Nova estratégia de sustentabilidade da Mango adota rigorosos sistemas de medição
A cadeia de moda Mango apresentou uma nova estratégia de sustentabilidade que traça novos objetivos até 2030 e promove a adoção de sistemas de medição “mais exigentes”, em linha “com os principais e mais rigorosos padrões do mercado”

Rita Gonçalves
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A cadeia de moda Mango apresentou uma nova estratégia de sustentabilidade que traça novos objetivos até 2030 e promove a adoção de sistemas de medição “mais exigentes”, em linha “com os principais e mais rigorosos padrões do mercado”, anuncia a marca de Barcelona, em comunicado. Para garantir sistemas de medição mais eficazes, a marca compromete-se a adotar “os mais elevados padrões no setor da moda, a nível mundial”, assim como a estabelecer parcerias com “entidades tecnológicas, de certificação e supervisão de reconhecida solvência e renome internacional”.
A empresa utiliza atualmente, por exemplo, as ferramentas da aliança internacional Sustainable Apparel Coalition (SAC) para medir o impacto do conjunto das suas atividades e o EIM Score, da empresa espanhola Jeanología, para calcular o impacto dos produtos de ganga e trabalhar no sentido de reduzir o consumo de água nos processos operacionais.
“A nova estratégia de sustentabilidade não é um objetivo a cumprir, mas sim um eixo transversal integrado da nossa estratégia empresarial e modelo de negócio, que condiciona a tomada de decisões e a promoção de projetos e ações, com o objetivo de desenvolver a nossa atividade com o menor impacto ambiental e social possível”, comenta Toni Ruiz, CEO da Mango, citado no mesmo documento.
A nova estratégia está materializada no guia “Sustainable Vision 2030” que assenta em três grandes eixos de ação: Committed to Product (comprometidos com o produto), Committed to Planet (comprometidos com o planeta) e Committed to People (comprometidos com as pessoas), cada um dos quais com metas específicas e projetos concretos para a sua execução. Este guia “pretende guiar a Mango na próxima fase do caminho para uma indústria têxtil mais sustentável e comprometida”, salienta, por sua vez, Andrés Fernández, diretor global de sustentabilidade e sourcing da marca espanhola.
A marca tem atualmente uma equipa de vinte pessoas a trabalhar a nova estratégia de sustentabilidade mas conta já “com um historial de duas décadas de trabalho nesta área”. Em resultado do trabalho realizado, atualmente “75% das peças de vestuário da Mango têm propriedades sustentáveis” e, a partir de 2021, a empresa conseguiu evitar a utilização de 500 toneladas de plástico através do projeto de substituição de sacos de plástico por outros feitos de papel para o produto que sai de fábrica.
Até 2030, a insígnia estabeleceu como meta que 100% das fibras utilizadas nas suas peças de roupa sejam mais sustentáveis ou recicladas. Para tal, a Mango tem como objetivo intermédio que, até 2025, 100% do algodão utilizado seja de origem sustentável, 100% do poliéster seja reciclado e 100% das fibras celulósicas sejam de origem controlada e rastreável.
A Mango espera ainda chegar às zero emissões líquidas até 2050. Para atingir este objetivo, a empresa mantém as suas metas intermédias para 2030, que consistem numa redução de 80% das suas emissões diretas de gases com efeito de estufa (GEE) de âmbito 1 e 2, assim como uma redução de 35% das suas emissões de GEE de âmbito 3, considerando 2019 como o ano base. Estes objetivos foram aprovados pela Science Based Targets Initiative (SBTi).
No capítulo das pessoas, a empresa lançará, nos próximos anos, numerosos projetos de formação centrados preferencialmente em facilitar o acesso à educação de crianças e mulheres em países como o Bangladeche, a Índia ou o Paquistão, com o objetivo de se tornar “num agente de mudança de sociedades, enquanto em regiões como a Europa e os Estados Unidos reforçará as suas parcerias com alguns dos principais centros universitários do mundo com o fim de fomentar a incorporação de jovens no mundo do trabalho”, termina a empresa.