Vendas online de bens tecnológicos crescem 35% em 2020
O mercado de eletrónica de consumo terminou 2020 com um volume de negócio de 446 milhões de euros, em linha com o ano anterior
Rita Gonçalves
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As vendas online do mercado de bens tecnológicos aumentaram 35% no mercado português em 2020, na comparação homóloga, segundo um estudo da GfK. Somando todos os canais de distribuição, o mercado de bens tecnológicos cresceu 10% em 2020 face ao ano anterior.
O mercado de eletrónica de consumo terminou 2020 com um volume de negócios global de 446 milhões de euros, em linha com o ano anterior. “Esta variação não é negativa graças ao ensino à distância através da televisão. A televisão reforçou a sua importância dentro do setor, através de um crescimento de 7%, e alcança, em 2020, 83% do volume total da faturação da eletrónica de consumo. Destaque ainda para a tendência positiva registada no mercado áudio, onde se incluem os sistemas de som, colunas e sound bars, que acompanhou o ritmo da televisão”, explica a GfK, em comunicado.
A maior permanência em casa beneficiou também o mercado dos eletrodomésticos, com subidas em todas as categorias. “O segmento de cuidado pessoal apresentou um bom desempenho, impulsionado pelos kits de multigrooming (+38%) e os aparadores de barba (+37%). Nesta categoria, as vendas online subiram 16% em valor”.
Já no setor dos pequenos eletrodomésticos, Portugal “obteve uma boa performance, impulsionada pelos robots de cozinha (+62%), máquinas de café (+20%), liquidificadoras (+31%) e batedeiras (+33%). A tendência positiva verificou-se também nos grandes eletrodomésticos, com os frigoríficos com capacidade superior a 500L (+29%), as máquinas de lavar roupa com capacidade superior a 9kg (+26%) e os fornos com capacidade superior a 70L (+16%), a destacarem-se entre os consumidores no ano passado”, acrescenta a GfK.
A crescente preocupação com a saúde, bem-estar, segurança e higiene fez impulsionar a venda de produtos de limpeza. “Acentuando uma transformação que já era clara em 2019, os robots cresceram, em 2020, 81% e os aspiradores verticais 66%. Estes dois segmentos juntos já superam o segmento até agora líder. Um dos motores desta transformação é o online, que representa 21% das vendas em valor. Finalmente, uma nota para a máquina de limpeza a vapor, que também tem conquistado muitos consumidores”.
A categoria das telecomunicações, por sua vez, foi “fortemente afetada” pelo início do confinamento, ainda em 2020, devido à mudança de foco do consumidor para aquilo que era realmente necessário e urgente. Assim, este setor cresceu 1% em Portugal face a 2019, ficando abaixo da média europeia. “A pandemia transformou a forma como os consumidores percecionam a saúde e o bem-estar, sendo que se verificou um aumento muito significativo nos wearables (+51%) e headsets (+38%) em Portugal, impulsionados pela prática de exercício físico em casa”, continua.
Com o início da telescola e teletrabalho obrigatório, Portugal registou, no total de informática, crescimentos de 80%, “muito acima da média dos cinco principais países da Europa e China”. “Houve uma necessidade extrema e urgente em munir as casas dos portugueses com equipamento que permitisse estudar e trabalhar”, explica a empresa. No final de 2020, Portugal registou no segmento de informática um volume de negócio de 660 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 31%.
Pelo contrário, os negócios que dependiam na sua essência do ar livre, feiras ou eventos, como é o caso da fotografia e vídeo, apresentam quedas acima de 30%.