Produção

A história do vinho que nasce em pedras vulcânicas

A produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

Rita Gonçalves
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A história do vinho que nasce em pedras vulcânicas

A produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

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Picowines_abrirA produção de vinho na Ilha do Pico remonta a 1460. Quase 400 anos depois, uma praga destrói grande parte do património vitícola da mais jovem ilha açoriana. Está ainda em curso o moroso trabalho de recuperação da vinha, classificada, em 2004, património da humanidade. Já no século XX, nasce a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico com a ambição de aumentar a rentabilidade da produção de uva e alargar os canais de distribuição. Atualmente, as duas maiores empresas faturam quatro milhões de euros

A plantação dos primeiros bacelos de vinha em fendas de rochas negras na Ilha do Pico, arquipélago dos Açores, remonta a 1460. Reza a lenda que Frei Pedro Gigante trouxe as primeiras videiras para o Pico, nos primórdios da colonização da ilha, levando a cabo as primeiras experiências de produção de vinho em chão de pedra negra protegida por muros de basalto, hoje o postal da segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores.

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A ilha vulcão, “a mais jovem geologicamente” por resultar de “erupções mais tardias”, revelou, ao contrário de todas as expectativas, uma predisposição natural para este tipo de cultura e não tardou o momento em que a vinha dominou a paisagem. Uma paisagem singular, constituída por labirintos de currais negros que protegem as plantas do vento marítimo e salino, que a Unesco classificou como património mundial da humanidade, em 2004. “Como a rocha vulcânica é porosa, não permitindo a acumulação de água, a planta adapta-se muito bem”, dá conta Pedro Cavaleiro, diretor geral da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (Picowines), em entrevista ao Hipersuper, lembrando que, com o passar dos anos, a paisagem de videiras estendeu-se por vários quilómetros da ilha.

Pedro Cavaleiro, diretor geral da Picowines

Pedro Cavaleiro, diretor geral da Picowines

Sem grande rigor, os açorianos pegaram em basalto, a pedra mais comumente encontrada no terreno onde escolheram plantar as vinhas e, com estes pedaços de pedra, construíram com mestria, à laia de um puzzle, muros entre as vinhas, desenhando caminhos para os agricultores circularem e cuidarem das plantas e, ao mesmo, tempo protegendo-as dos ventos fortes que sopram do mar. “Nas zonas mais inferiores, mais perto do mar, os muros são mais altos ou baixos consoante a dominância do vento. Apesar da ausência da ciência na construção destes labirintos, a única coisa que consegue derrubar estes muros é mesmo a força do mar”, assegura o gestor.

Em 1850, deu-se um volte face. Por causa de uma doença, o fungo Oídio, produção de uva sobre um embate brutal e muitos agricultores não conseguem subsistir. A consequência é uma diminuição drástica do património vitivinícola. Pedro Cavaleiro, que lidera a cooperativa desde 2019, lembra que esta é uma zona de “difícil produção”. “O trabalho é 100% manual e a produção por hectare é inferior em relação a outras ilhas e às regiões de vinho de Portugal Continental”. Em média, os produtores retiram entre “1000 a 1500 quilos por hectare, produção muito inferior em comparação com outras regiões do país”, exemplifica. A praga afetou muitas famílias que dependiam desta atividade para subsistir e que acabaram por abandonar a produção de uva.

Foi na tentativa de recuperar parte do património vitícola que a ilha foi perdendo ao longo dos anos, de tornar a produção mais rentável e de encontrar novos canais de distribuição, incluindo internacionais, que nasce, em 1949, a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico. “Durante muitos anos, a cooperativa foi o pilar da viticultura da ilha, uma garantia de que os viticultores tinham a quem vender a sua produção”.

Picowines4A cooperativa trabalha exclusivamente com uvas produzidas pelos sócios. Atualmente, conta com 280 associados, “alguns históricos no sentido em que já não entregam uva, mas fazem parte da estrutura da cooperativa”.

Fruto do trabalho de recuperação desenvolvido, atualmente o Pico tem cerca de 1.200 hectares de vinha em produção. Segundo estimativas de Pedro Cavaleiro, nos tempos áureos a ilha chegou a ter 16 mil hectares de vinha. O trabalho de recuperação continua a fazer-se, avança o diretor-geral, salientando que o objetivo não passa por recuperar os 16 mil hectares, “porque grande parte destes terrenos foi urbanizada”, mas por “recuperar uma quantidade considerável das vinhas em produção no passado”.

Pico_ilhaA classificação da paisagem vitivinícola como património mundial da humanidade pela Unesco foi muito importante por dois motivos, um político e outro económico, resume Pedro Cavaleiro. “A política regional é tripartida entre as ilhas de São Miguel, Terceira e Faial. Com a classificação da vinha na zona da Criação Velha como património mundial”, o Pico eleva o seu estatuto, levando os “decisores político a reconhecerem a “importância da vinha, não só a nível turístico, como ambiental e cultural”. Esta aproximação política e reconhecimento tiveram depois eco no orçamento regional para a recuperação das vinhas. “Este foi o primeiro passo para o projeto de recuperação das vinhas”. Foram necessários um conjunto de “subsídios que suportaram o esforço financeiro” de recuperar a área de vinha e que passou por, entre outros projetos, recuperar estradas, construir os currais e recolocar as plantas no solo”.

A Picowines acredita que este investimento foi uma aposta ganha da parte do governo regional pela riqueza histórica, cultural e económica que imprimiu à ilha vulcão. “Os vinhos são atualmente um negócio muito sério que já movimenta muitos milhões de euros”. Pedro Cavaleiro não sabe concretizar o volume de negócios da fileira de vinho do Pico, mas indica que as duas maiores empresas (Picowines e Azores Wine Company) faturam em conjunto cerca de quatro milhões de euros. No ano passado, a Picowines remunerou os seus produtores a uma média de 4,5 euros por quilo de uvas das três castas autóctones, pelo que os vinhos se posicionam no mercado num patamar de qualidade e preço.

Picowines3Arintos dos Açores, Verdelho e Terrantez do Pico são as castas autóctones e que permitem fazer vinhos com denominação de origem Pico. Estas três variedades cruzadas com o terroir do Pico dão origem a vinhos singulares. “Quem visita a ilha, rapidamente percebe o que é o terroir do Pico”, frisa Pedro Cavaleiro. “Temos influência marítima absoluta porque as vinhas estão, algumas, a dez metros do mar. Depois, pelo tipo de formação rochosa no local onde as vinhas estão plantadas os vinhos revelam elevados níveis de potássio e ferro”. Há ainda a particularidade do clima. “Temperado e bastante húmido o que carateriza muito o terroir”. Estas características denotam-se na salinidade, mineralidade e acidez dos vinhos, distinguindo-os dos restantes que se fazem no país. Saborinho, Merlot, Syrah e Fernão Pires são mais castas plantadas na ilha e utilizadas para fazer vinhos com indicação geográfica Açores. Metade dos vinhos comercializados pela Picowines são certificados denominação de origem.

picowines2A cooperativa comercializa os seus vinhos através das marcas Terras de Lava, Frei Gigante, Grutas das Torres e Lajido. Em 2007, com a entrada do enólogo Bernardo Cabral, a Picowines reorganizou as marcas, reforçou o seu posicionamento e atualizou as suas imagens. “Temos agora o que consideramos ser uma escada de marcas e nomes sonantes que já existem desde o início da certificação de vinhos dos Açores”, considera Pedro Cavaleiro.

A gama Terras de Lava, identificada como IGP, utiliza castas europeias, tintas e brancas, e castas autóctones, e é constituída por seis referências: branco, rosé, um blend de Merlot e Syrah, os monoscastas tinto Merlot e Syrah, e o recente Terras de Lava Reserva. A Frei Gigante, por sua vez, uma das marcas mais antigas da cooperativa, é certificada com denominação de origem. “O seu nome presta homenagem à primeira personalidade histórica conhecida que, em 1460, aquando da colonização da ilha, traz as primeiras videiras e faz as primeiras experiências de locais de produção de vinho”, lembra o diretor da cooperativa, acrescentando que, em poucos anos, os açorianos percebem onde é que “as videiras se dão bem e numa lógica de leque, a partir daquela zona para a frente e até ao final de Santa Luzia, multiplicam a área de vinha”.

O vinho Frei Gigante, certificado com denominação de origem, é um blend das três castas autóctones. “É o porta-estandarte da cooperativa quando falamos de castas autóctones e daquilo que representa a essência dos vinhos do Pico”. Em 2017, com a organização do portefólio lançámos três monovarietais: Arinto, Verdelho, Terrantez.

“O objetivo destes vinhos é serem genuínos, pouco trabalhados, mais ligados àquilo que vem da vinha, a uma pureza que oferece este terroir onde cada casta representa o que realmente é. No caso do Arinto temos um vinho com acidez muito elevada, no verdelho muita mineralidade e no Terrantez uma explosão de aromas. Os três têm em comum o seu posicionamento superior”, salienta o responsável.

A marca Gruta das Torres é um projeto desenvolvido em parceria com os parques naturais do Pico, um vinho que estagia na Gruta das Torres entre 12 e 14 meses. Feito a partir da casta Arinto, este vinho da zona da Criação Velha “rapidamente se tornou um sucesso”.

A maior parte dos vinhos da empresa estagia em barricas, cubas ou balseiros pelo menos durante seis meses, antes de serem engarrafados: Depois, dependendo do vinho, alguns têm ainda estágio em garrafa.

Gama Terras de LavaA Picowines comercializa ainda o primeiro espumante certificado do arquipélago. O espumante Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017 é feito exclusivamente com a casta Arinto dos Açores, da zona da Candelária. Com uma produção de 1.300 garrafas, o espumante apresenta “notas de algas do mar, iodo e maresia que se conjugam com alguma panificação resultante do longo estágio com as leveduras livres, depois de quatro anos em garrafa”, define o enólogo Bernardo Cabral.

A adega tem ainda no portefólio uma gama de licorosos que fazem lembrar os tempos em que os vinhos fortificados dos Açores chegavam às cortes europeias. “A cooperativa é detentora de um espólio extraordinário destes vinhos faziam grandes viagens de barco para chegar ao destino”, conta Pedro Cavaleiro, que irá apresentar ao mercado mais três licorosos. Sob a marca Lajido, a marca aposta em vinhos datados, atualmente está no mercado a colheita de 2007”. “Brevemente, vamos lançar o Lajido 2004 e dois licorosos Ilha do Pico, um de 10 anos e outro de 20 anos”.

“Acreditamos estar a criar uma gama que irá consolidar o nosso lugar na história não só enquanto cooperativa, mas enquanto ilha do Pico”, defende o responsável.

Picowines1A produção de uva na ilha do Pico está a cair desde 2020. Em 2022, entraram na adega 129 mil quilos de uva. Em 2019, foram 530 e no ano anterior 300 mil quilos. “Destes 129 mil quilos produzimos 90 mil litros de vinho. Cerca de 80 a 85% do vinho produzido foi branco, as uvas tintas tiveram uma dificuldade extraordinária em superar as intempéries. A quebra de produção de tinto foi muito acentuada”, recorda Pedro Cavaleiro.

2022 foi um ano muito significativo em termos de investimento porque facilitaram o trabalho da vindima. Os associados entram na adega com as suas carrinhas carregadas de uva e dirigem-se a uma sala exterior coberta onde uma funcionária pesa a uva, “numa balança de perfil baixo, que resulta de um investimento que fizemos no ano passado”. Depois de identificada a casta, a uva segue para a mesa de escolha, “também um investimento que fizemos em 2022”, através da qual, através de um movimento vibratório, as uvas vão avançando ao longo do tapete e sendo separadas, com a ajuda das mãos experientes dos trabalhadores, “as uvas boas dos paus e das uvas podres”.

PicowinesNo final da mesa de escolha, estão os palotes (caixas de plástico com capacidade para 600 quilos), este ano a adega comprou 40, que são transportados através do empilhador para um tapete elevatório que leva as uvas até à prensa. “Depois de prensadas, o mosto cai para dentro de tabuleiros e o vinho é transportado por bombas para o sítio onde vai descansar, barricas ou depósitos”, descreve Pedro Cavaleiro, indicando que o investimento se cifrou globalmente em 120 mil euros.

Este ano, a Picowines tem planos para investir 800 mil euros na adega, “dependendo se consegue enquadrar este plano de investimento em algum programa de apoio”.

Em 2022, a cooperativa alcançou um volume de negócios de 1.8 milhões de euros, valor que compara com os 1.3 milhões faturados em 2021 e 630 mil euros em 2020. Este ano, a Picowines espera aumentar em 20% o volume de negócios, com crescimento de vendas no mercado regional, nacional e internacional. A cooperativa exporta para o continente europeu, asiático e americano, nomeadamente para EUA e Canadá.

Sobre o autorRita Gonçalves

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Concurso nacional de Mirtilo regressa a Sever do Vouga

Este evento, que irá eleger o melhor mirtilo de Portugal em 2025, decorrerá na Biblioteca Municipal de Sever do Vouga, no próximo dia 27 de junho.

Hipersuper

O concurso ‘Mirtilo de Portugal’ pretende distinguir o produtor com fruta que obtenha o maior consenso na avaliação do júri, composto por representantes de diversas entidades ligadas ao setor agrícola, num contexto de prova cega.
Este evento, que irá eleger o melhor mirtilo de Portugal em 2025, decorrerá na Biblioteca Municipal de Sever do Vouga, no próximo dia 27 de junho.

Numa organização da ANPM (Associação Nacional de Produtores de Mirtilo), esta segunda edição do concurso volta a contar com o apoio do município de Sever do Vouga e é integrado no programa de atividades da Feira Nacional do Mirtilo, que decorre nos dias 27 a 29 de junho.

Na prova cega, o júri irá classificar as amostras segundo a sua experiência de consumo, tendo em consideração a avaliação visual, aspeto (como calibre e, presença de defeitos), cor (presença de pruína, maturação), homogeneidade, sensações gustativas, sabor, textura, sensações táteis, firmeza e satisfação global.

“Esta é uma oportunidade para reconhecer o mérito na produção e valorizar o mirtilo produzido em Portugal, contribuindo também para a divulgação do fruto e da sua importância na dieta dos portugueses, estimulando o consumo e a opção por fruta produzida em Portugal”, assinala Carlos Adão, presidente da ANPM. O responsável acrescenta que “as novas variedades de mirtilo têm uma grande influência na qualidade e na experiência de consumo, mas as práticas agrícolas, o cuidado e uma abordagem profissional à cultura, são determinantes para que o mirtilo tenha as características mais apreciadas pelos consumidores”.

Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados e para além dos troféus, os vencedores receberão também produtos de nutrição para a cultura, ingressos no Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo e o destaque na brochura ‘Mirtilo de Portugal’, orientada para a divulgação internacional de produtores.
A inscrição é gratuita e deverá ser feita online, no website da ANPM.

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The Navigator Company
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Navigator distinguida no Reino Unido com o International Investment Award

O UK Department for Business and Trade galardoou a The Navigator Company pelo investimento que a empresa tem realizado no Reino Unido,

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A The Navigator Company foi distinguida com o International Investment Award na 15ª edição dos UK-Portugal Business Awards, que teve lugar em Lisboa, a 30 de abril. A distinção reconhece o investimento realizado pela empresa no Reino Unido, concretizado através da aquisição do grupo britânico Accrol, atualmente designado Navigator Tissue UK.

Promovida pelo UK Department for Business and Trade (DBT) em Portugal, a cerimónia visa reconhecer publicamente o esforço das empresas portuguesas que apostaram no Reino Unido como destino de investimento, bem como o sucesso e o investimento das empresas britânicas em Portugal.

“A atribuição deste galardão sublinha a liderança da Navigator no setor da bioeconomia de base florestal, bem como a sua capacidade de transformar inovação e sustentabilidade em motores de criação de valor económico, social e ambiental. Além disso, reforça o papel estratégico da Navigator na promoção de soluções responsáveis e inovadoras”, destaca empresa.

Importante passo na internacionalização

A aquisição do grupo Accrol em maio de 2024, significou mais um importante passo da The Navigator Company na expansão do seu negócio a nível global. Com esta operação, a Navigator Tissue UK integra cinco unidades industriais dedicadas à produção de rolos de papel higiénico, rolos de cozinha e lenços faciais, alcançando uma capacidade total de 131 mil toneladas de produto acabado por ano.
Esta aquisição posicionou a Navigator entre os quatro maiores players no mercado britânico de conversão de papel tissue para consumo e permitiu-lhe disputar a liderança no segmento de private label. Este reforço de presença internacional traduz a estratégia da empresa de crescimento sustentado e diversificação de mercados.

A matéria-prima da Navigator tem por base florestas plantadas exclusivamente para este efeito

Recorde-se que a The Navigator Company é um produtor integrado de floresta, pasta, papel, tissue, soluções sustentáveis de packaging e bioenergia, cuja atividade se encontra alicerçada em fábricas de última geração à escala mundial, com tecnologia de ponta. A matéria-prima utilizada pela empresa tem por base florestas plantadas exclusivamente para este efeito. Todos os anos, os viveiros da Navigator têm capacidade para dar vida a mais de 12 milhões de árvores de mais de 130 espécies diferentes.

A empresa é a terceira maior exportadora em Portugal e a maior geradora de Valor Acrescentado Nacional, representando aproximadamente 1% do PIB nacional, cerca de 2,5% das exportações nacionais de bens, e mais de 30 mil empregos diretos, indiretos e induzidos. Em 2023, a The Navigator Company teve um volume de negócios de 1,953 mil milhões de euros. Mais de 92% dos seus produtos são vendidos para fora de Portugal e têm por destino 134 países.

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Bebidas

Matinal lança nova assinatura e reposiciona marca com foco no autocuidado

A Matinal apresentou esta semana a sua nova assinatura de marca — “Começo por Mim” — um convite à reconexão com o essencial e à valorização do autocuidado como parte integrante do quotidiano.

Hipersuper

Com esta nova abordagem, a marca portuguesa reforça a sua ligação emocional aos consumidores e reposiciona-se para responder às exigências de uma nova geração mais atenta ao bem-estar e à saúde mental.

A nova campanha, lançada oficialmente a 29 de abril, inspira-se na pergunta “E se, por um momento, o mundo esperasse por si?”, propondo uma pausa consciente num tempo marcado pela aceleração constante.

Ao longo da sua história, Matinal tem vindo a afirmar-se como uma marca comprometida com o bem-estar dos consumidores. Desde o primeiro leite selecionado até à recente gama Matinal Livre, focada no bem-estar digestivo e imunitário, a marca tem traduzido o conceito de autocuidado em produtos acessíveis e alinhados com as tendências do mercado.

“Mais do que uma campanha, trata-se de um convite à reconexão com o essencial — um apelo à escuta interior, à priorização do bem-estar e à valorização do autocuidado como parte fundamental da rotina. Numa época marcada pela aceleração constante e pela pressão do desempenho, Matinal propõe uma pausa consciente, onde cuidar de si deixa de ser um gesto adiado para se tornar uma escolha ativa e diária”, afirma Catarina Cruz, gestora da marca Matinal.

A campanha, com assinatura da agência McCann Lisboa, planeamento de meios da Mindshare Portugal e assessoria da Burson Portugal, terá uma presença omnicanal, incluindo TV, digital, ponto de venda e outdoor. O plano contempla ainda uma estratégia always-on com ativações promocionais e colaborações com influenciadores ao longo do ano.

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Lidl investe mais de 6 milhões de euros em nova loja na Maia

Com um investimento superior a seis milhões de euros, a insígnia reforça a sua presença no norte do país: no total, a Maia conta com quatro lojas, onde o Lidl emprega 80 pessoas.

Hipersuper

O Lidl Portugal inaugura esta sexta-feira, 3 de maio, a nova loja de Águas Santas, no concelho da Maia, resultado de uma construção de raiz no local da anterior unidade. Com um investimento superior a seis milhões de euros, a insígnia reforça a sua presença no norte do país, apostando num espaço com maior área, nova organização e serviços inovadores.

A nova loja, situada na Rua Quinta da Palmeira, surge com um design modernizado e uma área total superior a 1.400 m². Integra um conjunto de soluções que visam tornar a experiência de compra mais cómoda, rápida e eficiente, como corredores mais amplos, fachada envidraçada para maior luminosidade natural, e seis caixas de self-checkout. Entre os novos serviços destacam-se ainda uma máquina de corte de pão self-service, uma zona de bacalhau a corte, cacifos para recolha de encomendas e uma lavandaria self-service.

Com esta nova abertura, a cidade da Maia passa a contar com quatro lojas Lidl, onde trabalham atualmente 80 colaboradores. Esta inauguração insere-se na estratégia de expansão e modernização da cadeia alemã, com foco na proximidade, simplicidade e eficiência operacional.

Também o compromisso com a sustentabilidade foi reforçado. A loja está equipada com iluminação LED, painéis fotovoltaicos e um posto de carregamento para viaturas elétricas com capacidade para dois veículos em simultâneo.

No plano social, a nova unidade manterá a colaboração com o Centro Paroquial Nossa Senhora da Natividade de Pedrouços, no âmbito do programa Realimenta, através do qual o Lidl doou, só em 2024, quase 50 toneladas de bens alimentares a cerca de 150 beneficiários.

O projeto envolveu também melhorias significativas na zona envolvente, incluindo a reabilitação de arruamentos, criação de novos passeios e lugares de estacionamento, uma praça pública com área ajardinada e um novo parque de estacionamento com 165 lugares, incluindo espaço para pesados.

A loja funciona diariamente entre as 8h00 e as 21h00.

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Bebidas

Trás-os-Montes em Prova no Porto acontece já em maio

Organizado pela Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), realiza-se a 17 de maio, com duas masterclass gratuitas e novos produtores.

Hipersuper

Este ano, o evento vínico Trás-os-Montes em Prova no Porto realiza-se a 17 de maio e conta com um horário mais alargado, duas masterclass exclusivas e a participação de novos produtores. A iniciativa passa ainda a realizar-se no Mosteiro de São Bento da Vitória, no coração da Baixa. Nesta 4ª edição, o evento organizado pela Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), conta com 25 produtores da região transmontana, alguns deles estreantes, e mais de 130 referências em prova, vinhos produzidos exclusivamente em Trás-os-Montes.

“O principal objetivo da iniciativa Trás-os-Montes em Prova, que vai já na 4ª edição na cidade Invicta, é permitir aos produtores darem a conhecer toda a sua qualidade e potencial, elevando o patamar que os vinhos da nossa região orgulhosamente têm. Com as novidades deste ano, estamos com uma expetativa ainda maior e totalmente empenhados para surpreender todos aqueles que nos visitarem.”, refere a presidente da CVRTM, Ana Alves.

Esta edição tem ainda um horário mais alargado – das 11h às 13h ou das 15h às 20h – com o objetivo de dar resposta a todo o tipo de visitantes que a iniciativa recebe habitualmente como jornalistas, sommeliers e público em geral, não descurando os profissionais da distribuição e do canal Horeca.

Haverá ainda lugar para duas masterclass gratuitas organizadas pela CVRTM e conduzidas por José João Santos, formador, jornalista e provador da Revista de Vinhos. As masterclass carecem de inscrição obrigatória aqui, já que os lugares são limitados às primeiras 22 inscrições em cada uma das iniciativas. A da manhã decorre das 11h30 às 13h00, sob o tema ‘Trás-os-Montes: Arca de Noé de Vinhas Velhas’. À tarde, ‘Trás-os-Montes: Vinhos além do óbvio e novos protagonistas’ realiza-se entre as 16h e as 17h30.

A entrada para o Trás-os-Montes em Prova no Porto custa 10 euros, sendo adquirida exclusivamente no local, no dia do evento.

São estes os produtores em prova:
Bago de Ouro
Casa do Joa
Casa José Pedro
De Sousa
Encostas de Sonim
Erbon
Flandório
Mabitxo
Mont’alegre Vinhos
Ninho da Pita
Palmeirim D’Inglaterra
Parapente
Quinta das Corriças
Quinta do Ermeiro
Quinta do Salvante
Quinta Recomeço
Quinta Serra d’Oura
Quinta Vale dos Montes
Quinta Valle Madruga
Secret Spot
Terra Montana
Terras de Mogadouro
Villela Seca
Vinhas Velhas Mogadouro
Vinho dos Mortos

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Alimentar

Prejuízos do apagão no setor do leite superam 3M€

É quanto contabiliza em perdas, no agroindustrial lácteo, a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (FENALAC), numa estimativa ainda preliminar.

Hipersuper

A interrupção do fornecimento de energia elétrica a 28 de abril causou “prejuízos avultados no sector agroindustrial lácteo” cuja estimativa é ainda preliminar, mas deve ultrapassar os 3 milhões de euros, adianta a FENALAC num comunicado.

“Importa sublinhar que o sector caracteriza-se pela laboração contínua 24 horas/dia, por uma grande integração dos operadores desde a produção, passando pela indústria, até à distribuição, por um consumo intensivo e contínuo de energia e pela forte dependência de refrigeração, devido à perecibilidade do leite e dos produtos lácteos”, acrescenta a Federação.

Os prejuízos estimados de 3 milhões de euros referem-se, nomeadamente, a eliminação de matéria-prima não conforme, redução dos indicadores de qualidade da mesma, despesas com alugueres de contentores de refrigeração e trabalho extra de colaboradores.

Segundo a FENALAC, a falha de energia elétrica impediu a descarga do leite nos estabelecimentos industriais, perturbando todo o processo a montante, como a recolha contínua junto dos produtores. Por outro lado, as unidades de produção sofrerem constrangimentos por via da impossibilidade de realizar ordenhas e de refrigerar convenientemente o leite.

A federação refere ainda que mesmo após o restabelecimento da energia elétrica, “os efeitos prolongam-se até ao dia de hoje” devido à acumulação de matéria-prima não laborada no período do apagão e nas horas seguintes, durante as quais foi necessário proceder à limpeza das linhas de produção industriais.

Perante a situação, os produtores afirmam que importa apurar responsabilidade e determinar “compensações justas para os prejuízos sofridos pelos operadores”, destaca a FENALAC, entidade que representa cerca de 70% da recolha de leite no continente. “Os prejuízos sofridos pela produção de leite devem merecer a atenção do Ministério da Agricultura visando a redução do impacto do apagão na competitividade dos produtores de leite nacionais”, defende Idalino Leão, presidente da FENALAC.

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Bebidas

Quinta do Gato estagia tinto Lugar do Gato 2022 em mina subterrânea

Dentro de poucas semanas, o vinho Lugar do Gato que repousou nas profundezas da mina verá finalmente a luz do dia e será lançado numa edição limitada.

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Em maio de 2024, a Quinta do Gato Enoturismo depositou umas centenas de garrafas de vinho tinto Lugar do Gato, da colheita de 2022, numa mina localizada sob a própria encosta da vinha de onde são colhidas as uvas que dão origem a este rótulo de excelência.

“As garrafas foram submersas na água cristalina da mina, que oferece características únicas e propícias para o estágio do vinho. A temperatura constante assegurar uma estabilidade térmica subterrânea, permitindo que as garrafas estejam livres de choques térmicos e com um envelhecimento controlado. A pressão subaquática permite reduzir a micro-oxigenação da rolha, garantindo uma melhor preservação dos aromas e longevidade do vinho. Com a ausência total de luz, o ambiente escuro previne reações químicas indesejáveis, mantendo os aromas e sabores intactos”, explicou a Quinta do Gato Enoturismo.

A mina e o solo da região destacam-se pela sua composição granítica, característica predominante em Dão – Lafões, que influencia diretamente as cepas e a maturação das uvas, “conferindo-lhes uma identidade mineral única que reflete a riqueza natural de São Pedro do Sul”, destaca.

Segundo o gestor da Quinta e impulsionador desta ideia de estágio em mina, Paulo Páscoa, “as águas termais desta região são reconhecidas há séculos pelos seus benefícios na saúde e bem-estar, como tal acreditamos que a pureza e a energia deste solo, contribua para a evolução do vinho que repousa na mina numa tranquilidade absoluta, enriquecendo-o com a essência do lugar”.

“A localização da Quinta do Gato em São Pedro do Sul é outro fator que inspira a nossa dedicação à qualidade e à experiência dos visitantes. Conhecida pelas Termas de São Pedro do Sul, com suas águas sulfurosas e de propriedades terapêuticas, a região é um convite a explorar as riquezas naturais e culturais que tanto complementam a experiência de degustar um vinho excecional”, acrescentou.

Dentro de poucas semanas, o vinho Lugar do Gato que repousou nas profundezas da mina verá finalmente a luz do dia e será lançado numa edição limitada.

Propriedade da família da viticultora Celeste Bento, localizada na região de Lafões, a Quinta do Gato Enoturismo dedica-se à produção de vinhos e ao enoturismo. Possui uma área de 2,5ha de vinha implantada em socalcos a 320m. de altitude, na encosta do Rio Troço, afluente do Rio Vouga.

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AZEITE DA COSTA BOAL
Alimentar

Costa Boal estreia-se na produção de azeite com 7 mil garrafas destinadas a Portugal, Brasil e Angola

Proveniente de oliveiras centenárias localizadas em Alijó, Murça e Vila Nova de Foz Côa, o novo azeite posiciona-se no segmento premium, com uma forte aposta nos mercados nacional e internacional.

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A Costa Boal Family Estates, reconhecida pela produção de vinhos de qualidade no Douro, dá agora os primeiros passos na produção de azeite virgem extra com a apresentação da sua colheita inaugural.

Com uma edição limitada de 7.000 garrafas de 500 ml, o azeite é lançado a um preço unitário de 14,50 euros e será comercializado em Portugal, Brasil e Angola. Com uma estratégia focada na restauração de excelência., os restaurantes Rei dos Leitões (Mealhada) e O Grês (Mirandela) já integram o produto, com grafismo personalizado.

Este “produto gourmet marca a entrada da empresa na produção de azeite” enaltece a empresa, que prepara também a entrada na área do enoturismo.

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Bebidas

Parras Wines reforça equipa com Pedro Luz como brand manager e head sommelier

A Parras Wines anuncia a integração de Pedro Luz como novo brand manager dos projetos Quinta do Gradil, Herdade da Candeeira e Casa das Gaeiras, acumulando ainda as funções de head sommelier do grupo.

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Este reforço estratégico visa consolidar o posicionamento das marcas da empresa, valorizando a autenticidade dos terroirs e a excelência dos seus vinhos.

Com mais de 20 anos de experiência nos setores da restauração e bebidas, Pedro Luz desenvolveu a sua carreira entre Portugal, Inglaterra e Brasil, mercado onde trabalhou com marcas do universo Parras Wines. O percurso inclui cargos de liderança comercial, direção de operações e curadoria de produto, destacando-se pela capacidade de criar sinergias entre marcas, distribuidores e o canal Horeca.

Detentor de certificações internacionais como o WSET Nível 3, Court of Master Sommeliers e ASI – Association de la Sommellerie Internationale, foi nomeado Melhor Sommelier / Wine Director de Portugal em 2023 pela Revista de Vinhos. Atualmente, desempenha ainda funções como Embaixador dos Escanções, pela Associação de Escanções de Portugal.

Na nova função, Pedro Luz será responsável por reforçar a notoriedade e o posicionamento das três propriedades vitivinícolas da Parras Wines – localizadas nas regiões de Lisboa e Alentejo – junto dos consumidores e dos profissionais do setor. Como head sommelier, liderará ainda a formação interna, de distribuidores e parceiros, promovendo ações especializadas.

“Estas três marcas têm histórias distintas e um potencial extraordinário. É um privilégio regressar ao contacto com elas, agora com um novo papel e novos desafios, contribuindo para elevar a sua presença e valorizar os vinhos portugueses junto de quem os aprecia e trabalha todos os dias”, afirma Pedro Luz.

Para Luís Vieira, CEO da Parras Wines, “a chegada do Pedro representa um passo decisivo na afirmação da identidade das nossas quintas. A sua experiência internacional, paixão pelo vinho e capacidade de gerar impacto serão determinantes para aprofundar a relação com o mercado e consolidação das nossas marcas.”.

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Alimentar

Grupo Brasmar regressa à Seafood Expo Global que arranca dia 6

O Grupo Brasmar marcará novamente presença na Seafood Expo Global, que decorre em Barcelona entre os dias 6 e 8 de maio.

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A participação do grupo português reafirma o seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a expansão global do negócio.

No stand 4B300, o destaque vai para três produtos estratégicos da oferta da Brasmar — o polvo, o bacalhau e o salmão fumado — símbolos da qualidade e da diversidade que a empresa tem vindo a consolidar no mercado. As marcas Brasmar, Nuchar, La Balinesa e Itsaluz estarão representadas como co-expositoras, espelhando a amplitude e a complementaridade do portefólio do grupo.

“Já exportamos para mais de 48 países e pretendemos prosseguir esta trajetória de crescimento para novos mercados, de modo a reforçar a nossa posição de liderança, no mercado europeu.”, afirma Sérgio Couto Reis, CEO do Grupo Brasmar.

A presença na Seafood Expo Global 2025 inscreve-se numa estratégia de afirmação internacional sustentada pela inovação de produto e pela aposta contínua na excelência e na responsabilidade ambiental.

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