP estamos a falar na gestão de 250 edifícios que estão cadastrados na Nextbitt com milhares de utilizadores.

E na área do retalho?

Atualmente, trabalhamos com centenas de lojas e estamos a ganhar cada vez mais negócio dentro deste setor. Quando, em 2015, montámos a empresa não só não havia um meio termo entre empresas mais pequenas, muito focadas apenas numa área de negócio, e as grandes multinacionais, como a gestão de ativos físicos era uma área pouco explorada. Por isso, a Nextbitt criou uma tecnológica focada em asset managment mas também na componente de facilities. Porque no nosso entendimento disponibilizamos uma tecnologia que congrega todas as valências que o gestor de edifícios precisa e que são as áreas prioritárias da sua empresa.

Miguel SalgueiroNextbittUma cadeia com centenas de supermercados por exemplo pode gerir todos os ativos a partir da vossa plataforma.

Sim, imagine um grupo com 500 supermercados. Pode cadastrar todas as lojas na plataforma, ou seja, representar as instalações e o seu recheio, monitorizar consumos de água, eletricidade e gás, assim como fazer evidências de qualidade do ar, temperatura, CO2 e de resíduos, entre outros. Além disso, a plataforma monitoriza os tempos de resposta entre quem pede uma tarefa e quem tem de a desempenhar, numa lógica de manutenção, por exemplo. Ajudamos a monitorizar o trabalho de manutenção dos prestadores de serviços.

Que equipamento utilizam para fazer a monitorização?

Colocamos sensores ou ligamos a nossa tecnologia a sensores já disponíveis. Desta forma, conseguimos monitorizar o consumo de energia, da água e do gás, conseguimos medir a temperatura, a qualidade do ar, e um conjunto de parâmetros obrigatórios legalmente. Conseguimos dar resposta aos desafios da pegada carbónica, materializando indicadores em KPI [indicadores de desempenho] ao abrigo da lei implementada pela comunidade europeia.

Ajudamos a gerir todas as atividades de manutenção de edifícios, como a limpeza, a segurança, o catering, a jardinagem, entre outros serviços, através da nossa plataforma e da aplicação mobile para smartphone que trabalha também offline.

A solução permite também ter um maior controlo sobre os custos?

Sim, a aplicação permite às administrações das empresas um controlo assertivo dos custos que estão a ter, em tempo real. Podem, por exemplo, ter acesso a evidências sobre se estão a gastar mais ou menos por metro quadrados em lojas com semelhanças comerciais e tomar decisões relacionadas com máquinas problemáticas, sobre se merecem um investimento de reparação ou estão obsoletas.

Com os aumentos do custo da energia na ordem do dia, a nossa tecnologia ajuda a monitorizar o consumo de energia ou a alarmística da energia em tempo real. Ou seja, se houver um pico de tensão a plataforma dispara um ticket diretamente para o prestador de serviço. É todo um ecossistema que antigamente era manual na gestão de edifícios e hoje passou a ser todo digital.

Estamos a falar de ganhos de eficiência operacional e redução de custos. Além disso, as empresas passaram com a nossa tecnologia a ter o seu cadastro numa única plataforma.

Qual o modelo de negócio da Nexbitt?

Temos um modelo de licenciamento SaS no qual disponibilizamos a tecnologia, mas depois temos as equipas de consultadoria que ajudam a fazer o workflow e a desenhar os processos. Imagine, pegamos nas 450 plantas das lojas, representamo-las na plataforma, os pisos, as áreas, todas as máquinas e sensores, logo aqui há uma vantagem porque as empresas conseguem ter uma visão corporativa dos seus ativos físicos. Inventariar é a primeira fase.

Depois, temos equipas complementares que fazem todo o inventário das lojas, carregando na plataforma um histórico do que existe. Todos os equipamentos são fotografados (marca, modelo e número de série) e carregados na aplicação.

Temos a componente de analytics que, com a base que temos hoje, permite estar na linha da frente para de sustentabilidade ambiental, compliance e recursos humanos.

Com os dados disponíveis na plataforma, as empresas conseguem calcular a pegada de carbono?

Exatamente. Como montamos projetos desde 2015 e a obrigatoriedade legal de as empresas fazerem evidências de sustentabilidade é recente, entendemos estar na linha da frente porque já temos o cadastro, a sensorização e registamos os dados em tempo real. Em muitos casos este trabalho é feito manualmente. Ou seja, os diferentes gestores de edifícios dão por email à área corporativa de sustentabilidade estes indicadores, o que nós fazemos é ligar os quadros elétricos à plataforma que, por sua vez, vai “escrever” no relatório de sustentabilidade.

Já iniciaram a internacionalização?

Estamos a apostar muito no mercado espanhol, onde estamos a crescer, também no setor retalho. À boleia das insígnias da Sonae, alavancamos o nosso negócio na internacionalização. Estamos a negociar com algumas cadeias no mercado brasileiro também.

Em 2022, receberam cinco milhões de euros da sociedade Explorer Investments para acelerar a internacionalização e a sustentabilidade. Onde aplicaram o dinheiro?

O investimento entrou na empresa em setembro e está a ser investido na internacionalização da empresa, reforçando todas as áreas de competência dentro da organização. Estamos a contratar 60 pessoas. Vamos ter atividade com presença física em Espanha. E estamos a avaliar Inglaterra e França, entre outros países europeus. 

Faturaram, em 2021, três milhões de euros. Qual a evolução no ano passado?

O volume de negócios cresceu 20%, em termos homólogos, mas não podemos esquecer que angariamos cinco milhões. Não é faturação mas não podemos desassociar desta entrada de capital que é investimento que vai duplicar ou triplicar em rentabilidade.

Qual a previsão de crescimento para 2023?

Temos como objetivo ultrapassar os quatro milhões de euros.
*Entrevista originalmente publicada na edição 413 do Hipersuper

Sobre o autorRita Gonçalves

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Danone reforça compromisso com nutrição infantil com Actimel sem açúcares adicionados e sem adoçantes

Actimel sem açúcares adicionados e sem adoçantes é a nova proposta da Danone para o segmento infantil.

Num momento em que as famílias portuguesas estão cada vez mais atentas à importância de escolhas alimentares saudáveis, a Danone reforça o seu portefólio com o lançamento do Actimel Kids sem açúcares adicionados e sem adoçantes. Desenvolvido especificamente para o público infantil, este novo produto surge como uma resposta à crescente procura por alternativas naturais, que aliem nutrição, funcionalidade e sabor.

Com um perfil nutricional ajustado às necessidades das crianças, esta inovação da marca Actimel aposta numa fórmula que dispensa totalmente açúcares adicionados e adoçantes artificiais, sem comprometer o sabor. Cada garrafa inclui ainda as personagens do universo Minions, numa tentativa de aliar saúde e diversão à mesa das famílias.

“Os iogurtes são uma constante na alimentação das crianças, mas não existem muitas opções infantis sem açúcares adicionados e adoçantes. Este lançamento reafirma o nosso compromisso com a sustentabilidade e a diversidade alimentar, respondendo às necessidades específicas de cada membro da família. Na Danone, acreditamos que temos uma solução para toda a família mas, acima de tudo, para todas as famílias. E, como tal, estamos comprometidos em oferecer opções que respeitem as diferentes preferências alimentares, como o corte ou redução de açúcares nas refeições das crianças, promovendo a saúde dos mais pequenos sem comprometer o sabor dos produtos que lhes levamos”,. sublinha Beatriz Antunes, senior brand manager Activia e Actimel

O novo Actimel Kids já se encontra disponível nos principais pontos de venda em Portugal e reforça a posição da marca como referência em soluções de suporte imunitário. Com esta aposta, a Danone pretende promover um maior debate sobre escolhas nutricionais equilibradas, reforçando a confiança dos pais na seleção de produtos que respeitam as exigências da alimentação infantil contemporânea.

Sobre o autorHipersuper

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Retalho

Nuno Ferreira reforça equipa de retalho da Cushman & Wakefield

Nuno Ferreira é a nova aquisição  do departamento de Retalho da Cushman & Wakefield, na função de consultor sénior.

Especialista em comércio de rua, e aproveitando a sua reconhecida versatilidade, o profissional será responsável por apoiar diversas marcas na sua expansão e implementação no mercado nacional, com foco na cidade de Lisboa, sublinha a empresa em comunicado.

“Estamos muitos satisfeitos com a entrada do Nuno na nossa equipa, trazendo novas dinâmicas complementares e a possibilidade de satisfazer da melhor forma todos os nossos clientes e necessidades do mercado”, sublinha João Esteves, Partner, head of Retail Agency na Cushman & Wakefield.

Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, Nuno Ferreira acompanha desde há alguns anos o setor de retalho, nomeadamente na procura e negociação de novas lojas, estabelecendo a ponte entre proprietários e marcas. Anteriormente, o seu percurso profissional foi construído na área financeira e da banca com grande experiência na gestão de carteiras de crédito em incumprimento.

Sobre o autorHipersuper

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Logística

Tetra Pak e Schoeller Allibert desenvolvem embalagens logísticas feitas a partir de embalagens de cartão para bebidas recicladas

Num passo significativo rumo à economia circular, a Tetra Pak e a Schoeller Allibert juntam-se para lançar uma nova linha de embalagens logísticas produzidas a partir de PolyAl reciclado, resultante da reciclagem de embalagens de cartão para bebidas. A inovação está a ser apresentada em Amesterdão, durante a feira Plastics Recycling Show.

A colaboração entre a multinacional de soluções de embalagem alimentar e a líder em embalagens reutilizáveis para transporte resultou no desenvolvimento de caixas de armazém e outras soluções logísticas reutilizáveis, compostas até 50% por PolyAl reciclado e materiais provenientes de outros fluxos de reciclagem, sem recurso a plástico virgem. As novas embalagens prometem uma alternativa mais sustentável e económica às soluções convencionais, cumprindo exigentes padrões de durabilidade e desempenho.

Atualmente em fase de testes rigorosos, estas embalagens estão destinadas a substituir mais de 50 mil unidades utilizadas no centro global de distribuição de peças da Tetra Pak, localizado em Lund, na Suécia. Esta iniciativa integra-se na estratégia da empresa de incorporar materiais reciclados e sustentáveis nas suas operações.

Britta Wyss Bisang, vice-presidente de Sustentabilidade e Comunicação Estratégica da Schoeller Allibert, destaca o papel da inovação nos materiais para a construção de cadeias de abastecimento mais sustentáveis e eficientes: “Para os nossos clientes, tornar as suas cadeias de abastecimento mais sustentáveis é uma prioridade e a inovação nos materiais é um dos principais fatores para o conseguir. Por isso, estamos a investir fortemente em novas formas de reduzir a utilização de plásticos virgens e a apostar em materiais reciclados como o PolyAl. Este projeto demonstra como soluções avançadas de reciclagem podem transformar resíduos em embalagens duradouras e reutilizáveis que promovem a logística circular e, consequentemente, a transição para uma economia circular.”.

“As embalagens assépticas são fundamentais para garantir o acesso a alimentos seguros e nutritivos. Na Tetra Pak, compreendemos a importância de considerar também o fim da vida útil das embalagens, mantendo os materiais valiosos em uso. Ao longo dos anos, temos vindo a explorar aplicações viáveis para o PolyAl reciclado e estamos satisfeitos por ver que a nossa colaboração com a Schoeller Allibert resultou num produto industrial robusto e competitivo. Continuaremos a trabalhar com recicladores de todo o mundo para desenvolver produtos comercialmente viáveis e expandir o seu mercado, ajudando assim a reduzir a utilização de plástico virgem e a avançar rumo a uma economia circular.”, explica Kinga Sieradzon, vice-presidente de Operações de Sustentabilidade da Tetra Pak.

Marie Sandin, diretora-geral da Tetra Pak Suécia, conclui: “Na fábrica da Tetra Pak em Lund, na Suécia, temos vindo a trabalhar há mais de um ano, de forma muito intensa, para incorporar materiais reciclados e sustentáveis em tudo o que fazemos. Por exemplo, já temos mobiliário interior e exterior feito de material PolyAl para os nossos funcionários. Com esta iniciativa, realizada em parceria com a Schoeller Allibert, o nosso objetivo era desenvolver uma caixa sustentável e económica, que proporcionasse um elevado desempenho. Os resultados são muito promissores para as nossas operações diárias: cada caixa é feita de aproximadamente 200 embalagens de cartão para bebidas recicladas”.

A Tetra Pak e a Schoeller Allibert estarão presentes no stand da Food & Beverage Carton Alliance na feira Plastics Recycling Show.

Sobre o autorHipersuper

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Retalho

Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030

Estudo da DS Smith revela que, até 2030, serão utilizados quase 22 mil milhões de sacos de plástico nas entregas online de artigos de moda em seis grandes economias europeias, o equivalente a mais de 400 000 sacos de plástico entregues por hora. As medidas para limitar a utilização de sacos de plástico reduziram significativamente a sua presença no comércio tradicional, mas o aumento das compras online fez aumentar a sua utilização no e-commerce.

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Apesar dos avanços no retalho físico na redução do uso de plásticos, o comércio eletrónico de moda está a gerar volumes alarmantes de resíduos plásticos. De acordo com uma análise da Development Economics, encomendada pela empresa de packaging sustentável DS Smith, uma empresa da International Paper, só em 2024, os seis principais mercados europeus (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Polónia) receberam 2,9 mil milhões de sacos de plástico “secundários” — utilizados para transporte — nas suas compras online, o equivalente a 7,8 milhões de unidades por dia.

Ao contrário do que se verifica no retalho tradicional, onde medidas como a cobrança obrigatória dos sacos reduziram significativamente o seu uso, o crescimento das vendas online tem impulsionado o consumo de embalagens plásticas. A tendência é preocupante: estima-se que, até 2030, o número de sacos secundários aumente 47%, atingindo os 4,2 mil milhões anuais, o que poderá resultar num total acumulado de 21,8 mil milhões de sacos nos próximos cinco anos.

O estudo revela também que apenas 7% destes sacos são atualmente reciclados ou reutilizados. Os restantes 93% — cerca de 2,6 mil milhões em 2024 — acabam em aterros ou incinerados. Mantendo-se o atual ritmo de crescimento do e-commerce e das baixas taxas de reciclagem, este número poderá ultrapassar os 3,8 mil milhões por ano até ao final da década.

“Em parceria com algumas das maiores marcas do mundo, estimamos que, nos últimos quatro anos, substituímos mais de mil milhões de elementos de plástico, mas precisamos de fazer mais”, refere Luis Serrano, sales, marketing & innovation Diretor da DS Smith Ibéria. “Embora as compras online tenham crescido, os retalhistas de e-commerce estão atrasados em relação às grandes superfícies no que diz respeito à substituição dos sacos de plástico”, acrescenta.

“As empresas podem sentir-se tentadas a focar-se apenas no preço, mas manter o plástico tem um custo: os consumidores não o querem e as marcas arriscam a sua reputação se o ignorarem. Acreditamos que a legislação pode e deve ser mais exigente para todos nós, eliminando gradualmente determinados plásticos para ajudar a criar um contexto de mercado que incentive a inovação e o investimento e gere uma concorrência saudável para os substituir”, sublinha ainda.

Algumas marcas já iniciaram a transição. A Zalando, por exemplo, substituiu desde 2020 os sacos de plástico por alternativas em papel com certificação FSC e conteúdo reciclado. A mudança teve impacto direto na perceção do consumidor: a satisfação com o packaging aumentou 16 pontos percentuais após a introdução da nova solução.

“A substituição dos sacos de plástico por sacos de papel mudou as regras do jogo. Após a introdução dos nossos primeiros sacos de papel nas entregas, a satisfação dos clientes com o nosso novo packaging registou um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A elevada taxa de aceitação deixa-nos confiantes de que estamos no caminho certo com sacos de papel que são fáceis de reciclar na maior parte da Europa.”, afirma David Fischer, director logistics sustainability & packaging da Zalando.

Contudo, e como sublinha a DS Smith em comunicado, persistem desafios. A escalabilidade das alternativas sustentáveis e o cumprimento dos requisitos logísticos continuam a limitar uma adoção mais abrangente. Ainda assim, o inquérito conduzido pela DS Smith revela que 74% dos consumidores apoiam a eliminação progressiva dos sacos de plástico, sempre que existam alternativas viáveis. E 68% preferem embalagens em papel ou cartão.

Além disso, metade dos inquiridos afirma sentir-se culpada pela quantidade de plástico recebida com as suas encomendas, e 55% mostra-se mais propensa a comprar a retalhistas que utilizem embalagens recicláveis.

A análise conduzida pela Development Economics avaliou o potencial de crescimento do mercado de embalagens secundárias – aquelas utilizadas para o transporte de produtos – no setor do e-commerce de moda em seis dos maiores mercados europeus. O estudo baseou-se em dados sobre o volume e valor do comércio eletrónico de moda, a utilização de embalagens plásticas, a proporção de embalagens de transporte, bem como nas taxas de reciclagem, reutilização e destino final dos resíduos plásticos, como a deposição em aterro ou a incineração.

Para sustentar as projeções até 2030, foram analisados dados publicados e não publicados, recolhidos através de uma pesquisa bibliográfica extensa, incluindo estatísticas do Eurostat e documentação política da União Europeia e do Governo do Reino Unido. O objetivo foi modelar cenários de evolução do setor em condições de mercado estáveis e em contextos de políticas mais ambiciosas. Complementarmente, foi realizada uma sondagem junto de 12.000 consumidores nos seis países abrangidos — Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia e Reino Unido — entre 19 e 24 de fevereiro de 2025, seguindo os princípios de rigor metodológico estabelecidos pelas normas da ESOMAR e da Market Research Society.

Sobre o autorHipersuper

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Logística

Conferência da APLOG debate os desafios de uma logística urbana mais eficiente

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer”, defende Afonso Almeida, presidente da APLOG.

Apresentar, e discutir, os desafios e destacar as soluções para uma logística urbana mais eficiente, inovadora e sustentável é o objetivo da 6ª edição da conferência Cidades & Logística, que a APLOG (Associação Portuguesa de Logística) realiza esta quarta-feira, 2 de abril.

A logística urbana continua a ser um grande desafio para os players do setor. O aumento exponencial das entregas de artigos do compras on-line que veio influenciar a mobilidade na entrega de mercadorias, as infraestruturas, os meios de transporte, o aumento da frequência da entrega com consequências no aumento do tráfego e no congestionamento das cidades, são alguns desses desafios, aos quais as empresas estão a responder, mas que têm que ser trabalhados em parceria com autarquias.

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer. É um tema que nunca está terminado e deve ser importante envolver todas as partes interessada, no sentido de conseguir arranjar as melhores soluções para a cidade”, defendia o presidente da APLOG, Afonso Almeida, ao Hipersuper no seguimento da conferência Cidades & Logística de 2024.

A edição deste ano da conferência Cidades & Logística tem lugar no Templo da Poesia, Parque dos Poetas, em Oeiras, com início às 11h. Vai receber os profissionais e decisores “que querem estar na vanguarda da mobilidade urbana, logística sustentável e inovação nas cidades”, para um programa que ao longo do dia vai debater a logística urbana sustentável, a descarbonização na última milha, o estacionamento, o armazenamento urbano, as entregas silenciosas. Vai ainda apresentar a visão de quem abastece, as novas abordagens à última milha e ainda divulgar o projeto Standtrack.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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O Chocolate do Dubai, a barra de chocolate de leite recheada de pistácio e Kadaif, que se tornou viral é a mais recente novidade na oferta de conveniência da Galp.

Hipersuper
A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes
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Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais

O Grupo Bacalhôa anunciou uma reorganização estratégica na sua estrutura de Enologia, com o objetivo de reforçar a competitividade no mercado nacional e internacional.

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A medida, liderada por Luís Ferreira, CEO do grupo desde dezembro de 2024, integra a criação de uma nova direção e uma renovação significativa na equipa técnica, refletindo o compromisso da empresa com a inovação, a qualidade e a excelência enológica.

Nova Direção de Relações Institucionais sob liderança de Vasco Penha Garcia

Vasco Penha Garcia

Como parte desta reorganização, o grupo criou a Direção de Relações Institucionais, confiada a Vasco Penha Garcia, que durante décadas liderou a área de Enologia da Bacalhôa. A nova função terá como foco o fortalecimento dos laços com parceiros estratégicos e entidades do setor, num esforço de aproximação institucional que visa sustentar a presença da empresa junto dos principais atores do mercado.

Francisco Antunes lidera renovação geracional da Enologia

A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes, um dos nomes mais reconhecidos da enologia portuguesa. Com mais de 35 anos de experiência, o enólogo – distinguido com os prémios de Melhor Enólogo em 2006 (Essência do Vinho) e Enólogo do Ano em 2023 (revista Grandes Escolhas) – assume a missão de elevar a qualidade dos vinhos Bacalhôa. A sua carreira inclui a direção enológica da Aliança Vinhos de Portugal, abrangendo múltiplas regiões vitivinícolas, e é marcada por um profundo conhecimento técnico e uma abordagem versátil à vinificação.

Continuidade e reforço nas adegas do grupo

A nova estrutura mantém figuras históricas como Filipa Tomaz da Costa, que, após 42 vindimas, cede a direção enológica da Adega de Azeitão, mantendo-se como Enóloga Consultora. João Ramos, com formação internacional em viticultura e enologia, assume agora a responsabilidade pelos vinhos produzidos em Azeitão.

Na Aliança Vinhos de Portugal, Magda Costa, Enóloga Assistente desde 2022, sucede a Francisco Antunes na liderança dos vinhos, espumantes e aguardentes das regiões do Douro, Beira Interior, Dão e Bairrada. No Alentejo, Rui Vieira manterá a direção enológica da adega de Estremoz, assegurando a continuidade da certificação PSVA e o compromisso com a sustentabilidade.

Compromisso com a modernização e o legado

Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa

Para Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa, estas mudanças estratégicas reforçam o compromisso “com a inovação, a qualidade e a sustentabilidade e com o reforço desta nova geração de Enólogos na equipa de Enologia, estamos preparados para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais competitivo, mantendo o legado das gerações anteriores, quer na tradição de excelência na produção de vinhos, quer no compromisso de crescimento e transformação. Sendo a inovação um dos maiores desafios do nosso setor, estamos certos de que esta equipa dará continuidade à missão de posicionar a Bacalhôa na vanguarda do vinho português, reforçando a nossa modernidade e capacidade de marcar a agenda do setor.”.

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Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses

A Vitacress aliou-se à Flama para lançar um passatempo dirigido ao consumidor final, com o objetivo de promover a conveniência e versatilidade das Batatas Vitacress.

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A iniciativa decorre ao longo do mês de abril e inclui prémios diários e um prémio final: um Micro-ondas Air Fryer & Forno 3 em 1 da FLAMA.

Segundo Nuno Crispim, diretor de marketing da Vitacress, esta ação procura valorizar a utilização das batatas em diferentes momentos de consumo: “Na Páscoa, a batata assume um protagonismo especial à mesa. Por isso, criámos um passatempo que destaca toda a versatilidade das Batatas Vitacress: podem ir diretamente ao micro-ondas, ficam especialmente estaladiças na air fryer e são ideais para os tradicionais assados no forno, pela sua textura e sabor únicos. Para celebrar esta tripla versatilidade, estabelecemos uma parceria com a FLAMA, cujo inovador eletrodoméstico 3 em 1 permite aos consumidores desfrutar plenamente das Batatas Vitacress em qualquer ocasião.”.

Para participar, basta adquirir uma embalagem de Batata Branca Vitacress (Mini 400g ou Média 500g), submeter o talão de compra e responder de forma criativa à pergunta: “Quais são as três razões que tornam as Batatas Vitacress práticas no seu dia a dia?”. A resposta mais original será premiada no final da campanha, com o vencedor anunciado a 9 de maio.

Durante os 31 dias da campanha, será atribuído diariamente um cabaz de produtos Vitacress ao participante que interagir com a marca no momento do passatempo. O prémio final – o eletrodoméstico 3 em 1 da FLAMA – pretende sublinhar a praticidade na preparação de refeições, reunindo três funções num único equipamento.

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Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito

Este momento marca o início da comunicação oficial da celebração dos 100 anos da Portugália.

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Reabriu restaurante da Portugália de Alvalade, agora renovado e adaptado ao novo conceito e imagem da marca.

“A reabertura do restaurante de Alvalade é mais um importante momento na estratégia de transformação da marca Portugália. Mais uma vez demonstra que a marca se consegue modernizar e transportar para os dias de hoje sem perder aquilo que faz da Portugália uma marca única. Representa a harmonia entre a tradição e a modernidade, preservando o legado gastronómico que há mais de um século define a marca. Este momento também assinala o início das comemorações do centenário da Portugália, que será celebrado este ano.”, sublinha José Maria Carvalho Martins, diretor-geral da Portugália.

A arte continua a desempenhar um papel central nos espaços da Portugália. No restaurante de Alvalade, mantém-se o emblemático painel de azulejos de Júlio Pomar, uma obra que ocupa uma das paredes do interior do restaurante. Este painel foi idealizado pelo artista antes do seu falecimento, em maio de 2018, e concretizado pela Fábrica Viúva Lamego, reforçando a ligação da marca à cultura e ao património artístico.

O restaurante está aberto todos os dias das 12 às 23 horas e sextas, sábados e domingos das 12h00 às 00h00.

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Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas

No âmbito da celebração dos seus 70 anos, a Adega de Borba promove, entre abril e setembro, visitas gratuitas às suas instalações.

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Para assinalar sete décadas de fundação, a Adega de Borba vai realizar visitas gratuitas e provas de vinhos, que decorrem no primeiro sábado de cada mês, de abril a setembro.

As visitas dão a conhecer ao público a história e os bastidores da produção vitivinícola alentejana e incluem uma prova de vinhos e azeite, mediante reserva prévia. “Com esta ação, a Adega de Borba convida o público a conhecer de perto a sua história, os processos de produção e a qualidade dos seus produtos, numa verdadeira viagem ao coração da enologia alentejana”, convida.

O percurso inicia-se no edifício original da Adega, onde os visitantes poderão explorar espaços como a garrafeira histórica e a cave de estágio em garrafa. Segue-se o edifício mais recente, que integra o centro de vinificação com diferentes tecnologias de fermentação e um imponente espaço dedicado ao envelhecimento em barricas de carvalho francês, americano e português.

A experiência inclui uma prova de três vinhos: Adega de Borba Reserva Branco, Montes Claros Reserva Tinto e Senses (à escolha entre as diferentes monocastas disponíveis). A degustação decorre na sala de provas da Adega de Borba, com vista para a sala de barricas e para o centro de vinificação, e além da prova de um vinho branco e de dois tintos, contempla também o azeite virgem extra da marca, servido com pão regional. A visita termina na loja da Adega, onde os participantes poderão adquirir os produtos degustados e outras referências da Adega de Borba.

As visitas guiadas realizam-se às 11h e às 15h, com capacidade limitada a 50 pessoas por grupo. As reservas devem ser feitas através do email enoturismo@adegaborba.pt ou do telefone 268 891 660.

Fundada em 1955, a Adega de Borba tem 230 viticultores associados que cultivam cerca de 2.200 hectares de vinha distribuídos por 75% de castas tintas e 25% de castas brancas. A par da produção vinícola, a diversificação do negócio sob a sua marca estende-se a produtos como o azeite e vinagre e ao enoturismo.

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