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NAUA-Natural Care renova fórmula com subprodutos das indústrias de sumos e frutas

Os produtos de cosmética em formato sólido da marca NAUA – Natural Care adotaram novos ingredientes na sua composição

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Os produtos de cosmética em formato sólido da marca NAUA – Natural Care adotaram novos ingredientes na sua composição

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NAUAOs produtos de cosmética em formato sólido da marca NAUA – Natural Care adotaram novos ingredientes na sua composição: subprodutos resultantes das indústrias de sumos e frutas sem calibre. Estes são ingredientes “upcycled”, que não competem com a cadeia alimentar.

Estes ingredientes têm “propriedades ricas, perfeitas para usar na cosmética natural”, afirma Sofia Catarino, cofundadora da marca portuguesa de champôs sólidos que surgiu no mercado há cerca de dois anos. Os produtos da NAUA são, assim, “livres de microplásticos, sendo seguros para a vida marinha e o ambiente”.

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Nacex abre nova plataforma em Viseu

A empresa de logística reforça assim a sua operação de cross docking no Norte de Portugal.

A Nacex, empresa de correio expresso da Logista, inaugurou uma nova plataforma em Viseu que, “graças ao seu classificador com leitura de códigos de barras com capacidade de leitura de 3.500 envios por hora”, apoiará a sua operação de cross docking nas zonas da Beira Alta, Beira Baixa e Trás os Montes.

Segundo a empresa, a plataforma de Viseu construída para a Nacex está situada numa nave de 700 m2. Para além do classificador, dispõe de 14 cais adequados a camiões, e carrinhas de distribuição, fatoras que vêm aumentar a capacidade operativa na zona norte de Portugal.

Como parte da sua estratégia de crescimento, em outubro, a Nacex também aumentou a capacidade de classificação da sua plataforma no Porto, passando de uma capacidade de 3.900 para 6.000 envios por hora. A chave foi um novo sistema de classificação com tecnologia Crossbelt Lineal e scanner a cores. 

“O reforço do músculo operativo é fundamental para proporcionar aos clientes a excelência de serviço que merecem. Na Nacex estamos convencidos disso e, por essa razão, investimos em mais e melhores infraestruturas,” explica João Jales, country manager de Nacex Portugal.

A Nacex dispõe de uma frota de mais de 2.600 veículos e uma rede de 35 plataformas, além de mais de 300 agências em Portugal, Espanha e Andorra. Conta com mais de quatro mil colaboradores. A empresa integra o grupo Logista, distribuidor de produtos e serviços para empresas locais no sul da Europa.

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I&D

Cibersegurança e IA na robótica entre as principais tendências tecnológicas para 2025

Para a Capgemini, cinco tecnologias deverão atingir o ponto de viragem ao longo do próximo ano. A empresa baseou o resultado num estudo realizado à escala global.

IA e IA generativa (Gen AI) estão no topo do radar dos líderes empresariais e dos investidores de capital e risco de todo o mundo que participaram no ‘TechnoVision Top 5 Tech Trends to Watch in 2025’, um estudo realizado à escala global e que será divulgado na CES em janeiro de 2025. “Espera-se também que tenham um impacto significativo noutras tecnologias-chave suscetíveis de atingir a maturidade ou de alcançar um avanço em 2025”, refere a Capgemini

“As previsões que fizemos o ano passado no nosso Capgemini’s Top 5 Tech Trends relativas aos modelos emergentes de linguagem Gen AI menores e aos agentes de IA, vieram a concretizar-se”, sublinhou Pascal Brier, Chief Innovation Officer da Capgemini e Member of the Group Executive Committee. “Em 2025, consideramos que a IA e a Gen AI irão influenciar consideravelmente as prioridades das empresas bem como muitas áreas tecnológicas adjacentes, tais como a robótica, as cadeias de abastecimento ou mix energético do futuro”, avança ainda o responsável. Para a Capgemini, são cinco a tecnologias a acompanhar em 2025.

IA generativa: Modelos mais autónomos

Segundo revela o estudo do Capgemini Research Institute, a ser apresentado em janeiro de 2025, 32% dos 1.500 líderes empresariais inquiridos em todo o mundo consideraram que os agentes de IA serão a principal tendência tecnológica na área dos dados e da IA em 2025. “Os modelos de IA generativa, graças às capacidades crescentes de raciocínio lógico de que dispõem, começarão a funcionar de forma mais autónoma, fornecendo simultaneamente resultados mais fiáveis e fundamentados em evidências, passando a assumirem cada vez mais tarefas nas cadeiras de abastecimento ou/e de manutenção preditiva, sem necessidade de supervisão humana constante”, defende a Capgemini. “O passo seguinte será a criação e lançamento de um superagente, que funcione como um orquestrador dos vários sistemas de IA, otimizando as suas interações. Em 2025, estes avanços irão acelerar a emergência de novos ecossistemas de IA em todos os setores de atividade, disponibilizando níveis acrescidos de eficiência e de inovação”, acrescenta.

Cibersegurança: Novas defesas, novas ameaças

A IA está também a transformar a área da cibersegurança, tornando os ataques cibernéticos impulsionados pela IA Generativa mais sofisticados e os sistemas de defesa orientados por IA mais robustos, flexíveis e avançados. Este aspeto é referido no último estudo do Capgemini Research Institute recentemente publicado e no âmbito do qual, 97% das organizações inquiridas revelaram que no ano passado enfrentaram violações ou problemas de segurança relacionados com a utilização da Gen AI. Nos últimos anos, o trabalho remoto aumentou substancialmente a superfície de ataque e as vulnerabilidades da segurança das empresas face às ameaças.

Para reduzir estes riscos, os investimentos e as inovações no domínio da segurança dos terminais e das redes foram intensificados ao longo do último ano e as iniciativas para automatizar a deteção de ameaças aumentaram, incluindo threat intelligence baseada em IA. Por outro lado, as empresas começaram a preparar-se para o futuro, fortalecendo os algoritmos da criptografia, sobretudo através da criptografia pós-quântica, para se poderem proteger contra as futuras ameaças advindas da computação quântica. 

O estudo da Capgemini prevê que em 2025, os ciberataques generativos alimentados por IA continuarão a ser mais sofisticados e generalizados, esperando-se por isso que os riscos para as organizações aumentem. Paralelamente, e à medida que a IA desempenha um papel cada vez mais importante na tomada de decisões e no controlo operacional, garantir que os seres humanos confiam nestes sistemas vai ser fundamental. “A cibersegurança deve, por isso, responder às preocupações técnicas e psicológicas, garantindo não só a proteção, mas também a fiabilidade dos sistemas de que as pessoas dependem diariamente”, defende.

Robótica e IA

A robótica costumava ser dominada por máquinas codificadas e específicas para utilização em tarefas específicas, mas o desenvolvimento da Gen AI torna possível o desenvolvimento de novos produtos – incluindo robots humanoides e colaborativos – ou cobots, com capacidade para se adaptarem a vários cenários e aprenderem continuamente com o seu ambiente. De acordo com o estudo do Capgemini Research Institute, 24% dos principais líderes empresariais e 43% dos investidores de capital de risco consideram a automação e a robótica impulsionadas por IA como uma das três principais tendências tecnológicas na área dos dados e da IA em 2025. Com os robots a tornarem-se cada vez mais autónomos e a IA a assumir funções complexas de tomada de decisão, o futuro do trabalho poderá vir a sofrer mudanças profundas nas estruturas tradicionais de autoridade. 

“Até 2025, os avanços no processamento da linguagem natural e da visão da máquina aumentarão ainda mais as suas capacidades, permitindo que os robots assumam funções mais complexas no contexto da força de trabalho moderna na indústria, na logística e na agricultura”, define a Capgemini

Energia Nuclear

O setor da energia está a passar por grandes mudanças, com a transição energética a acelerar a um ritmo sem precedentes. Em 2025 a energia nuclear estará em foco e irá dominar a agenda do ano: esta tecnologia está de volta ao topo das prioridades das empresas, como possível resposta à necessidade urgente de maiores quantidades de energia limpa, fiável e controlável que decorrem da IA e das outras tecnologias emergentes. Apesar de terem sido poucos os líderes empresarias (inquiridos em todo o mundo entre setembro e outubro de 2024 no âmbito deste estudo), que identificaram os Pequenos Reatores Modulares (SMRs) como uma das três principais tecnologias sustentáveis que se irá destacar em 2025, é expectável que o desenvolvimento desta tecnologia venha a acelerar de forma substancial ao longo do próximo ano. “Também podemos esperar avanços significativos no que diz respeito à energia limpa e ilimitada gerada através da fusão nuclear, ou dos Reatores Modulares Avançados (AMRs)”. 

Cadeias de abastecimento de nova geração

As principais tecnologias, incluindo a IA, os dados, o blockchain, o IoT e a conectividade com as Redes de Satélites Terrestres, desempenham agora um papel estratégico no que diz respeito à otimização dos custos, da resiliência, da agilidade, da circularidade e da sustentabilidade das cadeias de abastecimento. Segundo o novo estudo do Capgemini Research Institute, 37% dos líderes empresarias acreditam que estas cadeias de abastecimento suportadas por tecnologias de próxima geração, serão a principal tendência tecnológica no que diz respeito à indústria e à engenharia em 2025. Esta evolução vai ser ainda mais pertinente, como resposta às novas restrições regulamentares e ambientais que irão entrar em vigor e como forma de as empresas garantirem a sua competitividade, agilidade e resiliência.

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Retalho

Açaí Natura encerra o ano com mais quatro lojas

A marca portuguesa abre as portas de mais quatro lojas: em Miraflores, no Campo Pequeno, em Braga e em Vila Nova de Famalicão.

O Açaí Natura encerra o ano com mais quatro lojas, reforçando a sua ambição de levar esta iguaria brasileira a todo o país. A marca reforça a presença nacional com uma nova unidade no Campo Pequeno, uma em Miraflores, uma na cidade de Braga e outra em Vila Nova de Famalicão.

“Continuamos com o desejo de pintar o país totalmente de roxo, levando a todos os portugueses este superalimento, que tanto sabe bem no verão, como no inverno. As quatro novas lojas vêm impulsionar esse compromisso, mas não pretendemos ficar por aqui, estando já a planear novas aberturas para 2025”, explica Geraldo Neto, CEO do Açaí Natura.

Em 2024, o Açaí Natura, que funciona com um modelo franchising abriu mais de 15 lojas de norte a sul do país, tendo já os olhos postos noutras localizações, nomeadamente além-fronteiras, como em França e no Reino Unido.

Atualmente, conta com mais de 40 lojas em Portugal, nomeadamente em Lisboa – Saldanha, Amadora, Alfragide, Alvalade, Odivelas, Campo Pequeno, Cascais, Carcavelos, Sintra, Oeiras, Alameda, Telheiras, Amoreiras, Loures, Olivais, Campo de Ourique, Torres Vedras, Miraflores –, em Setúbal – Coina e Seixal –, em Faro, em Leiria, em Coimbra, no Porto, em Braga e até no Funchal.  Também está presente em Espanha, com duas lojas em Madrid e outra em Málaga.

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I&D

Cegid lança software de gestão com agentes de IA nos mercados português e africano

Esta tecnologia inovadora tem vindo a ser desenvolvida no Centro de Inteligência Artificial da Cegid em Portugal

A Cegid, fornecedor europeu em soluções de gestão na cloud para profissionais das áreas de retalho, empreendedorismo, pequenas empresas, finanças, recursos humanos, e contabilidade, acaba de lançar nos mercados português e africano um software de gestão empresarial onde já estão disponíveis os agentes de Inteligência Artificial (IA), denominados de Cegid Pulse.

“A partir de hoje, os agentes inteligentes passam a estar dentro do software Cegid Primavera ERP Evolution, proporcionando uma nova forma de trabalhar com o software de gestão”, indica a empresa. Em termos práticos, o utilizador poderá interagir em linguagem natural com os agentes inteligentes sobre os seus dados e de imediato, receber resposta aos seus pedidos, desde análises financeiras, contabilísticas, comerciais e de inventário, até previsões de resultados.
Os agentes inteligentes Cegid Pulse ajudam ainda a detetar oportunidades, identificam riscos e alertam para erros na informação. A Cegid disponibiliza ainda uma biblioteca de ajuda onde é possível aprender a melhor forma de interagir com os agentes inteligentes, para que estes devolvam a informação pretendida, explica a empresa.

Esta tecnologia inovadora tem vindo a ser desenvolvida no Centro de Inteligência Artificial da Cegid em Portugal, com polos em Braga e Lisboa, onde laboram quase 100 especialistas em IA, podendo estes ascender a 150 em 2025.

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João Esteves, partner e líder do departamento de retalho da Cushman & Wakefield

Premium

João Esteves: “A chave é ir antecipando as oportunidades, tendências e novas dinâmicas”

Em entrevista ao Hipersuper, João Esteves, partner e líder do departamento de retalho da Cushman & Wakefield, analisa as principais tendências do mercado e antecipa os desafios e oportunidades que moldarão o futuro do setor.

O setor do retalho em Portugal atravessa uma fase de forte dinamismo e reinvenção, marcada pela consolidação de formatos tradicionais e pela ascensão de novos conceitos. É o que mostra a 43ª edição do Marketbeat Portugal – publicação semestral, desenvolvida pela Cushman & Wakefield, que resume a atividade do mercado imobiliário nacional em 2024.

Como descreve a atual dinâmica do mercado de retalho em Portugal?
O mercado de retalho em Portugal encontra-se numa fase de transformação e forte dinamismo, com o aparecimento de novos conceitos e setores emergentes.
De acordo com dados da procura de retalho agregados pela Cushman & Wakefield, já se registaram quase 600 aberturas em 2024, com claro domínio do comércio de rua e onde a atividade mais representativa foi a restauração, com aproximadamente 53% do total.
Ao nível dos sub-setores de retalho, o mercado de centros comerciais e high street retail encontra-se bastante consolidado, verificando-se nos últimos anos um claro crescimento do cluster OOTR (out of town retail) composto por retail parks e big boxes.

As rendas prime atingiram novos máximos em diversas zonas urbanas. Que fatores explicam este aumento? Acredita que o mercado conseguirá sustentar estes valores nos próximos anos?
As rendas prime têm atingido novos máximos históricos em todos os sub-setores, sobretudo devido à enorme procura de marcas nacionais e internacionais por localizações turísticas e/ou de elevado tráfego – mas que apresentam atualmente uma oferta algo limitada. Outro fator importante que pode explicar este aumento é o conjunto de critérios cada vez mais exigentes por parte das marcas, que não se coadunam, por vezes, com a oferta existente.
Acreditamos que estes valores serão sustentáveis nos próximos anos, tendo em conta que esta evolução natural das rendas é um fenómeno que está intrinsecamente ligado aos ciclos de crescimento económico (consumo privado e vendas a retalho), dinâmicas de oferta e procura e a crescente qualidade das marcas deste setor.

Após um primeiro semestre mais contido, o terceiro trimestre trouxe sinais de recuperação no investimento imobiliário comercial. O que considera ter impulsionado este aumento de 3% no volume acumulado até setembro? E quais são as expectativas para o último trimestre, considerando a previsão de um volume adicional de 680 milhões de euros?
A grande mudança face a anos anteriores é o ressurgimento do investimento em centros comerciais de grande dimensão. Este fenómeno já tinha tido início em Espanha há 2 anos e chegou finalmente a Portugal. Para além das transações já realizadas, é provável que venham a concretizar-se ainda outras até ao final do ano – assim se justificando o volume acima mencionado.

O relatório sugere uma maior concentração da oferta futura em retail parks.  O que está a atrair os investidores para este segmento específico? E como esta tendência se alinha com as mudanças nos padrões de consumo dos portugueses?
Conforme o último estudo publicado pela C&W Portugal (Marketbeat Outono), verifica-se que o formato de retail park agrega cerca de 87% da oferta dos próximos três anos, o que coloca este segmento específico numa posição de destaque – sobretudo face aos centros comerciais, um setor já bem representado em Portugal e onde a adição de oferta se vai manifestar sobretudo por expansão de alguns ativos existentes.
Os retail parks têm crescido muito, sobretudo porque (i) podem ser desenvolvidos em localizações com menor densidade populacional, (ii) permitem às marcas expandir com menor investimento inicial e rendas mais baixas e (iii) têm margens interessantes para os promotores (custos de terreno e de construção mais reduzidos).
Do lado dos retalhistas, temos registado um assinável crescimento da procura de marcas com posicionamento discount.

O relatório indica uma forte presença de investidores estrangeiros, com 83% do total investido até ao momento. Que fatores explicam esta predominância do capital estrangeiro? Acredita que esta tendência se manterá nos próximos anos ou espera uma maior participação de investidores nacionais?
Essa percentagem é bastante comum no investimento em imobiliário comercial em Portugal, traduzindo o forte apetite dos investidores estrangeiros pelo nosso mercado. Este ano tivemos um ano atípico, com uma presença anormalmente elevada dos investidores domésticos na primeira metade do ano, mas com as transações de grandes centros comerciais (quase sempre realizadas com capital estrangeiro) a aumentar o peso proporcional dos internacionais.

O relatório destaca uma possível estabilização das yields de referência e, em certos casos, até uma redução nas taxas de rentabilidade para os ativos mais procurados. Como interpreta esta tendência?
As yields de referência passaram por uma subida muito rápida e significativa entre 2023 e 2024, sobretudo por consequência de igual movimento das taxas de juro. Estas últimas já começaram a descer na segunda metade do corrente ano e essa trajetória descendente irá manter-se no próximo ano provavelmente, pelo que é natural que as taxas de rentabilidade sigam a mesma direção (embora não com a mesma magnitude).

No panorama atual, quais são as principais tendências no comportamento do consumidor?  Há mudanças no tipo de produtos mais procurados?
As tendências dos consumidores têm sofrido constantes alterações nos últimos anos, largamente impulsionadas pelos avanços da tecnologia, integrada com os espaços físicos, e pela criação de modelos híbridos que proporcionam experiências imersivas.
A possibilidade do cliente comprar online, levantar o produto e efetuar devoluções na loja, através de processos totalmente automatizados (mas sempre com o essencial “toque” humano), são experiências altamente valorizadas pelos clientes.
A circularidade, responsabilidade social e sustentabilidade são também tendências que estão no topo das prioridades das marcas e que são cada vez mais valorizadas pelos clientes, promovendo práticas ecológicas que reduzem a pegada ambiental e criam um espírito de comunidade. Estes são fatores decisivos para as marcas criarem engagement com os consumidores.

Que impacto têm tido as pressões inflacionistas no setor do retalho?  De que forma a subida dos custos operacionais e a perda de poder de compra dos consumidores estão a influenciar as estratégias dos retalhistas?
O aumento generalizado dos preços e a consequente subida dos custos operacionais têm reduzido o poder de compra dos consumidores e influenciado as estratégias dos retalhistas.
Como tal, as mais variadas estratégias de marketing e de aplicação dos vários tipos de desconto no preço de venda ao público como estímulo de compra, bem como a proliferação de marcas e conceitos de retalho que propiciam o discount têm-se revelado, para já, como vencedoras no modelo de consumo atual.

Como vê a evolução do comércio online em comparação com o retalho físico? A procura por espaços físicos permanece robusta, mas que papel atribui ao e-commerce e ao omnicanal no crescimento do setor?
Não obstante ligeiro abrandamento, o comércio online mantém a sua trajetória de continuado crescimento a par do retalho físico. Estas duas formas de consumo são, cada vez mais, vistas pelos especialistas do setor como duas faces da mesma moeda. Hoje em dia, a maior parte dos retalhistas aplicam com sucesso estratégias omnicanal que se complementam e que se irão repercutir numa melhor dinâmica e experiência de compra por parte dos consumidores.

Quais são as suas perspetivas para o setor do retalho em Portugal? Que desafios e oportunidades antecipa e como é que a Cushman & Wakefield se está a preparar para responder?
As perspetivas são as melhores. O retalho tem demonstrado enorme resiliência ao longo do tempo, o que juntando com a elevada qualidade dos seus conceitos, procura dos consumidores e consequente evolução positiva das vendas, certamente se irá traduzir no crescimento sustentável do setor. Como líder do departamento de retalho da Cushman & Wakefield em Portugal, acredito que o setor de retalho, tal como os outros, sempre terá os seus desafios, sendo que a chave é ir antecipando as oportunidades, tendências e novas dinâmicas já referidas anteriormente, que vão surgindo e que devem ser reconhecidas com assertividade e de forma proactiva. Acreditamos na nossa elevada experiência, know-how histórico do setor e capacidade de resposta das nossas equipas e, com essa base, poderemos providenciar as melhores soluções aos nossos clientes na vanguarda do que melhor se faz neste mercado.

Entrevista publicada na edição 428

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

ESG

Sociedade Ponto Verde tem novos ecobags feitos de plástico marinho

Parceria entre a SPV, a Seaqual Initiative e a Impact World sensibiliza para a redução da poluição marinha e a importância da reciclagem de embalagens.

As ecobags feitas de Seaqual Marine Plastic – material criado a partir da reciclagem de cordas de pesca em fim de vida, recolhidas antes de irem parar ao oceano, são a mais recente novidade da Sociedade Ponto Verde (SPV). Estes sacos para se fazer reciclagem de embalagens são fabricados em parceria com a Impact World, uma empresa dedicada à transformação de plástico marinho em produtos sustentáveis, contribuindo, assim, para a redução da poluição marítima.

“O objetivo é alertar também para a urgência de agir, de modo a cumprir as metas de reciclagem propostas para 2025 e reduzir o volume de embalagens que vão parar a aterro”, sublinha a SPV num comunicado. Recorde-se que Portugal enfrenta desafios para alcançar as novas metas europeias da reciclagem, que indicam que, em 2025, estará obrigado a reciclar pelo menos 65% de todas as embalagens que são colocadas no mercado, evitando assim a perda de 34 milhões de euros de embalagens que não são reencaminhadas para reciclagem todos os anos.

Esta coleção de ecobags, foi concebida para ajudar os cidadãos a fazer a correta separação das embalagens usadas nas suas casas e a depositá-las nos contentores de recolha seletiva, dando uma nova vida aos resíduos plásticos recolhidos dos oceanos. Neste momento, está disponível em iniciativas e eventos organizados pela SPV e é fruto de uma parceria com a Seaqual Initiative e a Impact World.

“Os cidadãos que tiverem interesse em obtê-los podem ficar atentos às redes sociais da Sociedade Ponto Verde. Por lá ficarão a saber como podem ter acesso a estes produtos sustentáveis e, assim, juntar-se a esta missão coletiva. Futuramente, os novos ecobags estarão também disponíveis para compra na loja do Jardim Zoológico de Lisboa”, informa.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Entrevista

“A transição para uma produção neutra exige enormes investimentos”

Na indústria do vidro de embalagem, a mudança para energias verdes renováveis e a crescente incorporação de vidro reciclado na produção das novas embalagens, são algumas das medidas importantes para a meta de produção totalmente neutra em carbono, até 2050, avança Beatriz Freitas, secretária-geral da AIVE.

O setor do vidro de embalagem tem como meta a produção totalmente neutra em carbono até 2050. Que investimentos tem feito a indústria vidreira de embalagens para alcançar esse objetivo?
A indústria já percorreu, um longo caminho na descarbonização da sua produção. Atualmente, consome 70% menos energia, emite 50% menos CO2 e as embalagens de vidro são 30% mais leves, do que há cinquenta anos. No entanto, são necessárias agora mudanças significativas, com desafios estruturais e tecnológicos associados, para atingir o objetivo de zero emissões de carbono.
A transição para uma produção neutra em termos climáticos exige enormes investimentos, tanto de capital como operacionais e o apoio financeiro do setor público são, por conseguinte, imprescindíveis para apoiar a indústria a implantar as novas tecnologias inovadoras e assim ser possível cumprir os objetivos de descarbonização para 2050 estabelecidos pela Lei do Clima da UE.
A redução e otimização do seu consumo energético e a mudança para energias verdes renováveis, assim como a redução da utilização de matérias-primas virgens, aumentando a incorporação de vidro reciclado na produção das novas embalagens – para reduzir os impactos ambientais globais e os custos associados ao fabrico das embalagens de vidro – é sem dúvida o caminho para até 2050, a indústria do vidro de embalagem transformar a sua produção e oferecer soluções de embalagem totalmente neutras em termos de carbono, para além de totalmente circulares.

O que é o RODIV2050?
O Roteiro para a Descarbonização do Vidro em Portugal (RODIV2050), financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), é um projeto liderado pela AIVE, com o apoio de consultores externos, com o objetivo de divulgar potenciais estratégias e tecnologias que possam contribuir para a redução das emissões de GEE associadas à produção de vidro, alinhando assim este setor com as metas de neutralidade carbónica estabelecidas pela União Europeia para 2050.
Este roteiro visa alavancar a descarbonização da indústria do vidro e promover uma mudança na utilização dos recursos, através da  promoção de um conjunto de ações que vão desde a identificação de áreas de melhoria, de trajetórias custo-eficazes de redução de emissões e identificação de soluções tecnológicas de baixo carbono, bem como a promoção da economia circular, através da reciclagem das embalagens de vidro usadas e a utilização de biocombustíveis como o hidrogénio verde ou o biometano, promovendo a inovação em áreas que conduzam esta indústria às metas da neutralidade carbónica mas ainda posicionar o setor vidreiro nacional como um líder em práticas sustentáveis, promovendo uma indústria mais sustentável e preparada para os desafios futuros.
De uma forma clara serão apresentados também os vários desafios estruturais e tecnológicos com que este setor industrial se depara, desde a implementação de soluções tecnológicas para o uso de energias verdes, alternativas aos combustíveis fósseis, não só nos fornos, mas nos demais equipamentos do processo, que ainda requer investimentos avultados em infraestruturas e redes de distribuição; até ao aumento dos níveis de recolha das embalagens de vidro usadas para reciclagem, atualmente insuficientes para suprir as necessidades de uma produção mais sustentável, quando Portugal é líder europeu, na produção de vidro de embalagem per capita.


Reciclado infinitamente sem perder propriedades

Beatriz Freitas assegura que há poucos materiais tão circulares como o vidro de embalagem e que a sua indústria orgulha-se de produzir “embalagens, saudáveis, reutilizáveis e infinitamente recicláveis em circuito fechado”. “O vidro é um material permanente, o que significa que pode ser reciclado infinitamente sem perder nenhuma propriedade ou matéria constituinte” e as suas embalagens “são as únicas que garantem, não só todo o sabor e odor, como a qualidade e características originais dos produtos, independentemente do número de vezes que é reciclado”, assegura.

Apesar disso, a secretária-geral da AIVE lamenta que tenha um valor ainda não entendido por todos. “De acordo com os últimos dados oficiais (Eurostat), em Portugal foram recicladas 55% de todas as embalagens de vidro usadas em 2021 e todo esse vidro foi utilizado para fazer novas embalagens de vidro”, sublinha. Para que Portugal atinja níveis de reciclagem semelhantes aos de outros países europeus, precisa de “mais infraestruturas adequadas para a recolha deste material no canal Horeca, proliferação de vidrões e uma aposta na educação para a reciclagem”, alerta.

Artigo publicado na edição 428

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Retalho

Campanha de Natal da Missão Continente angariou 1,5 milhões de euros

A campanha de Natal da Missão Continente angariou 1,5 milhões de euros, o valor mais alto de sempre desta iniciativa. O Continente agradece a todos os clientes “que contribuíram para o tremendo êxito desta angariação, que vai ajudar mais de 750 instituições locais, distribuídas por todo o país”.

Hipersuper

A campanha de Natal da Missão Continente angariou 1,5 milhões de euros para apoiar pessoas e animais em situação de desamparo, iniciativa que vai ajudar mais de 750 instituições locais, distribuídas por todo o país.

O Continente enaltece toda a iniciativa e o envolvimento de todos os clientes, avançando que as lojas Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia vão entregar, já em janeiro, o valor angariado às instituições locais de proximidade associadas ao projeto, em Cartão Dá Apoio, para que possam garantir a aquisição de bens alimentares a pessoas e animais em situação de desamparo, seja alimentar, financeiro, social ou psicológico.

Durante a campanha ‘Quando ajudamos, todos recebem mais’, os clientes tiveram a oportunidade de selecionar a causa que mais admiram, produzindo um impacto direto na sua comunidade. A angariação teve início a 1 de novembro de 2024 e deu origem ao maior movimento de apoio às comunidades em Portugal, angariando o valor mais elevado entre todas as campanhas de Natal da Missão Continente.

Além da compra de vales nas lojas Continente, os clientes podiam também optar por fazer as doações através do Continente Online e da app Cartão Continente. Nestes dois casos, o valor total angariado será partilhado, equitativamente, entre todas as instituições, garante o Continente em comunicado de imprensa.

Através das mais de 750 instituições locais integradas nesta iniciativa, serão alcançados cerca de 80 mil pessoas e 20 mil animais, refere ainda. “Todas as instituições foram recomendadas pela ENTRAJUDA, para garantir que o apoio chega mesmo onde é preciso”, acrescenta.

Sobre o autorHipersuper

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ESG

ERP Portugal quer portugueses a reciclar mais pilhas até ao final do ano

A ERP Portugal, enquanto Entidade Gestora de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) e Resíduos de Pilhas e Baterias (RB) lançou o desafio aos portugueses: “o problema nacional já não é novo, mas continua a persistir: é preciso recolher e enviar mais pilhas para reciclar para atingir as metas definidas pela União Europeia”.

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Com esta premissa em mente, a ERP Portugal, enquanto Entidade Gestora de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) e Resíduos de Pilhas e Baterias (RB) lançou o desafio aos portugueses de procurem pilhas nas gavetas, armários e arrecadações de casa, nas empresas ou nas escolas, e reciclarem.

“Se cada português reciclar 10 pilhas até ao final do ano, 100 milhões de pilhas poderão ser recicladas, ou seja, cerca de 2.000 toneladas de pilhas poderiam ser corretamente encaminhadas com leve esforço neste final de ano”, assinala num comunicado.

Para fomentar hábitos de entrega de pilhas em fim de vida, a ERP Portugal junta a todos os seus projetos uma música que pretende sensibilizar a população para o correto encaminhamento de pilhas para a reciclagem. Com a assinatura da produtora Barulho e com composição, autoria, voz e instrumental de Joaquim Albergaria e Ivo Costa, a música visa promover o eureciclo.pt e os milhares de pontos de entrega disponíveis em todo o país.

A música vem juntar-se a outras iniciativas da entidade que visam sensibilizar a população e aumentar os valores de recolha de REEE e RB em Portugal. Entre elas, destaca-se a colaboração com a Refood numa campanha de recolha que vai decorrer até 17 de janeiro de 2025, bem como programas como a Geração Depositrão e o Junta na Freguesia, que promovem ativamente a reciclagem e a correta gestão destes resíduos.

“A degradação de pilhas e baterias na natureza contamina solos, lençóis freáticos, rios e mares porque são compostas por metais pesados, mas estas são recicláveis e muitos dos materiais recuperados podem dar origem a novas pilhas”, recorda Rosa Monforte, diretora Geral da ERP Portugal.

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Burger King Portugal e EDP instalam 180 pontos de carregamento elétrico em todo o país

A EDP é a parceira escolhida pelo Burger King Portugal para instalar e operar os pontos de carregamento de veículos elétricos em 90 restaurantes da marca, de norte a sul do país. Cerca de 150 dos 180 pontos de carregamento previstos já se encontram em operação e os restantes vão entrar em funcionamento em 2025.

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No âmbito da sua aposta na mobilidade sustentável, o Burger King Portugal está a implementar um plano de introdução de Pontos de Carregamento (PC) de automóveis elétricos. A EDP foi escolhida pelo Burger King Portugal para instalar e operar os pontos de carregamento de veículos elétricos em 90 restaurantes da marca, de norte a sul do país. Cerca de 150 dos 180 pontos de carregamento previstos já se encontram em operação e os restantes vão entrar em funcionamento em 2025.

A parceria entre a EDP Comercial e o Burger King Portugal já garantiu cerca de 118 mil sessões de carregamento de veículos elétricos, que permitiram percorrer mais de 20 milhões de quilómetros apenas com o uso de eletricidade, evitando a emissão de cerca de 2.700 toneladas de CO2.

Estes equipamentos possibilitam o carregamento de até duas viaturas em simultâneo, fazem parte da rede de carregamento público MOBI.E e podem ser utilizados com qualquer cartão CEME (Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica). Desta forma, é oferecida maior conveniência e comodidade aos clientes Burger King Portugal, que podem carregar o seu veículo elétrico enquanto estão no restaurante. Na app da EDP (EDP Charge), e em outras aplicações, é possível verificar a localização e estado de disponibilidade dos carregadores, a fim de facilitar a utilização.

“Para o Burger King Portugal, este acordo representa mais um importante passo em frente no nosso compromisso com a sustentabilidade, com o objetivo de reduzir a pegada de carbono dos nossos restaurantes, que são o coração do nosso negócio. Estamos particularmente satisfeitos por podermos utilizar a nossa vasta rede de restaurantes para contribuir para a mobilidade sustentável em Portugal, juntamente com a EDP”, afirma Borja Hernández de Alba, diretor geral do Burger King Portugal, em comunicado.

“Esta parceria com o Burger King Portugal representa mais um avanço significativo na nossa missão de promover a mobilidade elétrica em todo o país. Estamos a instalar pontos de carregamento rápido e acessível, alinhados com a nossa visão de tornar a mobilidade sustentável uma opção prática e conveniente para todos os condutores de veículos elétricos em Portugal. Acreditamos que cada ponto de carregamento instalado é um passo importante para acelerar a transição para a mobilidade elétrica, e é com grande satisfação que contamos com o Burger King Portugal como parceiro neste percurso”, destaca Carlos Moreira, administrador da EDP Comercial com o pelouro da mobilidade.

 

 

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