Trabalhadores da distribuição em greve no dia 31 de janeiro
“A última proposta patronal para aumento dos salários colocaria os níveis salariais onde se situam mais de 80% dos trabalhadores nos 635 euros”, explica o CESP
Ana Catarina Monteiro
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O CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) convocou uma greve dos trabalhadores das empresas da distribuição para o próximo dia 31 de janeiro.
O protesto tem como pano de fundo as reivindicações para aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90 euros (três euros por dia), exigidas já em janeiro de 2020, e a valorização das carreiras e qualificações profissionais adquiridas ao longo dos anos de trabalho.
Desde setembro de 2016 que decorrem as reuniões, entre a APED (Associação Portuguesa das Empresas da Distribuição) e os sindicatos, para a revisão dos salários na distribuição, sob o qual as partes não têm conseguido alcançar um consenso.
“A última proposta patronal para aumento dos salários, a ser aceite pelos sindicatos, colocaria os níveis salariais onde se situam mais de 80% dos trabalhadores nos 635 euros”, explica o CESP em comunicado, sublinhado que este é um setor “onde são gerados milhões de euros de lucros”.
Ao mesmo tempo, acusa, “um trabalhador que entra neste setor de atividade tem um salário igual aos que já lá estão há cinco, dez, quinze, vinte ou mais anos, numa clara aposta destas empresas na desvalorização das carreiras profissionais”.
Na última reunião entre sindicatos e APED, realizada a 9 de dezembro, a associação não alterou a proposta de contrato coletivo e pediu a mediação do Governo para as negociações. Aguarda-se a nomeação de um mediador.
A associação que defende os interesses das empresas da distribuição considera que os aumentos reivindicados pelos sindicatos “ordem dos 20%” tornam “difícil um entendimento”.
Também envolvido neste processo, o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITESE) considera que a APED está “a criar fraturas” nos acordos salariais, acusando a associação patronal de seguir a estratégia de “retardar um acordo”.
Na reunião de 9 de dezembro, a APED pediu “mais um mês” para consultar as empresas.
Horários de trabalho “que permitam a conciliação entre a vida pessoal e familiar e a vida profissional” e a “passagem a contrato sem prazo de todos os trabalhadores a ocupar postos de trabalho permanente” estão também entre as reivindicações da greve agendada para o final deste mês.