Nova estratégia de sustentabilidade da Mango adota rigorosos sistemas de medição
A cadeia de moda Mango apresentou uma nova estratégia de sustentabilidade que traça novos objetivos até 2030 e promove a adoção de sistemas de medição “mais exigentes”, em linha “com os principais e mais rigorosos padrões do mercado”
Rita Gonçalves
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Salutem lança Mini Tortitas com dois novos sabores
LIGARTE by Casa Ermelinda Freitas chega às prateleiras da Auchan para promover inclusão social
Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser
Zippy convida as famílias a explorarem as suas emoções de forma inclusiva
A cadeia de moda Mango apresentou uma nova estratégia de sustentabilidade que traça novos objetivos até 2030 e promove a adoção de sistemas de medição “mais exigentes”, em linha “com os principais e mais rigorosos padrões do mercado”, anuncia a marca de Barcelona, em comunicado. Para garantir sistemas de medição mais eficazes, a marca compromete-se a adotar “os mais elevados padrões no setor da moda, a nível mundial”, assim como a estabelecer parcerias com “entidades tecnológicas, de certificação e supervisão de reconhecida solvência e renome internacional”.
A empresa utiliza atualmente, por exemplo, as ferramentas da aliança internacional Sustainable Apparel Coalition (SAC) para medir o impacto do conjunto das suas atividades e o EIM Score, da empresa espanhola Jeanología, para calcular o impacto dos produtos de ganga e trabalhar no sentido de reduzir o consumo de água nos processos operacionais.
“A nova estratégia de sustentabilidade não é um objetivo a cumprir, mas sim um eixo transversal integrado da nossa estratégia empresarial e modelo de negócio, que condiciona a tomada de decisões e a promoção de projetos e ações, com o objetivo de desenvolver a nossa atividade com o menor impacto ambiental e social possível”, comenta Toni Ruiz, CEO da Mango, citado no mesmo documento.
A nova estratégia está materializada no guia “Sustainable Vision 2030” que assenta em três grandes eixos de ação: Committed to Product (comprometidos com o produto), Committed to Planet (comprometidos com o planeta) e Committed to People (comprometidos com as pessoas), cada um dos quais com metas específicas e projetos concretos para a sua execução. Este guia “pretende guiar a Mango na próxima fase do caminho para uma indústria têxtil mais sustentável e comprometida”, salienta, por sua vez, Andrés Fernández, diretor global de sustentabilidade e sourcing da marca espanhola.
A marca tem atualmente uma equipa de vinte pessoas a trabalhar a nova estratégia de sustentabilidade mas conta já “com um historial de duas décadas de trabalho nesta área”. Em resultado do trabalho realizado, atualmente “75% das peças de vestuário da Mango têm propriedades sustentáveis” e, a partir de 2021, a empresa conseguiu evitar a utilização de 500 toneladas de plástico através do projeto de substituição de sacos de plástico por outros feitos de papel para o produto que sai de fábrica.
Até 2030, a insígnia estabeleceu como meta que 100% das fibras utilizadas nas suas peças de roupa sejam mais sustentáveis ou recicladas. Para tal, a Mango tem como objetivo intermédio que, até 2025, 100% do algodão utilizado seja de origem sustentável, 100% do poliéster seja reciclado e 100% das fibras celulósicas sejam de origem controlada e rastreável.
A Mango espera ainda chegar às zero emissões líquidas até 2050. Para atingir este objetivo, a empresa mantém as suas metas intermédias para 2030, que consistem numa redução de 80% das suas emissões diretas de gases com efeito de estufa (GEE) de âmbito 1 e 2, assim como uma redução de 35% das suas emissões de GEE de âmbito 3, considerando 2019 como o ano base. Estes objetivos foram aprovados pela Science Based Targets Initiative (SBTi).
No capítulo das pessoas, a empresa lançará, nos próximos anos, numerosos projetos de formação centrados preferencialmente em facilitar o acesso à educação de crianças e mulheres em países como o Bangladeche, a Índia ou o Paquistão, com o objetivo de se tornar “num agente de mudança de sociedades, enquanto em regiões como a Europa e os Estados Unidos reforçará as suas parcerias com alguns dos principais centros universitários do mundo com o fim de fomentar a incorporação de jovens no mundo do trabalho”, termina a empresa.