Joana Ribeiro da Silva: “O crescimento internacional é um dos pilares estratégicos mais críticos da Zippy”
A Zippy acelerou a expansão internacional. Entre janeiro e junho, inaugurou cinco lojas fora de Portugal e até ao final do ano abrirá oito novos espaços, avança Joana Ribeiro da Silva, administradora executiva da Sonae Fashion, em entrevista ao Hipersuper. Em Portugal, o investimento está a privilegiar a remodelação das lojas e o canal digital, afiança a também Chief Operating Officer
Rita Gonçalves
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Salutem lança Mini Tortitas com dois novos sabores
LIGARTE by Casa Ermelinda Freitas chega às prateleiras da Auchan para promover inclusão social
Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser
A Zippy acelerou a expansão internacional. Entre janeiro e junho, inaugurou cinco lojas fora de Portugal e até ao final do ano abrirá oito novos espaços, avança Joana Ribeiro da Silva, administradora executiva da Sonae Fashion, em entrevista ao Hipersuper. Em Portugal, o investimento está a privilegiar a remodelação das lojas e o canal digital, afiança a também Chief Operating Officer
Nos primeiros seis meses do ano, a Zippy deu gás à expansão internacional com a abertura de cinco novas lojas. Que balanço faz?
A Zippy tem como ambição ser uma marca internacional relevante, pelo que a abertura de lojas em novas geografias ou nas geografias onde já estamos presentes é um dos principais pilares estratégicos da marca.
O goodwill da marca faz-se sentir em Portugal e além fronteiras e é com orgulho que somos frequentemente abordados no sentido de abrir lojas noutras geografias. A expansão internacional acelerou em 2022, fruto do trabalho que foi levado a cabo durante o período covid e posterior.
Levar a Zippy ao mundo é um dos objetivos da Sonae. A Zippy é já uma marca global?
Sim, a Zippy já é uma marca global. É, atualmente, a marca portuguesa de crianças mais internacional, estando presente em mais de 45 países, 25 com lojas Zippy e mais de 20 com a presença da marca em mais de 600 pontos de venda multimarca. Adicionalmente, disponibilizamos a oferta da marca através do site para 16 países e estamos ainda presentes em marketplaces importantes – como o El Corte Inglês e La Redoute.
O crescimento internacional é um dos pilares estratégicos mais críticos da Zippy.
Esta expansão é feita com base em que modelo de negócio?
A Zippy tem mais de 110 lojas, que se dividem em lojas próprias e lojas franchisadas. Em Portugal, a totalidade das lojas são próprias. Já internacionalmente, temos optamos por modelos de franchising, dada a criticidade de trazermos know-how do país e dos clientes do mesmo para a operacionalização do negócio.
Nos mercados internacionais operam 60 lojas, certo? Em quantos países já têm operação?
À data, contamos com cerca de 60 lojas Zippy fora de Portugal, sendo o Médio Oriente a região onde temos maior concentração de lojas, com destaque para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. As aberturas de lojas mais recentes no mercado internacional foram na Palestina – com a primeira Zippy no país -, na Arábia Saudita, Letónia, Malta e Argélia. Neste momento, estamos presentes em mais de 25 países.
Qual a estratégia de expansão desenhada até ao final do ano nos palcos externos?
Para 2022, o plano de expansão traçado foi particularmente ambicioso. Além das aberturas já realizadas no mercado internacional no primeiro semestre, temos ainda previstas mais oito aberturas até ao final do ano, incluindo a entrada em dois novos mercados: Iraque e Montenegro.
Em que países querem reforçar a vossa expansão e, por outro lado, em que novas geografias encontram oportunidade para impulsionar a internacionalização da marca?
Temos como ambição chegar ao maior número de crianças e famílias em todo o mundo, pelo que estamos sempre atentos às oportunidades que surgem no mercado. Consideramos todas as parcerias com entidades com forte know-how de cliente e de operações de moda e damos prioridade às geografias com maior taxa de natalidade.
Atualmente, a região do Médio Oriente é aquela onde temos uma maior concentração de lojas, sendo que na Arábia Saudita temos 15 lojas e nos Emirados Árabes Unidos temos sete, uma das quais no maior Shopping Center do mundo, o Dubal Mall.
Prova da força da presença da Zippy nestes mercados é o facto de termos tido o privilégio de receber, pelo segundo ano consecutivo, o prémio Ouro na categoria de “Baby & Child Clothing Retailer of the Year”, nos Emirados Árabes Unidos.
Qual o volume de negócios da Zippy nos mercados internacionais? Quais os países com mais peso no volume de negócios?
Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos são os países com maior volume de faturação, depois de Portugal.
Em Portugal, a insígnia opera 56 lojas, a última das quais inaugurou em Barcelos. Qual o plano de expansão para Portugal?
A Zippy é líder de mercado em Portugal e cobre quase todo o país com as suas 56 lojas, estando presente em todos os grandes centros comerciais e tendo ainda algumas lojas de rua.
À data, não temos prevista nenhuma abertura em Portugal para 2022, estando a avaliar algumas oportunidades.
Onde estão as oportunidades de crescimento? A expansão far-se-á para cidades onde ainda não estão presentes, como foi o caso de Barcelos, ou pelo contrário, planeiam reforçar em localizações onde já têm lojas?
A nossa aposta será sempre encarada nessas duas vertentes, assegurada por uma análise responsável e sustentada daquilo que são as necessidades do mercado e a ambição do nosso negócio. Assim, vamos continuar atentos a oportunidades de expansão para cidades onde ainda não estamos presentes, que são já muito poucas, e reforçaremos presença em localizações onde já estamos, sempre que exista essa oportunidade e necessidade.
O investimento no mercado português continuará a par da aposta no internacional?
Sim. Nos últimos cinco anos, abrimos dez lojas em Portugal, duas das quais no primeiro semestre deste ano. A par disto, lançámos e melhorámos sistematicamente o nosso site e a experiência de compra do mesmo, sendo hoje líderes da venda online de roupa infantil em Portugal.
O investimento futuro passará muito pela remodelação o parque de lojas e investimento no digital e numa experiência omnichanel.
*Entrevista originalmente publicada na edição 405 do jornal Hipersuper