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A história do vinho que nasce em pedras vulcânicas

A produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

Rita Gonçalves
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A história do vinho que nasce em pedras vulcânicas

A produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

Rita Gonçalves
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Picowines_abrirA produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

A plantação dos primeiros bacelos de vinha em fendas de rochas negras na Ilha do Pico, arquipélago dos Açores, remonta a 1460. Reza a lenda que Frei Pedro Gigante trouxe as primeiras videiras para o Pico, nos primórdios da colonização da ilha, levando a cabo as primeiras experiências de produção de vinho em chão de pedra negra protegida por muros de basalto, hoje o postal da segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores.

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A ilha vulcão, “a mais jovem geologicamente” por resultar de “erupções mais tardias”, revelou, ao contrário de todas as expectativas, uma predisposição natural para este tipo de cultura e não tardou o momento em que a vinha dominou a paisagem. Uma paisagem singular, constituída por labirintos de currais negros que protegem as plantas do vento marítimo e salino, que a Unesco classificou como património mundial da humanidade, em 2004. “Como a rocha vulcânica é porosa, não permitindo a acumulação de água, a planta adapta-se muito bem”, dá conta Pedro Cavaleiro, diretor geral da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (Picowines), em entrevista ao Hipersuper, lembrando que, com o passar dos anos, a paisagem de videiras estendeu-se por vários quilómetros da ilha.

Pedro Cavaleiro, diretor geral da Picowines

Pedro Cavaleiro, diretor geral da Picowines

Sem grande rigor, os açorianos pegaram em basalto, a pedra mais comumente encontrada no terreno onde escolheram plantar as vinhas e, com estes pedaços de pedra, construíram com mestria, à laia de um puzzle, muros entre as vinhas, desenhando caminhos para os agricultores circularem e cuidarem das plantas e, ao mesmo, tempo protegendo-as dos ventos fortes que sopram do mar. “Nas zonas mais inferiores, mais perto do mar, os muros são mais altos ou baixos consoante a dominância do vento. Apesar da ausência da ciência na construção destes labirintos, a única coisa que consegue derrubar estes muros é mesmo a força do mar”, assegura o gestor.

Em 1850, deu-se um volte face. Por causa de uma doença, o fungo Oídio, produção de uva sobre um embate brutal e muitos agricultores não conseguem subsistir. A consequência é uma diminuição drástica do património vitivinícola. Pedro Cavaleiro, que lidera a cooperativa desde 2019, lembra que esta é uma zona de “difícil produção”. “O trabalho é 100% manual e a produção por hectare é inferior em relação a outras ilhas e às regiões de vinho de Portugal Continental”. Em média, os produtores retiram entre “1000 a 1500 quilos por hectare, produção muito inferior em comparação com outras regiões do país”, exemplifica. A praga afetou muitas famílias que dependiam desta atividade para subsistir e que acabaram por abandonar a produção de uva.

Foi na tentativa de recuperar parte do património vitícola que a ilha foi perdendo ao longo dos anos, de tornar a produção mais rentável e de encontrar novos canais de distribuição, incluindo internacionais, que nasce, em 1949, a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico. “Durante muitos anos, a cooperativa foi o pilar da viticultura da ilha, uma garantia de que os viticultores tinham a quem vender a sua produção”.

Picowines4A cooperativa trabalha exclusivamente com uvas produzidas pelos sócios. Atualmente, conta com 280 associados, “alguns históricos no sentido em que já não entregam uva, mas fazem parte da estrutura da cooperativa”.

Fruto do trabalho de recuperação desenvolvido, atualmente o Pico tem cerca de 1.200 hectares de vinha em produção. Segundo estimativas de Pedro Cavaleiro, nos tempos áureos a ilha chegou a ter 16 mil hectares de vinha. O trabalho de recuperação continua a fazer-se, avança o diretor-geral, salientando que o objetivo não passa por recuperar os 16 mil hectares, “porque grande parte destes terrenos foi urbanizada”, mas por “recuperar uma quantidade considerável das vinhas em produção no passado”.

Pico_ilhaA classificação da paisagem vitivinícola como património mundial da humanidade pela Unesco foi muito importante por dois motivos, um político e outro económico, resume Pedro Cavaleiro. “A política regional é tripartida entre as ilhas de São Miguel, Terceira e Faial. Com a classificação da vinha na zona da Criação Velha como património mundial”, o Pico eleva o seu estatuto, levando os “decisores político a reconhecerem a “importância da vinha, não só a nível turístico, como ambiental e cultural”. Esta aproximação política e reconhecimento tiveram depois eco no orçamento regional para a recuperação das vinhas. “Este foi o primeiro passo para o projeto de recuperação das vinhas”. Foram necessários um conjunto de “subsídios que suportaram o esforço financeiro” de recuperar a área de vinha e que passou por, entre outros projetos, recuperar estradas, construir os currais e recolocar as plantas no solo”.

A Picowines acredita que este investimento foi uma aposta ganha da parte do governo regional pela riqueza histórica, cultural e económica que imprimiu à ilha vulcão. “Os vinhos são atualmente um negócio muito sério que já movimenta muitos milhões de euros”. Pedro Cavaleiro não sabe concretizar o volume de negócios da fileira de vinho do Pico, mas indica que as duas maiores empresas (Picowines e Azores Wine Company) faturam em conjunto cerca de quatro milhões de euros. No ano passado, a Picowines remunerou os seus produtores a uma média de 4,5 euros por quilo de uvas das três castas autóctones, pelo que os vinhos se posicionam no mercado num patamar de qualidade e preço.

Picowines3Arintos dos Açores, Verdelho e Terrantez do Pico são as castas autóctones e que permitem fazer vinhos com denominação de origem Pico. Estas três variedades cruzadas com o terroir do Pico dão origem a vinhos singulares. “Quem visita a ilha, rapidamente percebe o que é o terroir do Pico”, frisa Pedro Cavaleiro. “Temos influência marítima absoluta porque as vinhas estão, algumas, a dez metros do mar. Depois, pelo tipo de formação rochosa no local onde as vinhas estão plantadas os vinhos revelam elevados níveis de potássio e ferro”. Há ainda a particularidade do clima. “Temperado e bastante húmido o que carateriza muito o terroir”. Estas características denotam-se na salinidade, mineralidade e acidez dos vinhos, distinguindo-os dos restantes que se fazem no país. Saborinho, Merlot, Syrah e Fernão Pires são mais castas plantadas na ilha e utilizadas para fazer vinhos com indicação geográfica Açores. Metade dos vinhos comercializados pela Picowines são certificados denominação de origem.

picowines2A cooperativa comercializa os seus vinhos através das marcas Terras de Lava, Frei Gigante, Grutas das Torres e Lajido. Em 2007, com a entrada do enólogo Bernardo Cabral, a Picowines reorganizou as marcas, reforçou o seu posicionamento e atualizou as suas imagens. “Temos agora o que consideramos ser uma escada de marcas e nomes sonantes que já existem desde o início da certificação de vinhos dos Açores”, considera Pedro Cavaleiro.

A gama Terras de Lava, identificada como IGP, utiliza castas europeias, tintas e brancas, e castas autóctones, e é constituída por seis referências: branco, rosé, um blend de Merlot e Syrah, os monoscastas tinto Merlot e Syrah, e o recente Terras de Lava Reserva. A Frei Gigante, por sua vez, uma das marcas mais antigas da cooperativa, é certificada com denominação de origem. “O seu nome presta homenagem à primeira personalidade histórica conhecida que, em 1460, aquando da colonização da ilha, traz as primeiras videiras e faz as primeiras experiências de locais de produção de vinho”, lembra o diretor da cooperativa, acrescentando que, em poucos anos, os açorianos percebem onde é que “as videiras se dão bem e numa lógica de leque, a partir daquela zona para a frente e até ao final de Santa Luzia, multiplicam a área de vinha”.

O vinho Frei Gigante, certificado com denominação de origem, é um blend das três castas autóctones. “É o porta-estandarte da cooperativa quando falamos de castas autóctones e daquilo que representa a essência dos vinhos do Pico”. Em 2017, com a organização do portefólio lançámos três monovarietais: Arinto, Verdelho, Terrantez.

“O objetivo destes vinhos é serem genuínos, pouco trabalhados, mais ligados àquilo que vem da vinha, a uma pureza que oferece este terroir onde cada casta representa o que realmente é. No caso do Arinto temos um vinho com acidez muito elevada, no verdelho muita mineralidade e no Terrantez uma explosão de aromas. Os três têm em comum o seu posicionamento superior”, salienta o responsável.

A marca Gruta das Torres é um projeto desenvolvido em parceria com os parques naturais do Pico, um vinho que estagia na Gruta das Torres entre 12 e 14 meses. Feito a partir da casta Arinto, este vinho da zona da Criação Velha “rapidamente se tornou um sucesso”.

A maior parte dos vinhos da empresa estagia em barricas, cubas ou balseiros pelo menos durante seis meses, antes de serem engarrafados: Depois, dependendo do vinho, alguns têm ainda estágio em garrafa.

Gama Terras de LavaA Picowines comercializa ainda o primeiro espumante certificado do arquipélago. O espumante Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017 é feito exclusivamente com a casta Arinto dos Açores, da zona da Candelária. Com uma produção de 1.300 garrafas, o espumante apresenta “notas de algas do mar, iodo e maresia que se conjugam com alguma panificação resultante do longo estágio com as leveduras livres, depois de quatro anos em garrafa”, define o enólogo Bernardo Cabral.

A adega tem ainda no portefólio uma gama de licorosos que fazem lembrar os tempos em que os vinhos fortificados dos Açores chegavam às cortes europeias. “A cooperativa é detentora de um espólio extraordinário destes vinhos faziam grandes viagens de barco para chegar ao destino”, conta Pedro Cavaleiro, que irá apresentar ao mercado mais três licorosos. Sob a marca Lajido, a marca aposta em vinhos datados, atualmente está no mercado a colheita de 2007”. “Brevemente, vamos lançar o Lajido 2004 e dois licorosos Ilha do Pico, um de 10 anos e outro de 20 anos”.

“Acreditamos estar a criar uma gama que irá consolidar o nosso lugar na história não só enquanto cooperativa, mas enquanto ilha do Pico”, defende o responsável.

Picowines1A produção de uva na ilha do Pico está a cair desde 2020. Em 2022, entraram na adega 129 mil quilos de uva. Em 2019, foram 530 e no ano anterior 300 mil quilos. “Destes 129 mil quilos produzimos 90 mil litros de vinho. Cerca de 80 a 85% do vinho produzido foi branco, as uvas tintas tiveram uma dificuldade extraordinária em superar as intempéries. A quebra de produção de tinto foi muito acentuada”, recorda Pedro Cavaleiro.

2022 foi um ano muito significativo em termos de investimento porque facilitaram o trabalho da vindima. Os associados entram na adega com as suas carrinhas carregadas de uva e dirigem-se a uma sala exterior coberta onde uma funcionária pesa a uva, “numa balança de perfil baixo, que resulta de um investimento que fizemos no ano passado”. Depois de identificada a casta, a uva segue para a mesa de escolha, “também um investimento que fizemos em 2022”, através da qual, através de um movimento vibratório, as uvas vão avançando ao longo do tapete e sendo separadas, com a ajuda das mãos experientes dos trabalhadores, “as uvas boas dos paus e das uvas podres”.

PicowinesNo final da mesa de escolha, estão os palotes (caixas de plástico com capacidade para 600 quilos), este ano a adega comprou 40, que são transportados através do empilhador para um tapete elevatório que leva as uvas até à prensa. “Depois de prensadas, o mosto cai para dentro de tabuleiros e o vinho é transportado por bombas para o sítio onde vai descansar, barricas ou depósitos”, descreve Pedro Cavaleiro, indicando que o investimento se cifrou globalmente em 120 mil euros.

Este ano, a Picowines tem planos para investir 800 mil euros na adega, “dependendo se consegue enquadrar este plano de investimento em algum programa de apoio”.

Em 2022, a cooperativa alcançou um volume de negócios de 1.8 milhões de euros, valor que compara com os 1.3 milhões faturados em 2021 e 630 mil euros em 2020. Este ano, a Picowines espera aumentar em 20% o volume de negócios, com crescimento de vendas no mercado regional, nacional e internacional. A cooperativa exporta para o continente europeu, asiático e americano, nomeadamente para EUA e Canadá.

Sobre o autorRita Gonçalves

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Young parents and their small kids talking while having breakfast in dining room.

Alimentar

Nestlé Portugal lança série dedicada à literacia alimentar

A iniciativa ‘Alimentologia’ visa “contribuir para a literacia alimentar, saúde e bem-estar dos portugueses”, desmistificando mitos associados a alimentos e respetivos hábitos alimentares.

Sob o mote ‘Alimentologia: A ciência por detrás dos mitos’, os conteúdos desta iniciativa da Nestlé Portugal foram desenvolvidos por especialistas em nutrição, que explicam, de forma clara e acessível, os princípios científicos que sustentam ou refutam crenças alimentares comuns.

Segundo a Nestlé Portugal, os conteúdos abordam temas essenciais para uma alimentação equilibrada e sustentável, esclarecendo dúvidas, como o papel do açúcar num padrão alimentar saudável, o impacto do consumo de café na saúde, a inclusão dos hidratos de carbono e outros aspetos fundamentais da nutrição, como a leitura e compreensão dos rótulos dos alimentos, ajudando os portugueses a fazer escolhas informadas.

“Dados recentes do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção Geral da Saúde revelam que os hábitos alimentares inadequados são o segundo fator de risco para a mortalidade precoce em Portugal. Dessa forma, a Nestlé pretende ser um agente promotor de impacto positivo e a nossa missão é tornar a informação baseada na ciência acessível aos consumidores, permitindo-lhes tomar decisões alimentares mais conscientes e saudáveis. Com o projeto Alimentologia, pretendemos aumentar o conhecimento sobre alimentação, contribuir para escolhas mais informadas, identificar mitos e clarificar conceitos, e, assim, promover a saúde das gerações atuais e futuras, e do nosso planeta.”, destaca Ana Leonor Perdigão, responsável de Nutrition, Health & Wellness da Nestlé Portugal

A iniciativa já se encontra disponível na plataforma digital Alimentologia, onde os consumidores podem aceder a conteúdos educativos e esclarecedores sobre nutrição.

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Bebidas

Casa Relvas aumenta o portfólio com três novos monocastas

Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024, Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 e Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023, são as novidades do produtor.

Os novos Casa Relvas Chardonnay, Syrah Sem Cor e Trincadeira reforçam a oferta de vinhos monocastas, “destacando a diversidade e qualidade das vinhas da região, assim como a busca e novos terroirs”, apresenta a Casa Relvas. A gama de monovarietais do produtor alentejano passa a contar com 11 referências. Das colheitas de 2023 no vinho tinto, e 2024 nos brancos, estes novos vinhos vieram juntar-se às referências de monocastas apresentadas em 2022. Para além da própria casta, os rótulos destes vinhos têm também a indicação da vinha de onde são provenientes as uvas, bem como a sua localização.

“Nos últimos anos temos vindo a adquirir e plantar novas vinhas em diferentes terroirs que se têm vindo a provar de exceção, e por isso decidimos ir aumentando a nossa gama de monocastas com uvas provenientes de outros lugares, que achamos que têm resultados em vinhos muito interessantes”, explica Alexandre Relvas, CEO da Casa Relvas. “A produção de monovarietais é sempre um grande desafio, porque cada casta tem as suas especificidades, o seu tempo de maturação e diferentes níveis de adaptação aos solos, o que também é um estímulo para a equipa da Casa Relvas”, acrescenta.

O Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024 é produzido com uvas da Vinha do Vale, na Aldeia da Serra, num vale do sopé Sul da Serra d’Ossa. A Vinha do Vale está plantada em solos argilo-xistosos pouco profundos, que obrigam as plantas a lançarem as raízes na profundidade do xisto, o que origina vinhos com muita mineralidade e grande frescura. O Vinha do Vale Chardonnay 2024, com produção de dez mil garrafas, estagiou quatro meses em barricas de carvalho francês. “É um vinho amarelo citrino, de aroma fresco e vibrante, a maçã verde, melão, pêssego e aromas cítricos, em equilíbrio com notas de baunilha, muito discretas. Apresenta bom volume de boca e acidez muito equilibrada, a terminar num fim de boca longo”, apresenta o produtor.

Com uvas da Vinha do Ribeiro, plantada em 2015 em Orada, na região de Borba, o Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 é um Blanc de Noirs, um vinho branco feito exclusivamente a partir de uvas tintas, neste caso da casta Syrah. “O principal objetivo de se produzir um Blanc de Noirs vai muito para além do aspeto comercial, pois é através desta técnica que se conseguem obter vinhos brancos com mais estrutura e complexidade”, explica o produtor. Depois de um estágio de quatro meses ‘sur lies’ (manter o vinho em contato com as borras finas, ou seja, as leveduras) o resultado é um vinho de cor amarela, com laivos dourados. Com aroma complexo de pêssego, damasco, maçã verde, pera e frutas cítricas, é possível também identificar algumas notas de flores brancas, como jasmim e flor de laranjeira. Foram produzidas 40 mil garrafas deste Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024.

Por último, o Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023 é feito com uvas da Herdade de São Miguel, Redondo, onde começou a a história da Casa e Família Relvas. A Vinha de São Miguel foi plantada em 2003, junto à barragem da Herdade de São Miguel, numa encosta virada a norte. Com uma estágio de 12 meses em tonel, “este é um vinho de cor rubi com reflexos violeta, que apresenta um aroma intrigante e sofisticado com delicadas notas de flores brancas, que lhe conferem um toque de leveza e frescura. “Revela também nuances de floresta molhada e, por fim, os aromas evoluem para subtis notas de tabaco, adicionando profundidade e elegância. Na boca sentem-se taninos sedosos e ligeiros com excelente persistência e mineralidade”, apresenta a Casa Relvas, que produziu 12.500 garrafas deste monovarietal.

 

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CONFAGRI diz ser “incompreensível” a redução do apoio à horticultura

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal considera “incompreensível” a exclusão das culturas em regime de sequeiro, dos apoios dados à horticultura.

A CONFAGRI afirma ser “incompreensível” que, só após os agricultores assumirem os custos de produção das sementeiras realizadas, “o grupo de pagamento ‘Horticultura’ deixe de conter, através de uma Orientação Técnica, as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro”. Essa alteração que incluí, agora, apenas apoios para as culturas de regadio, “irá traduzir-se numa impactante redução de apoio aos agricultores nacionais e deve, por isso, ser alvo de alteração por parte da tutela”, defende a Confederação.

“De facto, a alteração do grupo de pagamento para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro indicada no ponto 2.2.4 da OT AG PEPACC N.º 16/2025, traduzir-se-ia numa redução do apoio em cerca de seis vezes, no caso da intervenção C.1.1.8 – ‘Agricultura biológica (reconversão e manutenção)’, e em cerca de 12 vezes no caso da intervenção C.1.1.7 – ‘Produção integrada (PRODI) – Culturas agrícolas'”, sublinha a CONFAGRI.
Para a Confederação, esta alteração carece de discussão e justificação técnica, “devendo ser objeto de decisão em sede de reprogramação do PEPAC e não apenas apresentada aos agricultores após estes terem assumido os custos de produção das sementeiras já realizadas”.

“Medidas como esta não trazem a previsibilidade desejada e prometida aos agricultores”, alerta Nuno Serra. O secretário-geral da CONFAGRI defende ser “urgente” que o Ministério da Agricultura e Pescas altere a Orientação Técnica em causa, “repondo os apoios previstos para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro conforme disposto na Portaria n.º 360/2024/1, de 30 de dezembro”.

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Alimentar

Snacking é uma forma de conexão segundo estudo de tendências da Mondelēz

O estudo ‘State of Snacking’, da Mondelēz International conclui que os consumidores veem este produto “como uma forma de conexão e partilha”.

A multinacional alimentar divulgou as informações sobre o amor, a conexão e os snacks no seu sexto relatório anual ‘State of Snacking’, um estudo global de tendências de consumo que analisa como os consumidores tomam decisões em relação ao snacking. “Os resultados do estudo indicam que 71% dos consumidores a nível global concordam que partilhar um snack com outras pessoas é uma ‘love language’, uma forma de expressar amor”, avança a Mondelēz International. Este valor é ainda mais alto entre os inquiridos da geração Millennial e da geração Z.

Desenvolvido em parceria com The Harris Poll, o estudo de 2024 acompanha as atitudes e comportamentos em relação aos snacks entre milhares de consumidores em 12 países e conclui que os consumidores estão cada vez mais a usar as pausas para snacks “como uma forma de expressar amor pelos outros, bem como por si próprios”.
A pausa para um snack é também uma forma de conexão, refere o estudo, acrescentando que os consumidores estão cada vez mais focados na conexão que os snacks proporcionam, com 64% a praticar o snacking regularmente para se conectar com os outros e 93% concordam que conseguem sempre encontrar um snack adequado para partilhar.

“A comida tem o poder de reunir as pessoas e fomentar uma sensação de conexão”, refere Melissa Davies, Senior Manager, Global Insights & Trendspotting da Mondelēz International. “À medida que os consumidores dão prioridade ao tempo para uma pequena indulgência, também fazem questão de partilhar essa experiência de prazer com os outros”, diz ainda

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Logística

HAVI implementa em Portugal um projeto-piloto de gestão de armazéns

Portugal foi o país escolhido pelo Grupo Havi para receber este projeto-piloto, pela dimensão adequada e qualificação das suas equipas

A Havi, empresa global de soluções de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, está a implementar o primeiro sistema de gestão de armazéns (WMS) da Infor, no seu centro de distribuição do Porto. “Este projeto-piloto implementado em Portugal representa um marco significativo na estratégia de transformação digital global da empresa”, destaca a multinacional, que refere ser este “um sistema avançado que ajuda na standadização”. “Utiliza ferramentas para melhorar a precisão do inventário, maximizar a utilização do espaço disponível, aumentar a eficiência do trabalho e melhorar a qualidade do serviço ao cliente. Para além disso, acompanha e controla o fluxo físico de mercadorias e o fluxo de informações à medida que os produtos circulam pelo armazém”, explica.

As características do centro de distribuição do Porto levaram a que fosse escolhido como instalação pioneira para testar este sistema, já que tem capacidade de servir como modelo para futuras implementações. Para a empresa, a implementação deste sistema no centro de distribuição do Porto “é um marco fundamental na jornada de transformação da Havi, e resulta da colaboração excecional, dedicação e trabalho árduo de todas as equipas envolvidas”, sublinha Luís Ferreira, Managing Director da Havi Portugal. “Este é um passo estratégico para reforçar a segurança das TI, simplificar operações e continuar a definir os padrões de referência do setor. Para além disso, com esta solução colocamos Portugal na vanguarda da mudança e tornamo-nos um exemplo a seguir por outros países”, conclui.

Fundada em 1974, a empresa serve mais de 300 clientes em mais de 100 países, com soluções na aquisição, no armazenamento ou na entrega de produtos.

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Retalho

Jerónimo Martins entre as 100 melhores empresas mundiais em diversidade e inclusão social

O Grupo Jerónimo Martins foi integrado no FTSE Diversity & Inclusion Index – Top 100, um índice de referência que lista as empresas cotadas em bolsa com melhor desempenho na promoção de locais de trabalho diversos e inclusivos.

O FTSE Diversity & Inclusion Index analisa mais de 15.500 empresas cotadas em bolsa em todo o mundo e que integram índices como S&P 500, ASX300, MSCI World, MSCI Emerging Markets, FTSE100 ou Bovespa. A Jerónimo Martins ocupa a 46ª posição a nível mundial, sendo a única empresa portuguesa, bem como a única da indústria ‘supermercados e lojas de conveniência’, a figurar neste índice, informa o Grupo num comunicado.

A metodologia utilizada tem por base a recolha de 24 indicadores de entre os pilares Diversidade, Inclusão, Desenvolvimento de Pessoas e Controvérsias, recorrendo a informação pública e a uma equipa de mais de 700 analistas. “As 100 empresas mais bem classificadas são selecionadas para o índice, sendo organizadas de acordo com a pontuação global de Diversidade e Inclusão, numa escala de 0 a 100 pontos. O Grupo Jerónimo Martins conquistou uma avaliação de 74,25 pontos”, informa ainda.

A existência de serviços de apoio aos filhos dos colaboradores, como creches em Portugal, a existência de políticas que contribuem para o equilíbrio da vida pessoal e profissional, a percentagem de mulheres em cargos de gestão e a percentagem de colaboradores com deficiência e/ou incapacidade são alguns dos indicadores analisados.

As políticas de inclusão do Grupo Jerónimo Martins têm merecido distinções nacionais e internacionais de referência. Desde 2021 que a holding tem a distinção ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo subido ao nível de Excelência em 2023. Também o Recheio Cash & Carry é ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ desde 2021 e o Pingo Doce tem esta distinção desde 2023.

O Grupo viu também o seu Programa Incluir ser premiado na primeira edição dos European Commerce Awards, do EuroCommerce, como a melhor prática na categoria ‘Qualificação e Inclusão’. Mais recentemente, foi o Fórum Económico Mundial também a distinguir o Programa Incluir como um de oito case-studies em destaque no ‘Diversity, Equity and Inclusion Lighthouses 2025 Insight Report’, que revela iniciativas empresariais de grande impacto social desenvolvidas em todo o mundo.

 

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Bebidas

Essência do Vinho regressa ao Porto com 4.000 vinhos de 400 produtores

De 20 a 23 de fevereiro, no Palácio da Bolsa, a Essência do Vinho – Porto vai ainda acolher um concurso e várias provas comentadas.

De acordo com a organização, durante os quatro dias, vão ser dados a provar cerca de 4.000 vinhos de 400 produtores representados. Do programa, destaca-se a ‘Revista de Vinhos – TOP 10 Vinhos Portugueses by Cork Supply’, prova com júri internacional que agrega um grupo de provadores formado por jornalistas, críticos, sommeliers e elegerá a dezena de vinhos mais entusiasmantes do país, tendo por base uma pré-seleção realizada pela publicação ao longo do último ano.

A 20 de fevereiro, o palco das provas comentadas terá referências nacionais e internacionais. ‘A nova Borgonha, para lá dos clássicos’, ‘Susana Esteban: Vertical Sidecar’, ‘Gaja, sonhar em Itália’ ou ‘A Sogrape também é ímpar’ são algumas das provas do dia.

Já no segundo dia de evento, as salas do Palácio da Bolsa vão dos Açores ao Douro, passando ainda pelos Vinhos Verdes e pelos vinhos do Brasil com as provas ‘Czar: o vinho do Pico que parece impossível’, ‘Os terroirs da Quinta do Vale Meão’, ‘Alvarinhos, de A a S: estilos de vinificações, tempos de estágio e diversidade de perfis’, ‘Symington: The Library Release Porto Vintage Collection’ e ‘Vinhos de Minas Gerais’.

O terceiro e penúltimo dia da Essência do Vinho – Porto, ‘Paulo Nunes: 20 anos de vindimas’, ‘Mosel, Alemanha: Weingut Max Ferd. Richet’, ‘Cachaça de Minas Gerais’, ‘Quinta de Lemos: 20 anos’ e ‘Tapada de Coelheiros Garrafeira’ são algumas das provas que a acontecer paralelamente às provas abertas que, ao longo dos  quatro dias, vão congregar 4.000 vinhos dos 400 produtores representados no Palácio da Bolsa, ao longo dos quatro dias de evento.

‘Dão revelado: o desafio dos sentidos’, ‘Brancos de guarda da região dos Vinhos Verdes’, ‘Maison Boizel: o pináculo do champanhe artesanal’, ‘Biondi-Santi: de Brunello di Montalcino, um Sangiovese singular’ são as provas agendadas para domingo, dia 23 de fevereiro.

A par da programação e das provas livres, destaque de novo para o ‘RV Room Experience’, um espaço exclusivo que apresenta grandes famílias do vinho.  Paralelamente, o projeto ‘Gosto do Porto / Taste of Porto’ volta a incidir sobre mais de 80 restaurantes, lojas, garrafeiras e wine bares da cidade, para um roteiro de experiências complementares.

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Exportação

Indústria alimentar e das bebidas exportou 8.190 M€ em 2024

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

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“Ao ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década”, destaca o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), em comunicado. Jorge Tomás Henriques afirma-se otimista para os resultados em 2025, apesar da situação na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos.

A União Europeia representou 5.593M€ nas exportações da indústria alimentar e das bebidas nacional, com os dados do Instituto Nacional de Estatística a indicarem que nos 12 meses de 2024, e por comparação a igual período de 2023, houve uma variação de 12,6% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas nacional, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

Já para fora do bloco comunitário as exportações alimentares e de bebidas alcançaram 2.596M€, o que representou um crescimento de 1,21% face a 2023. Brasil e Estados Unidos da América, com 13,9% e 4,2%, respetivamente, foram os países que mais contribuíram.

Ainda por comparação a 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu e situa-se agora em 5,44%.

“Os dados oficiais permitem perceber que a indústria alimentar e das bebidas tem sabido adaptar-se, antecipar-se e responder às exigências do consumidor, ao mesmo tempo que se afirma em mercados cada vez mais exigentes e contribuiu para mudar o perfil da economia portuguesa”, destaca a FIPA num comunicado.

A indústria alimentar e das bebidas é responsável por mais de 113 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos e “assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior, onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país”, sublinha a Federação.

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Retalho

Festival da Comida Continente de volta em julho

No ano em que celebra 40 anos, a festa será ainda maior, o Continente oferece dois dias repletos de concertos, receitas preparadas por chefs de renome, experiências gastronómicas e
provas de vinhos.

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O Festival da Comida Continente está de volta ao Parque da Cidade do Porto, nos dias 12 e 13 de julho de 2025, com o melhor da gastronomia e o objetivo de democratizar o acesso à cultura e ao entretenimento, proporcionando momentos de partilha e diversão para toda a gente.

O maior evento gratuito em Portugal ‘Dá Palco todos os Gostos ‘ e junta grandes nomes da música portuguesa e internacional às mais recentes tendências da gastronomia. No ano em que celebra 40 anos, a festa será ainda maior, o Continente oferece dois dias repletos de concertos, receitas preparadas por chefs de renome, experiências gastronómicas e
provas de vinhos.

O Festival da Comida Continente, premiado pelos BEA Word Awards tem entrada livre e é pet Friendly.

Reconhecido pela Sociedade Ponto Verde com a certificação 3R6, é um evento comprometido com a Sustentabilidade. O recinto tem cerca de 250 mil m 2 e estará aberto das 10h30 à 01h00 no sábado, dia 12 de julho, e das 10h30 às 23h00 no domingo, dia 13 de julho.

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Logística

Embalagem e logística têm melhorado a eficiência operacional

A organização da Empack e Logistics & Automation Porto defende que o crescimento do comércio eletrónico em Portugal tem ajudado a implementar soluções logísticas mais ágeis e flexíveis. 

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As embalagem e logística portuguesas têm melhorado a eficiência operacional, garantem os especialistas da cimeira nacional que representa toda a cadeia de valor do setor. A Empack e Logistics & Automation Porto 2025 vai realizar-se na Exponor, de 9 a 10 de abril.

Andrea Iorio, um dos maiores palestrantes internacionais sobre transformação digital, inteligência artificial e inovação, é keynote speaker do programa de conferências que decorre em paralelo. Defende que o setor logístico português “está a passar por uma transformação muito significativa, marcada pela digitalização e automação dos processos”. Uma evolução em que “é notória a adoção de tecnologias avançadas”, como sistemas de gestão de armazéns automatizados e soluções de rastreamento em tempo real, que, por sua vez, “têm melhorado a eficiência operacional global, bem como a imagem que os operadores internacionais possuem do mercado luso”.

“O setor de embalagem em Portugal tem mostrado um crescimento notável”, afirma Oscar Barranco

Um quadro geral para o qual tem “sido determinante” o crescimento do comércio eletrónico no país, que fomentou a adoção de “soluções logísticas mais ágeis e flexíveis para atender às expectativas dos consumidores”, assegura, por sua vez, Oscar Barranco, Managing Director da Easyfairs Iberia e um dos responsáveis pela Empack e Logistics & Automation Porto 2025. Com a 9.ª edição em marcha, a análise de Oscar Barranco reflete a perspetiva de vários especialistas que têm colaborado com a organização do certame. “O setor de embalagem em Portugal tem mostrado um crescimento notável, impulsionado pela procura de soluções mais sustentáveis e eficientes. As empresas estão a investir em materiais ecológicos e em designs que facilitam a reciclagem e a reutilização, alinhando-se com as tendências globais de sustentabilidade”, sublinhou.

Para a edição deste ano, ainda com as inscrições a decorrer, a equipa de trabalho organizativa já assegurou a participação de 82 operadores do setor, “o que, a dois meses da cimeira, significa um crescimento de 17% relativamente à última edição”. O certame receberá a visita de líderes da indústria, CEO, diretores de logística e embalagem e gestores. Da agenda de atividades complementares da Empack e Logistics & Automation Porto 2025 fazem ainda parte pequenas visitas guiadas, que permitirão aos visitantes conhecer as principais inovações dos expositores presentes.

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