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Matérias-Primas

O impacto do aumento da temperatura na produção de vinho em Portugal

De que forma as alterações climáticas estão a afetar a produção de vinho em Portugal? Há regiões onde o aumento médio da temperatura é mais problemático? Que medidas estão a ser tomadas pelos vitivinicultores portugueses?

Rita Gonçalves
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O impacto do aumento da temperatura na produção de vinho em Portugal

De que forma as alterações climáticas estão a afetar a produção de vinho em Portugal? Há regiões onde o aumento médio da temperatura é mais problemático? Que medidas estão a ser tomadas pelos vitivinicultores portugueses?

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vinhos do tejoDe que forma as alterações climáticas estão a afetar a produção de vinho em Portugal? Há regiões onde o aumento médio da temperatura é mais problemático? Que medidas estão a ser tomadas pelos vitivinicultores portugueses?

As alterações climáticas estão entre as principais preocupações dos produtores de vinho. O aumento da temperatura tem vindo a diminuir o rendimento médio por planta e a adiantar a data média de maturação da uva, o que pode alterar o perfil dos vinhos tradicionalmente produzidos em Portugal. Como estão os produtores nacionais a acompanhar as consequências do aquecimento global na produção de vinho e que medidas estão a adotar para preservar as características organoléticas dos seus néctares?

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Na região de Palmela, por exemplo, o fenómeno dos escaldões tornou-se recorrente, embora num passado recente acontecesse uma vez a cada dez anos. “A Adega de Palmela viu-se obrigada a fazer um seguro de colheita para proteger os seus associados das temperaturas elevadas que se fazem sentir. Nos últimos cinco anos, foram frequentes estes fenómenos e, para proteger a continuidade dos nossos viticultores e associados, propusemo-nos a agir por prevenção”, revela Ângelo Machado, presidente do conselho de administração da Adega Cooperativa de Palmela, em entrevista ao Hipersuper.

O estudo do impacto do aquecimento da temperatura nas suas videiras não é um tema recente no seio da Sogrape. Através de uma gestão cada vez mais adaptada na viticultura e na vinificação, a empresa tem vindo a mitigar os efeitos do clima na produção de vinho. A Sogrape produz vinho nas principais regiões vitivinícolas do País e controla a evolução do clima nas suas quintas desde 2011, através de uma rede de instalações automáticas. A empresa efetua também análises periódicas do funcionamento e da evolução das plantas, com recurso a drones e satélites. “Notamos impactos a nível do adiantamento da data média da maturação e do encurtamento da duração média do ciclo vegetativo anual. Também notamos efeitos pronunciados da secura e aumento da aridez, que criam maiores níveis de stress nas videiras”, relata António Graça, responsável de Inovação e Desenvolvimento na Sogrape.

Muito atenta às questões ligadas às alterações climáticas, a Carmim quer estar na linha da frente das medidas que o setor venha a adotar. João Caldeira, diretor geral da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, exemplifica. “Desde medidas mais profundas e de longo prazo, como é exemplo a seleção clonal, a medidas mais adaptativas de curto prazo, como a gestão da copa e a irrigação, este é um tema que figura no topo da nossa agenda”.

A Carmim tem vindo a registar uma menor produção média por planta nos últimos anos o que, apesar de neste caso ser sinónimo de uma “ótima qualidade”, acaba por comprometer o rendimento dos viticultores. Não obstante, a vindima que termina por estes dias “vem na sequência de um verão quase ideal para as vinhas da região de Reguengos. Não foram sujeitas a vagas de calor duradouras, as noites foram frescas e as amplitudes térmicas apreciáveis”, sublinha João Caldeira, acrescentando que “a grande maioria das vinhas está habituada ao clima quente e a sua resiliência é elevada”.

A Aveleda produz vinhos na sua região berço, a região dos Vinhos Verdes, mas também no Algarve, no Douro e na Bairrada. Como explica fonte da empresa ao Hipersuper, as videiras dependem da dinâmica frio para a hibernação e calor para a maturação. Se os primeiros meses do ano forem mais quentes, o abrolhamento da planta será tendencialmente mais precoce, dando azo a uma maior exposição às geadas do fim do inverno e início da primavera.

A estratégia da empresa para se ajustar às imprevisíveis oscilações de temperatura tem passado por adaptar as técnicas de viticultura e vinificação, de forma a manter a estabilidade e a qualidade dos seus vinhos. Além disso, “a diversidade de castas permite uma melhor adaptação a diferentes condições climáticas, uma vez que cada casta responde de forma diferente. As mais resistentes são as que no futuro irão garantir mais estabilidade. Portugal tem uma diversidade genética vitícola muito grande, é isso é uma vantagem natural”, sublinha a mesma fonte.

A Adega Mãe, por sua vez, está numa zona privilegiada de clima fresco, mas admite que esta é uma preocupação na agenda da empresa do grupo Riberalves. “É um tema ao qual estamos atentos, que estudamos ano após ano e nos leva a tomar decisões diversas em termos de viticultura, escolha de castas e tempos de colheita, por exemplo. Isto mesmo sabendo que estamos numa região privilegiada, a Região de Vinhos de Lisboa, onde o clima fresco ainda não coloca os constrangimentos graves que estão a ser registados noutras zonas”, esclarece Bernardo Alves, administrador da Riberalves, em declarações ao Hipersuper.

Para a Adega de Monção, o grande problema que se avizinha com o aquecimento global é a falta de água, anuncia Ricardo Bastos, sales manager da Adega Cooperativa Regional de Monção. “No Minho, as temperaturas normalmente são baixas e há forte presença de chuvas durante a época das vindimas. O aquecimento global que se tem vindo a sentir até agora não tem sido prejudicial, tem permitido maturações mais precoces e vindimas a começar mais cedo e os vinhos têm sido fantásticos”.

A Quinta de Melgaço, por seu turno, ainda não nota as consequências do aquecimento global na sua produção, mas, durante o período das vindimas, confere uma atenção especial “à harmonização da data do início com as condições climatéricas que, fruto destas alterações, são cada vez mais imprevisíveis”, denota Pedro Soares, administrador da quinta localizada na Região Demarcada dos Vinhos Verdes.

Também no planalto de Favaios, onde se produz o famoso moscatel, ainda não se sentem “os efeitos dramáticos constatados em outras zonas, sendo a produção feita sem recurso a rega”, conta Gina Francisco, diretora comercial de marketing da Adega de Favaios, acrescentando que “o perfil dos vinhos não tem sofrido alterações”.  Desde 2015, que a Adega de Favaios, em parceria com a UTAD (Universidade de Trás-o-Montes e Alto Douro) liderou um projeto, denominado ModelVitiDouro, que envolveu mais duas adegas cooperativas (Mesão Frio e Freixo de Espada a Cinta) e consistiu no estudo do impacto das alterações climáticas na produção de vinho e que medidas de prevenção se podem tomar. “Podemos dizer que fomos pioneiros no Douro. Este projeto continua ativo e em constante atualização”, sublinha Gina Francisco.

Os trabalhos de investigação na Região Demarcada do Douro sobre os efeitos das alterações climáticas na produção de vinho são escassos, alertou Plínio de Sousa, investigador do departamento de turismo, património e cultura da Universidade Portucalense, por ocasião do Congresso Douro&Porto 2021. “São pouquíssimos os trabalhos que tratam as alterações climáticas no Douro e é importante estarmos atentos, até porque o aumento da temperatura em dois graus Celcius produzirá uma redução de 56% da produção e um aumento de quatro graus Celsius uma redução de 86%”, afirmou o investigador, citado pela Lusa.

Os profissionais da Ervideira também têm vindo a utilizar diferentes técnicas para reduzir os efeitos potencialmente negativos da subida da temperatura, avança Duarte Leal da Costa, diretor executivo da Ervideira, dando como exemplos a plantação de castas diferentes, um maior investimento em rega de precisão, plantação de vinhas com orientações com menos insolação e, ainda, condução de vinha com maior ensombramento.

*Artigo originalmente publicado na edição impressa 395 do Hipersuper

Sobre o autorRita Gonçalves

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ESG

Águas de Carvalhelhos passa a incorporar rPET em várias embalagens

As novas garrafas com plástico reciclado vêm reduzir ainda mais a pegada de carbono da empresa transmontana.

Hipersuper

A centenária Águas de Carvalhelhos passa a incorporar 30 por cento de rPET em várias tipologias de embalagens. “Etapa representa uma antecipação em seis anos da meta definida pela União Europeia. Trata-se de um novo passo de sustentabilidade ambiental da marca, depois da aposta na energia solar na unidade produtiva e na mobilidade elétrica da frota”, assinala a empresa.

O materia (PET reciclado) vai ser incorporado em seis tipologias das suas embalagens: 0,33 litros, 0,50 l. e 1,5 l., nas variantes natural e gaseificada. Recorde-se que a  Diretiva de Embalagens e Resíduos de Embalagens da UE prevê que todos os fabricantes de garrafas PET deverão incorporar 30% de material reciclado a partir de 2030.

“O rPET possui as mesmas caraterísticas que certificam o uso de PET na indústria do setor, mas são necessários menos recursos para o produzir, o que é ambientalmente mais sustentável. A produção deste tipo de plástico reciclado usa, em média, quase menos 60% de energia em comparação com a produção de PET virgem. Ou seja, uma circularidade que poupa o meio ambiente, dado que se evita a exploração repetida de recursos como gases naturais e petróleo, ambos utilizados no fabrico de plástico”, refere Daniel Soares, administrador da Águas de Carvalhelhos.

Esta nova mudança no circuito produtivo da Águas de Carvalhelhos foi possível graças à substituição dos quatro equipamentos de fabrico de garrafas que funcionavam com polímeros granulados (e que originavam maior desperdício) por um sistema mais eficiente e sustentável, que trabalha com preformas, a primeira etapa do processo de produção de uma garrafa plástica, através do processo de injeção. A reciclagem do PET permite ainda gerar menos 75% de emissões de CO2 para a atmosfera, reduzir os resíduos nos aterros e, também, diminuir as emissões tóxicas nas instalações de incineração de plástico.

A marca Carvalhelhos está associada à localidade com o mesmo nome, situada no concelho de Boticas, local em que, em meados do século XIX, foram descobertas umas águas com propriedades medicinais, por uma pastora.  O alvará de concessão de exploração foi atribuído em 1915 à empresa das Caldas Santas de Carvalhelhos. E as águas ganharam fama com um fotógrafo do Porto chegado à região, que documentou a sua própria recuperação. Passados 100 anos, as características medicinais da Água de Carvalhelhos mantêm-se inalteradas, demonstrando a qualidade e a nobreza dos seus aquíferos.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Exportação

Intraplás anuncia investimento numa nova unidade de produção nos EUA

Com um investimento total previsto de cerca de 40 milhões de euros, este projeto marca um momento transformador na expansão global do grupo.

Hipersuper

A Intraplás acaba de anunciar o investimento numa nova unidade de produção, que será implementada em Van Wert, no estado de Ohio, Estados Unidos da América. Este projeto, com um investimento total previsto de cerca de 40 milhões de euros, marca um momento transformador na expansão global do grupo, reforçando a sua presença no mercado norte-americano e internacional, informa um comunicado  da empresa sediada em Santo Tirso.

A nova unidade será equipada com tecnologia de ponta nas áreas de extrusão, termoformação, termoformação IML-T (In Mould Labelling Thermoformed) e impressão HD (High Definition), aumentando significativamente a capacidade produtiva da empresa. Prevista para iniciar operações no verão de 2025, “a unidade criará mais de 50 novos postos de trabalho locais, contribuindo para o desenvolvimento económico da região”, informa ainda a empresa.

Segundo Duarte Faria, CEO da Intraplás, este é um “momento transformador” na história da empresa e reflete a  visão de se tornar “um verdadeiro player global no setor de embalagens”. “A nova unidade nos Estados Unidos posiciona-nos estrategicamente, por um lado mais perto dos nossos clientes internacionais e por outro lado permite-nos colocar á disposição dos clientes norte americanos a nossa inovação, qualidade de serviço e foco na sustentabilidade”, acrescenta.

Randi Charno Levine, embaixadora dos EUA em Portugal, felicitou a empresa nacional pela sua decisão estratégica de abrir uma nova unidade de produção em Van Wert. “À medida que as empresas portuguesas expandem a sua presença global, os Estados Unidos continuam a ser um mercado prioritário e um destino de investimento atrativo. Este investimento reforça ainda mais os nossos laços económicos, a inovação e a criação de emprego em ambos os lados do Atlântico. A equipa da Embaixada dos Estados Unidos está empenhada em apoiar e promover estas oportunidades e continuará a envidar esforços nos próximos anos”, destaca.

Fundada em 1968 por Alberto Machado Ferreira, a Intraplás é hoje um dos maiores transformadores de plástico para a indústria da embalagem alimentar. Dedica-se à produção e promoção de embalagens sustentáveis e inovadoras, com sólidos conhecimentos em matéria de extrusão, termoformagem e impressão, com uma vasta gama de serviços e de soluções integradas, incluindo o conceito de eco-design para dar vida ao seu projeto.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Adega de Favaios assinala 50 anos da marca Casa Velha

O Casa Velha Reserva tinto de 1974 foi emblemático para a Adega de Favaios, pelo “pioneirismo” na valorização e comercialização direta de vinhos DOC Douro.

Hipersuper

Cinquenta anos depois o lançamento do primeiro Casa Velha Reserva tinto, a Adega de Favaios apresenta as novas colheitas desta marca, que “assuem um simbolismo reforçado” pelo facto de serem lançadas no ano dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril. O Casa Velha Reserva branco 2022, o Casa Velha Grande Reserva branco 2022 e o Casa Velha Reserva tinto 2021 já estão no mercado.

“Nem sempre consensual, alguns associados defendiam que a Adega deveria limitar-se à vinificação e venda a granel, como era o mais comum nas cooperativas, a aposta na comercialização direta de vinhos em garrafa, desde 1961, foi substancialmente reforçado a partir de 1974, nomeadamente com o lançamento de vinhos VQPRD/DOC e o registo de marcas nas décadas seguintes”, recorda a Adega de Favaios.

O Casa Velha Reserva branco 2022 foi elaborado a partir das castas Gouveio, Viosinho e Rabigato, a uma altitude entre os 600 e 700 metros. As uvas foram colhidas em vindima manual no início de setembro e cerca de 70% do lote fermentou e estagiou em barricas de três anos durante 12 meses. Os restantes 30% fermentaram e estagiaram em inox durante 12 meses. Após o blend final o estágio em inox prolongou-se por mais seis meses com levantamento regular das borras finas.

O Casa Velha Grande Reserva branco 2022 foi produzido a partir das castas Gouveio, Viosinho, Arinto e Rabigato, colhidas também entre os 600 e 700 metros. As uvas foram pré-selecionadas nas melhores vinhas do planalto de Favaios. Os vinhos de Gouveio e Viosinho (90% do lote) fermentaram e estagiaram em barricas de primeiro e
segundo ano durante 12 meses. O Arinto e o Rabigato (restantes 10% do lote) fermentaram e estagiaram em inox durante 12 meses. Apos o blend final o estagio em inox prolongou-se por mais seis meses com levantamento regular das borras finas.

Já o Casa Velha Reserva tinto 2021 nasceu a partir de uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, três castas tradicionais do Douro, a uma altitude entre os 250 e os 350  metros. A vindima manual foi feita no final de setembro e estagiou em barricas de carvalho francês durante 18 meses. Teve ainda um estágio mínimo de seis meses em garrafa.

“O esforço financeiro que a Adega tem realizado nas últimas duas décadas, associado à qualidade das uvas do planalto de Favaios, tem permitido que a cooperativa produza de forma consistente brancos de qualidade notável e, mais recentemente, de tintos”, adianta Miguel Ferreira, diretor de enologia da adega.
“Temos vindo a crescer de forma contínua desde 2004/2005, acontecendo apenas um ou dois anos com ligeiro declínio, pouco representativo nesta linha ascendente”, acrescenta o presidente da direção da cooperativa, Mário Monteiro, lembrando que este ano – e contrariando a crise que se vive no setor – espera um aumento de produção da adega na ordem dos 10%.

Com um volume de faturação anual próximo dos 20 milhões de euros, a Adega de Favaios vinifica anualmente cerca de 7,4 milhões de litros de vinhos, entre moscatéis (43%), vinho do Porto (16%) e vinhos DOC Douro brancos, tintos, rosé e espumantes (41%).
Presente em todos os continentes, num total de 25 países, com destaque para o mercado da saudade na Europa, mas igualmente para os mercados do Brasil, EUA, Canadá, China e Angola, o crescimento da exportação (atualmente 10% do volume de negócios) é outra das apostas estratégicas da Adega. A funcionar desde 2012, o serviço de enoturismo tem beneficiado igualmente de investimentos, sendo a adega visitada por cerca de 25 mil pessoas/ano, muitas delas provenientes dos Estados Unidos da América, Reino Unido e França.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Tetra Pak

ESG

Tetra Pak recebe prémio Eficiência de Recursos nos Sustainable Packaging News Awards 2024

Quando combinada com polímeros de origem vegetal, a barreira à base de papel aumenta o conteúdo renovável de uma embalagem de cartão assética para 90%.

Hipersuper

A Tetra Pak recebeu o prémio Eficiência de Recursos nos Sustainable Packaging News Awards 2024, pela introdução de uma barreira à base de papel.

Sendo uma inovação global no setor das embalagens de cartão, a barreira de papel, combinada com polímeros vegetais, reduz a pegada de carbono das embalagens asséticas para alimentos até um terço, mantendo os mais elevados níveis de segurança e desempenho alimentar. Este marco de redução de carbono foi verificado pelo Carbon Trust.

Como os sistemas alimentares globais exigem materiais renováveis com baixas emissões de carbono, a indústria de embalagens procura alternativas à camada de alumínio, que protege os alimentos de fatores externos, como o oxigénio e a luz. Ao substituir esta camada por uma barreira à base de papel, a embalagem de cartão para bebidas da Tetra Pak passa de uma média de 70% de conteúdo de papel, para aproximadamente 80%, ajudando a reduzir a pegada de carbono da embalagem.

Quando combinada com polímeros de origem vegetal, a barreira à base de papel aumenta o conteúdo renovável de uma embalagem de cartão assética para 90%.

“É uma honra receber este prémio da Sustainable Packaging News pela nossa inovação em materiais com a barreira à base de papel. Este prémio destaca o nosso compromisso com a inovação orientada para o cliente, aproveitando o potencial do papel para alcançar a renovabilidade, a reciclabilidade e a redução de carbono, com total garantia da segurança alimentar”, sublinha Marco Marchetti, vice president packaging materials, sales and distribution solutions da Tetra Pak.

“Estamos orgulhosos de colaborar com clientes, fornecedores e parceiros no nosso percurso para transformar os sistemas alimentares rumo a um futuro de baixo carbono. Juntos, estamos a preparar o caminho para uma nova era de embalagens sustentáveis que protegem não só os alimentos, mas também o nosso planeta.”, acrescenta.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Distribuição

Já pode ler a edição 429

O inevitável balanço na última edição do ano. E porque festejamos 35 anos, decidimos nesta data escolher 35 temas para celebrar esta data especial. Podiam ser ser muitos mais (a escolha não foi fácil), mas cada página desta retrospectiva reflete tendências, estratégias, inovações. Falamos de sustentabilidade, novas formas de consumo, negócio e de pessoas que, com a sua visão e trabalho, fazem a diferença.

O inevitável balanço na última edição do ano. E porque festejamos 35 anos, decidimos nesta data escolher 35 temas para celebrar esta data especial. Podiam ser ser muitos mais (a escolha não foi fácil), mas cada página desta retrospectiva reflete tendências, estratégias, inovações. Falamos de sustentabilidade, novas formas de consumo, negócio e de pessoas que, com a sua visão e trabalho, fazem a diferença.

Ao longo de 35 anos, o Hipersuper tem sido ‘voz’ de muitos profissionais de setores dinâmicos, desafiadores e em constante transformação. Celebrar esta data simbólica não é apenas uma oportunidade para recordar, mas também para reafirmar o nosso compromisso com os profissionais que todos os dias fazem o seu trabalho e mostram que falamos de setores que dão cartas na economia portuguesa.

2024 ficará marcado como um ano de resiliência. Numa conjuntura global e nacional de desafios económicos, geopolíticos e sociais, as empresas e os seus profissionais demonstraram, mais uma vez, a sua capacidade de adaptação e inovação. Enfrentaram pressões nos custos, mudanças nas preferências dos consumidores e a aceleração da transformação digital. Muitas tiveram que se reinventar.

E porque estamos na última edição do ano, é inevitável o balanço. Decidimos juntar aos 35 anos, 35 temas para celebrar esta data especial e um 2024 desafiante. Sabemos que poderiam ser muitos mais os temas, porque estes setores estão longe de se esgotar, mas cada página desta retrospetiva reflete uma história, uma tendência, um desafio. Falamos de inovação, sustentabilidade, novas formas de consumoestratégias e de pessoas que com visão e trabalho, fazem a diferença.

Com este olhar abrangente sobre o presente e o futuro, queremos continuar a ser, em 2025, a bússola informativa dos nossos leitores. Vamos continuar a chegar a si, em papel e no digital, com o mesmo rigor e proximidade que nos tornaram uma referência.

Falamos de setores onde a mudança é a única constante, mas há valores que não mudam: a confiança, a resiliência e a vontade de fazer mais e melhor. São esses os princípios que partilhamos com os nossos leitores e que nos guiam há 35 anos.

Obrigada aos nossos leitores, assinantes e clientes que nos acompanham e nos acrescentam valor. Em 2025, continuaremos aqui, ao seu lado, com o mesmo rigor e compromisso. Porque só assim faz sentido.

Bom natal e um 2025 com saúde e muitos negócios.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Retalho

Novo Lidl de Matosinhos vai apoiar a Legião da Boa Vontade

A nova loja Lidl de Matosinhos-Perafita abre a 19 de dezembro e vai doar bens alimentares ao Centro Social da Legião da Boa Vontade.

Hipersuper

A nova loja de Matosinhos-Perafita, doará diariamente, de segunda a sexta-feira, bens alimentares ao Centro Social da Legião da Boa Vontade, apoiando famílias em situação de vulnerabilidade na comunidade local.

O apoio integra a estratégia de responsabilidade social corporativa do Lidl Portugal, de que é exemplo o programa Realimenta, uma iniciativa prioritária de doação de bens alimentares, que abrange todas as lojas e entrepostos da insígnia,” fazendo chegar diariamente milhares de produtos a quem mais precisa, mediante a doação de artigos, já não aptos para a comercialização, mas em perfeitas condições de consumo, higiene e segurança”, refere a insígnia de retalho alimentar. 

O apoio ao Centro Social da Legião da Boa Vontade vem reforçar a colaboração do Lidl com esta IPSS, da qual é parceiro desde 2017 e a quem doou cerca de 50 toneladas de alimentos para um total de 550 beneficiários em 2023, através das outras lojas Lidl no concelho.

“Esta parceria permite ampliar as nossas atividades e serviços integrantes dos projetos socio-educacionais. Entendemos que esta união de esforços contribui para um representativo aumento do apoio dado a famílias vulneráveis, promovendo, desta forma, uma maior inclusão socia”, agradece Ângelo Silva, administrador do Centro Social da Legião da Boa Vontade Porto,

Cristina Hanganu, diretora de Corporate Affairs e CSR do Lidl Portugal, sublinha, por sua vez, que “enquanto empresa com um forte sentido de responsabilidade corporativa”, está “profundamente” comprometida em apoiar as comunidades locais, “minimizando as suas carências”. “Esta colaboração com o Centro Social da Legião da Boa Vontade, através do nosso programa Realimenta, permite-nos alcançar o duplo objetivo de ajudar quem mais precisa e reduzir o desperdício alimentar”.

O apoio do Lidl ao concelho de Matosinhos tem-se manifestado ao longo dos anos através de diversas iniciativas, como os donativos feitos à Associação Equiterapêutica do Porto e Matosinhos e ao Centro Social Padre Ramos, em 2020 e 2021 respetivamente, no âmbito do programa TransforMAR, ou o recente apoio de 2500 euros, integrado na Campanha Lidl Plus de apoio aos Bombeiros Portugueses, à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta, após os incêndios que assolaram o país no passado mês de setembro.

 

Sobre o autorHipersuper

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Exportação

Comissão Europeia investe 132 ME na promoção de produtos agroalimentares em 2025

Os montantes são repartidos entre a promoção em países terceiros e no mercado interno, com 63,4 milhões de euros e 58,6 milhões de euros, respetivamente.

Hipersuper

A Comissão Europeia aprovou o ‘Programa para a política de promoção para 2025’, que vai destinar 132 milhões de euros para “a promoção de produtos agroalimentares sustentáveis e de elevada qualidade da União Europeia (UE) nos mercados interno e externo. O prazo para apresentação de propostas abre a 22 de janeiro.

Em comunicado, Bruxelas especifica que os montantes disponíveis para os programas a selecionar em 2025 são de 63,4 milhões de euros para a promoção em países terceiros e 58,6 milhões no mercado interno da UE. Do montante global, 92 milhões de euros serão aplicados nos programas simples e 40 milhões nos programas multi.

Este programa a implementar em 2025 “destina-se a criar novas oportunidades de mercado para os agricultores da UE e para a indústria alimentar da UE em geral, bem como a ajudá-los a garantir a segurança das suas empresas existentes”, explica a Comissão Europeia no comunicado, acrescentando que as prioridades têm em conta os objetivos globais de sustentabilidade e competitividade, bem como de segurança alimentar, “delineados nas orientações políticas para a Comissão 2024-2029”.

China, Japão e América do Norte entre os prioritários

O ‘Programa para a política de promoção para 2025’ aponta ainda as regiões e países com “elevado potencial de crescimento fora da UE”, identificando-os como principais mercados-alvo, Entre estes, estão China, Japão, Coreia do Sul, Singapura e América do Norte. No continente europeu, o Reino Unido continua a ser um dos principais mercados de exportação de produtos agroalimentares da UE, absorvendo mais de 20% das exportações agroalimentares da UE.

De acordo com o comunicado de Bruxelas, o orçamento para o mercado interno da UE é repartido do seguinte modo:
– 17,1 milhões de euros para campanhas orientadas para o mercado interno. A verba inclui ações de informação e promoção centradas nos regimes de qualidade da UE, em especial as indicações geográficas – DOP, IGP e ETG);
– 28,8 milhões de euros para programas destinados a aumentar a sensibilização e o reconhecimento ou a produtos cultivados de forma biológica e sustentável, nomeadamente com normas mais rigorosas em matéria de bem-estar dos animais;
– 12,7 milhões de euros para estimular o consumo de frutas e produtos hortícolas frescos no contexto de regimes alimentares equilibrados.

A Comissão Europeia vai reservar ainda 10 milhões de euros para ações “em caso de perturbações graves do mercado, perda de confiança dos consumidores ou outros problemas, sendo reafetado a programas em países terceiros se não for utilizado”.

Propostas a 22 de janeiro

A Agência de Execução Europeia da Investigação vai lançar dois convites à apresentação de propostas em 22 de janeiro de 2025. Um destina-se aos chamados programas ‘simples’, com uma ou mais organizações do mesmo país da UE. O outro visa programas ‘multi’, com, pelo menos, duas organizações de, pelo menos, dois Estados-Membros, ou de uma ou mais organizações a nível europeu. “Um vasto leque de operadores, tais como organizações comerciais e de produtores e grupos agroalimentares responsáveis por atividades de promoção, são elegíveis para se candidatarem a financiamento e apresentarem as suas propostas. Os convites estarão abertos à apresentação de candidaturas por um período de três meses”, explica o comunicado da Comissão Europeia.

De 29 a 30 de janeiro de 2025, terá lugar em Bruxelas uma ação de informação, sendo os potenciais beneficiários convidados a participar para obter informações sobre as oportunidades de financiamento e o processo de candidatura e ainda conhecer casos de sucesso e de estabelecer contactos com potenciais parceiros do projeto.

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Hipersuper

Crédito: Nielsen

Retalho

Ajustar a oferta, reforçar entregas e capacitar equipas: estratégias do retalho para o Natal

A análise é da Manpower, que apontou estas três estratégias como fundamentais na preparação das empresas de retalho para a época de Natal.

Hipersuper

O aumento significativo na procura iniciou-se com a Black Friday e a Cyber Monday, tendencialmente épocas de maior consumo:  em 2023, as vendas globais durante a Black Friday e Cyber Monday aumentaram 6% em relação ao ano anterior, segundo dados da Salesforce, citados pela Manpower, que aponta três estratégias para ajudar os retalhistas a responder da melhor forma às exigências sazonais.

Analisar vendas anteriores e ajustar a oferta 

“Analisar o desempenho de períodos anteriores, como a Black Friday ou o Natal do ano passado, ajuda as empresas a identificar estratégias eficazes e necessidades de melhoria. Com base nestes dados, os retalhistas podem otimizar as suas abordagens, focando-se em produtos e estratégias de elevado desempenho”, aponta a Manpower. Ao mesmo tempo, as empresas de retalho alimentar devem também preparar-se para fazer ajustes nas suas estratégias, “com base nos dados de vendas e acompanhando os níveis de stock em tempo real”. “Desta forma podem responder prontamente a mudanças na procura e garantir uma comunicação mais clara com o cliente sobre a disponibilidade dos produtos, melhorando a experiência de compra”, acrescenta.

Reforçar as operações de entrega

Com o aumento do volume de encomendas, “é necessário que as empresas de retalho otimizem a logística de entregas, desenvolvendo planos de contingência para lidar com potenciais interrupções e mantendo uma comunicação clara com parceiros de expedição e com os seus clientes”. O objetivo é garantir entregas atempadas e fiáveis é fundamental para responder às elevadas expectativas dos clientes nesta época, evitando atrasos e assegurando um serviço de qualidade.

Prontidão operacional e capacitar as equipas

A preparação das equipas de logística, de loja e de serviço ao cliente “é essencial para os retalhistas conseguirem responder eficazmente à procura elevada”. “Neste contexto, garantir uma operação preparada para contingências, através de um planeamento contínuo, da antecipação do recrutamento e do reforço das equipas, vem permitir maior agilidade na resposta, sobretudo tendo em conta que durante estes períodos a procura por talento qualificado aumenta”, defende a Manpower. Neste sentido, a aposta em serviços de recrutamento temporário “poderá ajudar a tornar este processo mais eficiente, contribuindo para garantir equipas corretamente dimensionadas e formadas, capazes de ajudar a maximizar os resultados desta temporada”.

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Há menos explorações mas mais área agrícola e mais agricultura biológica

O Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023 confirma a aceleração da redução de explorações agrícolas, desde 2019. Em particular, as de pequena dimensão…

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É o que conclui o Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023, do INE (Instituto Nacional de Estatística): no ano passado foram contabilizadas 261,5 mil explorações,  menos 9,9% que em 2019,) e 3,861 milhões de hectares de Superfície Agrícola Utilizada (SAU), menos 2,6% que em 2019. O abandono da atividade agrícola acelerou entre 2019 e 2023, mas se há menos explorações, por outro lado, aumentou a dimensão média das explorações e a sua dimensão económica média. Há um reforço da área agrícola, apesar de haver menos pessoas dedicadas à agricultura. O aumento da mão de obra assalariada compensou o decréscimo da mão de obra familiar e cresceu significativamente o número de explorações e de áreas certificadas em modo de produção biológico: mais do que triplicaram em quatro anos.

Abandono: mais na Grande Lisboa
Em 2023 havia menos 28,7 mil explorações que em 2019. Foram contabilizadas 261,5 mil no ano passado, “verificando-se um aumento do ritmo de abandono da atividade agrícola no último quadriénio, face à década de 2009 a 2019”. “Apesar de um número significativo de produtores ter cessado a atividade agrícola desde 2019, o decréscimo da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) foi menos expressivo (-2,6%) passando a ocupar 3,861 milhões de hectares (41,9% da superfície territorial)”, indica o INE no seu Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023.

A menor expressividade fica a dever-se à dimensão média das explorações, que aumentou 1,1 hectares de SAU por exploração desde 2019 (8,1%), passando dos 13,7 hectares para os 14,8 hectares por exploração. Isto porque, a diminuição do número de explorações aconteceu sobretudo nos pequenos produtores, verificando-se decréscimos de 22,8% nas explorações de menor dimensão, com menos de um hectare de SAU, e de 8,5% nas com um hectare a menos de 10 hectares de SAU, sendo que o número de explorações com 10 ou mais hectares de SAU cresceu 1,6%.
O decréscimo do número de explorações ocorreu em todas as regiões, mas foi mais evidente na Grande Lisboa, onde cerca de um quarto das explorações abandonaram atividade desde 2019, e menos expressivo no Alentejo (-4,7%). A Grande Lisboa e a Península de Setúbal registam os maiores decréscimos de SAU, face a 2019. A dimensão média das explorações apresenta uma grande variabilidade regional, sendo de 71,2 hectares por exploração no Alentejo, cerca de cinco vezes superior à média nacional, enquanto no Norte e Centro é de 6,2 hectares e 7,3 hectares por exploração, respetivamente.

O perfil dos produtores

O inquérito também destacou as diferenças entre os dirigentes das sociedades agrícolas, que têm em média 54 anos e boas qualificações, e os produtores singulares, cuja média de idades é de 65 anos e a formação agrícola é principalmente prática. Os produtores singulares são maioritariamente homens (67%),  43,6% concluíram apenas o primeiro nível do ensino básico e 47,2% têm formação agrícola exclusivamente prática, sendo que apenas 15,1% trabalha a tempo completo na atividade da exploração agrícola, representatividade semelhante à dos que declaram que a maioria do rendimento do seu agregado familiar provém da atividade agrícola da exploração (14,5%).

Já os dirigentes das sociedades agrícolas, que  também são maioritariamente homens (85,4%), são consideravelmente mais novos que os produtores singulares, apresentam melhores qualificações, uma vez que cerca de metade concluiu o ensino superior (49,7%) e 26,8% tem formação agrícola completa. O INE refere ainda ” a importância das sociedades agrícolas na estrutura produtiva, que é muito superior à sua representatividade (6%)”. O documento aponta ainda para o aumento da mão de obra assalariada, que compensou o decréscimo da mão de obra familiar e interrompeu a tendência de decréscimo do volume de mão de obra agrícola registada desde 1989. “Embora a mão de obra agrícola continue a ser composta maioritariamente pela população agrícola familiar, o contributo dos trabalhadores assalariados permanentes passou a representar 22% (+3% do que em 2019) e o conjunto da mão de obra sazonal e da contratação de serviços alcançou os 15% (+2% do que em 2019)”, revela.

Foto: Site CAMB

Há mais culturas permanentes

Dos 3,861 milhões de hectares de SAU, 54,4% são pastagens permanentes (eram 51,7% em 2019), 23,3% culturas permanentes (21,7% em 2019) e 22% terras aráveis (26,2% em 2019). Pela primeira vez as culturas permanentes ocupam uma área superior às terras aráveis.
Nas culturas permanentes, aumentou o cultivo de frutos subtropicais (,7 mil hectares em 2019 para os 13,7 mil hectares em 2023),  sobretudo devido à aposta em pomares de abacateiros e de kiwi; cresceu a plantação de frutos pequenos de baga, com destaque para pomares de medronhos para consumo em fresco (eram 7,1 mil hectares em 2023); cresceu o investimento em frutos de casca rija, em particular de amendoais (passaram a ocupar mais de 74 mil hectares) e ainda embora, de menor intensidade, de castanheiros (+2,3%) e de nogueiras (+2,9%), indica o INE.

Quanto à área ocupada por culturas temporárias, tem vindo a diminuir desde 1989, cenário que se manteve em 2023: houve “importantes reduções de áreas nos cereais para grão (-17,5%, face a 2019) e na batata (-23,0%, face a 2019)”. “Em contrapartida, continua a verificar-se um aumento significativo da superfície de leguminosas para grão (+35,6%, face a 2019), tal como da superfície de hortícolas (+11,6%, face a 2019)”, indica o Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023.

No olival, após uma década (2009-2019) de aumentos significativos, a área ocupada estabilizou em torno dos 376,4 mil hectares (-0,2%, face a 2019). Por outro lado, a vinha regista um aumento médio anual de 1,1% desde 2019, em linha com o regime de atribuição de autorizações para novas plantações, ocupando 180,8 mil hectares, em 2023. “Observa-se ainda um aumento das superfícies certificadas para a produção de vinhos com certificação (DOP e IGP), que já ocupam mais de 90% da área de vinha destinada à produção de vinho (79,6% em 2019)”, lê-se no documento.

O crescimento da agricultura biológica

O aumento significativo das explorações e das áreas certificadas em modo de produção biológico é um dos destaques deste Inquérito. Ele é assinalável, desde 2019, já que a agricultura em modo de produção biológico, em representatividade da superfície na SAU, passou dos 5,3% para os 18%. Ou seja, o número das explorações certificadas passou das 3,9 mil para as 12 mil explorações (+205,9%) e a superfície dos 211,5 mil hectares para os 693,2 mil hectares (+227,8%).  Sendo que dois terços são pastagens permanentes, das quais cerca de três quartos são pastagens pobres. As terras aráveis em modo de produção biológica também aumentaram consideravelmente (+239,4%), sendo a maioria desta superfície destinada aos prados temporários e às culturas forrageiras (56,8%), seguindo-se os cereais para grão (13,1%).

No entanto, foram as culturas permanentes em modo produção biológico que apresentaram o maior crescimento (261,3%), passando dos 38,9 mil hectares para os 140,4 mil hectares em 2023, contribuindo os olivais com 44,8% do total, seguindo-se os frutos de casca rija, nomeadamente os amendoais (12,4%) e os castanheiros (9,9%)

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55% dos consumidores quer gastar entre 100€ a 200€ nos presentes de Natal

É o que indica um estudo online da Escolha do Consumidor. Conclui ainda que 54% dos inquiridos vai manter um orçamento igual ao do ano anterior.

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O estudo teve por objetivo analisar as preferências, tendências e hábitos de consumo dos consumidores nos últimos meses do ano. Concluiu que a maior parte dos inquiridos (55%) planeia gastar entre 100€ a 200€ em presentes e 19% entre 50€ a 100€. Apenas 23% considera orçamentos superiores a 200€, enquanto 3% prefere reduzir os custos e gastar até 50€.

Mais de metade dos entrevistados quer manter um orçamento semelhante ao do ano anterior (54%), enquanto 27% prepara-se para gastar menos na compra das prendas deste Natal e 19% tenciona gastar mais.

De acordo com o estudo, os presentes de Natal destinam-se sobretudo à família próxima (54%) e aos amigos (26%). Parentes afastados (12%) e colegas de trabalho (7%) ocupam as posições seguintes, enquanto “outros” representam 1% dos destinatários.

Para 49% dos consumidores inquiridos, as compras vão ser distribuídas de forma equilibrada entre lojas físicas e online. No entanto, 41% pretende manter a tradição de comprar pessoalmente os seus presentes de Natal em lojas físicas. Já 10% dos entrevistados, refere que vai fazer as suas compras exclusivamente online.

No geral, o cartão de débito é o método de pagamento mais utilizado pelos participantes (37%). O MB Way (26%) e os pagamentos em dinheiro (21%) também são duas das opções eleitas pelos entrevistados. Com menor expressão surge o Paypal e outras carteiras digitais (7%).

Promoções dominam as compras

Para a escolha dos presentes, 61% programa as compras com base nas promoções disponíveis no mercado, 34% aproveita pontualmente os artigos com descontos e 5% realiza as compras independentemente das campanhas promocionais que estão a decorrer no momento. Há quem prefira diversificar os presentes a cada Natal, como 66% dos participantes, porém 31% repete algumas das prendas ao longo dos anos. 3% dos entrevistados não decidiram ainda o que vão fazer no que diz respeito a este tema, indica o estudo da Escolha do Consumidor.

Roupa e acessórios de moda será a opção de compra dos presentes para 22% dos entrevistados. 20% irá comprar mais brinquedos para oferecer, 16% tem a intenção de comprar cosméticos e perfumes e 13% está mais inclinado para a compra de livros e entretenimento. Alimentos e bebidas (10%), produtos tecnológicos (10%) e artigos para casa (8%) também são algumas das categorias mencionadas pelos inquiridos. Por fim, opções como viagens, chocolates e dinheiro estão na lista do “Pai Natal” para uma pequena percentagem dos consumidores este ano (1%).

O questionário foi respondido por 988 portugueses, 53% de pessoas do sexo feminino e 47% do masculino, com idades entre 18 e 64 anos. A maioria dos participantes está localizada na área da Grande Lisboa (32%), região do Norte (23%), Centro (21%), Grande Porto (13%) e a restante percentagem encontra-se distribuída em outros pontos do país.

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