Brexit: “oportunidades de crescimento do comércio não devem ser subestimadas”
Enquanto as insolvências devem continuar a aumentar no Reino Unido, com “um incremento de 7% ou superior em 2020”, no resto da Europa o impacto nas insolvências “será mais moderado”
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Ana Catarina Monteiro
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Apesar do clima volátil, as “oportunidades de crescimento do comércio durante e após o período de transição não devem ser subestimadas”, indica a empresa de seguro de crédito interno e de exportação Crédito y Caución, numa nota sobre o impacto empresarial do Brexit.
“Uma das chaves do sucesso será a solidez das estratégias de gestão de risco que combinem o acesso a informação empresarial fiável na tomada de decisões informada e a capacidade de proteger as empresas dos riscos comerciais”, aconselha.
A saída do Reino Unido da União Europeia formalizou-se na passada sexta-feira, 31 de janeiro de 2020, três anos após a população britânica ter votado a favor, mas os acordos atuais entre as duas partes mantêm-se em vigor até 31 de dezembro de 2020.
Para 2021, é provável um acordo “limitado”, devido ao pouco tempo para negociações, o que pode revelar-se “doloroso” para as empresas europeias, considera a empresa de seguro de crédito interno e de exportação que afirma deter uma quota de 26% do mercado português.
Corre-se ainda o risco de se voltar a uma relação baseada nas regras da Organização Mundial do Comércio, caso as duas partes não consigam negociar um acordo comercial.
No quadro geral das atividades económicas, está previsto um maior impacto nas insolvências no Reino Unido do que nos países da União Europeia. Enquanto as insolvências devem continuar a aumentar no Reino Unido, com “um incremento de 7% ou superior em 2020”, no resto da Europa o impacto nas insolvências “será mais moderado”.
Por países, são os que apresentam os laços comerciais mais estreitos com o Reino Unido, como a Irlanda, por exemplo, que apresentam “maior probabilidade de estar em risco. Espera-se um impacto nas insolvências noutros importantes parceiros comerciais, como a Bélgica, a Holanda e a Dinamarca, bem como no resto da Europa, mas mais limitados”.
A Crédito y Caución ressalva ainda que, “em geral, o risco de aumento das falências de empresas excede a probabilidade de um impacto modesto” e que setores como o de automóvel, têxtil ou tecnologia de ponta, mais dependentes das exportações para o Reino Unido, devem ser afetados “de forma mais significativa”.
No Reino Unido, o setor do retalho, em particular, “continua a enfrentar um aumento das falências devido à menor confiança do consumidor e à dinâmica de mudança no próprio setor”.
Depois de uma subida significativa em 2018 e de um aumento de 8% em 2019, este ano as insolvências no Reino Unido devem continuar no mesmo ritmo.
O investimento empresarial britânico deve manter-se estável este ano, após uma estagnação verificada no último ano. Espera-se também uma desaceleração do crescimento económico do Reino Unido, para 1%.