Lidl
TransforMar retira mais de 180 toneladas de plástico das praias portuguesas
O Aquário Vasco da Gama, em Algés, foi palco da apresentação de resultados da 5ª edição do projeto TransforMar que este ano retirou 67 toneladas de resíduos plásticos e de […]
Ana Rita Almeida
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O Aquário Vasco da Gama, em Algés, foi palco da apresentação de resultados da 5ª edição do projeto TransforMar que este ano retirou 67 toneladas de resíduos plásticos e de metal recolhidos nas praias portuguesas, o que significa que em cinco anos foram retiradas, no total, 180 toneladas de resíduos recolhidos.
Promovido pelo Lidl Portugal, em parceria com o Electrão, Brigada do Mar, Marinha Portuguesa e Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) e com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Quercus, o projeto TransforMAR volta a fazer a diferença, mantendo sempre o objetivo de sensibilizar a população para a adoção de comportamentos mais sustentáveis em prol dos oceanos, mantendo os princípios de uma verdadeira economia circular: através da redução, reutilização e reciclagem do plástico e metal recolhidos.
Esta edição permitiu retirar 67 toneladas de plástico das praias portuguesas, cujos resíduos passíveis de serem reciclados foram transformados em t-shirts, fabricadas em Portugal, 100% a partir de plástico reciclado, com o objetivo de continuar a sensibilizar as comunidades.
Quanto ao plástico e resíduos não passíveis de serem reciclados, bem como redes de pesca no mar, cedidas pela Marinha, foram reaproveitados na criação de esculturas de grande dimensão, pela artista plástica portuguesa Soraia Domingos, como forma de alertar e consciencializar a população para a poluição das praias e oceanos. As mesmas estiveram presentes em Vila Nova de Gaia (Labirinto de redes), Portimão (Tartaruga gigante), e na vila da Nazaré (A onda que ninguém quer surfar).
Elena Aldana, Diretora de Assuntos Públicos, Comunicação e ESG do Lidl Portugal, referiu que “o TransforMAR é já um projeto bem conhecido das comunidades” e que “os resultados superados ano após ano transmitem a urgência em continuar a sensibilizar a população para mantermos as nossas praias limpas e preservarmos os ecossistemas marinhos”.
Nesta 5ª edição, conseguimos alargar a abrangência do projeto através do protocolo com a Marinha, chegando mais longe na proteção dos oceanos, assim como na investigação para a melhoria da qualidade das águas e do plâncton” lembrou.
“Para o Lidl, a sustentabilidade ambiental é um pilar fundamental, está no nosso ADN” referiu também a responsável que salientou a importância de ter a noção da “responsabilidade do que colocamos no mercado”.
Elena Aldana apontou também para o futuro, referindo que o Lidl Portugal foi desafiado a alargar esta ação à praias fluviais e rios, lembrando que “temos de cuidar da nossa natureza, não só por nós, mas pelas gerações futuras e pela biodiversidade”.
Empresas e produtores mais ativos
Parceiro no projeto TransforMar, o CEO do Electrão, Pedro Nazareth, congratulou-se pelo sucesso de mais uma edição, elogiando o empenho do Lidl na redução do impacto ambiental dos plásticos, e alertou para o facto de ser preciso fazer mais “tanto no capítulo da prevenção, do ecodesign, da adequação dos produtos aos sistemas de reciclagem” e referindo que “a nossa ambição, enquanto Electrão, é aumentar muito a recolha e reciclagem nos três sistemas em que participamos: nos elétricos, nas pilhas e nas embalagens”.
O Hipersuper falou com Pedro Nazareth que, reforçou a importância do trabalho das empresas e entidades que podem fazer toda a diferença e a sua ligação com o Electrão. “A origem do Electrão tem tudo a ver com a ligação às empresas que colocam produtos elétricos, pilhas e embalagens no mercado. São elas que financiam as atividades de recolha e reciclagem que o Electrão acaba por gerir em nome destas empresas” começou por explicar.
“Ligando ao tema da limpeza urbana, inicialmente estas empresas eram chamadas à reciclagem, à triagem, à recolha, agora estão a ser chamadas a outras atividades como à reutilização, à reparação, à garantia dos produtos e também a ações de limpeza. Isto foi sobretudo introduzido no pacote legislativo chamado diretiva de Plásticos de Uso Único” referiu o CEO do Electrão em declarações ao Hipersuper. “Esta diretiva abriu o tema da limpeza urbana. De alguma forma, as entidades oficiais consciencializaram aquilo que era visível para todos nós que é: a reciclagem tem um caminho a fazer, mas enquanto não reciclamos tudo, quando não reutilizamos tudo, vai aparecendo lixo cumulativamente nas nossas praias, nas nossas dunas, nas nossas serras, no nosso meio urbano. E esse lixo precisa de ser bem separado e bem reciclado. É esta ligação que fazemos ” enalteceu.
“É preciso mudar muita coisa, até porque estes temas de reciclagem em particular já têm década e meia de funcionamento. A reciclagem tem crescido mas não ao ritmo da ambição política e da nossa enquanto cidadãos e empresas. Portanto temos que repensar a reciclagem e a forma de funcionamento dos sistemas de reciclagem para que continue cada vez a progredir nos resultados de recolha e reciclagem. Novos métodos de recolha, novos incentivos ao consumidor… fala-se agora no sistema de depósito de embalagens de bebidas, que passa pelo consumidor ser reembolsado quando entrega uma embalagem no supermercado. Portanto, todos estes novos mecanismos de envolvimento com o cidadão vão ajudar a melhorar os nossos resultados e a reciclagem no país” acrescentou ao nosso jornal.
“Quanto mais reciclarmos , e lembrando o que hoje foi falado, menos temos que limpar. Vamos ter sempre que limpar mas vamos ter menos o que limpar” finalizou Pedro Nazareth.
Antes de um painel onde se falou sobre o estado atual e do que está a ser feito, e que contou com a presença de Catarina Gonçalves, Coordenadora Nacional do Programa Bandeira Azul, de Rui Cunha da Quercus, de Simão Accioli da Brigada do Mar e de Mafalda Mota, Chefe da Divisão de Fluxos de Resíduos e do Mercado Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente, o Comandante Nuno Leitão, diretor do Aquário Vasco da Gama, lembrou a importância do trabalho da Marinha Portuguesa, e referiu ser um privilégio estar associado a este projeto.
Ainda no âmbito dessa iniciativa, o Comandante Nuno Leitão explicou que o papel da Marinha está ligado à retirada do mar das redes de pesca “perdidas ou abandonadas”, “para que tenhamos um ecossistema mais saudável”.
José Maria Costa, Secretário de Estado do Mar, cuja presença estava agendada, não conseguiu estar presente mas enviou uma missiva onde destacou o pojecto TansforMar que nas suas palavras, “visa contribuir para a mudança de ações e consciências sobre o que é um problema global, o lixo. De forma simples e divertida, quem frequenta as praias do continente português pôde perceber que o lixo, particularmente os resíduos de plástico e metal, deverão, por um lado, ter um destino correto, caso não possam ser mais utilizados ou transformados, ou poderão servir de matéria-prima para produção de outros produtos, como é o caso dos plásticos recolhidos ao abrigo deste projeto, contribuindo assim para uma economia circular. Termino, dando os parabéns ao Lidl pela iniciativa, e faço o apelo para que continuem a promover o projeto nas praias portuguesas e quem sabe, noutros locais”.