Joana Ribeiro da Silva: “O crescimento internacional é um dos pilares estratégicos mais críticos da Zippy”
A Zippy acelerou a expansão internacional. Entre janeiro e junho, inaugurou cinco lojas fora de Portugal e até ao final do ano abrirá oito novos espaços, avança Joana Ribeiro da Silva, administradora executiva da Sonae Fashion, em entrevista ao Hipersuper. Em Portugal, o investimento está a privilegiar a remodelação das lojas e o canal digital, afiança a também Chief Operating Officer
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Rita Gonçalves
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A Zippy acelerou a expansão internacional. Entre janeiro e junho, inaugurou cinco lojas fora de Portugal e até ao final do ano abrirá oito novos espaços, avança Joana Ribeiro da Silva, administradora executiva da Sonae Fashion, em entrevista ao Hipersuper. Em Portugal, o investimento está a privilegiar a remodelação das lojas e o canal digital, afiança a também Chief Operating Officer
Nos primeiros seis meses do ano, a Zippy deu gás à expansão internacional com a abertura de cinco novas lojas. Que balanço faz?
A Zippy tem como ambição ser uma marca internacional relevante, pelo que a abertura de lojas em novas geografias ou nas geografias onde já estamos presentes é um dos principais pilares estratégicos da marca.
O goodwill da marca faz-se sentir em Portugal e além fronteiras e é com orgulho que somos frequentemente abordados no sentido de abrir lojas noutras geografias. A expansão internacional acelerou em 2022, fruto do trabalho que foi levado a cabo durante o período covid e posterior.
Levar a Zippy ao mundo é um dos objetivos da Sonae. A Zippy é já uma marca global?
Sim, a Zippy já é uma marca global. É, atualmente, a marca portuguesa de crianças mais internacional, estando presente em mais de 45 países, 25 com lojas Zippy e mais de 20 com a presença da marca em mais de 600 pontos de venda multimarca. Adicionalmente, disponibilizamos a oferta da marca através do site para 16 países e estamos ainda presentes em marketplaces importantes – como o El Corte Inglês e La Redoute.
O crescimento internacional é um dos pilares estratégicos mais críticos da Zippy.
Esta expansão é feita com base em que modelo de negócio?
A Zippy tem mais de 110 lojas, que se dividem em lojas próprias e lojas franchisadas. Em Portugal, a totalidade das lojas são próprias. Já internacionalmente, temos optamos por modelos de franchising, dada a criticidade de trazermos know-how do país e dos clientes do mesmo para a operacionalização do negócio.
Nos mercados internacionais operam 60 lojas, certo? Em quantos países já têm operação?
À data, contamos com cerca de 60 lojas Zippy fora de Portugal, sendo o Médio Oriente a região onde temos maior concentração de lojas, com destaque para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. As aberturas de lojas mais recentes no mercado internacional foram na Palestina – com a primeira Zippy no país -, na Arábia Saudita, Letónia, Malta e Argélia. Neste momento, estamos presentes em mais de 25 países.
Qual a estratégia de expansão desenhada até ao final do ano nos palcos externos?
Para 2022, o plano de expansão traçado foi particularmente ambicioso. Além das aberturas já realizadas no mercado internacional no primeiro semestre, temos ainda previstas mais oito aberturas até ao final do ano, incluindo a entrada em dois novos mercados: Iraque e Montenegro.
Em que países querem reforçar a vossa expansão e, por outro lado, em que novas geografias encontram oportunidade para impulsionar a internacionalização da marca?
Temos como ambição chegar ao maior número de crianças e famílias em todo o mundo, pelo que estamos sempre atentos às oportunidades que surgem no mercado. Consideramos todas as parcerias com entidades com forte know-how de cliente e de operações de moda e damos prioridade às geografias com maior taxa de natalidade.
Atualmente, a região do Médio Oriente é aquela onde temos uma maior concentração de lojas, sendo que na Arábia Saudita temos 15 lojas e nos Emirados Árabes Unidos temos sete, uma das quais no maior Shopping Center do mundo, o Dubal Mall.
Prova da força da presença da Zippy nestes mercados é o facto de termos tido o privilégio de receber, pelo segundo ano consecutivo, o prémio Ouro na categoria de “Baby & Child Clothing Retailer of the Year”, nos Emirados Árabes Unidos.
Qual o volume de negócios da Zippy nos mercados internacionais? Quais os países com mais peso no volume de negócios?
Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos são os países com maior volume de faturação, depois de Portugal.
Em Portugal, a insígnia opera 56 lojas, a última das quais inaugurou em Barcelos. Qual o plano de expansão para Portugal?
A Zippy é líder de mercado em Portugal e cobre quase todo o país com as suas 56 lojas, estando presente em todos os grandes centros comerciais e tendo ainda algumas lojas de rua.
À data, não temos prevista nenhuma abertura em Portugal para 2022, estando a avaliar algumas oportunidades.
Onde estão as oportunidades de crescimento? A expansão far-se-á para cidades onde ainda não estão presentes, como foi o caso de Barcelos, ou pelo contrário, planeiam reforçar em localizações onde já têm lojas?
A nossa aposta será sempre encarada nessas duas vertentes, assegurada por uma análise responsável e sustentada daquilo que são as necessidades do mercado e a ambição do nosso negócio. Assim, vamos continuar atentos a oportunidades de expansão para cidades onde ainda não estamos presentes, que são já muito poucas, e reforçaremos presença em localizações onde já estamos, sempre que exista essa oportunidade e necessidade.
O investimento no mercado português continuará a par da aposta no internacional?
Sim. Nos últimos cinco anos, abrimos dez lojas em Portugal, duas das quais no primeiro semestre deste ano. A par disto, lançámos e melhorámos sistematicamente o nosso site e a experiência de compra do mesmo, sendo hoje líderes da venda online de roupa infantil em Portugal.
O investimento futuro passará muito pela remodelação o parque de lojas e investimento no digital e numa experiência omnichanel.
*Entrevista originalmente publicada na edição 405 do jornal Hipersuper