Concentração à porta do Lidl de Viana do Castelo no dia 31 de janeiro deste ano
CESP diz que adesão à greve na distribuição alcançou os 80% em quase todo o País. APED não regista perturbações
Isabel Camarinha, presidente do sindicato, refere que houveram piquetes de greve com entre de “50 a 80” trabalhadores, espalhados por todo o País
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Ana Catarina Monteiro
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Concentração hoje à porta do Lidl de Viana do Castelo
O CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) afirma que 80% dos trabalhadores da distribuição, em vários distritos do País, aderiram hoje à greve convocada por este órgão.
Isabel Camarinha, presidente do sindicato, aponta, em um depoimento lançado em vídeo no Facebook, para piquetes de greve com entre de “50 a 80” trabalhadores, espalhados por todo o País.
Em comunicado, o sindicato dá conta de “adesões superiores a 80% em Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre e Faro” e que envolveram cadeias como “Lidl, Continente, Pingo Doce, Auchan, Dia Minipreço, Eleclerc e tantas outras empresas do setor”.
Contactada pelo Hipersuper, a Associação Portuguesa das Empresas da distribuição (APED) declara, numa resposta por email, que “não tem registo de perturbações pelo que esta greve, mais uma vez, não teve qualquer impacto no normal funcionamento dos nossos associados”.
Esta greve surge no seguimento das negociações entre patrões e sindicatos, que decorrem desde 2016 e não têm resultado em um consenso.
Entre as reivindicações dos sindicatos (o SITESE – Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo está também envolvido nas negociações), estão um aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90 euros (três euros por dia) e a valorização das carreiras e qualificações profissionais adquiridas ao longo dos anos de trabalho.
“Um setor que gera milhões de euros de lucros recusa-se a negociar o aumento das tabelas salariais e coloca mais de 80% dos trabalhadores do sector com os salários equiparados ao salário mínimo nacional”, reafirma o CESP no comunicado endereçado esta tarde às redações.
A última proposta de contrato coletivo, assinada pela APED a 25 de outubro de 2019, contempla salários de 600 euros para algumas categorias profissionais, segundo o documento a que o Hipersuper teve acesso.
Em dezembro, a associação solicitou a mediação do Ministério do Trabalho na negociação do Contrato de Coletivo de Trabalho para o setor da distribuição.