Merlin Properties prevê quebra de 10% nos ganhos de 2020 devido ao coronavírus
A espanhola Merlin Properties estima que a atual situação de pandemia afete os seus ganhos em 2020, num impacto que pode chegar aos 10% do valor bruto das rendas auferidas através dos seus ativos, como comunicado […]
Ana Catarina Monteiro
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A espanhola Merlin Properties estima que a atual situação de pandemia afete os seus ganhos em 2020, num impacto que pode chegar aos 10% do valor bruto das rendas auferidas através dos seus ativos, como comunicado esta quinta-feira à CMVM. A empresa, que em Portugal detém, entre outros espaços, o Almada Forum, fez as contas assumindo que os encerramentos dos espaços mantêm-se até 31 de julho.
Ainda assim, a empresa diz estar preparada economicamente para enfrentar a quebra e apoiar os arrendatários no pagamento das rendas. “A Merlin Properties beneficia de um sólido património para superar este período desafiante”, com fontes de receita “amplamente diversificadas” e “uma ocupação de 94,8%”.
A 31 de dezembro de 2019, a Merlin Properties reportou uma liquidez acima dos 1.085 milhões de euros.
A Merlin, que é cotada na Bolsa de Lisboa desde janeiro deste ano, é proprietária de um parque de ativos, na Península Ibérica, que vão desde armazéns de logística (16% do parque), shopping centers (21%), escritórios (45%), entre outros.
O grupo garante que “está a seguir todos regulamentos e recomendações emitidos pela Organização Mundial da Saúde, o Governo da Espanha, e governos regionais e locais, adaptando suas operações de acordo” com a evolução, lê-se no documento.
Apenas 23% dos espaços alocados em shopping centers da Merlin em Espanha estão abertos. Estes dizem respeito a alimentos, saúde, farmácia e telecomunicações.
Quanto às reformas e projetos em desenvolvimento, a companhia garante que continuarão a ser executados onde permitido. Os ativos em que a construção ainda não foi iniciada, a mesma será reavaliada, dá conta.
A empresa espanhola apresentou em 2019 um resultado líquido de 563,6 milhões de euros, uma quebra de 34,1% face ao exercício de 2019. O EBITDA aumentou 5,4% para 425,5 milhões de euros.