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A história do vinho que nasce em pedras vulcânicas

A produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

Rita Gonçalves
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A história do vinho que nasce em pedras vulcânicas

A produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

Rita Gonçalves
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Picowines_abrirA produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

A plantação dos primeiros bacelos de vinha em fendas de rochas negras na Ilha do Pico, arquipélago dos Açores, remonta a 1460. Reza a lenda que Frei Pedro Gigante trouxe as primeiras videiras para o Pico, nos primórdios da colonização da ilha, levando a cabo as primeiras experiências de produção de vinho em chão de pedra negra protegida por muros de basalto, hoje o postal da segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores.

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A ilha vulcão, “a mais jovem geologicamente” por resultar de “erupções mais tardias”, revelou, ao contrário de todas as expectativas, uma predisposição natural para este tipo de cultura e não tardou o momento em que a vinha dominou a paisagem. Uma paisagem singular, constituída por labirintos de currais negros que protegem as plantas do vento marítimo e salino, que a Unesco classificou como património mundial da humanidade, em 2004. “Como a rocha vulcânica é porosa, não permitindo a acumulação de água, a planta adapta-se muito bem”, dá conta Pedro Cavaleiro, diretor geral da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (Picowines), em entrevista ao Hipersuper, lembrando que, com o passar dos anos, a paisagem de videiras estendeu-se por vários quilómetros da ilha.

Pedro Cavaleiro, diretor geral da Picowines

Pedro Cavaleiro, diretor geral da Picowines

Sem grande rigor, os açorianos pegaram em basalto, a pedra mais comumente encontrada no terreno onde escolheram plantar as vinhas e, com estes pedaços de pedra, construíram com mestria, à laia de um puzzle, muros entre as vinhas, desenhando caminhos para os agricultores circularem e cuidarem das plantas e, ao mesmo, tempo protegendo-as dos ventos fortes que sopram do mar. “Nas zonas mais inferiores, mais perto do mar, os muros são mais altos ou baixos consoante a dominância do vento. Apesar da ausência da ciência na construção destes labirintos, a única coisa que consegue derrubar estes muros é mesmo a força do mar”, assegura o gestor.

Em 1850, deu-se um volte face. Por causa de uma doença, o fungo Oídio, produção de uva sobre um embate brutal e muitos agricultores não conseguem subsistir. A consequência é uma diminuição drástica do património vitivinícola. Pedro Cavaleiro, que lidera a cooperativa desde 2019, lembra que esta é uma zona de “difícil produção”. “O trabalho é 100% manual e a produção por hectare é inferior em relação a outras ilhas e às regiões de vinho de Portugal Continental”. Em média, os produtores retiram entre “1000 a 1500 quilos por hectare, produção muito inferior em comparação com outras regiões do país”, exemplifica. A praga afetou muitas famílias que dependiam desta atividade para subsistir e que acabaram por abandonar a produção de uva.

Foi na tentativa de recuperar parte do património vitícola que a ilha foi perdendo ao longo dos anos, de tornar a produção mais rentável e de encontrar novos canais de distribuição, incluindo internacionais, que nasce, em 1949, a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico. “Durante muitos anos, a cooperativa foi o pilar da viticultura da ilha, uma garantia de que os viticultores tinham a quem vender a sua produção”.

Picowines4A cooperativa trabalha exclusivamente com uvas produzidas pelos sócios. Atualmente, conta com 280 associados, “alguns históricos no sentido em que já não entregam uva, mas fazem parte da estrutura da cooperativa”.

Fruto do trabalho de recuperação desenvolvido, atualmente o Pico tem cerca de 1.200 hectares de vinha em produção. Segundo estimativas de Pedro Cavaleiro, nos tempos áureos a ilha chegou a ter 16 mil hectares de vinha. O trabalho de recuperação continua a fazer-se, avança o diretor-geral, salientando que o objetivo não passa por recuperar os 16 mil hectares, “porque grande parte destes terrenos foi urbanizada”, mas por “recuperar uma quantidade considerável das vinhas em produção no passado”.

Pico_ilhaA classificação da paisagem vitivinícola como património mundial da humanidade pela Unesco foi muito importante por dois motivos, um político e outro económico, resume Pedro Cavaleiro. “A política regional é tripartida entre as ilhas de São Miguel, Terceira e Faial. Com a classificação da vinha na zona da Criação Velha como património mundial”, o Pico eleva o seu estatuto, levando os “decisores político a reconhecerem a “importância da vinha, não só a nível turístico, como ambiental e cultural”. Esta aproximação política e reconhecimento tiveram depois eco no orçamento regional para a recuperação das vinhas. “Este foi o primeiro passo para o projeto de recuperação das vinhas”. Foram necessários um conjunto de “subsídios que suportaram o esforço financeiro” de recuperar a área de vinha e que passou por, entre outros projetos, recuperar estradas, construir os currais e recolocar as plantas no solo”.

A Picowines acredita que este investimento foi uma aposta ganha da parte do governo regional pela riqueza histórica, cultural e económica que imprimiu à ilha vulcão. “Os vinhos são atualmente um negócio muito sério que já movimenta muitos milhões de euros”. Pedro Cavaleiro não sabe concretizar o volume de negócios da fileira de vinho do Pico, mas indica que as duas maiores empresas (Picowines e Azores Wine Company) faturam em conjunto cerca de quatro milhões de euros. No ano passado, a Picowines remunerou os seus produtores a uma média de 4,5 euros por quilo de uvas das três castas autóctones, pelo que os vinhos se posicionam no mercado num patamar de qualidade e preço.

Picowines3Arintos dos Açores, Verdelho e Terrantez do Pico são as castas autóctones e que permitem fazer vinhos com denominação de origem Pico. Estas três variedades cruzadas com o terroir do Pico dão origem a vinhos singulares. “Quem visita a ilha, rapidamente percebe o que é o terroir do Pico”, frisa Pedro Cavaleiro. “Temos influência marítima absoluta porque as vinhas estão, algumas, a dez metros do mar. Depois, pelo tipo de formação rochosa no local onde as vinhas estão plantadas os vinhos revelam elevados níveis de potássio e ferro”. Há ainda a particularidade do clima. “Temperado e bastante húmido o que carateriza muito o terroir”. Estas características denotam-se na salinidade, mineralidade e acidez dos vinhos, distinguindo-os dos restantes que se fazem no país. Saborinho, Merlot, Syrah e Fernão Pires são mais castas plantadas na ilha e utilizadas para fazer vinhos com indicação geográfica Açores. Metade dos vinhos comercializados pela Picowines são certificados denominação de origem.

picowines2A cooperativa comercializa os seus vinhos através das marcas Terras de Lava, Frei Gigante, Grutas das Torres e Lajido. Em 2007, com a entrada do enólogo Bernardo Cabral, a Picowines reorganizou as marcas, reforçou o seu posicionamento e atualizou as suas imagens. “Temos agora o que consideramos ser uma escada de marcas e nomes sonantes que já existem desde o início da certificação de vinhos dos Açores”, considera Pedro Cavaleiro.

A gama Terras de Lava, identificada como IGP, utiliza castas europeias, tintas e brancas, e castas autóctones, e é constituída por seis referências: branco, rosé, um blend de Merlot e Syrah, os monoscastas tinto Merlot e Syrah, e o recente Terras de Lava Reserva. A Frei Gigante, por sua vez, uma das marcas mais antigas da cooperativa, é certificada com denominação de origem. “O seu nome presta homenagem à primeira personalidade histórica conhecida que, em 1460, aquando da colonização da ilha, traz as primeiras videiras e faz as primeiras experiências de locais de produção de vinho”, lembra o diretor da cooperativa, acrescentando que, em poucos anos, os açorianos percebem onde é que “as videiras se dão bem e numa lógica de leque, a partir daquela zona para a frente e até ao final de Santa Luzia, multiplicam a área de vinha”.

O vinho Frei Gigante, certificado com denominação de origem, é um blend das três castas autóctones. “É o porta-estandarte da cooperativa quando falamos de castas autóctones e daquilo que representa a essência dos vinhos do Pico”. Em 2017, com a organização do portefólio lançámos três monovarietais: Arinto, Verdelho, Terrantez.

“O objetivo destes vinhos é serem genuínos, pouco trabalhados, mais ligados àquilo que vem da vinha, a uma pureza que oferece este terroir onde cada casta representa o que realmente é. No caso do Arinto temos um vinho com acidez muito elevada, no verdelho muita mineralidade e no Terrantez uma explosão de aromas. Os três têm em comum o seu posicionamento superior”, salienta o responsável.

A marca Gruta das Torres é um projeto desenvolvido em parceria com os parques naturais do Pico, um vinho que estagia na Gruta das Torres entre 12 e 14 meses. Feito a partir da casta Arinto, este vinho da zona da Criação Velha “rapidamente se tornou um sucesso”.

A maior parte dos vinhos da empresa estagia em barricas, cubas ou balseiros pelo menos durante seis meses, antes de serem engarrafados: Depois, dependendo do vinho, alguns têm ainda estágio em garrafa.

Gama Terras de LavaA Picowines comercializa ainda o primeiro espumante certificado do arquipélago. O espumante Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017 é feito exclusivamente com a casta Arinto dos Açores, da zona da Candelária. Com uma produção de 1.300 garrafas, o espumante apresenta “notas de algas do mar, iodo e maresia que se conjugam com alguma panificação resultante do longo estágio com as leveduras livres, depois de quatro anos em garrafa”, define o enólogo Bernardo Cabral.

A adega tem ainda no portefólio uma gama de licorosos que fazem lembrar os tempos em que os vinhos fortificados dos Açores chegavam às cortes europeias. “A cooperativa é detentora de um espólio extraordinário destes vinhos faziam grandes viagens de barco para chegar ao destino”, conta Pedro Cavaleiro, que irá apresentar ao mercado mais três licorosos. Sob a marca Lajido, a marca aposta em vinhos datados, atualmente está no mercado a colheita de 2007”. “Brevemente, vamos lançar o Lajido 2004 e dois licorosos Ilha do Pico, um de 10 anos e outro de 20 anos”.

“Acreditamos estar a criar uma gama que irá consolidar o nosso lugar na história não só enquanto cooperativa, mas enquanto ilha do Pico”, defende o responsável.

Picowines1A produção de uva na ilha do Pico está a cair desde 2020. Em 2022, entraram na adega 129 mil quilos de uva. Em 2019, foram 530 e no ano anterior 300 mil quilos. “Destes 129 mil quilos produzimos 90 mil litros de vinho. Cerca de 80 a 85% do vinho produzido foi branco, as uvas tintas tiveram uma dificuldade extraordinária em superar as intempéries. A quebra de produção de tinto foi muito acentuada”, recorda Pedro Cavaleiro.

2022 foi um ano muito significativo em termos de investimento porque facilitaram o trabalho da vindima. Os associados entram na adega com as suas carrinhas carregadas de uva e dirigem-se a uma sala exterior coberta onde uma funcionária pesa a uva, “numa balança de perfil baixo, que resulta de um investimento que fizemos no ano passado”. Depois de identificada a casta, a uva segue para a mesa de escolha, “também um investimento que fizemos em 2022”, através da qual, através de um movimento vibratório, as uvas vão avançando ao longo do tapete e sendo separadas, com a ajuda das mãos experientes dos trabalhadores, “as uvas boas dos paus e das uvas podres”.

PicowinesNo final da mesa de escolha, estão os palotes (caixas de plástico com capacidade para 600 quilos), este ano a adega comprou 40, que são transportados através do empilhador para um tapete elevatório que leva as uvas até à prensa. “Depois de prensadas, o mosto cai para dentro de tabuleiros e o vinho é transportado por bombas para o sítio onde vai descansar, barricas ou depósitos”, descreve Pedro Cavaleiro, indicando que o investimento se cifrou globalmente em 120 mil euros.

Este ano, a Picowines tem planos para investir 800 mil euros na adega, “dependendo se consegue enquadrar este plano de investimento em algum programa de apoio”.

Em 2022, a cooperativa alcançou um volume de negócios de 1.8 milhões de euros, valor que compara com os 1.3 milhões faturados em 2021 e 630 mil euros em 2020. Este ano, a Picowines espera aumentar em 20% o volume de negócios, com crescimento de vendas no mercado regional, nacional e internacional. A cooperativa exporta para o continente europeu, asiático e americano, nomeadamente para EUA e Canadá.

Sobre o autorRita Gonçalves

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Logística

Garland cria nova parceria na Suíça para fortalecer os serviços de transporte terrestre

O Grupo Garland estabeleceu uma parceria com a empresa suíça Streck, que “permitirá a criação de sinergias valiosas entre a Garland Transport Solutions (GTS) em Portugal e Espanha”, destaca a empresa.

O Grupo Garland estabeleceu uma nova parceria que envolve a Garland Transport Solutions, empresa de transportes do Grupo, e a Streck, empresa suíça com 75 anos de experiência no setor. Esta colaboração permitirá à empresa nacional do setor da logística, transportes e navegação, fortalecer os seus serviços de transporte terrestre de e para a Suíça, ampliando a sua presença no mercado europeu.

“Com esta nova parceria, a Garland Transport Solutions oferece saídas semanais de Lisboa e Porto para Basel, garantindo um serviço de recolhas e entregas em todo o território suíço. O tempo de trânsito estimado é de quatro a cinco dias úteis, proporcionando uma solução eficiente e competitiva para mercadorias como grupagem, cargas gerais, mercadorias perigosas (ADR) e cargas com temperatura controlada”, assegura a Garland.

A Garland já opera na Suíça há mais de 20 anos, com saídas regulares de duas vezes por semana para Basel. Com a Streck, o serviço passa a cobrir todo o país helvético, com operações otimizadas a partir do terminal de Basel, incluindo descargas/cargas diretas para Less Than Truckload (LTL) e Full Truckload (FTL) em todo o território suíço, revela ainda a empresa

“Esta parceria visa precisamente atender a esta dinâmica comercial, proporcionando um serviço logístico robusto que facilita o fluxo de mercadorias entre os dois países”, explica Giles Dawson, CEO da Garland Transport Solutions, empresa de transportes do Grupo Garland.

Sobre o autorHipersuper

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IA generativa nas empresas quadruplicou em um ano

80% das empresas aumentou os seus investimentos em IA generativa desde 2023, e consideram que este ramo da inteligência artificial contribui para gerar mais receitas e impulsionar a inovação.

É o que revela o ‘Harnessing the value of generative AI: Use cases across sectors’ (‘Aproveitando o valor da IA generativa: casos de uso em todos os setores’), realizado pelo Resarch Institute da Capgemini.

Entre outras conclusões, adianta que as empresas estão a adotar a IA generativa incentivadas pelo aumento dos investimentos e pelo valor que esta tecnologia transformadora lhes proporciona. Todas as empresas inquiridas no âmbito do estudo, independentemente do seu setor de atividade, reportaram um aumento dos use cases desta tecnologia, com quase um quarto a revelar que atualmente já têm IA generativa integrada nalguma das suas instalações ou/e funções – um aumento de 6% em relação a 2023.

O estudo revela igualmente que, as empresas pioneiras na adoção de tecnologias de IA generativa já começaram a colher benefícios, que vão desde a melhoria dos rácios de eficiência operacional até à experiência do cliente e ao aumento das vendas.

“A IA generativa está a começar a transformar os negócios das empresas, que já estão a testemunhar um crescimento tangível nas suas receitas e na inovação. Este aspeto é também muito relevante, porque indica que as empresas, em vez de se concentrarem apenas na otimização de custos, estão a explorar ativamente novos caminhos para aproveitarem a IA Generativa e para criarem mais-valias mensuráveis,” refere Pascal Brier, diretor de Inovação da Capgemini e membro do comité executivo do grupo.

IA generativa permite mais e novas receitas

Outra conclusão do estudo indica que quase três quartos das empresas (74%) asseguram que a IA generativa contribui para as ajudar a gerarem mais e novas receitas e para inovarem. 

O estudo aponta para níveis elevados de confiança na utilização de agentes de IA em tarefas específicas, como escrever e-mails profissionais ou codificar e analisar dados. No entanto, também revela que os líderes empresariais estão conscientes da necessidade de manter esta confiança e a transparência ética tando a nível do desenvolvimento, como da implementação.

A aceleração da adoção da IA generativa nos últimos 12 meses não se limita às empresas, uma vez que os recentes desenvolvimentos tecnológicos também tornaram mais acessíveis as ferramentas públicas aos não especialistas.

Como resultado, e embora a sua adoção tenha aumentado, apenas 3% das empresas proibiram o uso de ferramentas públicas de IA generativa no local de trabalho. Quase todas as empresas (97%) permitem que os seus colaboradores usem a IA generativa de alguma forma, e mais de metade das organizações define regras de utilização específicas para as suas equipas.

Sobre o autorHipersuper

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Retalho

Lidl e Cáritas fazem regressar a campanha de angariação de material escolar

A Cáritas e o Lidl Portugal realizam, pelo segundo ano consecutivo, uma campanha de recolha de material escolar nas lojas da insígnia. Decorre a 7 e 8 de setembro.

No âmbito da sua estratégia de responsabilidade social e corporativa ‘Mais Lidl’, o Lidl Portugal volta a juntar-se à Caritas numa campanha de recolha de material escolar em mais de 70 lojas da insígnia, nos dias 7 e 8 de setembro.

“A campanha tem como objetivo apoiar as famílias mais carenciadas, suprindo as dificuldades que muitos agregados atravessam na gestão diária dos seus gastos no início do ano letivo, privilegiando a educação como pilar essencial”, destaca o Lidl Portugal.

Os clientes que quiserem participar poderão adquirir artigos de material escolar, disponíveis nas lojas Lidl, e entregá-los aos voluntários da Cáritas, presentes na antecâmara de loja, que estarão a receber as contribuições dos clientes nas lojas dos distritos de Vila Real, Aveiro, Viseu, Castelo Branco, Guarda, Coimbra, Leiria e Lisboa.

Em 2023 a campanha decorreu em 35 lojas nos distritos de Lisboa e Leiria e beneficiou mais de 1.500 crianças no seu regresso às aulas. A iniciativa decorre no âmbito da parceira do Lidl com a Cáritas que, desde 2017, realiza um peditório monetário anual nas lojas Lidl de norte a sul do país.

Há 29 anos em Portugal, o Lidl tem cerca de 9000 colaboradores, distribuídos por mais de 275 lojas, de norte a sul do país.

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Retalho

Bricomarché assinala 26 anos em Portugal com campanha de preços

A campanha decorre de 7 de setembro a 6 de outubro em todas as lojas da marca.

O Bricomarché assinala o seu 26º aniversário em Portugal com o lançamento da campanha ‘É Festa Para Toda a Obra’.

A campanha lançada pela insígnia do Grupo os Mosqueteiros, referência em bricolage, construção, casa e jardim, decorre de 7 de setembro a 6 de outubro e oferece descontos em todas as lojas.

Para assinalar os 26 anos em Portugal, a marca preparou uma ação exclusiva para o primeiro dia da campanha, 7 de setembro, na qual os clientes poderão beneficiar de 20% de desconto em cartão em toda a loja. Esta promoção é válida em todos os pontos de venda da insígnia.

Há mais de duas décadas em Portugal, o Bricomarché conta com 59 lojas no total.

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Exportação

Melom inicia agora a expansão por toda a Espanha

A empresa portuguesa, que está presente em Madrid desde janeiro de 2021, acaba de assinar um acordo de extensão da marca para toda a Espanha.

tagsMelom

Depois de três anos a operar exclusivamente em Madrid, a empresa, que atua no setor das obras residenciais, inicia agora o seu plano de expansão para a cobertura integral no país vizinho, “com o objetivo de criar a maior rede espanhola de profissionais do setor de obras domésticas, à semelhança do trabalho feito em Portugal”, assume num comunicado.

Nos últimos três anos, a empresa consolidou o negócio de remodelação e reabilitação de imóveis no setor das obras residenciais na comunidade de Madrid com 32 franchisados, “com mais de 200 obras adjudicadas e uma escola de formação para profissionais do setor”, e prepara agora a sua transformação para Melom Espanha.

“Existem inúmeras oportunidades no mercado vizinho, um mercado estimado de mais de 60 mil milhões de euros, onde à semelhança de Portugal não existe qualquer referência; em Espanha mais de 70% das habitações tem 30 ou mais anos e quatro em cada cinco edifícios não são eficientes. O mercado gigantesco, aliado ao fato das empresas que operam neste setor terem carências nas áreas de tecnologia, marketing e desenvolvimento dos seus negócios criaram a oportunidade perfeita para o crescimento da Melom que depois de testar o conceito amplia assim a sua operação para toda a Espanha”, destaca João Carvalho, co-fundador da Melom.

O responsável revela que o plano de expansão representa um investimento de um milhão de euros e criará 10 postos de trabalho diretos na estrutura central, “a que se somarão os postos indiretos na rede de franquias”. “Os objetivos estabelecidos para Espanha para os próximos três anos são atingir uma rede com 240 franchisados e alcançar uma faturação de 50 milhões de euros”, reforça João Carvalho.

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Foto: Facebook Ministério da Agricultura e Pescas

ESG

Portugal defende financiamento europeu para a água destinada à agricultura

Segurança alimentar significa, em primeiro lugar, ‘comida no prato’, e a água “é crucial para alcançar este objetivo e garantir a competitividade e coesão social e territorial”, defendeu o ministro da Agricultura e Pescas, em reunião do MED9.

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O ministro da Agricultura e Pescas defende a complementaridade entre fundos europeus, instrumentos financeiros e Orçamento do Estado para financiar investimentos no armazenamento e uma rede de distribuição eficiente da água os agricultores.

José Manuel Fernandes marcou presença na reunião dos ministros da Agricultura dos Países Mediterrânicos (MED9), que se realizou entre 1 e 3 de setembro, em Chipre, com o intuito de discutir estratégias para enfrentar os principais desafios relacionados com a seca nesta região.

Na reunião, o ministro da Agricultura e Pescas referiu a importância estratégica da água para o desenvolvimento da agricultura em Portugal e afirmou que o financiamento para o armazenamento e a distribuição eficiente de água para a agricultura e para o consumo humano é uma prioridade para o Governo, que vê o financiamento europeu como uma alavanca fundamental para alcançar este objetivo, informa uma nota divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal.

“Este é um assunto de grande interesse e relevância para Portugal. Tenho enfatizado sistematicamente que ‘segurança alimentar’ significa, em primeiro lugar, “comida no prato”. A água é crucial para alcançar este objetivo e garantir a competitividade e coesão social e territorial. A Política Agrícola Comum (PAC) não pode ser o único instrumento a financiar este desígnio. A PAC não se pode desviar do seu objetivo principal – produzir alimentos suficientes, de qualidade, a preços acessíveis, respeitando os mais elevados padrões ambientais”, sublinhou José Manuel Fernandes.

Nesse sentido, o titular da pasta da Agricultura e Pescas acrescentou que os fundos da Política de Coesão, o InvestEU e o Banco Europeu de Investimento “devem participar no financiamento das infraestruturas necessárias que mitiguem os efeitos negativos das alterações climáticas”. “Garantir a complementaridade entre os fundos europeus, os instrumentos financeiros e o Orçamento do Estado é crucial. A PAC não pode ser a única a financiar a biodiversidade e os investimentos destinados à agricultura. Em Portugal o Fundo Ambiental também tem de cumprir esta missão” defendeu.

Maior cooperação dentro do MED9 

Durante a reunião, Chipre, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Itália, Malta e Portugal, mantiveram o consenso sobre a importância do reforço da implementação de práticas sustentáveis de gestão da água na agricultura, assim como da adoção de tecnologias de uso eficiente da água.

Concluíram ainda que, para isso, é necessária “uma maior cooperação entre os países do MED 9, traduzida numa partilha de informação mais acentuada e na participação conjunta em programas de investigação, tendo em vista a troca de experiências, de melhores práticas de gestão, e de soluções tecnológicas inovadoras para mitigar as consequências da falta de água”, refere a nota divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pescas.

Em Portugal, o Governo lançou recentemente a iniciativa ‘Água que Une’, que vai definir a partir de 2025 um cronograma de investimentos com o objetivo de se construir uma rede interligada para armazenar e distribuir água de forma eficiente para a agricultura e para o consumo humano.

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Retalho

Laia Andreu é a nova country retail manager da IKEA Portugal

No ano em que se celebram os 20 anos da IKEA em Portugal, Laia Andreu assume a função de Country Retail Manager e CSO da marca no país.

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Laia Andreu iniciou o seu percurso na IKEA em 2010, em Barcelona. Após participar num programa interno de desenvolvimento de jovens talentos, tornou-se Market Manager aos 26 anos. Entre 2018 e 2021, deu apoio ao CEO e à Direção do Grupo Ingka, e, em 2022, juntou-se à IKEA Portugal, enquanto Area Manager.

Ao longo destes anos, Laia Andreu teve responsabilidades em diferentes áreas do negócio (como Recursos Humanos, Customer Relations e Vendas), sempre com uma abordagem muito focada nas pessoas e no negócio. Com um percurso de 14 anos na marca de origens suecas, é desde o passado dia 1 de setembro a mais jovem Country Retail Manager do país, sucedendo a Helen Duphorn.

“Estamos muito orgulhosos destes 20 anos em Portugal, e muito entusiasmados para construir a IKEA do futuro. A relação entre a IKEA e os portugueses é uma história de amor e de sucesso, e provámos que, com foco, entusiasmo e paixão, conseguimos criar um melhor dia a dia para os nossos clientes e para os nossos colaboradores. Tornámo-nos relevantes na vida das pessoas graças ao nosso conhecimento da vida em casa, aos nossos produtos e serviços cada vez mais acessíveis e à nossa luta incansável por construir uma empresa e uma sociedade cada vez mais justas e igualitárias”, destaca Laia Andreu que aos 35 anos é a nova country retail manager da IKEA Portugal.

“Estamos a trabalhar para nos tornarmos cada vez mais omni, e assim conseguir estar perto de um número cada vez maior de pessoas em Portugal, através das lojas e Estúdios de Planificação e Encomenda, do nosso site, da nossa app e do nosso apoio ao cliente. A sociedade está a transformar-se todos os dias, e é nossa responsabilidade acompanhar as pessoas nesta mudança”, conclui.

Apresentação teve lugar na nova pop-up do Colombo

A apresentação oficial como nova Country Retail Manager da IKEA Portugal teve lugar na nova loja pop-up no Centro Colombo, em Lisboa, um formato totalmente inovador para a retalhista no nosso país, que estará em funcionamento até março do próximo ano e contará com 11 colaboradores.

A loja vai estar situada no piso 0, num dos corredores de acesso à praça central, e vai permitir adquirir no momento várias dezenas de produtos, especialmente acessórios e pequenos móveis. Inicialmente, será focada na gama de Sono, a grande prioridade da IKEA para o próximo ano fiscal, mas a sua oferta de produtos disponíveis para compra será renovada frequentemente.

A chegada da IKEA ao Colombo fica também marcada pela abertura de mais um ponto de recolha móvel, disponível no parque de estacionamento, todos os dias da semana mediante marcação (2ª, 4ª e Sábado das 12:00 às 14:00; e 3ª, 5ª e 6ª das 17:00 às 19:00).

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Bebidas

Sabe bem neste verão: a sugestão do enólogo Tiago Macena

O enólogo Tiago Macena, prestes a tornar-se o nosso primeiro Master of Wine, e um dos sócios da No Rules Wines, deixa como sugestão para o verão um novo vinho que a marca vai lançar brevemente no mercado: o vinho tinto Código Ancestral 2023.

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“O Código Ancestral, é um vinho cujo o lote se constitui maioritariamente por Jaen, cerca de 80%, sendo os restantes 20% constituídos por Tinta Pinheira (Aka Rufete)”, explica. “É um vinho tinto de uma extracção super delicada, feito em depósitos de inox, para preservar a fruta e com um final de fermentação fora das massas vinicas para reduzir a extracção de taninos”, acrescenta.

“Conservado em inox, procuramos manter a jovialidade, a frescura e a crocancia de um vinho tinto mais delicado, mais sumarento e menos extraído. Daí ser um excelente vinho de verão, servido, ligeiramente refrescado – 14 – 16ºC acompanha perfeitamente uma boa conversa ou uma refeição mais ligeira como saladas ou um barbecue entre amigos”, aconselha.

“A ancestralidade que agora o batiza, procura o Dão de antigamente, vinhos de cor mais aberta, mais ligeiros de estrutura e teor alcoólico, mas de grande finesse à mesa. Um tinto de verão, leve, refrescante.”, conclui.

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Bebidas

Sogrape e Porto Business School lançam programa premium sobre vinhos

A Porto Business School (PBS), em parceria com a Sogrape Wine Academy, lança o Porto WineXacademy, um programa de cinco dias sobre o património vitivinícola português e o seu olhar sobre o futuro.

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O Porto WineXacademy é apresentado como uma jornada que combina uma viagem ao ecossistema de produção do vinho, com uma experiência sensorial e cultural para explorar o Porto e o Douro Vinhateiro, património da UNESCO, através de masterclasses orientadas por especialistas.

Este programa, ministrado integralmente em inglês, decorre entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro de 2024, em várias localizações icónicas da cidade do Porto e do Vale do Douro, entre as quais a Estação de S. Bento e a Livraria Lello no Porto, as Caves Ferreira em Vila Nova de Gaia e a Quinta do Seixo no Douro. Dirigido a entusiastas do vinho, o Porto WineXacademy permite aprofundar conhecimentos sobre a história e estórias do vinho, compreender o processo de produção, desde o cultivo da uva ao engarrafamento, descobrir as castas portuguesas, e explorar práticas inovadoras e sustentáveis.

“Esta é a primeira edição do Porto WineXAcademy, uma experiência educativa e cultural imersiva, que pretende aportar mais conhecimentos in loco sobre os vinhos portugueses, e tirar partido dos insights partilhados por especialistas do setor”, refere José Esteves, Dean da Porto Business School.

“É com grande satisfação que colaboramos com a Porto Business School, partilhando o nosso conhecimento para enriquecer este programa e oferecer aos entusiastas sobre o mundo do vinho a oportunidade de desenvolverem competências sensoriais através de uma abordagem prática. Esta é mais uma parceria que a Sogrape Wine Academy celebra com parceiros reconhecidos, contribuindo para difundir o conhecimento vínico e promover a cultura do vinho”, comenta Filipe Gonçalves, chief marketing officer da Sogrape.

As inscrições estão abertas até ao dia 20 de setembro.

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Picowines está a celebrar 75 anos com lançamentos e iniciativas especiais

A Picowines acaba de lançar uma nova referência de edição limitada e, até ao final de 2024, vai apresentar outras iniciativas no âmbito da comemoração dos 75 anos da Cooperativa.

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O Arinto dos Açores 2020 Garrafeira, de edição limitada, é o mais recente lançamento da Cooperativa Vitivinícola da ilha do Pico – Picowines e vem assinalar os seus 75 anos de história. A par desta nova referência, o produtor dos Açores irá ainda apresentar outras novidades e iniciativas até ao final do ano, revela.
“A Cooperativa Vitivinícola da ilha do Pico, que tem uma grande importância económica nesta ilha dos Açores, assim como em toda a região e país, completa este ano 75 anos, um marco extremamente importante para a nossa equipa, diariamente comprometida com o sucesso e desenvolvimento desta marca que tanto nos orgulha. A resiliência e empenho colocados no trabalho desenvolvido ao longo de todos estes anos foram essenciais para a conquista de todos os objetivos que temos traçado para a Picowines”, sublinha Losménio Goulart, presidente da cooperativa.

Sobre o Arinto dos Açores 2020 Garrafeira, que tem uma produção bastante reduzida, de 1746 garrafas, a Picowines explica, num comunicado, que este vinho foi elaborado a partir de uvas “criteriosamente selecionadas de vinhas centenárias da Criação Velha”, exclusivamente da casta Arinto dos Açores. “Com um tom amarelo esverdeado, o Arinto dos Açores 2020 Garrafeira apresenta um aroma a envolver as frescas frutas de toranja, araçá e lima, além de algumas notas de pólvora e enxofre, algas e maresia. Na boca, apresenta muita frescura e mineralidade e vai-se mostrando em várias camadas durante a prova. É um vinho cheio e envolvente, que termina com um final longo e muito salgado”, apresenta. Pode ser adquirido nas principais garrafeiras em Portugal e na loja da Picowines, nos Açores.

A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico foi fundada em 1949. Após um período de preparação e organização, seguido de construção da sede, iniciou a sua produção em 1961 com as castas Verdelho, Arinto e Terrantez do Pico. O primeiro vinho da CVIP, com o nome ‘Pico’ foi lançado no mercado em 1965. A entrada do enólogo Bernardo Cabral, em 2017, marcou “uma nova etapa na vida destes vinhos, pois são introduzidos os primeiros monocastas assumindo o terroir vulcânico dos vinhos do Pico”.
Atualmente, a Picowines conta com 270 associados e, nos mercados externos, tem os seus vinhos comercializados em 15 países, com especial destaque para o mercado americano e europeu e tem vindo a entrar em mais países, nomeadamente no continente asiático e no norte da Europa.

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