Quanto custam as dietas vegan, ovolactovegetariana, mediterrânica e planetária? A Deco fez as contas
A Deco Proteste analisou os quatro regimes alimentares mais comuns – vegan, ovolactovegetariano, mediterrânico e planetário – e conclui que o vegan é o mais dispendioso, exigindo mais de sete mil euros por ano. Em contrapartida, a dieta planetária, que custa cerca de menos mil euros, não tem os mesmos benefícios ambientais

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A Deco Proteste analisou os quatro regimes alimentares mais comuns – vegan, ovolactovegetariano, mediterrânico e planetário – e conclui que o vegan é o mais dispendioso, exigindo mais de sete mil euros por ano. Em contrapartida, a dieta planetária, que custa cerca de menos mil euros, não tem os mesmos benefícios ambientais.
“No que toca aos benefícios para o planeta, o mais aconselhado é um regime vegan, onde não existe consumo de proteína animal. Caso esta seja uma dieta demasiado difícil de implementar, uma dieta tendencialmente mais vegetal, temperado com quanto baste de proteína animal tem também benefícios ambientais, quando comparado com as dietas mediterrânicas e planetárias”, afirma a associação de defesa do consumidor em comunicado.
Em termos económicos, a dieta mais leve para a carteira é a dieta planetária, em oposição à vegan, a mais cara. A dieta vegetal exige 142 euros por semana, o que, mensalmente, se traduz em 608 euros, nas contas da Deco.
“A eliminação de todo e qualquer alimento de origem animal leva os vegans a incluírem equivalentes lácteos que, só por si, representam 20% da despesa global. Ou seja, 29 euros por semana. As hortícolas e os fungos (cogumelos, por exemplo) ocupam igualmente uma grande fatia no consumo (25%), à semelhança, aliás, dos outros padrões alimentares. A despesa semanal é de 35 euros. Juntos, os dois grupos somam 45% da despesa global”.
Esta dieta exige 142 euros por semana, o que, mensalmente, se traduz em 608 euros. Por mês, é 46 euros mais cara do que a dieta ovolactovegetariana, mais 64 do que a mediterrânica e mais 95 do que a planetária.
Na dieta ovolactovegetariana, ovos e laticínios ganham protagonismo, fornecendo proteína animal, na falta de carne e de peixe. “A proporção de ovos pode ser três vezes e meia superior à das dietas planetária e mediterrânica. Se os juntarmos aos lácteos, a despesa perfaz 21%, mais do que o grupo da carne, pescado e ovos das dietas mediterrânica e planetária (16 e 17%, respetivamente). Porém, são as hortícolas e os frutos a completar quase metade dos gastos (44 %). Por semana, esta dieta totaliza 131 euros e, por mês, 562. Entre as quatro dietas, é a segunda mais cara, nas contas da associação.
A dieta mediterrânica, reconhecida pela UNESCO em 2013 como Património Imaterial da Humanidade, é na sua base vegetal, com quantidades moderadas de alimentos de origem animal, sobretudo de pescado. “Abundam hortícolas, cereais integrais, frutos (incluindo oleaginosos), leguminosas e sementes e o azeite é de uso preferencial. Laticínios e carne vermelha tocam em modo comedido. Hortícolas, cereais e tubérculos e frutos representam 59% da despesa total”, descreve a Deco. Por semana, o gasto é de 127 euros. Face à dieta planetária, custa mais 31 euros por mês, mas menos 64 euros do que a vegan.
Desenvolvida com base na evidência científica, alia dieta, saúde e proteção do planeta, a dieta planetária “usa e abusa dos hortícolas, os cereais integrais, as leguminosas e as oleaginosas e, com menos protagonismo, os tubérculos e a fruta. Reduzidos a figurantes, ficam os laticínios e a carne vermelha. O pescado fala mais alto do que a carne”, explica a Deco.
Hortícolas, cereais e tubérculos, carne, pescado e ovos, em uníssono, representam 62% do gasto total. Só as hortícolas pesam 27% na fatura a pagar. O cabaz semanal totaliza 120 euros. Mais económica face à mediterrânica (menos 31 euros por mês), menos 49 em relação ovolactovegetariana e menos 95 perante a vegan.