Amazon altera estratégia logística em Espanha para reduzir custos e riscos laborais
A Amazon está pela primeira vez a subcontratar para a área de logística e pensa alargar o modelo a outros países europeus

Ana Catarina Monteiro
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Jeff Bezos, fundador da Amazon
A Amazon firmou em Espanha um contrato de outsoucing com a empresa dedicada ao e-commerce Celeritas, depositando na mão desta alguns dos processos logísticos considerados, até agora, centrais para a sua infraestrutura logística no país vizinho, avança esta segunda-feira a publicação espanhola CincoDías, citando fontes com conhecimento do projeto.
A Celeritas, filial do grupo SGEL dedicada ao transportes e logística para empresas que vendem através da internet, vai assumir a gestão de algumas estações logísticas da Amazon no mercado espanhol. O que representa uma mudança significativa na estratégia, em termos logísticos, da empresa de Jeff Bezos no país vizinho.
Esta é a primeira vez que a Amazon subcontrata para esta área da sua logística, asseguram as fontes acrescentando que a empresa está a pensar alargar o modelo a outros países europeus.
A medida representa uma forma da empresa reduzir o “investimento e os riscos em termos laborais”, que resultam da manutenção de uma rede de centros e estações logísticas com cobertura por toda a Espanha.
A gigante do e-commerce detém onze estações de entrega (delivery stations) distribuídas pelo país vizinho, que representam pontos intermédios entre a circulação de encomendas desde os centros logísticos da operadora e os serviços de entregas “na última milha”.
Com entre 2.000 e 3.000 metros quadrados, cada uma destas estações envolve “mais de 20 postos de trabalho” e asseguram a gestão de dezenas de envios diários.
Desde agosto passado que a empresa tem em marcha dois projetos-piloto para avaliar se a terceirização da gestão destas estações não põe em risco a qualidade do serviço prestado aos clientes.
Os projetos desenvolvem-se em Saragoça e Múrcia, explica o CincoDías, e a subcontratação envolve tarefas que vão desde a contratação de colaboradores à gestão de encomendas. Os processos estão, ainda assim, “altamente regulados pela Amazon”.
Segundo as fontes, os “bons resultados” mostrados pelo projeto-piloto estão a levar a empresa norte-americana a planear a extensão deste modelo a outros pontos de Espanha e a outros países europeus.
A Amazon revelou recentemente que já investiu 2.900 milhões de euros, desde que iniciou atividade em Espanha, em 2011, até ao final de 2018.